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julho 30, 2004

O que não saiu na Revista 10

A segunda edição da Revista 10 saiu com uma matéria minha sobre os preparativos para a Série C do Campeonato Brasileiro. Não farei muitas considerações sobre ela porque seria ridículo. Quem quiser, pode ir à banca e ver a revista.

Bem, mas por falta de espaço, nem tudo pôde ser publicado. Uma coisa muito normal no jornalismo. As melhores partes foram publicadas, mas, para as outras não morrerem em um arquivo esquecido da pasta “Meus documentos” do meu computador, vou colocar aqui. Pelo menos, uma parte do que ficou de fora.

Então, abaixo segue o box não publicado sobre os preparativos de Gurupi, um dos representantes do Tocantins no torneio. O tempo verbal e outras formatações do texto são os utilizados para uma revista. Talvez não faça sentido para um leitor de blog. Talvez faça. Na verdade, nem me preocupei em conferir isso.

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Gurupi.jpg

Sobrevivência com convênios e atletas “adotados”

Com o vice-campeonato tocantinense de 2003, o Gurupi, da cidade homônima, garantiu um lugar na Série C de 2004 como principal representante do Estado. E é apenas por causa dessa condição, que permitiu o recebimento de subsídios da CBF, que o “Camaleão do Sul” (referência ao verde-amarelo do uniforme e ao fato de o município de Gurupi se localizar na região sul do Estado) participará do torneio.

Financeiramente, o clube buscou captar recursos de diversas formas. Por exemplo, assinou um convênio com a Unirg (Universidade de Gurupi), que fornece estrutura e pessoal para a administração do clube. Inclusive, o diretor-geral da instituição de ensino, Valnir de Souza Soares, é o presidente em exercício do clube. A prefeitura também destina uma verba para o time que, assim, consegue se manter em atividade e obter alguns resultados relativamente significativos, como o bicampeonato estadual em 1996 e 97.

Mesmo assim, não seria suficiente para custear a participação em uma competição nacional. “Nossa despesa com folha de pagamento não pode passar de R$ 15 mil e o custo de uma Série C, sem a ajuda da CBF, ficaria entre R$ 35 mil e 40 mil”, diz Soares. Para montar o elenco, o Gurupi busca jogadores da região, principalmente os que ficarão ociosos por atuarem em equipes do Estado que não participarão de nenhuma competição no segundo semestre.

Para viabilizar as contratações, a diretoria tenta arrecadar recursos em empresários locais, que “adotariam um atleta”, financiando sua vinda em troca de espaço publicitário no estádio Gilberto Resende Rocha. Entre os que já estão confirmados, o principal destaque é o meia-esquerda Daniel Gibi.

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Falei do “na-nã-nã-nã”, mas faço menção desonrosa a outras propagandas pavorosas que me fazem pensar se a publicidade brasileira está em um período sabático de criatividade: Colgate Tripla Ação (o jingle mais irritante da TV), lentes Acuvue (duas marmanjonas agindo como adolescentes afetadas), Guaraná Dolly (Kléber Bam-Bam e o filho do Fernando Vanucci juntos é o cúmulo do trash!!!) e Embratel (aquela mini-Arosio não consegue falar uma frase!). Isso foi o que me lembrei rápido.

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julho 16, 2004

Propaganda

No colegial, quando as pessoas começam a pensar no que vão fazer “quando crescerem”, a opção pelo jornalismo sempre ficou mais ou menos clara para mim. Nada ligado ao “romantismo” (aliás, ponha a quantidade de aspas que achar necessária aqui) de uma redação, mas, sei lá, eu gostava de juntar informações e escrever.

O curioso é que, por afinidade pessoal e vocação dos amigos, desenvolvi uma curiosidade grande pelo meio publicitário. Tanto que muitos trabalhos de colégio eram ligados a essa áreas e cheguei a considerar em alguns momentos seguir essa carreira. Porém, minha falta de talento para vender coisas (idéias, produtos, serviços, marcas, conceitos etc.) sempre foi gigantesca e me desestimulou. Em alguns momentos, até acho que sou persuasivo e convenço pessoas a fazerem o que eu quero que façam. Mas sou péssimo em colocar valor nas coisas, o que destrói qualquer esperança em ser publicitário.

Aliás, nem tenho aquele preconceito comum no jornalismo de que publicidade é algo menor e podre. Acho que as duas áreas devem ficar separadas em um veículo de comunicação por conflitos de interesses, mas as duas têm seu valor e seu lado podre. A publicidade muitas vezes mente, mas o jornalismo também. A diferença é que nem todo jornalista percebe isso, se escondendo atrás de uma suposta isenção da imprensa. O que, em alguns casos, é até pior do que mentir na cara-dura. E não se pode esquecer que, ao mesmo tempo que vende cigarro, a publicidade vende campanhas antiviolência doméstica, antiarmamentos, antipoluição, anti-Bush, entre outras coisas. Ou seja, o problema não é da publicidade como “ciência”, mas do que é feito com ela. Da mesma forma que ocorre com o jornalismo, com a física, com a química, com a engenharia e com qualquer coisa.

Pô, mas estou enrolando demais! Eu só quero dizer que fiquei com o costume de acompanhar propagandas e tentar ver de forma crítica, mais do que é saudável a alguém. E essa propaganda do “na-nã-nã-nã” da Brahma é uma das coisas mais medíocres que já vi. Irrita, não passa mensagem alguma, não é carismática e não diz nada com nada. Ou alguém acha que a tiração de sarro do siri foi um pretexto válido para criar um chavãozinho bobo e fácil de memorizar?

Acho que as cervejarias gastam todo o dinheiro em marketing no verão, contratando modelos para mostrar as bundas ou o corpo sarado na praia (outra “política” cretina, pois em fazer cerveja boa e divulgar isso, ninguém se preocupa). No inverno, parecem desovar as idéias mais imbecis que ficaram na gaveta no início do ano. E olha que deve ser difícil uma idéia ser mais imbecil que as utilizadas nas propagandas de cerveja do verão. Então, já dá para imaginar o nível.

Nesse aspecto, o repetitivo “experimenta” da Schincariol ainda tinha uma vantagem. Pelo menos, o chavão estava ligado a uma situação concreta, tinha razão de existir. Por isso deu certo. E teria mais sucesso se a Nova Schin fosse melhor. Aliás, se fosse muuuuuito melhor. Agora, o que é “na-nã-nã-nã”? É um deboche, isso deu para entender. Mas um deboche ao quê? Espero que seja esquecido como o “tsssssssss” (outra idéia “genial” da Brahma). E espero também que não tenha efeito mercadológico direto. Porque, se o “na-nã-nã-nã” aumentar as vendas da Brahma, teremos uma invasão de propagandas idiotas na TV. Mais do que já temos. Afinal, a agência até pode querer fazer algo mais elaborado. Mas há cliente que tem como única intenção aumentar as vendas do produto. E é esse o dono da grana...

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Aliás, já que estou falando de propaganda... É impressão minha ou as agências de publicidade voltaram a valorizar os jingles, com muitas propagandas que se sustentam sobre uma musiquinha? E é impressão minha ou os jingles atuais são muito piores e menos carismáticos que o de décadas atrás?

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julho 05, 2004

Yoda

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Para mim, Mestre Yoda não apenas foi o jedis treinador de reduzido verticalmente no clássico “O Império Contra-Ataca” e dos clássicos não tão “Episódio I” e “Clones Ataque dos”. O símbolo Yoda é de sábio e discreto alguém, que os ensinamentos baseia em simples frases e no certo momento colocadas e que jedis forma. O sábio melhor é o que do Yoda as características tem. Um comum substantivo é quase.

Exemplo um dos Magos Mestre, na Caverna do Dragão, é. Dessa significação mostra particular, a usar comecei o “Yoda” termo como apelido de características essas algumas pessoas com.

A primeira pessoa acho que a chamada ser de Yoda por mim Luís Carlos Ramos foi, de Introdução ao Jornalismo professor na PUC. Na verdade, deu quem apelido esse a ele uns amigos foram, porque até não tinha aula eu com ele. Mas, realmente, conversas nas que LC Ramos tive com, o Yoda ele parecia. Calmo e paciente, disposto estava a tentar sempre ensinar vez uma mais, inglória que a tarefa por mais parecesse.

No trabalho, o entrevistado de Yoda chamo às vezes que uma referência considerado é no assunto tratado. Que seja mesmo para as fontes outras da matéria o sujeito desmistificarem. Afinal, teve Yoda um só.

Isso posto, um absurdo notícia essa acho (em inglês link está). Rejeitado foi Yoda Mestre. Como essas coisas acontecer não podem. Sacrilégio é. Reclamando a mulher do que está? De luz sabre vem até Yoda com. Pensar melhor mulher deveria. Guerra nas Estrelas fã o valor desse prêmio sabe.

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Com a veracidade notícia dessa não preocupado estou. Pelo menos brincadeiras gerar para dá.

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Nesse fim-de-semana, Portugal ganhou duas vezes a Grécia na Liga Mundial de vôlei (duplo 3x2 no Porto). Agora, quando era para ganhar de verdade, no futebol... Parabéns para a Grécia. Eu não acreditava porque o time é tecnicamente fraco, mas mereceu. Ganhou sem roubar nem apelar. Defendeu de forma tão aplicada e eficiente que chegou a ser bonito de ver. Sem hipocrisia (adoro ver uma defesa bem montada e raçuda).

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junho 29, 2004

Por que Portugal?

Aceitando sugestões aqui, vou insistir um pouco em Eurocopa. Até porque, como já disse, estou muito mais no clima do Europeu de seleções do que de Jogos Olímpicos. Assim, aproveito para dizer que estou abertamente torcendo para Portugal ganhar o torneio. Aliás, já foi assim na Copa de 2002, mesmo sabendo que, naquela época, era algo meio masoquista.

Agora, que fique claro que não torço pelos tugas por causa do Deco, do Felipão ou do Luciano do Valle. O Deco ainda não cumpriu sua promessa de jogar no profissional do Corinthians (Copa SP de juniores não vale). Então, não tenho porque nutrir uma simpatia especial por ele. O Felipão cansou de vencer meu time e, portanto, sempre ficou entalado na garganta. E o Luciano do Valle continua sem decorar as escalações e a torcer descaradamente para Portugal, o que me irrita tanto quanto o ufanismo do Galvão Bueno em jogo do Brasil.

Quero que os portugueses vençam essa competição porque:

1) Não sei quando terão outra oportunidade
A Holanda já ganhou uma vez. Até seria legal se a Grécia vencesse, mas, sinceramente, não acredito. Espero que mantenham o ritmo e tenham lugar na Copa de 2006. Já estaria ótimo. E a República Tcheca... bem, não tenho nada contra a República Tcheca. Mas antes Portugal ou República Tcheca do que Inglaterra, Itália, Alemanha e outras seleções batidas.

2) Tenho um pé lá
Apesar de as pessoas me identificarem mais pelo lado japonês, meu sobrenome não mente: tenho um pezinho em Portugal. Como já conheci o país, gostei muito e tenho amigos lá, fica uma simpatia. Aliás, esse é um diferencial, pois nunca estive em Grécia, República Tcheca e Holanda. Espero conhecer esses lugares, mas ainda não deu tempo (leia-se $$$).

3) Não me importo em torcer por times medianos ou pequenos
Eu não tenho aquela vontade incontrolável de só torcer para quem é campeão. É interessante acompanhar equipes medianas, que comemoram cada passo adiante como algo histórico e inédito.

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Apesar disso, meu palpite sincero é que o título fica com a República Tcheca. E tenho seriíssimas dúvidas se os tugas ganham dos laranjas.

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Pitaco olímpico. Ridículo o Carl Lewis dizer que o canadense que preside a Wada (Associação Mundial Antidoping) persegue os velocistas norte-americanos (principalmente o recordista Tim Montgomery) porque quer se vingar da medalha tomada de Ben Johnson em 1988. Não posso generalizar, mas é ingenuidade da grossa achar que todos os superatletas dos Estados Unidos surgem apenas de treinamento intensivo. É só ver a (falta de) controle antidoping nas principais ligas profissionais de lá (NBA, NFL e MLB) para perceber que o discurso nobre do esporte norte-americano é tão hipócrita quanto o de qualquer outro país.

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junho 20, 2004

Roger Jones

Outro dia, eu escrevi aqui que não via a utilidade prática do Orkut. Cinco dias depois, me toquei que há uma, sim. Ele nos lembra dos aniversários dos conhecidos. Como eu tenho boa memória para essas coisas, não faz tanta diferença. Mas já é um avanço.

De qualquer forma, há pessoas que se viraram melhor com isso. Quem fuçar um pouco (não precisa ser muito) verá que uma quantidade enorme de comunidades tem um tal de “Astronauta Roger” inscrito. Para ser preciso, até a tarde de hoje ele estava em 5.027 comunidades e tinha 1.268 “amigos” (entre aspas porque ninguém tem tantos amigos sem aspas). É tanta coisa que não são poucos os que acham que o tal Roger Jones nem exista e é o resultado de uma brincadeira de um grupo.

Com essa quase onipresença no Orkut, ele se tornou uma “personalidade” do site. Criou-se comunidades com tema em Roger Jones (ele mudou a identificação recentemente), como “eu odeio o Roger Jones”, “quem é Roger Jones?” e até “eu conheço Roger Jones sim!”. Claro, o Astronauta Roger está inscrito em todas elas (a menos que tenha sido expulso depois, o que já ocorreu bastante, hehehe).

O que me intriga é a motivação de um sujeito para ficar horas na Internet só se inscrevendo em comunidades virtuais, sem ler o que os demais escreveram para realmente entrar na conversa. São horas da vida dele jogadas pela janela, só para usar as comunidades alheias, se tornar uma celebridade virtual e provocar discussões em seu nome. Claro, quer chamar a atenção, tanto que nunca tenta falar nada de útil. Talvez faça isso porque não se satisfaça com o que lhe resta. Mas isso já é elucubração minha.

Bem, ao escrever esse texto, eu sei que estou ajudando o cara a aparecer ainda mais. É pouco, porque esse blog tem raros leitores e nem faz muita questão de mudar essa condição. E, se o tal Roger realmente existir, talvez seja um cara legal pessoalmente. Só escolheu uma forma pentelha para aparecer.

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Muita gente pediu jogos Olímpicos. Como o Dárcio já colocou em um comentário aqui, estou de férias desse assunto por um tempo. Daqui a pouco passa. Até porque, como o Olavo falou em outro comentário, eu estou mais ligado na Eurocopa nesses dias.

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De qualquer forma, não custa falar um negócio rapidinho sobre a passagem da tocha olímpica no Rio de Janeiro. Sobre isso, vão algumas observações: 1) se uma cidade sul-americana tinha de ser escolhida, realmente a melhor (pelo apelo turístico) é o Rio de Janeiro. Talvez Buenos Aires, mas essa escolha foi justa; 2) falar em espírito olímpico e essas coisas é meio distorcido. Muita gente – entre condutores da tocha e espectadores – realmente se envolveu emocionalmente com o evento, mas não tem como ignorar o aspecto comercial disso (e não é só no Brasil, mas no mundo todo. Os norte-americanos que inventaram o loteamento da condução para arrecadar um dinheiro antes dos Jogos de 1984). Pô, os caras passavam com a tocha tendo de desviar das bandeiras da Samsung e da Coca-Cola que insistiam em ficar na frente da câmera. Isso é ridículo; 3) o Nuzman é muito chato! Ficar batendo na tecla de “o mundo quer as Olimpíadas no Rio de Janeiro” não dá! Baseado em que ele fala isso? No máximo, poderia falar que o carioca apóia incondicionalmente os Jogos Olímpicos na cidade. Seria leviano do mesmo jeito, mas ele teria algo para justificar a declaração; 4) seria legal se apenas atletas ou ex-atletas conduzissem a tocha. Mas, tudo bem, admito que “civis” o façam, desde que sejam pessoas que acrescentaram algo útil à sociedade brasileira ou carioca. Por isso, para mim, o pior de tudo foi ver que, entre os brasileiros que participaram desse evento estavam, por exemplo, Xuxa e Toni Ramos. Daí é para mudar de canal e ver que o melhor programa do domingo passado era o França x Inglaterra.

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junho 06, 2004

1978

Há exatos 26 anos, estávamos no meio de uma Copa do Mundo. Um torneio do qual o brasileiro não tem boas lembranças, misturando a indignação impotente de quem se sente injustiçado ao ver rival usar o poder político e o suborno para se classificar à final com a revolta de quem rejeita a imagem de “coitado”, afinal, o Brasil nunca quer ser visto como “campeão moral”.

Em 6 de junho, uma terça-feira, o Mundial ainda estava no início da segunda rodada da primeira fase. Às 13h45 no horário local (que era o mesmo de Brasília), Itália e Hungria abriram o dia de competições em Mar del Plata (no estádio que, hoje, tem o nome de Malvinas Argentinas, hehe). Com gols de (Paolo) Rossi, Bettega e Benetti, os italianos fizeram 3x0. Aos 36 do segundo tempo, Tóth diminuiu para os húngaros. Com esse resultado, a Itália – que batera a França quatro dias antes – garantiu a classificação no Grupo A para a segunda fase.

Às 16h45 começaram duas partidas, ambas pelo Grupo B. Em Córdoba, a Alemanha Ocidental massacrou o México por 6x0, gols de Dieter Müller, Hansi Müller, Rummenigge (2) e Flohe (2). O México – que tinha o jovem Hugo Sánchez no ataque – dava sinais de que seria a pior equipe da Copa, pois vinha de uma derrota de 3x1 para a Tunísia (a primeira vitória de um país africano na história dos Mundiais).

Enquanto isso, a supracitada Tunísia mostrava que a vitória sobre o México não era apenas um acidente ou uma zebra. Os africanos só caíram para a Polônia (terceira colocada em 1974 e com jogadores como Tomaszewski, Deyna, Szarmarch, Zmuda, Kasperczak e Lato) por 1x0, gol do último da lista aos 43 minutos do primeiro tempo.

Já noite, às 19h15, a Argentina entrou em campo para uma partida decisiva contra a França. A Argentina era a favorita por ser dona da casa, mas os franceses tinham o talento que levariam a seleção bleu às semifinais dos dois mundiais seguintes, com Platini, Battiston, Rocheteau, Tresor (que não jogou em 86) e Bossis. No último minuto do primeiro tempo, de pênalti, Passarella pôs os platinos em vantagem. Aos 15 da metade final, Platini empatou, porém 13 minutos depois, Luque fez o gol da vitória Argentina. Como em muitos jogos daquele Mundial, a arbitragem do Argentina 2x1 França foi contestada.

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Muita gente está pedindo Olimpíadas. Então, alguns toques rápidos: 1) eu falo um dia disso, mas faltam dois meses ainda. Não tenham pressa; 2) não imagino como eu possa falar de Jogos Olímpicos e desagradar os gregos. Se eu tocar nesse assunto, dificilmente eu serei negativo ao país-sede; 3) de qualquer forma, sobre o que vocês querem que eu fale? Chances do Brasil? Coisas em geral? Olhem, não sei se sou a pessoa mais indicada...

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junho 01, 2004

'Álbum de figurinhas'

Muitas pessoas têm teorias para explicar porque colecionar coisas é legal. Eu não tenho nenhuma. Só sei que gosto. Hoje, junto camisas de futebol, mas já tive (quer dizer, ainda tenho, mas não sigo mais) coleção de chaveiros, váááááários álbuns de figurinhas e até artigos eleitorais. E, mesmo com esse histórico, continuo sem entender direito o que fazer com o tal do Orkut, chamado por alguns de “álbum de figurinhas humano”, “coleção de amigos” ou algo assim.

Fiz o básico. Recebi um convite, entrei, chamei uns amigos e só. O máximo de “emoção” que passo ao entrar no sistema é ler um sem-número de convites-spams para baladas ou para visitar novos blogs. De resto, poderia colocar na minha relação de amigos um monte de gente que nem conheço só para parecer popular ou entrar em várias comunidades. Mas, sei lá, me soa forçado. Em geral, aceito os convites que em fazem e só. Porém, acompanho as discussões apenas sobre os assuntos que realmente me dizem respeito.

Para não dizer que é tempo perdido, admito que é interessante encontrar ex-colegas de classe que andavam desaparecidos e participar, vez ou outra, das conversas de alguma comunidade legal. Nesse último caso, é mais ou menos como entrar em uma lista de discussão por e-mail. Legal, mas sem muita novidade. Dizem também que é possível conhecer bastante gente, de forma mais fácil e com menos margem de erro que em chats ou outras ferramentas. Porém, acho que não entrei direito no espírito do negócio.

De qualquer maneira, não posso negar que a idéia – que nem sei se é original – do tal do Orkut Buyukkokten foi boa. Criou uma ferramenta viciante e que não é necessariamente útil. Sob medida para muitos internautas darem mais page views ao Google.

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maio 21, 2004

Tróia

Quem usa um trocadilho bobo e diz que é inevitável está mentindo. Os trocadilhos são evitáveis e, se alguém os emprega, é porque tem a intenção ou não resiste à tentação de fazer isso. Nesse caso, com mistura de intenção com tentação, dá para dizer que o filme “Tróia” é um presente de grego (nada contra os gregos, apenas a expressão ligada ao Cavalo de Tróia).

troia 2.jpg

A produção se perdeu no enredo. A Ilíada conta a história do combate entre gregos e troianos de forma tão mitológica que, por muito tempo, pensou-se que a guerra que fosse apenas uma lenda. E é justamente esse o grande valor da obra, pois expõe sentimentos humanos e sua relação com o sagrado, a moral e o destino. O que menos importa é o cavalo ou quem matou quem, mas que lições se podia tirar de tudo isso.

Não foi essa a linha escolhida pelo diretor Wolfgang Petersen. “Tróia” (o filme) busca falar da guerra do ponto de vista histórico. Porém, as pesquisas arqueológicas ainda não permitiram a consolidação de uma versão factual da guerra e, tirando os deuses, sobraram apenas as batalhas. O conteúdo foi para o espaço, e o sentido de diversas passagens também. Afinal, sem a mitologia da história, por que o calcanhar de Aquiles seria vulnerável (fato não explicado na produção)?

E essa opção “factual” se torna ainda mais condenável após a alteração de vários momentos da história. Para encaixar em duas horas e meia de filme, o roteiro dá a entender que a guerra de 10 anos durou cerca de três semanas. Inclusive, a complexa sucessão de fatos que levou gregos a troianos ao campo de batalha é resumida a cerca de 15 minutos, simplificando tudo e explicando muito pouco.

Para concluir a discussão a respeito do roteiro do filme, não seria má idéia, no final, explicar (podia ser algo simples, com legendas) o que ocorreu após o combate. O quanto foi importante para a manutenção da cultura grega e as eventuais conseqüências para a história da humanidade. Sem isso, pareceu uma guerra que girou em torno de si própria.

troia.jpg

Quanto à parte técnica da produção, o ponto mais crítico foi o desempenho de alguns atores, que eliminaram a complexidade das personagens. O forte era forte, o fraco era fraco. Como se fosse simples assim. O caso mais claro foi de Orlando Bloom, muito pouco carismático e convincente como Páris. Brad Pitt até tem seus momentos, mas sua atuação é inconstante.

O que se salva no filme é o visual. Não parece dos mais brilhantes (se vivi durante aquela época, foi em outra encarnação e não lembro nada, hehe), mas é aceitável dentro do que se espera de um filme como esse. As cenas de guerra (ponto em que a produção tenta se segurar) também são aceitáveis, apesar de serem muito longas e se assemelhar com as de outros filmes épicos feitos nos últimos anos.

A trilha sonora é burocrática e pouco imaginativa, mas dá para levar. Tirando um solo de vocal feminino que se assemelha a um grito longo e desesperado, muito parecido com o que se ouviu em “Paixão de Cristo”. Pela falta de originalidade e pela introdução dessa música em um momento esquisito, ponto negativo.

O engraçado é que, apesar de condenar vários aspectos de “Tróia”, como um todo, não acho que o diretor tenha jogado fora a oportunidade de fazer um filme razoável com a história. Poderia ser melhor e mais bem trabalhado, sem dúvida, mas não saí revoltado do cinema.

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Como estudei um pouco da história grega para um trabalho recente, estou com esse tema fresco na memória. Então, segue uma pequena lista de personagens que Tróia (o filme) deixou de lado, mas não deveria. Tem mais “gente”, como Zeus, Prometeu, Afrodite, Hermes etc., mas deixarei os deuses de lado.

Tétis: ninfa do mar. Aparece um pouquinho no filme, mas não é possível ter noção de sua importância. Casou-se com o mortal Peleu e sabia que seu filho Aquiles estava destinado a morrer em Tróia. Por isso, pegou-o ainda bebê, segurou-o pelo calcanhar e mergulhou-o nas águas do rio Estige. Aquiles ficou invulnerável em todo o corpo, exceto o calcanhar por onde sua mãe o segurara (agora está explicado...).

Pentesiléia: rainha das Amazonas, entrou na guerra para apoiar Tróia. Durante duro combate com Aquiles, recebeu um golpe fatal. Nos últimos instantes de vida, os olhares se cruzaram e ambos se apaixonaram. Era tarde para evitar a morte da guerreira, mas foi o suficiente para acabar com o chororô romântico do filme, que ligava Aquiles à escrava Briseida.

Enéias: no filme, ele é apenas um cidadão comum que levou a espada de Tróia. Mas faltou explicar que ele era filho de Afrodite e, após a fuga da Tróia destruída, teria ido à península itálica e fundado a vila que se tornaria Roma. Pode ser lenda, mas o possível fundador de uma cidade como Roma merece o devido respeito.

Ifigênia: filha de Agamenon, foi sacrificada em honra a Ártemis para que os ventos mudassem de direção e permitissem que os gregos atravessassem o Egeu para a guerra. Clitemnestra, mãe de Ifigênia, ficou contrariada e, com a volta do exército grego, matou seu marido.

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maio 06, 2004

Ayrton Senna

Parte 1 – A morte
Por eu ser fanático por Fórmula-1, vez ou outra, amigos que não acompanham tanto o esporte perguntam sobre o que eu acho do Senna, se eu continuei vendo as corridas depois de sua morte, se eu fiquei chateado, essas coisas. Talvez por gostar e assistir muito, nunca mitifiquei demais os pilotos. Senna nunca foi herói (no sentido literal da palavra, ele só era um cara que fazia muito bem seu trabalho) para mim, até porque não se falava de projetos sociais ligados a seu nome.

Em 2 de maio de 1994, é claro que a morte do piloto era o assunto do dia na escola (eu estava no 2º Colegial). E, claro, todo mundo, de todas as classes, teve de escrever uma redação em homenagem ao Senna. Como eu ia relativamente bem nas redações e era um dos alunos que mais acompanhava a Fórmula-1, senti que o pessoal esperava que eu escrevesse um baita de um texto legal sobre ele.

Não sei se todo mundo, mas sei que minha professora de português ficou um pouco decepcionada. Fiz um texto frio, até porque, se fosse meloso, estaria fingindo. Na época, estava mais preocupado em analisar a situação do que falar em heróis nacionais. Dez anos depois, vendo esse monte de especiais do Ayrton Senna, continuo mais ou menos na mesma.

Eu até torcia para ele vencer, mas nunca fui sennista (era piquetista). Eu gosto de corrida de carros porque gosto, acho legal, não tem nada a ver com o Rubinho Barrichello lutar ou não (ênfase no OU NÃO) pelo título. Por isso, tenho a tendência a ver a morte do Senna de forma meio distante. Talvez eu esteja errado, mas sempre vi assim.

Por isso, fiquei proporcionalmente mais chocado com a morte de Roland Ratzenberger no dia anterior. A cena foi mais chocante e foi a primeira morte na Fórmula-1 que assisti ao vivo. Se eu disser (e eu não digo) que minha forma de ver o automobilismo mudou naquele fim-de-semana, foi por causa do acidente que vitimou o austríaco. Até escrevi para o site de uns camaradas um texto sobre os dez anos sem Roland Ratzenberger.

Parte 2 – O velório
Nas minhas lembranças, o momento mais forte da morte de Senna ocorreu alguns dias depois. Se não me engano, o corpo dele foi velado na quarta-feira na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. O colégio em que estudava fica em Moema (para quem não é de São Paulo, a uns 2 km da Assembléia) e todo mundo resolveu ir “se despedir” de Ayrton (na verdade, a maior parte queria é cabular a aula). Eu fui. Não pela aula, mas, já que gostava tanto de automobilismo, não custava aproveitar.

Chegando lá, vimos que a coisa estava feia. A fila era assustadoramente grande e ninguém se sentiu muito animado para ficar lá esperando. Voltamos e decidimos tentar novamente na manhã seguinte, bem cedinho (o velório seria fechado para o público lá pelas 11h, acho). No dia seguinte, só 4 pessoas estavam lá: eu, um amigo, a professora de química e um cara de outra classe.

Dessa vez foi pior. Além de estar muito cheio, a entrada já estava fechada no momento que chegamos. Só VIPs podiam ver o caixão. Só não voltamos porque meu amigo estava com dois “passes” (até hoje não sei o que era aquele papel que ele mostrava) da Assembléia, já que o irmão dele trabalhava lá. A gente tentou entrar, meio de gaiato.

É ridículo como, no Brasil, as coisas são avacalhadas quando envolvem pseudo-autoridades. Éramos dois adolescentes bobos querendo entrar em um local fechado com um papel qualquer e os seguranças nos deixavam passar.

Nem tínhamos muita idéia de onde estávamos, mas seguimos o movimento. Pelo que deu para perceber, eu estava no acesso da imprensa. Havia fotógrafos de tudo quanto é país com mega-objetivas para todo lado.

Até que chegamos mais ou menos perto do caixão. Não nos aproximamos mais porque ficaria muito na cara que havia penetras naquele momento. Foi quando vi que, alguns metros a minha frente, estava o Alain Prost. Nunca fui um grande fã do cara, mas não nutria o ódio que os sennistas tinham pelo baixinho francês. Ele não era muito chegado a dirigir com chuva, mas, fora isso, era um baita piloto. Bateu recorde de vitórias, melhores voltas e foi o que mais se aproximou dos 5 títulos de Juan Manuel Fangio (até o Schumacher detonar todos esses recordes). Prestei mais atenção nele que no caixão. Até porque nem dava para ver muito, de tanta gente em volta.

Aí eu me toquei. Fiquei morrendo de vergonha de estar ali, naquele momento, se aproveitando de alguma facilidade de “otoridade”. Fui embora o mais rápido possível, antes que alguém se desse conta que eu estava ali.

Como éramos idiotas, tentamos seguir o cortejo a pé. Andei feito o diabo. Fui do Parque do Ibirapuera até a Rebouças e, a caminho da Marginal Pinheiros, desisti de chegar no Morumbi. Peguei a Faria Lima, a Cidade Jardim, a Marginal, a Berrini e cheguei à casa do meu amigo, no Brooklin. Já era umas 4 da tarde, mas, só aí, pudemos almoçar. Depois, peguei um ônibus até Moema.

Parte 3 – Schumacher
Hoje, eu sou um daqueles caras que acham o Schumacher melhor que o Senna. O alemão não erra, mas sabe se arriscar quando precisa. Acusam-no de correr contra ninguém, mas o Senna nunca se dispôs a ficar, como Schumacher, quatro anos sem lutar de verdade pelo título, apenas buscando o desenvolvimento da Ferrari. O brasileiro já correu em desvantagem técnica, mas o fez por falta de opção no momento.

O alemão é meio sacana, isso todo mundo sabe. Mas não tira alguns de seus méritos. O Senna também foi sacana quando tirou o Prost do GP do Japão de 1990. Falar que ele simplesmente recuperou o título do ano anterior é desconhecimento histórico incentivado pela mídia. Em 1989, Senna precisava ganhar as três últimas corridas do ano para levar o título. Foi o primeiro no GP da Espanha. Ganhou e não levou no Japão após a sacanagem do Prost. Mas, no GP da Austrália, Senna bateu e, mesmo que recuperasse os 9 pontos tirados pelos comissários no Japão, não seria campeão. Ah, e ele não correu na Austrália desmotivado, pois a McLaren recorreu ao resultado do GP do Japão e Senna ainda sonhava com o título.

Porém, não vou ficar muito tempo discorrendo sobre o porquê de achar o Schummy melhor que o Ayrton. Quem considera o brasileiro melhor tem todo o direito. Só acho um absurdo a reação de alguns sennistas quando ouvem algo assim. Para esses, as pessoas que acham o alemão melhor querem aparecer e são antipatriotas.

Um foi um grande piloto e outro ainda é. A diferença técnica não é grande. Preferir um ao outro é questão de critério pessoal, não é uma verdade absoluta (como dizer que o Senna foi melhor que o Andrea de Cesaris). É meio indelicado falar nisso na semana de 10º aniversário da morte do brasileiro, mas eu prefiro o Schumacher.

De qualquer forma, não acho babaquice aproveitar a data para relembrar os feitos de Senna. Só que continuo sem ver atos heróicos por trás das vitórias.

Senna Lotus.jpg
É assim que eu gosto de me lembrar do Senna, pilotanto a Lotus preta da John Player Special. Nem andava tanto e o motor Renault era muito beberrão. Mas dificilmente alguém voltará a fazer um carro lindo como esse na Fórmula-1

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abril 16, 2004

Lêidi Dai

Tô com tanto trabalho que prometo escrever coisas aqui e acabo não cumprindo em tempo hábil. O pior é que, quando paro para fazê-lo, já nem me lembro direito sobre o que escreveria. Bem, eu ia comentar alguma coisa sobre a transmissão da etapa carioca do Mundial de Ginástica, acho que era isso.

Não sou especialista na modalidade (longe disso), mas, por dever profissional, fui obrigado e estudar um pouco o assunto. Sem contar que foi uma coisa tão estapafúrdia que até um tomate descascado perceberia que quase toda a equipe da Globo estava perdida em rede nacional.

Sem saber o que falar, a transmissão insistiu no oba-oba. A coitada da comentarista era a única pessoa que parecia saber mais ou menos o que acontecia. O narrador, quando se limitava a descrever o que via, também não comprometia. De resto, era difícil agüentar tanto ufanismo.

Ninguém parou para falar que o nível técnico do torneio não foi dos melhores. Russos e romenos, entre alguns outros europeus, não estiveram no Rio para se preparar para o Campeonato Europeu de ginástica. Dar essa informação não desmerece algumas das conquistas brasileiras e é obrigação do jornalista. Mas preferem ficar quieto e inflamar o público, que já espera um batalhão de medalhas em Atenas. E, como bem disse o treinador da seleção Oleg Ostapenko, só a Daiane dos Santos tem chances. O Diego Hypólito, aliás, nem irá à Grécia competir, o que foi falado rapidinho, quase como se fosse um segredo.

E chegou a vez da Daiane dos Santos. Pelo pouco que entendo de ginástica, ela realmente é boa e os títulos que ela conquistou são importantes de fato, não torneios engana-trouxas. No entanto, ninguém lembrou ou quis lembrar que ela não é uma ginasta completa, pois só consegue ser competitiva no solo e no salto sobre o cavalo. Nesse aspecto, até a Daniele Hypólito é melhor.

Tudo bem, ficar só reclamando é babaquice, porque, perto do que o Brasil tinha há 5 anos, já está bom demais. O que também não justifica a falta de informação da transmissão. A apresentação da Daiane no solo foi boa, mas não justificou o ataque histérico de tanta gente, incluindo os jornalistas (não só os da Globo, quase todos os que fizeram alguma reportagem lá no Riocentro).

Logo após a rotina da ginasta, um repórter foi entrevistá-la ao vivo. Era evidente a falta de saber o que falar do cara. Insistiu em perguntas no estilo “e aí?”, “como é sentir o calor da torcida?”, “e aí?” (de novo!), “esperando o ouro?” e, para completar a trilogia, mais um “e aí?”. Foram dois minutos assim, até sair a nota dela, mais baixa que na fase de classificação, fato salientado pela própria Daiane.

Faltam quatro meses para as Olimpíadas. Serão quatro meses ovacionando a Daiane e criando uma expectativa enorme sobre ela. A gaúcha até é favorita, mas não é esse ouro certo que começam a pintar. Seria tão bom, para ela, se o futebol masculino tivesse uma vaga em Atenas... Pelo menos, captaria parte das atenções e da pressão pelo ouro.

*

Só como lembrete, o Dream Team norte-americano só não perdeu o ouro no basquete em 2000 porque a Lituânia errou um arremesso no último segundo, o Sergei Bubka não passou da primeira fase no salto com vara em 1992 e o glorioso Baloubet du Rouet refugou no concurso de saltos em Sydney. Vai que a Daiane perde. Impossível não é.

*

Desculpem-me se não dei o nome de ninguém no texto, mas, realmente, esqueci quem eram os jornalistas.

*

Filmes de março. Salvo engano foi só o Paixão de Cristo, que eu já disse o que achei aqui. Se houve outro filme, acumula para abril. Falta tempo, falta tempo...

*

Uma matéria do UOL (não achei o link) disse que a moda da playboyzada é ir para a balada com camisas de futebol. Quem me conhece sabe que sou precursor nessa arte (o que causava constrangimentos na época, mas eu fiquei irredutível até hoje). Por isso, não aceito que digam que faço isso pela moda! É algo ideológico! Gastar R$ 60 em camisa de futebol para coleção e não usar é um crime. Sem contar que é uma forma de homenagar times bizarros como o Vitória de Pernambuco ou o Bandeirante de Birigüi. Mas devo admitir que estou transtornado com a idéia de que posso estar andando na moda...

*

Se há algum leitor do Balípodo passeando por aqui, peço desculpas pela falta de periodicidade da atualização. Semana que vem volta ao normal. Acho.

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Cidade: São Paulo
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No me gusta nada: São Paulo (o time), peixes e frutos do mar, comida japonesa, Carlinhos Brown, axé, pagode, techno, dance music e gente que pega violão em festas para tocar músicas da Legião Urbana ou do Raul Seixas

O que faço na Internet?

Sei lá. No fundo, nada. Só vou colocar recalques e bobagens que passam na minha cabeça. Nada de diário, confissões, fotos de galera ou exposição pública de amigos e parentes (já basta eu me expor). Se eu quiser fazer qualquer uma dessas coisas, mando um e-mail ou telefono para a(s) pessoa(s) que julgar mais legal(is) para o momento.

Esclarecimento final

O nome da página (Keep Talking) não tem nada a ver com o lema da Johnnie Walker (Keep Walking). Primeiro, porque “Keep Talking” é uma música do Pink Floyd. Segundo, porque eu não bebo cerveja, quanto mais uísque. Terceiro, porque eu só me toquei da coincidência depois de registrar o endereço.

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