27-09-2007

China disponibiliza fundos

Tecnologias agrícolas e infra-estruturas
A CHINA vai disponibilizar ainda este ano 55 milhões e 300 mil dólares norte-americanos para a construção do centro-piloto de tecnologias agrícolas e reabilitação de infra-estruturas destruídas pelas cheias em Moçambique. O facto foi anunciado ontem em Maputo pelo Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Eduardo Koloma, no fim da III Sessão da Comissão Conjunta para a Cooperação Económica, Técnica e Comercial Moçambique-China.
Maputo, Quinta-Feira, 27 de Setembro de 2007:: Notícias
Segundo Eduardo Koloma, 55 milhões de dólares serão aplicados no centro-piloto de tecnologias agrícolas chinesas, a ser edificada, em princípio, na província de Nampula. Trata-se de uma iniciativa visando a promoção e desenvolvimento de tecnologias agrícolas que sejam adaptáveis às condições do nosso país. O descerramento simbólico da placa, marcando o lançamento do projecto, aconteceu aquando da visita, este ano, do Presidente chinês, Hu Jintao, ao nosso país.
Moçambique será o primeiro Estado africano de um grupo de dez identificados no decurso da Cimeira China-África, realizada em Novembro do ano passado em Beijing, a ver instalado este tipo de centros de demonstrações de tecnologias agrícolas chinesas.
Quanto aos restantes 300 mil dólares serão usados na recuperação de algumas infra-estruturas sociais destruídas pelas mais recentes cheias que abalaram partes do centro e sul do país.
Na sessão da Comissão Mista havida ontem, Moçambique e China rubricaram três actas que vão orientar a cooperação nos próximos três anos, com enfoque nas áreas da saúde, educação, agricultura e infra-estruturas.
Ontem, os dois países fizeram o balanço da cooperação dos últimos três anos, tendo-o considerado positivo.

Tecnologias de agricultura de Vietname para Zambézia

AGRICULTORES da Zambézia poderão beneficiar, a curto prazo, de transferência de tecnologia agrícola e de formação, com vista a aumentar a produção e produtividade, no quadro de um acordo de gemelagem existente desde Abril deste ano entre o Governo daquela província e a de Han Nam, do Vietname. Os vietnamitas comprometeram-se semana passada durante as negociações havidas em Quelimane, que tudo farão para participar na produção de arroz e hortícolas, usando suas tecnologias, para além de formar os produtores em várias matérias, incluindo gestão, o que poderá implicar o envio de técnicos para Moçambique.
Maputo, Quinta-Feira, 27 de Setembro de 2007:: Notícias
O governador da província de Han Nam, Tran Xuan Loc, disse na ocasião que a província da Zambézia tem grandes potencialidades em recursos naturais para desenvolver a economia, sobretudo a agricultura e processamento de frutas.
“A província é rica, mas a agricultura depende da chuva, por isso, o desafio deve ser a irrigação para aumentar os níveis de produção”, disse Tran Xuan Loc.
A delegação do Vietname, que trabalhou durante quatro dias na Zambézia, constatou que esta província está a produzir pouco por falta de tecnologias de produção. Os vietnamitas visitaram os distritos de Nicoadala, Namacurra, Maganja da Costa e Inhassunge, onde se inteiraram do funcionamento dos sistemas de irrigação, empreendimentos fabris e fizeram prospecção de novas oportunidades de cooperação na área económica e social.
A província tem extensas áreas de terra arável e água disponível, mas pouco explorada para produzir comida suficiente para alimentar a sua população.
Dentro desta cooperação, a província da Zambézia ficou com a responsabilidade de fazer um estudo mais aprofundado para indicar as quantidades existentes na região de ocorrência de calcário para se avaliar a possibilidade de instalação de uma fábrica de cimento. Os empresários vietnamitas pretendem também investir nesta área, mas querem saber as reais garantias de fornecimento da matéria-prima para abastecer a futura fábrica.
O distrito de Namacurra é o que maior ocorrência de calcário regista, razão pela qual o Governo da Zambézia tem estado a mobilizar os parceiros para investirem neste sector, o que abriria a possibilidade de criação de muitos postos de trabalho e arrecadação de receitas pelo Estado.
Entretanto, o Governador da Zambézia, Carvalho Muária, apelou aos empresários locais para aproveitarem esta oportunidade de modo a fazerem parcerias com os vietnamitas, cuja cooperação abrange também o sector da saúde, onde está prevista a formação de quadros.
Os dois governos comprometeram-se ainda a mobilizar recursos financeiros para viabilizar as acções que constam no acordo de gemelagem assumido em Abril deste ano, com o objectivo de se procurar oportunidades de investimentos para potenciar a prática da agricultura na Zambézia.
JOCAS ACHAR

25-09-2007

Câmara do Porto oferece à da Beira camião de recolha do lixo

A Câmara do Porto aprovou hoje a oferta à sua congénere da Beira, Moçambique, de um camião de recolha de lixo com 25 anos de actividade, 150 casacos de fatos de trabalho, três computadores, livros e equipamento escolar.
Na proposta, aprovada hoje pelo executivo camarário, a autarquia enquadra a oferta no protocolo de geminação entre as cidades do Porto e da Beira, estabelecido em 1989, e na bolsa de cooperação aprovada em 2005 para a "promoção de iniciativas específicas na área da ajuda pública ao desenvolvimento e da Lusofonia".
Os serviços da Câmara do Porto justificam a dispensa do camião, um Mercedes 1613, com o facto de "não possuir valor comercial", apresentar um "estado de conservação que não confere a sua utilização na recolha de lixo pela cidade" e de o desempenho do motor ser "desajustado para vencer as solicitações que o tipo de recolha requer".
No documento, nada se refere sobre eventuais trabalhos de mudança do volante do camião da esquerda para a direita, respeitando a localização mais adequada às regras de trânsito vigentes em Moçambique.
Os mesmos serviços argumentam que os 150 casacos de fatos de trabalho "estão desajustados relativamente aos usados pelos colaboradores das oficinas, não tendo qualquer valor comercial".
Os três computadores, todos Pentium 3, sistema operativo Windows 2000, leitor de CD e oito gigabites de memória em disco, são acompanhados de uma impressora, um sofá e quatro ficheiros metálicos.
A Câmara do Porto vai também oferecer livros, em número não especificado, para a criação na Beira da "Sala de Leitura Cidade do Porto".
A oferta inclui ainda diverso equipamento escolar, nomeadamente quatro mesas de escola, oito cadeiras, nove bancos, um quadro e um armário.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 25.09.2007

Doadores pedem mais resultados em «algumas áreas críticas»

O grupo de 19 Estados e organizações que desde 2004 financiam directamente o Orçamento de Estado moçambicano, entre os quais Portugal, exortaram o governo a intensificar reformas em "algumas áreas críticas" para a redução da pobreza no país.
Para o grupo de parceiros internacionais de Moçambique, que confirmaram a transferência em 2008 de 308,6 milhões de euros para o Orçamento moçambicano, o executivo devia ir mais longe em políticas como a protecção social, o acesso à justiça ou o HIV/SIDA, tanto mais que as expectativas iniciais de financiamento dos programas têm sido superadas.
"Apercebemo-nos, com alguma surpresa, que as ambições parecem ter baixado em algumas áreas críticas para a redução da pobreza, nomeadamente na protecção social e acesso à justiça", referiu o embaixador norueguês, Thorbjorn Gaustadsether, que representa o grupo de parceiros.
Em nome do "G-19" (nome por que o grupo é conhecido), o diplomata lembrou ainda que a contribuição dos doadores para os cofres moçambicanos está sempre dependente do empenho demonstrado pelo governo em melhorar os índices de boa governação e lutar contra a corrupção.
"Noutros países, o nível de apoio orçamental foi reduzido devido a falta de seguimento consistente dos casos de corrupção e fraca governação", notou o embaixador norueguês.
No entender países e organizações que integram a Parceria de Apoio Programático (PAP), apenas um ambiente de governação são permitirá criar as condições para atrair investimento crucial para o país e para a inversão do ciclo de pobreza absoluta, que atinge mais de metade da população.
Ao mesmo tempo, os parceiros de Moçambique encorajaram o governo a concentrar-se numa gestão eficiente, sustentável e equitativa dos recursos naturais, uma das maiores riquezas do país.
O objectivo do apoio directo ao Orçamento de Estado moçambicano - um dos maiores programas conjuntos em África, quer em termos de volume quer em termos do número de parceiros envolvidos - é assegurar eficiência no apoio financeiro à implementação do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA).
No ano passado foram canalizados para o Orçamento de Estado moçambicano através do PAP cerca de 330 milhões de dólares (250,7 milhões de euros), o equivalente a cerca de um terço de todo o apoio externo ao governo do país.
A renovação da contribuição portuguesa para o Orçamento moçambicano para o período 2007-2009, avaliada para este ano em 1,5 milhões de euros, foi formalizada no início deste ano em Maputo no âmbito da visita a Moçambique do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
Além de Portugal, fazem parte da plataforma de 19 parceiros (Parceria de Apoio Programático) a Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Reino Unido, Suécia e Suíça, os banco Mundial e Africano de Desenvolvimento (BAD) e a Comissão Europeia.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 24.09.2007

24-09-2007

Irlanda dá 208 milhões de euros para combater pobreza e SIDA

O governo irlandês anunciou a disponibilização de 208 milhões de euros para ajudar Moçambique a combater a pobreza e o HIV/SIDA, revelou hoje, em Maputo, o ministro do Desenvolvimento Internacional irlandês.
Segundo Michael Kitt, o fundo vai ser gerido através da Ireland Aid e será aplicado ao longo dos próximos quatro anos, tornando Moçambique no maior país recebedor da ajuda irlandesa.
Michael Kitt adiantou que mais de um terço do total da ajuda, cerca de 71 milhões, destina-se a ser investido no sector da Saúde, nomeadamente para ajudar na aquisição de medicamentos anti-retrovorais.
O restante montante irá ajudar à construção de novas clínicas e hospitais e ainda apoiar a rede de assistência de doentes nas suas próprias residências.
Um em cada seis moçambicanos com idades entre os 15 e os 49 anos é seropositivo.
O governo irlandês reconhece que Moçambique tem feito progressos significativos no combate à pobreza, mas a grande questão é dar continuidade às ajudas internacionais", afirmou Michael Kitt.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 24.09.2007

Doadores vão apoiar Orçamento de Estado de Moçambique para 2008 com 435 milhões de dólares

Os 19 países doadores e agências internacionais que apoiam Moçambique confirmaram sexta-feira que irão apoiar o Orçamento de Estado para 2008 com o equivalente a 435 milhões de dólares.
Além disso, o total de ajuda que o chamado grupo dos 19 atribuiu a programas e projectos específicos para 2008 passou de 241 milhões de dólares para 320,9 milhões actualmente.
Assim, a ajuda total prometida para 2008 (apoio ao Orçamento de Estado e ajuda a projectos) passou de 629,9 milhões de dólares em Maio para 755,9 milhões em Setembro.
O maior doador de ajuda é a Grã-Bretanha (79,7 milhões de dólares), a que segue o Banco Mundial com 70 milhões, a Comissão Europeia com 66 milhões e a Suécia com 50 milhões.
Os números foram anunciados no final da reunião que analisou os progressos verificados no primeiro semestre do ano, no decurso da qual foram estabelecidas metas para 2008 e, em algumas áreas, objectivos indicativos para 2009 e 2010.
(macauhub) - 24.09.2007
NOTA:
Foi para isto que Moçambique se tornou independente? Ou teria de ser uma independência diferente? Curioso que o maior doador é o maior "amigo" de Mugabe.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

Ordem de Moçambique suspende protocolo com Ordem portuguesa

Advogados desentendidos
Uma deliberação (10/CD/2007, 27 de Agosto) do Conselho Directivo da Ordem dos Advogados de Moçambique assinada pelo respectivo Bastonário, Dr. Carlos Alberto Cauio, dá conta que está suspensa a aplicação do «Protocolo de Cooperação» com a Ordem dos Advogados Portugueses.
No documento enviado ontem ao «Canal de Moçambique» consta expressamente que uma proposta de revisão do Protocolo de Cooperação foi dirigida pela parte moçambicana à sua congénere portuguesa “em princípios de 2001” mas a Ordem lusitana só acusou a recepção da aludida proposta por carta de 19 de Junho de 2001, informando apenas que a mesma havia sido submetida a apreciação pelo respectivo Conselho Geral.
“Com a proposta pretendíamos basicamente alterar a matéria respeitante à Declaração relativa às possíveis distorções a ocorrer na aplicação do referido Protocolo”, lê-se no documento em poder do «Canal de Moçambique» subscrito pelo presidente do Conselho Directivo da Ordem dos Advogados de Moçambique e seu bastonário, Dr. Carlos Alberto Cauio.
“Porém, e não obstante as nossas insistências através de carta datada de 12 de Março de 2007, no sentido de concluirmos esse processo de revisão do Protocolo, de modo a torná-lo mais prático e útil com respeito recíproco para os interesses das nossas Ordens, não obtivemos qualquer resposta”, afirma Carlos Cauio.
Lê-se ainda na deliberação que suspende o Protocolo de Cooperação com a Ordem de causídicos de Portugal que para além de outras diligências “durante a sessão da Assembleia Geral Extraordinária da UALP, que teve lugar no dia 28 de Junho último, em Lisboa e na sede da Ordem dos Advogados Portugueses, o Bastonário da Ordem de Advogados de Moçambique apresentou o assunto, quando da apreciação do ponto da agenda «Discussão sobre inscrição de Advogados nas Ordens e Associações membros da UALP» na qual foi garantido pelo ilustre Bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses e pelo vogal do respectivo Conselgo Geral, Dr. Luís Filipe Carvalho, que iriam revisitar o expediente respectivo e que, antes da partida daquele, de regresso a Maputo, que se verificou no dia 03 de Julho último, teria a posição da congénere portuguesa sobre o assunto”, lê-se mais adiante na deliberação que estamos a citar.
“Todavia, até à presente data, não temos ainda qualquer comunicação da Ordem de Advogados Portugueses, situação essa que julgamos não ser de interesse de qualquer das partes”, pode-se também ler no documento que ontem nos foi enviado por um advogado moçambicano.
A terminar no documento é referido que “dado o prolongado silêncio por parte da Ordem dos Advogados Portugueses, o Conselho Directivo da Ordem de Advogados de Moçambique” deliberou “suspender a aplicação do aludido Protocolo de Cooperação, com efeitos imediatos”.
Tentaremos voltar ao assunto na edição de quarta-feira, para dar novos desenvolvimentos deste contencioso que se mantém de acordo com a fonte que nos pediu anonimato.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 24.09.2007

21-09-2007

FORTALEZA SÃO SEBASTIÃO VAI SER REABILITADA

Claro que o ano ainda não acabou. Mas para lembrança aqui repito uma notícia de Janeiro do corrente ano. Como ali funcionava uma escola tive a informação de que as obras só começariam depois do términus do ano escolar. Já acabou e começou um novo. Mas as obras parece que ainda não começaram. Porquê? Alguém pode informar?:
Ainda este ano
Mo11_1
A Agência das Nações Unidas para a Ciência e Cultura (Unesco) acaba de alocar um milhão e meio de dólares americanos para financiar as obras de reabilitação da fortaleza São Sebastião, um monumento histórico erguido em 1558 pelos colonos portugueses, localizada na cidade da Ilha de Moçambique, e que, há muito, clama por uma intervenção.
As obras vão arrancar em Fevereiro próximo, segundo nos assegurou uma fonte do Conselho Municipall
da cidade da Ilha de Moçambique, que anunciou, igualmente, que o valor em questão foi disponibilizado à Unesco pelos governos do Japão e de Portugal.
Uma equipa constituída por representantes dos Ministérios da Educação e Cultura, Obras Públicas e Habitação,e da Unesco, deverá chegar brevemente à Ilha para discutir com o governo municipal alguns aspectos considerados importantes sobre a forma como os trabalhos serão executados, sobretudo no aspecto arquitectónico.
Segundo a nossa fonte, não haverá alterações na parte arquitectónica da fortaleza, e para tal é preciso garantir através de anciãos e pessoas influentes da Ilha, que esse aspecto não será posto em causa.
Neste momento, a fortaleza apresenta sinais evidentes de degradação, e a sua progressão resulta da falta de intervenção de quem de direito para a sua restauração desde que o pais alcançou a independência nacional há cerca de 32 anos.
Um dos trabalhos que deverá merecer grande atenção da equipa que vai realizar de reabilitação da fortaleza, é a eliminação de uma vegetação conhecida cientificamente por figueira brava, que está na razão dos danos que as paredes sofrem neste momento.
A edificação da fortaleza de São Sebastião arrancou em 1558 e as obras duraram cerca de 62 anos, tendo conhecido algumas interrupções por ordem dos imperadores portugueses que se confrontaram com ataques, no entanto desbaratados, de forcas holandesas, transportadas em naus, na luta pelo controlo das rotas do ouro.
WAMPHULA FAX - 26.01.2007
NOTA:
Será desta?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

10-09-2007

No domínio militar: Moçambique e Portugal estreitam cooperação

MOÇAMBIQUE e Portugal estreitam as suas relações de cooperação, sobretudo no domínio militar. Insere-se nesse quadro a visita que a fragata da Marinha de Guerra daquele país, a “Álvares Cabral” está desde ontem a efectuar ao nosso país. Comandada pelo capitão-de-mar-e-guerra Luís Carlos de Sousa fragata que vai permanecer durante três dias no nosso país foi visitada ainda ontem pelo Ministro da Defesa Nacional, Tobias Dai e pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Lagos Lidimo, bem como outras entidades civis e militares moçambicanas.
Maputo, Terça-Feira, 11 de Setembro de 2007:: Notícias
Hoje, o embaixador de Portugal, José Ferraz e o comandante naval, vice-almirante Vargas de Matos, que se encontra em Moçambique para acompanhar a visita do navio serão anfitriões numa recepção que se realizará a bordo, onde estarão presentes representantes da comunidade diplomática no nosso país, segundo apurou o “Notícias” junto do comandante da fragata, Luís de Sousa.
A propósito, disse ainda que no plano dos contactos bilaterais vai proceder à apresentação de uma comunicação sobre a Visão Estratégica do Mar e a Organização da Marinha de Guerra Portuguesa a uma audiência de altos dignatários do Governo e das FADM, para além de uma visita à Escola de Fuzileiros Navais moçambicana.
Construída em 1991, a fragata com uma guarnição de 192 militares tem como principal missão a luta anti-submarina. Para o efeito, de acordo com explicações do seu comandante, o navio está equipado com mísseis de superfície para atacar outros navios e antiaéreos para atacar aviões, ao mesmo tempo que possui um sistema de defesa contra mísseis em voo. Ainda de acordo com as suas descrições, a fragata tem capacidade para levar dois helicópteros vocacionados também para a luta anti-submarina e realizar operações de busca e salvamento de pessoas no mar. Amanhã, penúltimo dia da sua visita a Moçambique, a primeira do género realizada por “Álvares Cabral” estará aberto ao público para visitas no período compreendido entre as 14 e às 17 horas.

29-08-2007

Moçambique granjeia respeito da comunidade internacional – reconhece Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, João Gomes Cravinho, em entrevista ao “Notícias”

Joao_cravinho
PORTUGAL considera que o trabalho que o Governo moçambicano está a realizar para o combate à pobreza e promoção do desenvolvimento social e económico do país granjeou o respeito e o apoio da comunidade internacional. Este é o sentimento expresso pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, João Gomes Cravinho, que durante cerca de uma semana visitou o nosso país no quadro da cooperação bilateral.
Maputo, Quarta-Feira, 29 de Agosto de 2007:: Notícias
Cravinho esteve em Maputo, Sofala, Cabo Delgado e Nampula, e disse ter ficado impressionado pela dinâmica do crescimento social e económico dos moçambicanos, prometendo que Portugal iria prosseguir com o apoio que está a prestar ao nosso país, principalmente no sector agrícola e de formação. Explicou que a cooperação entre os dois países está agora a passar uma fase de transformação, traduzida numa maior concentração sectorial e geográfica, sendo que a ideia é evitar a dispersão de sinergias e aproveitar as valias que os dois países oferecem. Considerou que o Governo moçambicano está avançar nas reformas visando desburocratizar as instituições, estimulando os investidores do seu país a estarem atentos aos passos em curso visando facilitar a sua intervenção no nosso país. Estes os pontos fortes de uma breve entrevista que nos foi concedida em Nampula, por João Gomes Cravinho.
Leia em:
Download joo_gomes_cravinho_entrevista_ago2007.doc

24-08-2007

Disponíveis fundos para orfanato em Muanza

Tasha
A ASSOCIAÇÃO “AMOR”, liderada pela actriz-modelo internacional e Embaixadora de Boa Vontade, a moçambicana Tasha Vasconcelos, tem já assegurados mais de 500 mil dólares norte-americanos para a construção de um centro-orfanato no distrito de Muanza, em Sofala. Com capacidade de albergar 150 crianças órfãs e vulneráveis e deficientes físicas, a iniciativa, virada essencialmente para as artes e ofícios, vai arrancar entre Setembro e Outubro próximos com o lançamento do concurso público para a adjudicação da empreitada.
Maputo, Sábado, 25 de Agosto de 2007:: Notícias
De acordo com o director-geral daquela congregação, Joaquim Veríssimo, o Centro- Orfanato de Muanza funcionará numa área de 25 hectares cujo terreno foi já concedido pelas autoridades administrativas daquele distrito. Numa primeira fase, vão ser assistidos já no próximo ano cerca de 50 menores a serem previamente seleccionados pelos sectores de Educação e Cultura e da Mulher e Acção Social em cada um dos 13 distritos da província de Sofala.
Trata-se de uma acção que conta com o envolvimento de vários parceiros nacionais e estrangeiros entre os quais o gabinete da primeira dama do país, sendo que uma pequena de nome Osvalda acaba de ser identificada como a primeira beneficiária desta iniciativa. Esta menor apresenta-se com a perna esquerda amputada e contraiu uma deficiência visual na sequência da explosão de uma mina no interior daquele distrito.
Basicamente, pretende-se que o Orfanato de Muanza seja vocacionado na formação de crianças órfãs ou seropositivas vulneráveis em carpintaria, electricidade, corte e costura, conservação do meio ambiente, entre outros. Para o efeito, foram idealizadas parcerias entre a associação “AMOR” e a Fundação CARR ligadas ao projecto de recuperação do Parque Nacional da Gorongosa, para além de algumas congregações religiosas, como a Metodista Unida de Moçambique e a Save the Children.
Muanza foi um dos distritos da província de Sofala que sofreu duramente no último conflito armado no país. Hoje, passados cerca de 15 anos depois do fim da guerra, a região continua desprovida de infra-estruturas de referência, sendo que o projecto de construção do Centro Orfanato surge precisamente para colmatar esta lacuna.
Para medir o pulsar desta situação, a presidente daquela organização actualmente residente na França, Tasha Vasconcelos, visitou há dias o distrito de Muanza, tendo confraternizado e distribuído brinquedos a uma média de 300 crianças. O acto foi igualmente testemunhado por uma delegação de Mónaco, uma cidade francesa, que apoia a “AMOR” no nosso país.
Veríssimo defendeu que as bases estão lançadas em Muanza para que as crianças possam gozar do seu direito de aprender uma profissão, sobretudo as mais desfavorecidas.
A fonte referiu ainda que a sua associação vai articular com o Ministério de Educação e Cultura na elaboração dos conteúdos a serem ministrados.

23-08-2007

Gomes Cravinho visita nosso País em missão de cooperação

SECRETÁRIO DE ESTADO DOS NEC
Gomes Cravinho visita nosso País em missão de cooperação
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, que começou ontem uma visita oficial ao nosso País, afirmou à chegada a Moçambique que a sua deslocação “é sobretudo uma visita de cooperação, para fazer o ponto da situação de cooperação” .
“Este era o único mês possível para trabalhos bilaterais”, explicou Cravinho, aproveitando o facto de as instituições comunitárias estarem de férias durante Agosto.
Apesar disso, a presidência portuguesa da União Europeia não está suspensa e há muito trabalho de bastidores a preparar a rentrée de Setembro.
Leia em:
Download gomes_cravinho_visita_moc.doc
NOTA:
Relembro da última visita de Cravinho à Ilha de Moçambique, em Fevereiro passado:
"O entrevistado referiu que o seu Governo está comprometido com o desenvolvimento integrado da Ilha de Moçambique e para o aproveitamento do potencial que a região de Lumbo possui, sobretudo na área do turismo, vai encarregar-se de contactar investidores do seu país para levar a cabo projectos de construção ou reabilitação de ruínas para instalação de unidades hospitalares de luxo."
Veja em:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2007/02/ilha_de_moambiq_1.html
Acabo por perguntar: O que já está feito, ou sequer iniciado?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

21-08-2007

Secretária Permanente dá “Vivas à Frelimo!” em reunião da sociedade civil

No distrito de Namaacha
A secretária permanente, do distrito de Namaacha, Maria Mutemba, foi a principal protagonista das celebrações do «1.º Aniversário da Campanha Nacional Contra o Abuso Sexual da Rapariga na Educação». Para espanto dos presentes iniciou o seu discurso gritando: “Viva a Frelimo!”
Maputo (Canal de Moçambique) - A Campanha Nacional Contra o Abuso Sexual da Rapariga na Educação completou no passado dia 19 de Agosto corrente o 1.º aniversário da sua existência como uma organização. Em celebração deste evento, foram realizados em diversos pontos do país, vários eventos públicos, constituídos por actividades culturais, desportivas, palestras, desfiles, mesas redondas, com envolvimento de diversas organizações sociais.
As cerimónias centrais deste evento tiveram lugar ontem, dia 20 de Agosto na vila fronteiriça de Namaacha, província de Maputo organizadas pela Organização Não Governamental (ONG) «Actionaid», em colaboração com outras ONG’s como a Unicef, Oxfam, Save the Children, FAWE-Moçambique e participação de outras organizações da sociedade civil, com destaque para AMODEFA – Associação Moçambicana da Família, MULEID – Mulher Lei e Desenvolvimento ONP – Organização Nacional dos Professores, OMM – Organização da Mulher Moçambicana entre outras.
«Não ao Abuso Sexual Contra a Rapariga na Educação» foi o lema escolhido para as celebrações do primeiro aniversário daquela organização.
Leia em:
Download secretria_permanente_d_vivas_frelimo.doc
NOTA:
Já se sabe que, em Moçambique, tudo o que estiver para além da FRELIMO não existe.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

26-07-2007

Ministros das Finanças de África exigem

Os ministros das Finanças de África vão exigir próxima semana em Maputo que o continente tenha "um maior peso" nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, disse o ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang.
Os responsáveis pelas finanças dos países africanos vão sublinhar a importância de o continente ser mais ouvido nas decisões do BM e do FMI, durante a reunião dos titulares do pelouro das Finanças de África, governadores dos bancos centrais do continente e directores das duas mais importantes instituições financeiras do mundo, a decorrer entre 30 e 31 deste mês na capital moçambicana.
"O poder de África nas assembleias do BM e do FMI é escasso, já fizemos saber às duas instituições que África pretende ver o seu peso reforçado nas decisões das duas organizações", disse em conferência de imprensa o ministro das Finanças de Moçambique, que preside ao Fórum dos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais de África, também conhecido por African Caucus.
Para Manuel Chang, a influência dos países africanos sobre as decisões do FMI e do BM está largamente reduzida pelo facto de o sistema de votação das duas instituições conferir predominância aos países que mais quotas pagam, que são os mais ricos do mundo.
"A igualdade que seria garantida pelo voto básico, a que os representantes de África tem direito no FMI e do BM, é logo ultrapassada pelo princípio do voto por quotas, que beneficia os países mais ricos, que são os que mais quotas pagam para as duas instituições", enfatizou Chang.
A fraca capacidade de influência de África nas políticas do FMI e do BM também podia ser atenuada se mais quadros do continente ingressassem nas duas instituições, assinalou o ministro moçambicano das Finanças.
"Em relação à presença de técnicos africanos no FMI e no BM, há avanços, mas acreditamos que pode ser feito mais, para que África tenha mais voz nas duas organizações", enfatizou o titular da pasta das Finanças de Moçambique.
Além desta questão, na reunião de Maputo será também abordada a Reforma do African Caucus, a Implementação do Plano de Acção Africano na Perspectiva do Banco Mundial e o Papel do FMI em África.
A reunião contará com a participação de 46 ministros das Finanças, governadores dos bancos centrais dos países de África e representantes do BM e do FMI.
26.07.2007

17-07-2007

DE FINANCIAMENTO FRANCÊS PARA PRODUÇÃO DE CAMARÃO


32 milhões de euros garantem emprego a mil pessoas
Cerca de 32 milhões de euros, o correspondente a 1.120 bilião de meticais, estão a ser aplicados num projecto de produção e exportação do camarão, empregando cerca de mil assalariados moçambicanos baseados na província central da Zambézia.
O montante é um investimento da companhia francesa Aquapesca e o projecto garante uma produção anual de pouco mais de mil toneladas de camarão, de acordo com o embaixador daquele país europeu, em Moçambique, Thierry Viteau, acrescentando que o marisco está a ser exportado, preferencialmente, para o mercado da União Europeia (UE) e para os Estados Unidos da América (EUA).
Nos últimos cinco anos, a França investiu pouco mais de 100 milhões de euros
direccionados para apoio a obras de construção de infraestruturas sociais como estabelecimentos escolares, unidades sanitárias, aterros sanitários e obras de protecção da costa moçambicana, de acordo igualmente com o diplomata francês.
De referir que, para além da ajuda a iniciativas públicas e privadas moçambicanas, a França faz parte do grupo de 19 países e instituições financeiras estrangeiras que apoiam o Orçamento do Estado.
(J. Ubisse) – CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 17.07.2007

14-07-2007

Guebuza conferencia com Rice

Hoje em Washington
O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, deverá manter hoje um "breve" encontro com a secretária do Estado norte-americano, Condoleezza Rice, findo o qual, Moçambique vai oficialmente rubricar um acordo de financiamento com o Millennium Challenge Corporation (MCC), avaliado em cerca de 507 milhões de dolares, no âmbito do Millennium Challenge Acount (MCA).
Segundo fonte da presidencia moçambicana, Guebuza e Rice deverão trocar impressões sobre o acordo de financiamento dos 507 milhões de dólares pelo MCA.
Para além de detalhar a forma como pretende usar o dinheiro, Guebuza deverá ainda dar um breve "briefing" a Rice sobre os progressos alcançados por Moçambique na área política e económica.
Pela parte moçambicana rubricará o acordo o Ministro Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuareneia e o embaixador John Danilovich, director do MCC, na presença de Rice e Guebuza, bem como de destacados quadros dos dois Governos.
Ao abrigo MCA, os norte-americanos comprometem-se a atribuir uma verba aos países que estejam a demonstrar um desempenho excelente na boa governação, desenvolvimento do capital humano, gestão de finanças públicas e criação de um ambiente favorável de negócios.
Além de Moçambique, integram a MCA, o Benin, Cabo Verde, Gana, Lesotho, Madagáscar, Malí e Senegal.
Os USD507 milhões, que são um donativo-serão canalizados, durante cinco anos, para projectos de água e saneamento, reabilitação de estradas e Barragem de Nacala.
O valor beneficiará substancialmente as provincias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia por serem as mais necessitadas.
Ao que apuramos e Aiuba Cuareneia confirmou, já foi lançado um concurso público para a selecção de uma instituição bancária moçambicana para gerir o valor doado pelos norte-americanos. Será igualmente seleccionado uma outra empresa para tratar das questões de procurament.
Outros projectos
Segundo o Ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuareneia, o valor será igualmente aplicado em projectos de registo e cadastro informatizado de terras em todo o País e apoio ao combate ao amarelecimento letal do coqueiro nas províncias de Nampula e Zambézia.
Segundo as exigências dos norte-americanos, os projectos a serem financiados por este valor deverão ser sustentáveis e apresentar uma taxa de retorno equivalente a 8,7 porcento.
No entender de Cuareneia, a gestão prudente das finanças públicas e boa governação foram determinantes para a elegibilidade de Moçambique.
Moçambique iniciou o percurso para beneficiar deste fundo em 2004, em resposta ao convite dos norte-americanos, tendo apresentado um projecto contendo as áreas a serem financiadas. Em 2005, o projecto foi reformulado e após as considerações do Governo norte-americano foi assinado um pré-compacto.
Os estudos de viabilidade dos projectos apresentados por Moçambique consumiram cerca de 11 milhões de dólares e foram executados por empresas e consultores norte-americanos.
Na deslocação a Washington, Guebuza faz-se acompanhar pelos Ministros da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, das Obras Públicas e Habitação, Felício Zacarias, e pelo Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Eduardo Koloma.
(Francisco Carmona) - MEDIA FAX - 13.07.2007

11-07-2007

Guebuza nos EUA para assinar financiamento 369 milhões de euros

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, desloca-se sexta-feira aos Estados Unidos para assinar um acordo de financiamento com o Millennium Challenge Corporation (MCC), avaliado em 369 milhões de euros, no âmbito do Millennium Challenge Acount (MCA).
Ao abrigo desse acordo, o governo norte-americano compromete-se a atribuir uma verba aos países que estejam a demonstrar um desempenho excelente na boa governação, desenvolvimento do capital humano e na criação de um ambiente favorável de negócios.
Além de Moçambique, integram a MCA, entre outros, o Benin, Cabo Verde, Gana, Lesoto, Madagáscar, Mali e Senegal.
Uma nota do gabinete da Presidência moçambicana indica que o donativo será canalizado, durante cinco anos, para projectos de água e saneamento, reabilitação de estradas e Barragem de Nacala, norte do país.
O valor será igualmente aplicado em projectos de registo e cadastro informatizado de terras e apoio ao combate ao amarelecimento letal do coqueiro nas províncias do Niassa, Cabo Delgado, Nampula, norte, e Zambézia, centro.
Nesta deslocação a Washington, o chefe do Estado moçambicano far-se-á acompanhar pelos ministros da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, das Obras Públicas e Habitação, Felício Zacarias, e pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Eduardo Koloma.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 11.07.2007
NOTA:
É financiamento ou donativo?

08-07-2007

Presidente da Suíça visita o país para fortalecer a cooperação

O presidente do Conselho de Estados da Suíça, Peter Bieri-Luthiger, efectua, a partir de sábado, uma visita de 13 dias a Moçambique para fortalecer os laços de cooperação e avaliar os projectos financiados por aquele Estado europeu.
Segundo uma nota do gabinete de Imprensa da Assembleia da República de Moçambique, o presidente do Conselho de Estados da Suíça, um órgão que, juntamente com o Conselho Nacional suíço, detém poderes em todos os aspectos, inclusive quanto à iniciativa legislativa, visita Moçambique a convite do presidente do Parlamento, Eduardo Mulembwé.
"A visita de Peter Bieri-Luthiger ao país visa, entre vários aspectos, criar oportunidades para o fortalecimento dos laços de amizade e de cooperação entre os parlamentos suíço e moçambicano", sublinha o comunicado.
Durante a sua estada, Peter Bieri-Luthiger, representante de 46 Estados suíços, encontra-se com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza.
Peter Bieri-Luthiger, que se faz acompanhar pela sua mulher e um alto funcionário do Parlamento suíço, vai igualmente manter encontros com as autoridades governamentais nacionais e visitar alguns projectos financiados pela Suíça nas províncias de Cabo Delgado e Nampula.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 06.07.2007

04-07-2007

Maputo quer a Índia mais envolvida nas energias renováveis

O governo moçambicano quer que a Índia, que desde 2006 integrar a lista dos 10 principais investidores em Moçambique, se envolva mais envolvida na implantação e disseminação de energias renováveis no país.
Para o ministro moçambicano da Energia, que falava na abertura do terceiro Encontro Empresarial do Conclave Índia/África Austral, que decorre desde domingo em Maputo, esta é uma área onde a Índia "tem uma experiência bastante avançada".

"Gostaríamos de ver o envolvimento da Índia no campo de energias renováveis. Este país tem uma experiência bastante avançada nessa área, tanto na energia solar como nos bio-combustíveis. A sua tecnologia é boa, simples e fácil e isso é o que precisamos para combater a pobreza" em Moçambique, disse Salvador Namburete.
Perante o ministro indiano do Estado para as Relações Exteriores, Anand Sharma, o governante moçambicano manifestou ainda interesse em ver a Índia mais envolvida nas áreas agrícola, de agro-processamento, indústria, recursos minerais, infra-estruturas e energias.
"Moçambique tornou-se num dos maiores destinos africanos do investimento proveniente de vários pontos do planeta, dentre eles a África do Sul, Grã-Bretanha, Maurícias, Irlanda, Portugal e Estados Unidos da América", e a "Índia encontra-se no ´top 10` dos maiores investidores no país", disse.
Namburete disse que a economia de Moçambique tem registado um crescimento assinalável como resultado dos megas projectos, bem como dos médios e pequenos empreendimentos em diversos sectores de actividade.
Dos mega-projectos apontou, como exemplos, a fábrica de fundição de alumínio MOZAL, o projecto de gás natural de Pande (na província de Inhambane, sul de Moçambique) explorado pela multinacional sul-africana Sasol, das areias pesadas de Moma (na província nortenha de Nampula) e o do carvão de Moatize (em Tete, centro do país).
Segundo o ministro moçambicano da Energia, todos estes empreendimentos totalizam um investimento acima dos quatro mil milhões de euros.
"Este sucesso em atrair investimento estrangeiro resulta de esforços concertados do governo, que incluem a promoção do enorme potencial de negócios que o país possui a investidores não tradicionais tais como a Índia, Malásia, Indonésia, China, Coreia do Sul e a Austrália', referiu.
O ministro destacou as reformas na gestão do sector público, judicial e financeiro e da estabilidade política como outros dos aspectos que visam tornar mais atractivo o ambiente de negócios no país.
Por seu turno, o ministro indiano do Estado para as Relações Exteriores, Anand Sharma, apontou a área da Agricultura como de importância vital no âmbito da cooperação bilateral.
Para Sharma, a aposta nesta área contribuirá grandemente para garantir a segurança alimentar em Moçambique e na África Austral.
Sharma sublinhou a importância de a Índia também cooperar com os países da SADC na área de medicina, sobretudo na sua componente de fornecimento de medicamentos a preços baixos.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 03.07.2007

28-06-2007

Laura Bush anuncia reforço do apoio ao combate à malária

A primeira-dama norte-americana, Laura Bush, anunciou hoje a concessão a Moçambique de um pacote de 507 milhões de dólares (377 milhões de euros) destinado a reabilitar estradas, apoiar a agricultura e generalizar o acesso a água potável no país.
Laura Bush falava no seminário Pio X, em Maputo, no âmbito da sua visita de um dia a Moçambique, destinada a avaliar os progressos alcançados com o programa de combate à SIDA e malária, lançado pelo Presidente norte-americano, George W. Bush, em 2003.
"Congratulo-me por poder hoje anunciar que, dentro de algumas horas, a administração da Millennium Challenge Corporation vai aprovar um pacote de 507 milhões de dólares (377 milhões e euros) para Moçambique", declarou a primeira-dama dos Estados Unidos, numa sessão em que participou a sua homóloga moçambicana, Maria da Luz Guebuza, o ministro da Saúde, Ivo Garrido, e o bispo Diniz Sungulene.
Na ocasião, Laura Bush especificou que o convénio tem como finalidade "reabilitar estradas do país e apoiar a agricultura", sendo a maior fatia (200 milhões de dólares, cerca de 148 milhões de euros) destinada a "providenciar água potável para áreas urbanas e rurais" em todo o território de Moçambique, desta forma "contribuindo para eliminar os meios em que se reproduzem os mosquitos e providenciar água potável a mais de dois milhões de pessoas".
A aprovação desta ajuda pelo Millennium Challenge Corporation (iniciativa lançada em 2004 do governo norte-americano) insere-se no empenho de Washington em "trabalhar com Moçambique para promover desenvolvimento económico a longo prazo", disse Laura Bush, lembrando que em 2002 Washington "promoveu a criação da conta dos desafios do milénio, que encoraja os governos a investirem no seu povo, a apostarem na liberdade económica e no crescimento e a tornarem-se mais transparentes".
No campo específico do combate à malária, Laura Bush anunciou também um reforço de dois milhões de dólares (1,48 milhões de euros) para um projecto em curso envolvendo várias confissões religiosas espalhadas pelo país.
"As comunidades de fé existem em todas as aldeias no país, providenciando educação para a saúde, treino e mobilização da comunidade. Os líderes religiosos podem alcançar os seus membros e alterar as suas atitudes e o seu comportamento em relação à malária", justificou.
Laura Bush lembrou ainda à assistência que a iniciativa de George W. Bush relativa à malária disponibilizou 17 milhões de dólares (12,6 milhões de euros) para o tratamento e prevenção da doença em Moçambique, tendo o primeiro projecto envolvido uma campanha de tratamento de meio milhão de redes mosquiteiras centrado na província da Zambézia (norte).

A primeira-dama de Moçambique lembrou, por seu turno, que a malária constitui ainda, em 2007, "a principal causa de morte em África", com especial incidência em crianças menores de cinco anos.
Destacando a importância do fortalecimento da capacidade institucional dos governos na implementação dos programas de erradicação da doença, Maria da Luz Guebuza saudou "todos os esforços" do governo norte-americano neste domínio.
À tarde, Laura Bush vai assistir, apenas acompanhada pela imprensa norte-americana, a uma campanha de pulverização contra a malária apoiada pelo fundo global "Fight AIDS, Tuberculosis and Malaria", que permitiu reduzir em 20 por cento a prevalência da malária em algumas aldeias moçambicanas.
De manhã, a primeira-dama foi recebida pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, tendo depois visitado o hospital pediátrico de Maputo.
Ao abrigo do Programa de Emergência Presidencial de Alívio à SIDA (PEPFAR, na sigla em inglês), aprovado pelo congresso norte-americano, a pedido de George W. Bush, Moçambique recebeu, em 2003, mais de 140 milhões de euros no âmbito do programa para apoio no combate à SIDA em 15 países de África e Caraíbas (PEPFAR), os mais afectados pela pandemia.
Actualmente, o pacote financeiro autorizado pelo congresso norte-americano em 2003 ultrapassa 11 mil milhões de euros e prevê, entre outras medidas, o alargamento do acesso de mais doentes aos anti-retrovirais.
Dados governamentais indicam que 110 mil pessoas irão receber tratamento anti-retroviral até 2008, contra 34 mil, este ano, e 16.200 em 2006, como efeito directo dos apoios concedidos no quadro do PEPFAR.
Mais de 16 por cento de um universo de mais de 19 milhões de moçambicanos estão infectados com o vírus do HIV/SIDA, contabilizando-se 500 novos casos de infecção diária.
A deslocação de Laura Bush insere-se numa digressão pelo continente africano, que a levará igualmente ao Botsuana e Zâmbia, dois países da sub-região da África Austral que também beneficiam do PEPFAR.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 27.06.2007

18-06-2007

Outras pistas

Lide Lídima
Por Afonso dos santos
Estamos certamente habituados a que o autor duma coluna de opinião apresente aí as suas próprias opiniões. E também estamos habituados a que os grandes campeões se limitem a fazer declarações sobre desporto, e, por vezes, adicionem umas frases de efeito fácil sobre qualquer coisa que esteja politicamente na moda, para agradarem aos poderes instalados.
Mas vamos hoje enveredar por outras pistas. O autor da coluna de opinião vai ceder o espaço às opiniões de outro alguém, que é um campeão de atletismo que, como se verá a seguir, também se mostra capaz de correr em outras pistas.
“O homem mais rápido da Europa nasceu em África, é português e vive em Madrid. Aos 16 anos, fugiu da Nigéria...”. Chama-se Francis Obikwelu, e tem actualmente 27 anos de idade. (Todas as citações, que serão apresentadas aqui, com a devida vénia, são de uma entrevista feita por Sofia Arêde, publicada no suplemento “Única” do jornal “Expresso”, 1786, 20.Janeiro.2007)
Mas não é exacto que Francis Obikwelu fugiu da Nigéria. É mais acertado dizer que ele simplesmente não voltou lá. Da Nigéria, ele saiu oficialmente, como elemento da selecção nacional júnior de atletismo desse país, para ir disputar o campeonato de África, em 1994, na Argélia, e, logo a seguir, o campeonato do Mundo, em Portugal.
Ficou em Portugal, como ilegal, é certo; e por isso não pôde continuar a ser atleta. Foi trabalhar como servente da construção civil. Ele conta: “Misturava cimento, carregava tijolos, às vezes oito andares. (...) Às vezes começávamos a trabalhar às seis da manhã e só terminávamos de madrugada. Vivia na obra. Havia construções que demoravam um ano e nós vivíamos lá, oito ou dez pessoas”.
Mas ele: “Pensava que voltaria a correr, que um dia ainda ia ter sorte”. E assim aconteceu, quando o Belenenses o acolheu, após um contacto feito por uma senhora inglesa, que tinha uma escola onde Obikewlu andava a aprender português.
Mas vamos vê-lo, agora, percorrendo outras pistas. Quando, na entrevista, lhe perguntam como é que ele reage às imagens dos milhares de imigrantes que tentam chegar à costa espanhola para entrar na Europa, ele responde: “Eles tentam conseguir uma vida. A culpa não é deles, mas sim dos nossos presidentes em África que roubam dinheiro e deixam as pessoas sofrer. As famílias querem comer, por isso arriscam-se a morrer no mar”.
Quanto à possível solução, ele acha que: “Há muitas. Primeiro, impedir que os presidentes africanos mandem dinheiro para bancos de outros países, como a Suíça”. E as suas opiniões prosseguem assim: “A Europa não precisa de mandar dinheiro para África. Há países ricos, o problema é que os presidentes desses países são mafiosos e roubam a riqueza do país. (...) Quando oiço na televisão que “temos que mandar dinheiro para África”, penso: “Não, isso não existe”. Primeiro, esse dinheiro não vai chegar a nenhum lado. Segundo, vão matar só para poderem ficar com ele. Se não mandarem dinheiro, ninguém vai tentar roubá-lo. (...) A democracia não existe em África. (...) Os presidentes estão lá quatro anos e só pensam em como podem roubar para depois viverem como reis. (...) Em África, quando alguém é bom, afastam-no. Como a nigeriana [Okonjo-Iewala] que foi vice-presidente do Banco Mundial. Fez um grande trabalho, mas o Presidente agora já não está interessado em mantê-la. Os que são bons nunca duram. Ou são afastados, ou são mortos”.
Quem quiser acusar Obikewlu de estar a alimentar a imagem negativa duma África de corruptos, deverá reparar que as suas palavras também apontam o dedo explicitamente à Europa, como sendo quem patrocina essas práticas, o que significa, no mínimo, que esse Continente é cúmplice. Mas, por outro lado, talvez já seja tempo de deixar de tentar tapar a sujeira com a peneira. A sujeira de cá não se limpa tentando deitá-la para os olhos de quem está a ver com toda a clareza o que se passa.
Aliás, outras palavras de Obikewlu ajudam a compreender que cada um deve correr por si. Ele diz: “Corro como se estivesse sozinho na pista”. E, quando lhe perguntam se não vê os adversários, ele responde: “Isso só atrapalha. Não tento apanhar o adversário. Isso é um erro porque estás a correr a prova de outra pessoa”.
E como quem diz que “correr não é chegar”, ele conclui: “Quase sempre parto atrasado, mas sou o mais rápido no Planeta nos últimos 40 metros. Não há ninguém neste mundo que faça os últimos 40 metros tão depressa como eu”.
Mas Obikewlu também corre numa outra pista: um projecto seu, que é uma escola de atletismo, e que, segundo ele esclarece: “Está a começar aos poucos no Algarve: uma academia para crianças e jovens que têm dificuldades ou que não têm família e precisam mais de ajuda. (...) Agora o que quero é ajudar jovens a vencer. Quando eu morrer quero ter sido importante para essas pessoas”.
E com este último ponto, pode afirmar-se que Francis Obikwelu, afinal, corre na pista principal, e que é esta: Quais são as pessoas para quem terás sido importante, quando morreres? E de que modo foste tu importante para essas pessoas?
SAVANA - 15.06.2007

14-06-2007

Maria de Lurdes Rodrigues admite envio docentes portugueses

A ministra da Educação portuguesa, Maria de Lurdes Rodrigues, admitiu hoje a possibilidade de enviar docentes portugueses para Moçambique, visando "elevar a língua portuguesa", um "desafio" para "todos" os Estados lusófonos.
Questionada sobre a hipótese de Portugal enviar professores para Moçambique, face à falta de vagas nas escolas portuguesa e à semelhança do que acontece com outros membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria de Lurdes Rodrigues foi peremptória: "é uma área de trabalho possível".
Esta "é uma área de trabalho possível (...) todos os países têm o desafio de elevar o português, incluindo Portugal, que todos os dias deve melhorar o ensino da língua portuguesa", disse a titular da pasta da Educação de Portugal durante a visita que realiza a Maputo.
Maria de Lurdes Rodrigues referiu que por as autoridades de Educação de Portugal e Moçambique nada terem definido sobre a matéria, o executivo português poderá propor a abertura de um dossier semelhante ao assinado com Macau, para onde, frequentemente, são enviados docentes que leccionam a disciplina de português.
Lurdes Rodrigues efectua desde terça-feira uma visita de trabalho de quatro dias a Moçambique para "redefinir programas de trabalho conjunto" com as autoridades moçambicanas, entre os "muitos que unem Portugal e Moçambique no que diz respeito ao sistema de educação".
Hoje, a titular da pasta de Educação de Portugal deslocou-se à Escola Primária e Secundária de Solidariedade, nos arredores de Maputo, um estabelecimento de ensino para crianças carenciadas, que conta com apoio da Cooperação Portuguesa.
A escola, inaugurada no primeiro trimestre deste ano, após reabilitação financiada por Portugal, alberga mais de dois mil alunos, entre crianças órfãs e carenciadas, que frequentam até ao nono ano de escolaridade.
Durante a visita àquela instituição de ensino, a governante portuguesa percorreu as diferentes salas de aulas, incluindo a de Informática, devidamente equipada com apoio de Portugal, no quadro das relações bilaterais com as autoridades moçambicanas na área de Educação.
Num pequeno encontro realizado no local, em que participaram membros da direcção da Escola Solidariedade e do executivo moçambicano, a ministra portuguesa enalteceu "a abertura do Governo de Moçambique" para permitir uma melhor educação das crianças, exercício esse que, reconheceu, é "muito difícil" num país pobre.
"A missão de ensinar e educar é sempre muito difícil, mas este exercício torna-se ainda mais difícil num país pobre" como Moçambique, disse Maria de Lurdes Rodrigues, que reconheceu o "importante papel" de Portugal na materialização destes objectivos.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 14.06.2007

13-06-2007

Caminhos sinuosos da ajuda externa

O ANTIGO presidente da República, Joaquim Chissano, reconhece que a ajuda estrangeira concedida a Moçambique, durante os anos em que esteve no poder, vinha com imposições e questionamentos sobre o paradigma de desenvolvimento.
Maputo, Quinta-Feira, 14 de Junho de 2007:: Notícias
Chissano falava domingo na Universidade de Oxford, Inglaterra, numa palestra subordinada ao tema “O Novo Rumo da Assistência ao Desenvolvimento”.
Livre de qualquer tipo de limitações inerentes ao cargo que ocupou anteriormente, Chissano agora pôde emitir a sua opinião sobre a ajuda internacional.
A opinião está em linha com aquilo que alguns críticos do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial (BIRD) e dos doadores bilaterais vêm dizendo há vários anos.
Leia em:
Download joaquim_chissano_caminhos_sinuosos.doc

10-06-2007

Reino Unido lidera investimento a Moçambique

Orçamento do Estado para 2008
Por Robben Jossai
O Reino Unido lidera o Grupo dos Parceiros de Apoio Progrático (PAP) ao Orçamento do Estado (OE), com 70.6 milhões de USD, dos 385.8 milhões de USD anunciados em finais de Maio último último, em Maputo.
O Banco Mundial (BIRD) está em segundo lugar, com 70 milhões de USD e a Comissão Europeia em terceiro, com 52.8 milhões de USD. A Suécia ocupa a quarta posição, com 44 milhões de USD, seguindo-se o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) com 28.9 milhões de USD, a Noruega com 24.1 milhões de USD, a Holanda com 20.4 milhões de USD, a Alemanha com 14.2 milhões de USD e a Irlanda com 11.3 milhões de USD.

Completam a lista a Dinamarca com 9.3 milhões, a Finlandia com 7.9 milhões, o Canadá e Suiça com 6.1 cada, Espanha com 5.6 milhões, Itália com 4.3 milhões, a Bélgica com 3.4 milhões, França 2.2, Áustria 1.8 e Portugal com 1.5 milhões de USD.
A concessão do montante, segundo o representante dos Parceiros de Apoio Programático (PAP), Thorbjorn Gaustadsaether, embaixador da Holanda, visa contribuir para o desenvolvimento do País, conforme as estratégias definidas no Plano de Acção e Redução da Pobreza Absoluta (PARPA), na sua segunda fase, esperando que o Governo elabore planos correctos e um orçamento adequado para reduzir a pobreza em 2008.
Para a concessão deste montante, segundo Gaustadsaether, foram observados alguns aspectos considerados essenciais no âmbito de parceria e colaboração entre o Governo e os Parceiros, como confiança, diálogo aberto e progresso, tendo em conta o desempenho do Governo em 2006.
Com efeito, os parceiros reuniram-se em Abril passado em cerimónia que marcou o encerramento da revisão conjunta entre as partes, na qual fizeram este compromisso. O G-19 previa um montante ainda maior, o que não aconteceu pelo fraco desempenho que se registou em alguns sectores que estão a beneficiar do seu pacote financeiro.
“Houve resultados bons em algumas áreas já identificadas, mas em outras áreas o fraco desempenho é preocupante. Durante a revisão conjunta as áreas que carecem de atenção especial, foram identificadas, tais como: a reforma legal, a produtividade no sector agrícola, a prestação de serviços públicos, o combate à corrupção, entre outras. A fim de manter a nossa relação baseada na confiança, precisamos de resultados e dum diálogo aberto em torno dessas questões – quer sejam políticas ou económicas”, disse.
“Os PAPs tinham previsto um aumento no apoio orçamental para 2008. Este aumento não se realizará por parte de alguns parceiros, em virtude do fraco desempenho. A Revisão Conjunta concluiu que, apesar de algumas reservas, o progresso alcançado em 2006 permite aos PAPs, manter o nível de apoio ao Orçamento do Estado”, acrescentou.
Aiuba Cuereneia, ministro da Planificação e Desenvolvimento, disse, por seu turno que já foram identificadas as áreas em que o financiamento será aplicado, como a reforma legal, o combate à corrupção, prestação de serviços públicos, agricultura, entre outros.
SAVANA - 08.06.2007

07-06-2007

Fundo de Estradas nas Finanças

Sonho dos doadores caiu por terra
”O Governo achou por bem manter o FE no MOPH”, Francisco Pereira, PCA do Fundo de Estradas
Faz hoje um ano que os doadores colocaram o Governo numa situação delicada, o imbróglio tem a ver com a exigência feita por aqueles no sentido de transferir o Fundo de Estradas (FE) da tutela do Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH) para o das Finanças.

Na altura, os financiadores do Governo invocaram como sendo fundamento da sua exigência (que mais tarde se transformou em proposta) a experiência doutros países em que os fluxos de financiamento para este sector (estradas) eram controlados pelos Ministérios das Finanças desses países.
A título de exemplo, She lling Dieter, do Banco Mundial, em conversa com este jornal acerca do assunto, avançou que alguns países da região Austral de África já tinham passado pela mesma experiência.
Leia em:
Download fundo_de_estradas_nas_finanas.doc

05-06-2007

Empreiteiros nacionais e portugueses dão-se a mão

A Câmara de Comércio de Portugal-Moçambique e a Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME), procuram maximizar benefícios mútuos em investimento na área de construção civil e transferência de tecnologias.
O facto ficou sabido quando um grupo de 16 empresários portugueses visitaram, semana finda, o nosso país à busca de oportunidades de negócio na área da construção civil. Durante a estadia, estes afirmaram ser prematuro determinar o seu investimento em Moçambique, mas adiantaram que há condições para o efeito.
Enquanto isso, a Federação Moçambicana de Empreiteiros, ma voz do vice-presidente Agostinho Vuma, afirmou que a entrada de investimentos estrangeiros no país, poderá potenciar a troca de experiências nas práticas de engenharia e segurança imobiliária internacionalmente aceites.
A FME existe desde Junho do ano passado e conta hoje com 11 associações provinciais de empreiteiros e está associada à Confederação das Associações Económicas nacionais, CTA.
Reclamações
Empreiteiros nacionais reclamam as limitações na concessão de crédito estrangeiro às empresas nacionais de construção civil com vista a potenciar a sua capacidade produtiva. Segundo a FME, tal situação é criada pelo Aviso n.5/2005 do Banco de Moçambique.
Segundo o artigo número 1 do referido aviso, “as instituições de crédito que concederem crédito em moeda estrangeira à clientes não exportadores deverão, no acto da concessão, criar uma garantia específica de 50% do valor concedido. No entanto, os empreiteiros encontram uma barreira neste aspecto.

Tabela 1: Provisões específicas para crédito
Entidades/Provisões...................No acto de concessão................Crédito vencido
Exportadores e restantes entidades ..........0%......................................75%
Outras entidades..................................50%.....................................100%

Exceptua-se do disposto no artigo 1, o crédito concedido em moeda estrangeira que tenha como garantia um crédito documentário irrevogável de exportação, contrato ou outro documento equiparado a favor do cliente.
O PAÍS - 04.06.2007

01-06-2007

Moscovo quer reforçar investimento em Moçambique

Várias empresas russas encontraram parceiros em Moçambique e estão a preparar projectos em áreas como a energia e exploração de recursos minerais, afirmou o chefe da diplomacia russo, após um encontro com a sua homóloga moçambicana, Alcinda Abreu.
"As nossas conversações com a ministra dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Alcinda António de Abreu, confirmaram que as relações lançadas no período da luta de Moçambique pela independência têm um firme fundamento e boas perspectivas", declarou Serguei Lavrov, em conferência de imprensa conjunta com Alcinda António de Abreu, em visita à capital russa.
O chefe da diplomacia russa considerou que "agora, coloca-se a tarefa de construir um alicerce económico para as estreitas ligações políticas".
"Por enquanto, o comércio entre os nossos países é pouco, mas cresce a ritmos muito grandes, vamos apoiá-los", acrescentou Lavrov.
Serguei Lavrov anunciou que "toda uma série de empresas russas encontraram parceiros em Moçambique e preparam projectos em áreas como a energia e exploração de recursos minerais".
Moscovo vai também aumentar a cooperação no sector da educação, nomeadamente através do aumento do número de estudantes moçambicanos em institutos superiores russos.
"Realizam-se o intercâmbio de pós-graduados. Em Moçambique trabalham professores e médicos russos. Os nossos órgãos de segurança pública cooperam estreitamente no combate ao terrorismo e crime organizado", acrescentou o chefe da diplomacia russa.
Segundo Lavrov, "a Rússia participa activamente na solução das tarefas colocadas pela ONU e pelo G-8 (sete países mais industrializados e Rússia) com vista a melhorar a situação no continente africano", nomeadamente em relação "ao perdão da dívida dos países africanos, à preparação de capacetes azuis africanos".
"Nós apoiamos os esforços dos países africanos, as suas organizações regionais na regularização de conflitos no continente. Os nossos capacetes azuis participam em todas as operações da ONU que se realizam em África", acrescentou.
"Hoje, acordámos começar a preparar toda uma série de importantes acordos bilaterais e continuar os nossos contactos estreitos", concluiu Lavrov, no que diz respeito às relações entre Moscovo e Maputo.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 01.06.2007

26-05-2007

Doadores apoiam OE para 2008, mas estão insatisfeitos com a corrupção

Os doadores internacionais garantiram na quinta-feira cerca de 287 milhões de euros em apoio ao Orçamento Geral do Estado (OGE) moçambicano para 2008, mas criticaram os "fracos resultados" no combate à corrupção.
A garantia foi dada em Maputo durante um encontro entre o governo e os 19 doadores internacionais, incluindo Portugal, agrupados nos "Parceiros de Apoio Programático", que vêm ajudando directamente o OGE.
"O nosso compromisso de hoje é a maior contribuição para o desenvolvimento deste país. Contamos com o governo na elaboração de planos correctos e um orçamento adequado em 2008 para reduzir a pobreza", que assola mais de 50 por cento dos cerca de 18 milhões de moçambicanos, sublinhou o embaixador da Noruega em Maputo e presidente da chamada "troika" dos doadores, Thorbjorn Gaustadsaether.
Os parceiros de Moçambique tinham previsto "um aumento substancial no apoio ao Orçamento, mas esse incremento não se realizará devido ao fraco desempenho do governo nalgumas áreas", ressalvou Gaustadsaether.
A comunidade internacional apontou a lentidão no combate … corrupção, na reforma legal e na promoção de uma agricultura mais competitiva como as principais fraquezas do governo moçambicano, precisou o embaixador norueguês.
"As áreas que carecem de atenção especial foram identificadas e incluem a reforma legal, o combate … corrupção, a prestação de serviços públicos e a produtividade no sector agrícola", prosseguiu Thorbjorn Gaustadsaether.
Segundo o diplomata, no desempenho de 2006 houve resultados bons em algumas áreas, mas noutras a prestação "é preocupante".
Para funcionar, o Estado moçambicano depende do apoio externo em 50 por cento, socorrendo-se dos recursos internos para financiar a outra metade do seu orçamento.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 25.05.2007

24-05-2007

Parceiros confirmam compromissos para 2008

TEM lugar esta manhã, na sede do Ministério de Planificação e Desenvolvimento, em Maputo, a cerimónia de confirmação dos compromissos dos parceiros de apoio programático para 2008 e o lançamento da base de dados sobre o financiamento externo (ODAmoz).
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Maio de 2007:: Notícias
A confirmação dos compromissos para 2008 será feita pelo embaixador da Noruega, seguindo-se a intervenção do titular da pasta de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia e uma conferência de Imprensa a anteceder o lançamento do ODAmoz.

No distrito de Mopeia: Zonas baixas clamam pelo desenvolvimento

-segundo Linete Olofson, ex-deputada pela Renamo, que decidiu criar associação para combater a pobreza naquele ponto da Zambézia
A EX-DEPUTADA pela bancada parlamentar da Renamo-União Eleitoral Linete Olofson considera que as zonas baixas do distrito de Mopeia, na província da Zambézia, se encontram no esquecimento total, no que diz respeito à assistência governamental para promover o desenvolvimento. Com base nesta constatação, Linete Olofson decidiu criar uma associação denominada Nfuma Yatho (a nossa riqueza) que já está a executar um projecto que visa melhorar as necessidades básicas das camadas pobres e desfavorecidas, naquilo que designou um singelo contributo à luta contra a pobreza.
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Maio de 2007: Notícias
Falando à reportagem do “Notícias” em Maputo, Linete Olofson disse que o projecto, que tem em vista incutir nas pessoas a necessidade se ajudarem a si mesmas, está focalizado nas comunidades de Sangalaza e Samorenge, nas zonas baixas do distrito de Mopeia e tem uma atenção especial ao género. Várias iniciativas concretas estão já em curso no âmbito do projecto, que preconiza a melhoria da dieta alimentar, o auto emprego e a criação de bases para a auto-sustentabilidade das famílias locais.
Leia em:
Download no_distrito_de_mopeia_zonas_baixas.doc

14-05-2007

Moçambique e Portugal firmam acordo técnico-policial

NO quadro de cooperação entre os Governos de Moçambique e Portugal em matéria de segurança, foi assinado ontem em Maputo um protocolo de cooperação técnico-policial entre o Ministério do Interior e o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), que prevê a concessão de dois milhões de euros ao país.
Maputo, Terça-Feira, 15 de Maio de 2007:: Notícias
Segundo o secretário permanente no Ministério do Interior, Zefanias Muhate, falando à Imprensa momentos após a assinatura do acordo, trata-se de um acto cujo objectivo é o desenvolvimento do capital humano para melhorar cada vez mais os serviços prestados ao público. “É um projecto que visa capacitação de recursos humanos, envolvendo diferentes especialidades, incluindo o ramo da Migração”, disse. Por seu turno, o vice-presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), Artur Lemi, disse que o projecto, avaliado em dois milhões de euros para o presente ano, inclui o apoio bibliográfico à Academia de Ciências Policiais (ACIPOL).

Moçambique e Zimbabwé partilham gestão na bacia do Púnguè

Moçambique e Zimbabwé viram, recentemente, reforçados os laços de amizade e cooperação através do lançamento, há dias, do projecto de gestão integrada dos recursos hídricos da bacia do rio Púnguè, avaliado em 65 milhões de dólares americanos financiados pela Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI). Trata-se de uma iniciativa que poderá trazer múltiplas vantagens para o país, sobretudo na reactivação das intenções da construção da barragem de Bué-Maria, na província de Sofala, cujo empreendimento havia sido desenhado no período colonial.
Em termos de benefícios sociais, está previsto que através do projecto sejam construídas infra-estruturas públicas, abertura de linhas de crédito para o desenvolvimento de actividades agrícolas com vista à minorar o sofrimento das comunidades que habitam as cercanias da bacia, assim como a formação de técnicos e das comunidades.
O projecto, que não só pretende criar um quadro de gestão conjunta como também garantir o desenvolvimento sustentável, foi tornado público na cidade da Beira pelos representantes do dois países, nomeadamente o ministro das Obras Públicas e Habitação de Moçambique, Felício Zacarias, e o titular da pasta dos Recursos Hídricos do Zimbabwé, Munacho Muteszo.
Falando por ocasião do evento, a parte zimbabweana disse que “a iniciativa reveste-se de extrema importância..., tendo-se a esperança de se concretizar os nossos sonhos em prol das nossas comunidades, uma vez que esta estratégia vai eliminar a situação dramática em que a população era sujeita em períodos de seca ou cheias”.
Sabe-se que a ASDI financiou inicialmente os estudos estratégicos daquela bacia com um montante de cinco milhões de dólares. Este estudo permitiu estimar o número da população ribeirinha do vale, que banha ambos países, que ronda em 1 200 000 com previsões de chegarem a 2 000 000 em 2023.
O PAÍS - 14.05.2007

07-05-2007

União Europeia e Noruega pagam duas embarcações para fiscalização marítima a Moçambique

Maputo, Moçambique, 07 Mai - O Ministério das Pescas de Moçambique vai receber até Junho próximo duas embarcações para a fiscalização marítima, adquiridas com fundos disponibilizados pela União Europeia e pela Noruega, informou o jornal Notícias, de Maputo.
De acordo com o jornal, a informação foi prestada por Hermínio Tembe, director nacional de Economia Pesqueira, que falava a jornalistas à margem da cerimónia de apresentação formal do desenho final do projecto de reconstrução do porto de pesca da Beira, cujas obras arrancarão em Julho próximo, com a duração de 32 meses.
Tembe reconheceu que até aqui a fiscalização marítima em Moçambique é quase inexistente, por falta, essencialmente, de meios para o efeito.
Adiantou que o seu departamento tem frequentemente fretado embarcações de países vizinhos, como é o caso da África do Sul, para trabalhos pontuais, o que, assegurou, não é suficiente para dar resposta ao problema.
Hermínio Tembe disse ainda que recentemente o Ministério da Defesa Nacional recebeu algumas embarcações doadas pelo governo dos Estados Unidos da América, mas que também não conseguem dar uma resposta cabal à actividade de pesca ilegal, em que diariamente navios apanham grandes quantidades de pescado, com particular destaque para o camarão do banco de Sofala, que inclui parte das províncias de Nampula, Zambézia, Sofala e Inhambane.
O director nacional de Economia Pesqueira garantiu que foram recentemente apreendidas algumas embarcações que se dedicavam à pesca ilegal mas não revelou nem a proveniência dos infractores nem as quantidades de pescado apreendidas. (macauhub)

05-05-2007

Felício Zacarias nega imposição de doadores

O ministro das Obras Públicas e Habitação, Felício Zacarias, diz que os doadores não devem impor prazos para a reestruturação da Administração Nacional de Estradas – ANE, na medida em que compete a si zelar todos assuntos adstritos àquele Ministério.
Este pronunciamento surge em refutação à alegada violação do termo imposto pelos doadores para reorganização da ANE.
Nos princípios deste ano, os doadores do sector de estradas impuseram condições para financiarem o segundo programa de estradas no país. Uma das exigências era que até 01 de Abril, a ANE tivesse um novo director-geral seleccionado através de um concurso público.
Entretanto, a posição dos doadores não foi cumprida, e quando questionado sobre o incumprimento deste prazo, Zacarias mostrou firmeza, alegando que não vai admitir imposição de prazos no processo.
De recordar que o director-geral da ANE é nomeado pelo Ministro das obras Públicas e Habitação.
O PAÍS - 04.05.2007

02-05-2007

Alfândegas frustram sul-africanos

Mais de uma tonelada de roupas doadas por uma congregação religiosa da vizinha África do Sul e destinada
às vítimas das Cheias, do Cicloe Fávio e das explosões do PAIOL de Mahlazine, encontra-se retida desde Março último pelas Alfândegas de Moçambique, alegadamente, por a seita religiosa não querer pagar os direitos aduaneiros.
De acordo com Armando Ferro, responsável na Igreja Assembleia de Deus(AD), “as Alfândegas exigem acima de 34 mil Meticais, quase o equivalente ao dobro da roupa nova, tendo em conta que esta é de segunda mão”.
Agastados, os religiosos dirigiram-se ao Departamento dos Assuntos Religiosos, instituição afecta ao Ministério da Justiça, tento esta aconselhado aos mesmos a contactar o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais(INGC).
Conforme a fonte, nem no INGC os religiosos obtiveram uma resposta satisfatória, tendo esta, aconselhado aos mesmos, a juntar fundos com vista ao pagamento de direitos aduaneiros.
Segundo Armando Ferro, “a palavra de ordem dos religiosos sul-africanos da localidade de «Guiana» era de ajudar as pessoas que ficaram sem nada”.
Outro problema frustrante salientado por Ferro está no facto do camião que levava a mercadoria ter ficado retido vários dias o que, “de certa forma prejudicou os sul-africanos”; tendo em conta que o mesmo foi alugado.
Pese embora, o pastor da AD explicou ao «vt» que esforços estão sendo envidados com vista a solucionar o problema o mais rápido possível.
Entretanto, tentativas para ouvirmos o parecer das Alfândegas de Moçambique redundaram em fracasso pois, a pessoa indicada não estava acessível.
(J. Chambale) - VERTICAL - 02.05.2007

Universidade de Aveiro na recuperação do Parque da Gorongosa

A reintrodução de grandes mamíferos africanos no Parque Nacional da Gorongosa (Moçambique) vai ser acompanhada por biólogos da Universidade de Aveiro, Portugal, no âmbito de um protocolo hoje assinado pelas duas instituições, anunciou fonte académica.
A Universidade de Aveiro é a primeira instituição universitária europeia a assinar um protocolo de cooperação científica com o Parque Nacional da Gorongosa/Fundação Carr, que pretende associar várias entidades congéneres à recuperação do Parque.
De acordo com fonte académica, já está na Gorongosa uma investigadora de doutoramento do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, no âmbito da cooperação científica com o Parque Nacional da Gorongosa, que na Europa vai associar também o Instituto Durrel para a Conservação e Ecologia, da Universidade de Kent, Inglaterra.
O Parque Nacional da Gorongosa/Fundação Carr prevê também assinar acordos de cooperação com a Universidade do Zimbabwe, Universidades de Pretória e da Cidade do Cabo (África do Sul) e com o Centro para a Ciência da Floresta Tropical, do Instituto Smithsonian.
O protocolo de cooperação científica celebrado com a Universidade de Aveiro prevê o desenvolvimento de acções conjuntas de investigação e gestão nas áreas da Biologia, Ecologia e Biodiversidade.
O acompanhamento e estudo das reintroduções de populações de grandes mamíferos africanos no Parque Nacional da Gorongosa é uma das vertentes do protocolo, que contempla ainda o intercâmbio de cientistas e alunos de pós-graduação, que poderão efectuar os seus trabalhos no Parque da Gorongosa.
No âmbito do programa "Biologia na Noite", organizado pela Universidade de Aveiro, Carlos Lopes Pereira, Chefe do Departamento Veterinário do Parque Nacional da Gorongosa, profere hoje uma palestra sobre as estratégias de repovoamento daquele parque.
O Parque Nacional da Gorongosa fica situado na província central de Sofala, em Moçambique, e foi estabelecido na década de 60 do século XX, tornando-se um dos parques de referência da África Austral.
O conflito armado pós-independência de mais de uma década e o vazio institucional que se prolongou mesmo depois da assinatura dos acordos de paz em 1992, conduziu à destruição de mais de 98 por cento dos grandes mamíferos que ali habitavam.
De acordo com dados divulgados pelos responsáveis pelo PNG, em meados de 1994 saíam da Gorongosa entre 30 a 60 toneladas de carne por mês.
Apesar dessa depredação, o PNG sobreviveu e começou a recuperar, existindo presentemente milhares de animais de algumas espécies tais como a Piva, o Oribi e o Facocero, além de uma população residual de cerca de 30 leões.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 02.05.2007

26-04-2007

Doadores voltam à carga

— Banco Austral, Justiça e Agricultura foram os temas quentes
Por Francisco Carmona
O Governo e o grupo de doadores (conhecido por Parceiros de Apoio Programático, PAP) reuniram-se esta semana para mais um diálogo político. A incontornável auditoria forense ao Banco Austral, a problemática do sector da justiça e o sempre presente tema sobre a corrupção foram as principais matérias quentes que estiveram por cima de mesa.
Os doadores lamentaram a ausência do ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, pessoa que normalmente preside este tipo de reuniões, num protesto por escrito.
“Não propriamente o facto de estar em viagem e a reunião já ter sido marcada e acordada há bastante tempo, mais a falta de informação e consulta ao nível apropriado preocupa os embaixadores” (sic), referem os doadores pelo punho do embaixador Frans Bijvoet da Holanda.
O encontro de “diálogo político” foi passado de segunda para terça-feira sob a presidência do ministro das Finanças, Manuel Chang. Cuereneia, ao que apurámos, está de visita à RP da China.
Leia em:
Download doadores_voltam_carga.doc

22-04-2007

Associação do Porto (Portugal) apoia órfãos de Quelimane

Crianças órfãs da "Casa Esperança" em Quelimane, Moçambique, são desde há alguns meses apoiadas financeiramente por tutores portugueses que asseguram as suas despesas de sobrevivência no âmbito de um projecto de associação de solidariedade sedeado no Porto.
A Associação de Tutores e Amigos das Crianças Africanas (ATACA) foi criada em Agosto de 2006 por um grupo de cerca de 20 pessoas, a maioria ex-alunos de um colégio privado da cidade do Porto.
Iniciaram a actividade por Moçambique, por ser o país onde muitos dos fundadores da ATACA já participaram em experiências de voluntariado, segundo disse o vice-presidente Tiago Ribeiro.
"Em Maputo e Quelimane temos protocolos com lares e centros de acolhimento de crianças que nos ocuparão nesta fase de arranque e consolidação da ATACA", acrescentou.
Leia em:
Download associao_do_porto_apoia_crianas.doc

18-04-2007

Parceiros incrementam apoios à reforma do sector público

Tendo em vista o combate à corrupção
O Governo de Moçambique e os parceiros do programa da reforma do sector público assinaram,
esta terça-feira, um memorando de entendimento que tem em vista apoiar a implementação das actividades
inscritas na fase II da reforma do sector público(2006/2011), com enfoque na restruturação do sector público, descentralização e melhoria da prestação de serviços e profissionalização da administração pública.
O memorando rubricado surge do reconhecimento dos parceiros da cooperação internacional sobre a importância desta reforma no conjunto da operacionalização dos programas e projectos de desenvolvimento
do país.

O acordo foi rubricado pela Presidente da Autoridade Nacional da Função Pública(ANFP), Vitória Dias Diogo, em representação do Estado moçambicano, e pelos embaixadores dos Países assinantes do Fundo Comum,
nomeadamente Dinamarca, Reino Unido, Suécia, Irlanda e ainda pelos representantes dos parceiros da Reforma do Sector Público, designadamente a Noruega, a Itália, a Holanda e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD).
Na ocasião, o embaixador da República da Irlanda, Frank Chirindane, disse que ao apoiarem a segunda fase desta reforma, os parceiros pretendem consubstanciar os esforços de combate à corrupção em Moçambique.
Por sua vez, a Presidente da ANFP disse que nesta segunda fase da reforma do sector público, o Governo está comprometido em trazer os resultados que possam fortalecer as reformas já iniciadas.
Segundo Diogo, a fase dois da reforma dá especial enfoque à implementação da restruturação e racionalização das organizações do sector público, a descentralização e capacitação dos órgãos locais do Estado na profissionalização da função pública.
Diogo acrescentou que constituem igualmente prioridade, todas as acções que têm em vista a melhoria de sistema de gestão financeira e patrimonial do Estado, a implementação das estratégias anti-corrupção e o
aprofundamento da reforma do sector da administração da justiça.
A fase dois da reforma do sector público, segundo a timoneira da ANFP, assenta em quatro pilares, nomeadamente, a melhoria da prestação de serviços aos cidadãos e ao sector privado; o fortalecimento da capacidade dos órgãos locais com enfoque nos distritos; a profissionalização do função pública e o fortalecimento de sistema de boa governação no combate intransigente e permanente à corrupção.
O Fundo Comum desembolsou perto de vinte milhões de dólares destinados ao financiamento da fase II da
reforma do sector público(2006/2011).
Refira-se que o apoio do Fundo Comum complementa o financiamento do Banco Mundial, na ordem dos 28 milhões de dólares cujo acordo de financiamento foi assinado em Dezembro passado entre o Governo moçambicano e aquela instituição financeira.
(Daniel Paulo) - MEDIA FAX - 18.04.2007

14-04-2007

Da escola visitada por Luís Amado: Melhores estudantes vão visitar Portugal

Amado_moc
Luís Amado, entre a vice-ministra Antónia Xavier, e o padre Anastácio Jorge
UM grupo dos melhores alunos da Escola Secundária Solidariedade, no bairro de Mavalane, nos arredores da cidade de Maputo, passarão a ir para Portugal com vista à interacção com estudantes locais, no quadro da cooperação entre ambos a países.
Maputo, Sábado, 14 de Abril de 2007:: Notícias
A promessa foi feita ontem pelo ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, durante a visita que efectuou àquela unidade de ensino construída pela paróquia de Mavalane, da Igreja Católica, com apoio da Cooperação Portuguesa.
O primeiro grupo dos melhores alunos da “Solidariedade” deverá seguir para Lisboa nos finais do presente ano, segundo garantiu o ministro Luso, embora sem avançar o número dos seleccionados.
Para além daquela escola, Luís Amado visitou ainda outros dois projectos em curso no mesmo local, nomeadamente uma unidade de formação profissional, denominada Centro Vocacional Mães de Mavalane, e um lar que acolhe crianças pobres e órfãs.
Segundo informações dadas por Anastácio Jorge Martins da Rocha, padre responsável pela Paróquia de Mavalane, o centro de formação, inaugurado em 2004, lecciona cursos de Informática, Língua Inglesa e Francesa, bem como outros nas áreas de artes e ofícios como Pintura e Sapataria, graduando uma média de 800 formandos por ano.
O lar acolhe, actualmente, 337 crianças e oferece-lhes, para além do alojamento, vestuário, alimentação e educação na Escola Solidariedade, bem como em outras unidades de ensino da capital do país, segundo disse o padre Anastácio Jorge.
A escola, recém-reabilitada pelo presidente do Conselho Municipal da Cidade, Eneas Comiche, possuem 21 salas mobiladas, 60 professores e pouco mais de 2600 alunos da primeira até nova classe.
O ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal visitou ainda uma iniciativa de um grupo de mães que desenvolve cursos de culinária, corte e costura e economia doméstica, tendo dito no fim que ficou muito bem impressionado com as actividades que viu naquele local.
Na delegação oficial no local constava, para além dos portugueses que acompanham Luís Amado, quadros da Educação e Cultura, como a Vice-Ministra, Antónia Xavier, e o director da cidade, Dinis Mungói.

11-04-2007

Apoio directo português ao Orçamento moçambicano renovado até 2009

Portugal e Moçambique renovaram hoje o acordo bilateral que prevê a contribuição directa portuguesa para o Orçamento do país durante o período 2007-2009, avaliada para este ano em 1,5 milhões de euros.
O convénio foi assinado em Maputo pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, e de Moçambique, Alcinda Abreu, no âmbito da visita de dois dias do chefe da diplomacia português ao país.
A contribuição portuguesa, afirmou Luís Amado, é um "apoio simbólico" que reflecte a "grande confiança" de Portugal e de um conjunto de parceiros internacionais na capacidade de Moçambique gerir os fundos postos à disposição do país para "resolver os problemas com que se confronta".
A contribuição portuguesa enquadra-se na Parceria de Apoio Programático (PAP), uma plataforma de 18 parceiros de cooperação criada em 2004 que prestam apoio directo ao Orçamento de Estado de Moçambique.
Além de Portugal, fazem ainda parte do grupo de países e organizações (conhecido por "G-18", um dos maiores programas conjuntos em África) a Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Reino Unido, Suécia e Suíça, os banco Mundial e Africano de Desenvolvimento (BAD) e a Comissão Europeia.
O objectivo do apoio directo ao Orçamento de Estado moçambicano, que assegura quase metade das contas públicas do país, é garantir eficiência no apoio financeiro à implementação do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA).
No ano passado foram canalizados para o Orçamento de Estado moçambicano através do PAP cerca de 330 milhões de dólares (250,7 milhões de euros), o equivalente a cerca de um terço de todo o apoio externo ao governo do país.
A ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros saudou, por seu turno, a iniciativa em que Portugal se insere, que "dá maior apropriação e liderança ao Governo de Moçambique".
"O apoio directo ao Orçamento de Estado depende da planificação que nós fazemos no plano económico e social. É uma forma de cooperação que dá maior apropriação e liderança ao governo de Moçambique, poder usar os fundos de acordo com as prioridades de acordo com as prioridades definidas pelo Governo no Plano Económico e Social", afirmou.
No final do encontro de mais de duas horas, Alcinda Abreu defendeu a necessidade de promover "um maior dinamismo" nas "relações entre o empresariado moçambicano e português", com destaque para as pequenas e médias empresas e para o sector do turismo.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 11.04.2007

06-04-2007

Parlamento deve promover debate sobre ajuda externa - defende a deputada Ana Rita Sithole no seminário sobre o papel dos parlamentos nas relações ACP-UE

A DEPUTADA Ana Rita Sithole, chefe do grupo parlamentar ACP-UE, defendeu, ontem em Maputo, a necessidade de a Assembleia da República realizar debates específicos sobre a ajuda externa canalizada a Moçambique antes da aprovação do Orçamento do Estado, por forma a promover a transparência, a boa governação e o reforço das instituições democráticas.
Maputo, Sexta-Feira, 6 de Abril de 2007:: Notícias
Oradora do tema “iniciativas e perspectivas dos parlamentares moçambicanos relativamente ao acompanhamento da cooperação UE-ACP” no seminário sobre o papel dos parlamentos nas relações entre os países da África, Caraíbas e Pacífico (ACP) e a União Europeia (UE), Ana Rita Sithole disse ser preciso reforçar a capacidade da Assembleia da República face aos desafios que se colocam à implementação do Acordo de Cotonou, no Benin, assinado em 23 de Junho de 2000.
Leia em:
Download parlamento_deve_promover_debate_sobre_ajuda_externa.doc

“Joaquim Chissano” apoia desenvolvimento de turismo

A FUNDAÇÃO Joaquim Chissano (FJC) pretende apoiar o processo de desenvolvimento de turismo, manutenção e conservação das áreas transfronteiriças da zona sul do país. Para efeito, aquela agremiação assinou na última quarta-feira, em Maputo, um memorando de entendimento com a African Wildlife Foundation (AWF), uma organização não governamental norte americana que se dedica a conservação da natureza, a trabalhar na região da África Austral.
Maputo, Sexta-Feira, 6 de Abril de 2007:: Notícias
Com a duração de cinco anos, o memorando tem o objectivo de implementar o processo do envolvimento do sector privado e das comunidades locais no desenvolvimento do turismo nas Áreas de Conservação Transfronteiriças (TFCAs), com destaque para os parques de Limpopo e Banhine.
Leia em:
Download joaquim_chissano_apoia.doc

26-03-2007

Títulos de Condução Portugal/Moçambique

Em anexo segue a correspondência mantida com um técnico superior da DGV (Direcção Geral de Viação em Portugal), que devem ser denunciadas em Moçambique sob pena de vermos delapidados tudo aquilo por que lutamos. Em Portugal continuam a deter Moçambicanos que ousam dirigir com os títulos Moçambicanos. Por favor denuncie o caso que, a semelhança de Angola, apenas uma posição de força obrigara os dirigentes Portugueses a mudar de postura. Leiam p.f. com atenção todos e-mail e vejam a contradição e ilegalidade cometida.
Abraço amigo
José Xavier Da Silva / Carlos Vieira
Leia em:
Download apanhado_da_correspondencia_da_dgv_1.doc
NOTA:
Este assunto está resolvido com Angola e Cabo Verde. Para quando com os restantes PALOPS?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

24-03-2007

UNICEF abre “site” sobre criança moçambicana(2)

É este o link para a UNICF MOÇAMBIQUE:
http://www.unicef.org/infobycountry/mozambique.html
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2007/03/unicef_abre_sit.html

21-03-2007

Portugueses em Luanda satisfeitos com acordo «Mantorras»•

Portugueses contactados em Luanda manifestaram-se hoje satisfeitos com o acordo alcançado na segunda-feira, em Lisboa, quanto ao reconhecimento mútuo de cartas de condução entre Angola e Portugal, diploma que, foi sugerido, bem podia receber o nome de Mantorras.
"Acho que o acordo é muito benéfico", disse o director comercial da SOMAGUE Angola, Carlos Vilar, acrescentando que "só peca por ter sido tardio".
Segundo Carlos Vilar, o problema não é novo, só que "não tinha atingido ainda ninguém importante".
"Há muito tempo que os angolanos estavam a ser molestados em Portugal por conduzirem com cartas de condução de Angola, só que o problema chegou ao Mantorras e levantou-se toda essa questão", disse Carlos Vilar, acrescentando que "esse acordo deveria chamar-se Mantorras".
Leia em:
Download portugueses_em_luanda_satisfeitos_com_acordo.doc

17-03-2007

Parlamentares franceses visitam o país

CHEGA brevemente ao nosso país uma delegação de deputados franceses do Grupo de Amizade França-Moçambique, encabeçados pelo presidente do mesmo grupo, André Chassaigne.
Maputo, Sábado, 17 de Março de 2007:: Notícias
Eles vêm ao país a convite do Presidente da Assembleia da República (AR) Eduardo Mulémbwè, tendo agendados encontros com a ministra na Presidência para os Assuntos Parlamentares, com os chefes das duas bancadas e participarão nos grupos de trabalho da AR. Está igualmente agendada uma deslocação à cidade da Beira onde, para além de se encontrarem com a comunidade francesa residente naquela província, manterão encontros com o governador de Sofala e o presidente do município.

14-03-2007

Moçambique quer Maurícias na Agricultura e no Turismo

António Fernando (dir) com Alain Laridon, alto-comissário das Maurícias
Mauricias
O GOVERNO do nosso país pretende que a República das Maurícias tenha maior intervenção na Agricultura e no Turismo nacionais, com vista ao desenvolvimento daquelas áreas, uma vez que reconhece a grandeza da experiência detida pelos ilhéus nas actividades mencionadas. A intenção foi manifestada segunda-feira, em Maputo, pelo Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando.
Maputo, Quarta-Feira, 14 de Março de 2007:: Notícias
De acordo com aquele ministro, que falava no âmbito das festividades do 39º aniversário da independência das Maurícias, que se celebrou na segunda-feira, 12 de Março, apesar de os mauricianos já possuírem interesses na Açucareira de Mafambisse, em Sofala, e na produção avícola, em Maputo, o Governo gostaria de os ver também na produção agrícola e no sector turístico.
“Queremos que as Maurícias expandam mais a sua cooperação na área do açúcar, na Agricultura e, porque não, no Turismo. Os mauricianos têm grande experiência nesses sectores”, disse.
O balanço das relações diplomáticas entre os dois países é visto como sendo positivo, dada a participação
das Maurícias em vários sectores da actividade económica e industrial de Moçambique, havendo ainda ligações culturais entre os dois povos.
Segundo António Fernando, que esteve nas festividades organizadas pelo Alto-Comissariado das Maurícias em representação do país, o Governo continuará a convidar o empresariado mauriciano no sentido de intensificar os seus investimos em Moçambique. “O Governo não poupará esforços para atrair mais o empresariado mauriciano para investir em vários sectores da economia nacional”, garantiu o ministro, enaltecendo a estabilidade política vivida pela Maurícias como sendo motivo de orgulho para todo o Continente Africano e que o desenvolvimento das relações entre Port Louis e Maputo traduz-se, hoje, na crescente participação daquele país em importantes sectores da economia nacional.
Por sua vez, o alto-comissário das Maurícias, Alain Laridon, disse que o Executivo do seu país está empenhado na transferência de tecnologia para Moçambique e em áreas de formação para técnicos de hotelaria e turismo, bem como no comércio.

11-03-2007

SOLIDARIEDADE COM MOÇAMBIQUE

É sabido haver milhares de deslocados em consequência das cheias do Rio Zambeze e do ciclone "Fávio", em Moçambique.
A catástrofe colocou milhares de desalojados sem bens alimentares, sem roupas, sem habitação e sem qualquer tipo de recursos a prazo imediato, médio e longo, pois as cheias e o ciclone destruíram-lhes, em particular nas províncias de Inhambane, Sofala, Manica, Tete e Zambézia, toda a sua produção agro-pecuária, habitações e todo o seu já parco património pessoal e familiar.
Em seguimento do apelo lançado pela Primeira Dama de Moçambique, Drª Maria da Luz Dai Guebuza, da Ministra do Trabalho, do Presidente da CTA - Confederação das Associações de Moçambique, do Presidente da Organização dos Trabalhadores de Moçambique - OTM-CS e do Secretário Geral da Confederação dos Sindicatos Livres e Independentes - Consilmo, apela-se à solidariedade de todos aqueles que, nesta hora difícil e de necessária ajuda, possam contribuir directamente, por transferência ou depósito, para o Gabinete da Esposa do Presidente da República de Moçambique, através de uma das
seguintes contas bancárias em Moçambique:
Nome: Gabinete da Esposa do Presidente da República
BANCO AUSTRAL
Conta USD - 0003155001127
Código SWIFT : ABMZMZMA
Conta em Meticais - 0003103001062

Porto, 11 de Março de 2007

Alberto Magassela, Augusto Macedo Pinto, Felizardo Bouene e Leonardo Júnior

10-03-2007

Empresários portugueses visitam Moçambique

Uma comitiva de 15 pequenas e médias empresas (PME) da região centro de Portugal, nomeadamente da construção, serviços e biotecnologia, vai visitar o nosso país no final de Maio, fez saber ontem, Daniel Pedrosa Lopes, presidente da Câmara de Comércio Portugal-Moçambique.
De acordo com a fonte, a comitiva tem como objectivo estreitar as relações com o Ministério da Ciência e Tecnologia de Moçambique e alcançar um acordo de geminação entre os dois países.
A visita, que está a ser preparada em conjunto com a Associação Empresarial de Cantanhede, deverá ter lugar a 29 de Maio, terminando as inscrições na próxima semana, a 15 de Março.
A iniciativa da câmara, que deverá repetir-se este ano, surge num contexto de recuo do investimento português em Moçambique.
Dados do Banco de Portugal indicam que o investimento português no país foi negativo em 22,2 milhões de euros em 2006, quando em 2005 foi positivo em 9,6 milhões.
Para a descida contribuiu sobretudo o fluxo negativo de investimento no capital de empresas moçambicanas, menos 26,9 milhões de euros.
Este valor subiu cinco vezes em relação ao ano anterior, podendo estar relacionado com o retorno de lucros de grandes empresas presentes no país, como a cimenteira Cimpor ou o grupo turístico Pestana.
O PAÍS - 08.03.2007

04-03-2007

APADRINHE UMA CRIANÇA DE SANTA RITA

Xinavane_criancas
O apadrinhamento é um acto de amor...
Uma solidariedade sublime...
O compromisso entre os que abrem a porta do seu coração e os que entram e se instalam; numa troca de afectos que vence distâncias.... culturas... e impossíveis.
APADRINHE UMA CRIANÇA DA ESCOLA COMUNITÁRIA DE SANTA RITA - XINAVANE - MOÇAMBIQUE
Visite:
http://amigosdexinavane.blogs.sapo.pt/

01-03-2007

Portugueses doam 300 mil euros a crianças atingidas por calamidades

Os portugueses doaram à UNICEF cerca de 300 mil euros para fazer face às necessidades imediatas das crianças desalojadas em consequência das cheias no vale do Zambeze e do ciclone "Favio", no sul do país.
De acordo com um comunicado distribuído hoje pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), os donativos recolhidos em Portugal servirão para financiar "apoio urgente em saúde, água, saneamento e educação para os desalojados devido à emergência".
Nos últimos dias, mais de 10.000 crianças moçambicanas perderam os seus lares devido às cheias e ao ciclone "Favio" aumentando o número de crianças moçambicanas deslocadas para 80.000.
O ciclone, que atingiu sobretudo Vilanculos, na província de Inhambane, na sexta-feira passada, "trouxe mais miséria para as comunidades inundadas pelas cheias desde Janeiro e aumentou significativamente a ameaça para um número cre scente de crianças mais vulneráveis em Moçambique", considerou a UNICEF.
Por isso, "o apoio financeiro Português é bastante oportuno", disse a representante da agência das Nações Unidas em Moçambique, Leila Pakkala.
O gesto "irá permitir-nos alcançar imediatamente as crianças com água potável, serviços de saúde vitais e material escolar", acrescentou.
Apesar do auxílio português, a directora executiva do Comité Português para a UNICEF, Madalena Grilo, prevê que na próxima semana a situação se torne "crítica" para dezenas de milhar de crianças.
"Sabemos que a próxima semana é crítica para dezenas de milhar de crian ças moçambicanas que perderam os seus lares, escolas, e acesso a serviços de saúde," disse.
A propósito, a UNICEF em Moçambique considerou "uma prioridade" a "reabilitação das infra-estruturas", especialmente escolas e serviços de saúde.
O Hospital Distrital de Vilanculos ficou parcialmente destruído na sequência do ciclone e no local foram colocadas tendas da UNICEF para que o atendimento continuasse.
Em coordenação com o governo moçambicano e diversos parceiros, a UNICEF está a prestar ajuda a nível da nutrição, água, saneamento e higiene às vítimas das cheias, que provocaram pelo menos três dezenas de mortos e afectou 280.000 pessoas, e do ciclone, que matou 10 pessoas e feriu 70.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 01.03.2007

27-02-2007

DESTRUIÇÃO DE 50 HECTARES DE CAMPOS CULTIVADOS

Graça Machel exige castigo
A presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Graça Machel, exigiu a abertura de um inquérito para apurar os responsáveis pela destruição de cerca de 50 hectares de campos cultivados por falta de irrigação, tendo em conta que a sua agremiação criou condições para que isso fosse evitado.
Por essa situação são suspeitos quatro técnicos agrários afectos na região de Tomanine, distrito de Guijá, província de Gaza, área visitada por Machel na passada sexta-feira, oficialmente para verificar o nível de implementação dos projectos patrocinados pela FDC.
As primeiras suspeitas apontam que os quatro técnicos agrários teriam desviado o combustível disponibilizado pela FDC para a rega dos campos agrícolas, aparentemente para outros fins, conforme as primeiras indicações que, no entanto, carecem de uma pesquisa mais exaustiva para a responsabilização dos eventuais implicados no fracasso dos esforços de cerca de 100 mulheres de Tomanine.
(F. Sidumo) - CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 27.02.2007

23-02-2007

Portugal doa, não há engano 25 (vinte e cinco) tendas

O Governo português doou 25 tendas ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para apoiar as vítimas das cheias em Moçambique, que deixaram mais de 120 mil pessoas desalojadas.
A doação, canalizada através da representação diplomática portuguesa em Maputo, visa contribuir para fazer face à escassez de abrigos existentes nos centros de acolhimento para o elevado número de pessoas que fugiram da subida das águas.

"As autoridades portuguesas estão a seguir os trágicos acontecimentos em Moçambique atentamente e com muita preocupação", disse o embaixador português em Moçambique, José de Freitas Ferraz.
As cheias que nas últimas semanas têm fustigado o vale do Zambeze, na zona centro do país, afectaram um total de 120.972 pessoas, 71.106 das quais foram transferidas para centros de acolhimento.
Entretanto, nestes centros, começam a registar-se focos de doenças como a malária, disenteria, conjuntivite e diarreia, que afectaram mais de 800 pessoas.
A Direcção Nacional de Águas (DNA) registou, entretanto, um abrandamento da precipitação no interior de Moçambique e nos países vizinhos, contribuindo para uma diminuição da albufeira da barragem de Cahora Bassa, cujas descargas têm contribuído para agravar a situação de cheias).
As descargas efectuadas pela barragem, que chegaram a atingir os 8.400 metros cúbicos de água por segundo na semana passada, foram entretanto sucessivamente reduzidas para 3.600 metros cúbicos por segundo (valor próximo do registado na primeira semana de Fevereiro, quando começaram a ser abertas as comportas), contribuindo para a estabilização do caudal do rio.
De acordo com a DNA, apesar de o nível das águas permanecer acima da fasquia de alerta, a bacia do Zambeze deverá nos próximos dias registar apenas pequenas oscilações.
Entretanto, em comunicado divulgado em Lisboa, a organização não-governamental portuguesa OIKOS anunciou que está a preparar um projecto de intervenção nas zonas de Moçambique mais afectadas pelas cheias, reunindo esforços com parceiros institucionais e entidades locais.
Nesse sentido, foi aberta uma conta bancária para onde podem ser canalizados os contributos da sociedade civil portuguesa.
"O envolvimento da sociedade civil portuguesa é vital para garantir uma resposta eficaz perante o sofrimento das populações vulneráveis em Moçambique", lê-se no comunicado.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 22.02.2007

21-02-2007

Alemanha entusiasmada com Moçambique

PELA “CORRECTA” GESTÃO DOS FUNDOS DAQUELE PAÍS
O chefe da cooperação da Embaixada da Alemanha, em Moçambique, Ronald Meyer, mostrou-se, esta terça-feira, entusiasmado pela forma como os fundos de apoio às reformas do sector público e a programas de desenvolvimento sócio-económico do país estão a ser geridos.
Falando ao Correio da manhã no início de uma série de encontros destinados à concessão de mais apoios a Moçambique, Meyer sublinhou que o seu país ainda não detectou nenhum caso de corrupção no uso dos fundos da Alemanha, que preside, desde Janeiro até finais do segundo semestre de 2007, a União Europeia (UE) e o G-8 (Grupo dos oito países mais industrializados do mundo, incluindo a Rússia).
De salientar, entretanto, que foi o G-8 que fez pressão ao Banco Mundial (BIRD) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para conceder a Moçambique e outros 17 países mais pobres do mundo perdão total das suas dívidas que ascendiam a 33 mil milhões de euros como forma de apoiar o seu desenvolvimento.
Aquele diplomata falava, em Maputo, à margem de um encontro com o Governo moçambicano que poderá terminar com o anúncio, esta quarta-feira, de mais um apoio financeiro ao país, isto depois de a Alemanha ter concedido 78.5 milhões de euros a Moçambique para programas de desenvolvimento sócio-económico para o biénio 2005/2006.
O próximo apoio será para cobrir o biénio 2007/2008, abrangendo as áreas de educação, saúde, agricultura e expansão da rede eléctrica para as zonas rurais das províncias de Sofala, Manica e Inhambane, segundo Meyer.
(J. Ubisse) –CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 21.02.2007

20-02-2007

Investir em Moçambique complicado como sempre

“Combate à pobreza absoluta” continua a passo de boi
Apesar da badalada «Reforma do Sector Público», em curso, Moçambique consta do rol de países onde para se iniciar um negócio os interessados ainda precisam de “mais de 150 dias” de andanças burocráticas e de papéis desnecessários.
Maputo (Canal de Moçambique) – África e designadamente Moçambique continuam a ser destinos pouco recomendados para investimentos privados, devido à prevalência de um ambiente de negócios limitativo, em que as condições de mercado continuam a repelir os investidores, incluindo domésticos, considera o Banco Mundial. Entre os diversos obstáculos, aquela instituição do grupo de Bretton Woods refere a existência de “barreiras económicas e políticas ao estabelecimento de novos negócios” e “fraca governação”.
Leia em:
Download investir_em_moambique_complicado.doc

18-02-2007

Ilha de Moçambique: Lumbo vila do milénio nos próximos cinco anos

NO Lumbo, região continental do município da cidade da Ilha de Moçambique, em Nampula, vão ser construídas importantes infra-estruturas sociais, económicas e culturais financiadas pelo Governo de Portugal no quadro da iniciativa denominada “Vila do Milénio”. A implementação da iniciativa que levará cerca de cinco anos, está dependente do aval por parte do Governo moçambicano.
Maputo, Segunda-Feira, 19 de Fevereiro de 2007:: Notícias
João Gomes Cravinho, secretário do Estado para os negócios estrangeiros e cooperação de Portugal que revelou o facto, sublinhou que a construção da “Vila do Milénio” terá um impacto positivo no seio dos munícipes do Lumbo, sobretudo na componente do emprego e consequente elevação da renda familiar, acesso à saúde básica, escolaridade e abastecimento de água.
Leia em:
Download ilha_de_moambique_vilas_millenio.doc
NOTA:
João Cravinho deve ser o primeiro cliente para os "hospitais de luxo" que pretende levar a que investidores portugueses construam na Ilha de Moçambique...
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

16-02-2007

Da África do Sul para os desmobilizados

Antigo MPF e a falida MABOR “desviam” mil pneus
- Acusa director da AGEMOD, apontando que o processo data de 1999 e, actualmente, as Finanças pretendem apagar o caso com 4 viaturas, 2 motorizadas e 10 computadores
Um total de mil pneus para viaturas, destinados à Associação Moçambicana de Desmobilizados (AGEMOD), foram desviados num processo pouco claro ,supostamente envolvendo o antigo Ministério de Plano e Finanças (MPF), as Alfândegas e a já falida MABOR de Moçambique.
Trata-se de um processo que data de 1999. Nessa altura, segundo o Director Nacional da AGEMOD, Joaquim Manuel, a sua associação solicitou apoio financeiro a uma instituição sul africana que se prontificou a cobrir o pedido, recorrendo para o efeito, na oferta de 1000 pneus, o equivalente a mais de 4.9 milhões de Randes.
Após o envio da mercadoria para Maputo, e uma vez na Frigo – Afândegas de Maputo, o MPF interveio no sentido de se trocar aquele produto, por um produto nacional, neste caso fabricado na MABOR, em salvaguarda da valorização do produto nacional.
O director da AGEMOD contou ontem ao mediafax que até ao momento, o caso ainda não teve desfecho e que tudo indica que tanto os pneus, assim como o valor equivalente aos mesmos, nunca chegaram às mão dos desmobilizados.
Um documento do Gabinete do então Primeiro Ministro (GPM), Pascoal Mocumbi, com a refª 424/ GPM/SIC/99 datado de 14 de Julho de 1999, cita o Ministro a confirmar a recepção do produto. “O assunto foi devidamente tratado pelo MPF respeitando a política aduaneira do governo”.
Porém, Manuel refere que das diversas incursões que efectuou a MABOR, foi-lhe reportado que esta entidade tinha problemas da falta de matéria prima, mas que logo que a situação se normalizasse, seriam produzidos de forma faseada os pneus para a entrega à AGEMOD.
Mas a empresa acabou falindo sem ter enviado sequer um único pneu, denunciou a fonte visivelmente agastada com a situação.
“De lá a esta parte ainda não recebemos nada”, revelou a fonte esclarecendo que o actual Ministro das Finanças, Manuel Chang, que na altura da polémica ocupava a pasta de viceministro, vem revelando que o Ministério vai proceder a entrega de 4 viaturas, 10 computadores e 12 rádios transmissores e ainda duas motorizadas, como forma de compensar os pneus.
Igualmente, o Ministério das Finanças, prontifica-se a proceder a reabilitação do edifício sede da AGEMOD, ainda no mesmo quadro.
A fonte anunciou que, ainda em 1999, as Alfândegas disseram que havia pneus em seu poder e que os mesmos seriam vendidos em hasta pública, uma vez que não tinham sido reclamados.
(Benedito Luís) MEDIA FAX - 16.02.2007

15-02-2007

Auxilie - Cheias em Moçambique

Cheias2007zambeze1
Veja ampliado em:
Download Cheias2007Zambeze.doc

Noruega poderá instalar fábrica de Alumínio em Sofala

Uma nova fábrica de produção de alumínio poderá ser instalada na província de Sofala, centro de Moçambique por empresas da Noruega, país que, em breve, irá iniciar novas prospecções de petróleo e gás em território moçambicano.
O anúncio da eventual construção da fábrica de alumínio em Sofala foi feito pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, que rubricou um acordo nesse sentido no final de uma visita de três dias que efectuou àquele país nórdico.
Com a instalação de uma nova fábrica de alumínio no centro do país, Moçambique passará a deter duas indústrias de processamento daquele produto, depois da instalação, em 2000, da Mozal, na Matola, arredores de Maputo, detida maioritariamente pela australiana BHP Billiton.
No ano passado, o Governo de Moçambique lançou um concurso internacional para a pesquisa de petróleo na bacia do Rovuma, o rio que, a norte, separa Moçambique da Tanzânia, no qual concorreu, entre outras, a firma norueguesa Norskydro.
Falando aos jornalistas, no último dia da sua visita, o presidente moçambicano, Armando Guebuza, anunciou que a Noruega vai também financiar em mais de 50 milhões de euros a electrificação de alguns distritos da província de Cabo Delgado, norte, e a reabilitação de centrais eléctricas em Manica, centro de Moçambique.
Guebuza fez um balanço "positivo" da cooperação com a Noruega, que dura há 30 anos, congratulando-se com a contribuição que aquele país nórdico tem dado para a redução da mortalidade materno-infantil e dos efeitos avassaladores do HIV/SIDA, que afecta 16,2 por cento da população.
O chefe de Estado moçambicano assinalou ainda o apoio norueguês no campo de desminagem e extensão da rede de distribuição de energia eléctrica as zonas rurais de Moçambique.
Anualmente, a Noruega disponibiliza cerca de 50 milhões de euros em ajuda a Moçambique.
A visita de Guebuza a Noruega, a primeira desde que assumiu a presidência moçambicana em 2005, tinha como objectivo o reforço das relações políticas e de cooperação e atrair maior investimento norueguês.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 15.02.2007

Bruxelas dá dois milhões de euros para ajudar vítimas das cheias

A Comissão Europeia atribuiu hoje uma verba de dois milhões de euros para ajuda de emergência às vítimas das cheias em Moçambique, a aplicar em condições básicas como o fornecimento de água ou cuidados de saúde.
O fundo de emergência é canalizado através do departamento de Ajuda Humanitária da Comissão, de que é responsável o comissário Louis Michel.
"Muitos europeus sofreram com as cheias em anos recentes e sabemos como é importante a rapidez da assistência numa situação tão terrível", disse Louis Michel.
O comissário europeu para o Desenvolvimento adiantou também que Bruxela s tem acompanhado a situação e mantido contacto com o Governo de Maputo e organizações de socorro.
As inundações provocadas por chuvas intensas, que persistem há três semanas, atingiram o Sul do continente africano, sendo Moçambique o país mais afectado.
No centro do país, a subida das águas do Rio Zambeze já obrigaram à ret irada de 60.000 pessoas, estando outras 100.000 em risco, segundo dados da Comissão Europeia.
No entanto, de acordo com o presidente do Instituto Nacional de Gestão de Catástrofes (INGC) de Moçambique, Paulo Zucula, foram contabilizadas 80.608 pessoas afectadas pelas cheias no Zambeze, das quais 34.315 permanecem em centros de acomodação que estão a ser montados para as receber.
O principal objectivo da verba disponibilizada por Bruxelas é de garantir que as necessidades básicas das vítimas das inundações sejam asseguradas, nom eadamente o acesso a água limpa e a cuidados de saúde adequados.
Bruxelas anunciou também que irá atribuir verbas para ajudar na recuperação das colheitas.
As verbas são atribuídas através de organizações parceiras da Comissão, como a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho e sua utilização será verificada pelo departamento de Ajuda Humanitária.
As autoridades moçambicanas continuam a alertar as populações que residem em zonas vulneráveis ao longo do Rio Zambeze, no centro do país, a "abandonar em imediatamente" as suas casas, face à expectativa de novas subidas das águas.
Por enquanto, as autoridades moçambicanas preferem não lançar nenhum apelo de ajuda internacional, por entenderem que, apesar da escassez pontual de me ios, o que existe será por enquanto suficiente para dispensar um pedido adicional de auxílio.
No entanto, o Programa Alimentar Mundial (PAM), agência das Nações Unidas, apelou no início desta semana à ajuda internacional para fazer face aos problemas provocados pelas cheias em Moçambique.
O PAM enviou 25 pessoas para as áreas mais afectadas e tem um helicóptero em Caia para transporte de ajuda alimentar, tendo começado já a distribuir 300 toneladas de alimentos, e para apoiar nas acções de salvamento, se necessário.
Também a Cáritas portuguesa anunciou que vai lançar uma campanha de rec olha de fundos para apoiar as vítimas das cheias em Moçambique e pediu ao Ministério da Administração Interna (MAI) português a abertura da conta "Cáritas Ajuda Moçambique", a que foi atribuído o seguinte número de identificação bancária (NIB): 003300004532823715905.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 14.02.2007

12-02-2007

Nações Unidas fazem apelo de emergência para vários países

As Nações Unidas lançaram um apelo de emergência internacional para minimizar os efeitos das cheias que estão a assolar vários países de África, em particular Moçambique.
“Estamos já a utilizar os stocks pré-posicionados para responder às emergências mais prementes, mas a severidade das chuvas e consequentes cheias em Moçambique vai obrigar-nos a pedir fundos adicionais”. Quem o diz é o director Regional para a África Austral do Programa Alimentar Mundial (PAM), Amir Abdulla.
Além do pedido de ajuda internacional a nível monetário, o PAM vai ainda solicitar a utilização de aviões e helicópteros, quer para lançarem alimentos, quer para operações de resgate e ainda o reforço das telecomunicações para facilitar a coordenação à resposta humanitária.
Os dados apontam para 285 mil pessoas que vão precisar de ajuda, na sequência das inundações e perda de bens e culturas de subsistência. Quinze mil hectares de culturas terão sido destruídos.
A chuva tem atingido além de Moçambique outros países da região, como Angola, Madagáscar, Malawi, Zâmbia e Zimbabué.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 12.02.2007

10-02-2007

Portugal financia construção de escola em Maputo

O embaixador português em Moçambique e o presidente do município de Maputo inauguraram hoje a Escola Secundária Solidariedade, localizada num dos bairros periféricos da capital moçambicana, obra financiada por Portugal em 362 mil euros.
A instituição, de inspiração cristã, dispõe de 22 salas de aulas, laboratórios, conferência, informática, salão de estudo com capacidade para uma centena de alunos, bem como quatro gabinetes, posto médico, uma secretaria, uma cantina, biblioteca e casas de banhos.
Fundada em 1992, a Escola Secundária de Solidariedade albergou, após a assinatura dos acordos de paz em Moçambique, centenas de crianças que anteriormente estudavam em tendas providenciadas no recinto da Igreja Católica de Mavalane .
Ao abrigo de um acordo de cooperação, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) financiou no ano passado a construção e o apetrechamento da escola, que acolhe mais de dois mil alunos, maioritariamente crianças desfavorecidas.
Nesta escola estudam ainda, gratuitamente, alunos pobres do Centro-Dia Mães de Mavalane, cuja obra foi recentemente restaurada com apoio do Ministério do Trabalho e da Solidariedade de Portugal.
No âmbito do mesmo projecto, Portugal deverá brevemente construir um infantário, que pretende albergar crianças vulneráveis residentes no bairro de Mavalane, a quem será fornecida toda assistência, nomeadamente material escolar necessário.
Discursando na cerimónia de inauguração, o embaixador de Portugal em Maputo, Freitas Ferraz, assegurou ser "intenção de Portugal continuar a apoiar" os projectos sociais, sobretudo os que integram crianças órfãs, a serem desenvolvidos naquele bairro.
O diplomata anunciou ainda que em breve poderá ser disponibilizado um milhão de euros para a construção de um infantário.
A propósito, o presidente do município de Maputo, Eneas Comiche, congratulou-se com o apoio prestado pelo Governo português.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 10.02.2007

Doadores exigem demissão de Abdul Remane da ANE

Abdul_remane
Numa reunião de análise para aprovação da 2ª fase do Programa Integrado do Sector de Estradas para 2007-2009, os doadores impuseram como condição para a disponibilização de cerca de um milhão de dólares o afastamento do actual director-geral da Administração Nacional de Estradas, Abdul Remane.
Assim, pela primeira vez na história da Administração Nacional de Estrada (ANE), o director-geral será seleccionado através de um concurso público, cuja candidatura foi lançada no jornal Noticias, na edição da última quarta-feira.
O PAÍS - 09.02.2007

09-02-2007

Presidente chinês conclui visita com reforço de cooperação

Hu_jintao
A China anunciou hoje que vai enviar para Moçambique 10 técnicos e máquinas agrícolas nos próximos três anos e prometeu formar 100 técnicos moçambicanos nesta área.
O anúncio foi feito no final da visita de Estado de dois dias do Presidente chinês a Moçambique, no momento em que Hu Jintao e o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, inauguravam, em Maputo, um novo "Centro de Técnicas Agrícolas da China" na cidade de Nampula (norte).
Ao som de músicas tradicionais africanas entoadas por um grupo de mulheres de panos coloridos enrolados à cintura - que cantavam "Kanimambo [obrigado] Hu Jintao", os responsáveis dos dois países pela pasta da Agricultura reforçaram a importância do evento.
Leia em:
Download presidente_chins_conclui_visita_com_reforo_de_cooperao.doc

Presidente chinês conclui visita com reforço de cooperação

A China anunciou hoje que vai enviar para Moçambique 10 técnicos e máquinas agrícolas nos próximos três anos e prometeu formar 100 técnicos moçambicanos nesta área.
O anúncio foi feito no final da visita de Estado de dois dias do Presidente chinês a Moçambique, no momento em que Hu Jintao e o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, inauguravam, em Maputo, um novo "Centro de Técnicas Agrícolas da China" na cidade de Nampula (norte).
Ao som de músicas tradicionais africanas entoadas por um grupo de mulheres de panos coloridos enrolados à cintura - que cantavam "Kanimambo [obrigado] Hu Jintao", os responsáveis dos dois países pela pasta da Agricultura reforçaram a importância do evento.
Leia em:
Download presidente_chins_conclui_visita_com_reforo_de_cooperao.doc

08-02-2007

CHINA-ÁFRICA : Perder espaço atiça aversão contra China

Download a_cooperao_sino_africa.doc

OS detractores ocidentais em torno da cooperação entre a China e África voltaram à carga máxima ao longo da decorrente digressão que o presidente chinês, Hu Jitao, está a efectuar por oito países africanos, de que Moçambique faz parte, apontando esse seu périplo como destinado exclusivamente ao incremento da caça das matérias primas africanas de que tanta falta fazem à sua indústria que está catapultando o seu pais à invejosa posição de maior fornecedor mundial de bens acabados.
Maputo, Sexta-Feira, 9 de Fevereiro de 2007:: Notícias
Na verdade, tais insinuações não são nada novas, dado que já no passado foram feitas pelos mesmos que hoje as fazem sob um outro pretexto. Com efeito, nas décadas 60 a 80, a China foi alvo de outras insinuações quando, sempre impelido pelo espírito de solidariedade e humanismo, dava o seu apoio incondicional às lutas que os povos africanos levavam a cabo, então, contra o colonialismo ocidental, tendo, na altura, sido acusada de estar ‘’a exportar o seu sistema comunista’’ para África, sob a capa de ajudá-la a se libertar.
Leia em:

Governo elogia apoios «sem condições» oferecidos pela China

A primeira-ministra de Moçambique, Luísa Diogo, elogiou hoje em Maputo o "apoio incondicional e sem reservas" prestado pela China à África, criticando alguns parceiros que não honram as suas promessas.
Depois de receber um grupo de empresários chineses, que acompanham a visita do chefe de Estado daquele país asiático, Hu Jintao, a Moçambique, Diogo sublinhou que a China apoiou, sem limitações, importantes obras públicas em Moçambique e continua interessado em manter esse envolvimento.
"Até agora, a China apoiou-nos no que solicitámos, não tem agido como outros parceiros que impõem condições", sublinhou a primeira-ministra de Moçambique.
O Governo chinês financiou a construção da sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, do Centro de Conferências Joaquim Chissano, da Assembleia da República e de um bairro para oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Durante a visita do Presidente chinês, os dois Governos vão também rubricar um acordo para a construção com fundos chineses do Estádio Nacional, orçado em mais de 30 milhões de euros, além de outros importantes acordos.
Referindo-se ao interesse dos empresários chineses no potencial de negócios no país, Luísa Diogo disse que os homens de negócios querem aproveitar as oportunidades que Moçambique oferece na agricultura, hidroeléctricas ou construção de infra-estruturas.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 08.02.2007

Carta Aberta a Hu Jintao

Canal de Opinião - por Marcelo Mosse (*)
Camarada Jintao. Nos últimos anos, em Moçambique temos estado a operar uma transição para a democracia aceite de mãos abertas por todos. Também encetámos uma viragem para a economia liberal, a custo de muito esforço. A democracia de Moçambique tem ainda muitos espinhos; precisa de ser melhorada. É uma democracia mínima. Mas a democratização tem permitido que apreendamos uma nova cultura política. Instituições como liberdade de expressão e de imprensa e pluralismo político são como que bandeiras desse processo. As liberdades de expressão e associação consagradas na nossa Constituição da República permitem-nos que exijamos e defendamos o respeito pelos direitos humanos.
Leia em:
Download carta_aberta_a_hu_jintao.doc

Governo não faz nem deixa fazer com os fundos de ajuda ao desenvolvimento

Existem fundos doados pela «Cooperação Austríaca», no valor de cerca de 131,2 mil USD (cerca de 3.275.000,00 MTn), e pelo Banco Africano de Desenvolvimento, no valor de perto de 4.350 USD (cerca de 108.750,00 MTn), sem aplicação, desde 2001
A chamada luta contra a pobreza absoluta está a um ritmo de tal forma impressionante que há dinheiro disponível mas parado desde 2001. Quem andará distraído ou sem tempo nas horas normais da sua prestação ao Estado? Bem pregam os juízes do Tribunal Administrativo no seu parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2005 quando dizem que “manter dinheiro ocioso não é boa prática de gestão financeira” e que “a entidade” responsável deveria realizar operações financeiras sem risco e com rendimento para a mesma”. Será que alguém já se deu ao trabalho de fazer algo de forma a que o TA não fique a pregar para as paredes?
Leia em:
Download governo_no_faz_nem_deixa_fazer_com_os_fundos.doc

07-02-2007

Portugal apoia requalificação de Parque da Gorongosa

Portugal vai apoiar um projecto para proteger e restaurar o ecossistema do Parque Nacional da Gorongosa, um dos mais importantes de Moçambique, e desenvolver uma indústria de ecoturismo que permita beneficiar as comunidades locais.
O projecto está integrado no próximo Programa Indicativo da Cooperação (PIC) entre Portugal e Moçambique para o triénio 2007-2009, cujo memorando de entendimento hoje foi assinado na capital moçambicana pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português, João Gomes Cravinho, e pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Henrique Banze.
O Parque Nacional da Gorongosa foi escolhido para integrar a cooperação entre Lisboa e Maputo no próximo triénio pelo "impacto desenvolvimentista muito grande" que pode ter, disse à Lusa João Gomes Cravinho.
Leia em:
Download portugal_apoia_requalificao_de_parque_da_gorongosa.doc

País cada vez mais atractivo para empresas chinesas -investigador

Pequim - Moçambique é cada vez mais um bom destino de investimento para as empresas chinesas, considerou terça-feira um académico chinês especializado neste país africano, dias antes do presidente chinês Hu Jintao aterrar em Maputo para uma visita oficial. "Penso que existem no presente boas oportunidade de investimento em Moçambique e que só tendem a melhorar, assim como em toda a África subsaariana", afirmou, em entrevista à Agência Lusa, Yang Baorong, investigador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que estuda a economia e a política de Moçambique.
As autoridades chinesas identificam os sectores da agricultura e construção de infra-estruturas como os prioritários para a cooperação bilateral entre os dois países, mas Yang disse esperar que Moçambique comece a "diversificar as suas exportações e incluir produtos de maior valor acrescentado, além dos produtos agrícolas e minerais, que se baseiam na actual estrutura económica do país". Quanto à visita oficial de dois dias do presidente chinês a Moçambique, quinta e sexta-feira, o investigador afirmou que a viajem "deve produzir efeito s políticos, reforçando a política bilateral entre os dois países, que se tem baseado no respeito e na confiança mútuas".
A entrada de mão-de-obra chinesa em África para trabalhar nas empresas orientais que investem no continente tem sido vista com preocupação em alguns países, mas Yang Baorong considerou que "os investimentos chineses em África ainda são limitados", não sendo sequer comparáveis com os do mundo ocidental.
"Nos negócios chineses em África, os trabalhadores qualificados vêm da China para treinar os funcionários locais e ensiná-los a operar com a nova maquinaria, portanto o que nós levamos para Moçambique são as nossas máquinas e os conhecimentos dos nossos técnicos", acrescentou Yang.
O comércio bilateral entre a China e Moçambique registou nos primeiros oito meses de 2006 um volume de cerca de 100 milhões de euros, com a China a exportar cerca de 63 milhões de euros, importando do seu parceiro africano cerca de 37 milhões de euros. Em 2005, as relações comerciais entre Moçambique e China atingiram um volume de cerca de 130 milhões de euros, com as exportações moçambicanas para a China a ser dominadas pela venda de gergelim e madeira e a crescer 38,1 por cento .
Hoje, o director do Tesouro de Moçambique, António Laíce, disse à Lusa que, recentemente, "a China enviou uma proposta do acordo de perdão da dívida externa, estimada em 12 milhões de euros, que deverá ser paga na base da minuta do Clube de Paris", que estabelece o perdão de 95 por cento do valor da dívida e o reescalonamento do remanescente.
Durante a visita a Moçambique, Hu Jintao deverá anunciar ainda novos planos de ajuda ao país e assinar diversos acordos de cooperação económica e comercial, além de inaugurar um Centro Especial de Demonstração de Tecnologia Agrícola, um dos dez que o Governo de Pequim irá construir em África.
O périplo africano do Presidente chinês inclui, além de Moçambique, visitas aos Camarões, Libéria, Sudão, Zâmbia, Namíbia, África do Sul e Seicheles.
Também no âmbito cultural, a relação entre os dois países tem sido próxima, disse Yang, garantindo que "os chineses querem aprender mais sobre a cultura africana até porque é um continente misterioso" para eles.
"O intercâmbio cultural com Moçambique é também importante para a China , nos últimos anos tem havido um grande interesse mútuo em áreas como a música, a dança e outras artes", disse Yang Baorong.
As escolas de Moçambique estão mesmo a equacionar a hipótese de introduzir a língua chinesa nos seus currículos atendendo ao "peso" que o idioma está a ganhar no mundo, afirmou em Dezembro o ministro da Educação e Cultura de Moçambique, Aires Aly. A China vai também atribuir a Moçambique o estatuto de Destino Turístico Aprovado, como forma de intensificar as visitas de turistas chineses a Moçambique, anunciou o Presidente chinês em Novembro, durante o encontro que manteve em Pequim com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, à margem da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Fórum de Cooperação Sino-Africano (FOCAC).
O Estatuto de Destino Turístico Aprovado é um acordo bilateral na área do turismo, através do qual o estado chinês permite que os seus cidadãos façam visitas de grupo a outros países sem necessidade de autorização de saída, mas sempre através de agências de viagens autorizadas pelo Governo.
A importância de Moçambique ser parte dos mais de 100 países a quem a China atribuiu já o estatuto de Destino Turístico Aprovado será maior à medida que a China caminha para ser em 2020 a maior fonte mundial de turistas, com mais de 115 milhões de chineses a viajar para ao estrangeiro, de acordo com a corretora CLSA Asia-Pacific Markets.
LUSA - 07.02.2007

05-02-2007

Portugal participa no lançamento da Vila Milénio do Lumbo (norte)

Portugal poderá co-financiar a criação da "Vila Milénio" do Lumbo, no distrito de Nampula (norte), que permitirá atrair parte dos actuais 43 mil habitantes da vizinha Ilha de Moçambique, que enfrenta graves problemas de população excessiva.
A disponibilidade foi expressa, em declarações à Agência Lusa, pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, João Gomes Cravinho, à margem do seminário internacional a decorrer na Ilha de Moçambique sobre a gestão do património mundial da ilha.
A criação de "Vilas Milénio", enquadrada nos objectivos de desenvolvimento do milénio fixados pelas Nações Unidas em 2000, visa dotar povoações pobres de instrumentos que lhes permitam sair da situação de pobreza extrema em que se encontram e desenvolverem-se por si próprias, da base para o topo.
A decisão final sobre o apoio português só será formalizada num encontro a decorrer quarta-feira na capital moçambicana entre o governante português e o ministro moçambicano da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue.
"Se houver interesse [por parte das autoridades moçambicanas] podem contar com o nosso apoio", referiu Cravinho.
Cada projecto de "vila Milénio" tem um custo anual estimado de 300 mil dólares (232 mil euros), durante cinco anos, e envolve o apoio à construção de infra-estruturas, actividade económica e educação, entre outros sectores.
Esta "intervenção integrada" visa impedir o fracasso de iniciativas análogas realizadas no passado, quando as populações deslocadas acabaram sempre por regressar à ilha.
O projecto deverá fazer parte do próximo Programa Indicativo da Cooperação (PIC) entre Portugal e Moçambique para o triénio 2007- 2009, que quarta-feira será assinado na capital moçambicana pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português.
A Ilha de Moçambique, Património Mundial da Humanidade desde 1991, tem-se debatido com um problema de degradação do seu património histórico classificado pela UNESCO, a que acresce o do excesso de população.
Com apenas três quilómetros de comprimento e 300 a 400 metros de largura, a ilha acolhe quase 43 mil habitantes, de acordo com o último censo, realizado em já 1997.
O caso da Ilha de Moçambique, onde hoje começou um seminário internacional com a presença de João Gomes Cravinho, é precisamente um dos eixos estruturantes da cooperação bilateral no período de vigência do próximo PIC, que contempla um plano de acção para a ilha património mundial, que passa também pelo restauro do património edificado.
Neste como noutros domínios, os princípios norteadores da cooperação serão o realismo e o pragmatismo, privilegiando a obtenção de resultados visíveis e quantificáveis num número reduzido de programas, referiu fonte ligada ao processo.
A nova fase na cooperação bilateral é, de resto, propiciada pelo acordo alcançado recentemente entre Portugal e Moçambique sobre a barragem de Cahora Bassa, que passará a ser controlada quase integralmente por Moçambique.
O convénio, que deverá inaugurar a nova fase na cooperação entre Lisboa e Maputo, disponibiliza 40 milhões de euros (menos dois milhões que no último PIC) para financiar programas que vão desde a capacitação das instituições, a boa governação e o reforço do Estado de Direito e ao desenvolvimento sustentável e à luta contra a pobreza.
A educação, o ensino e formação profissional, a cultura e desenvolvimento sócio-comunitário são outras das áreas prioritárias do programa.
O PIC de 2004-2006 estabelecia um valor indicativo de 42 milhões de Euros, apresentando oito eixos prioritários de intervenção, mais dois programas complementares.
No entanto, numa avaliação que realizou recentemente, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) apontava falhas à cooperação com Moçambique como a "baixa taxa de execução" e acompanhamento no terreno dos projectos, alguns dos quais se arrastam no tempo, classificadas como "ilustrações práticas da falta de capacidade de execução da cooperação portuguesa".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 05.02.2007
NOTA:
A Ilha de Moçambique tem entre treze a quinze mil habitantes e não o número apresentado na notícia.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

NO ÂMBITO DA INTERLIGAÇÃO REGIONAL DA SADC Malaui (re)vende energia de Moçambique

FILIMÃO SAVECA
O Malaui deverá passar proximamente a (re)vender a vários países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Norte do continente africano energia eléctrica produzida
pela Hidroeléctrica de Cabora Bassa (HCB), segundo fonte adequada do Banco Mundial (BIRD), instituição financeira do sistema de Bretton Woods responsável pelo financiamento do projecto num valor
não revelado.

A fonte também evitou revelar a altura em que a operação irá arrancar, bem como as quantidades da energia a serem comercializadas pelos países da região ao abrigo de um acordo assinado por todos os Chefes de Estado e de Governo dos países membros daquela comunidade económica regional criada no
auge de conflitos armados que culminaram com as independências da Namíbia, Zimbábuè e derrota do apartheid, na vizinha África do Sul, e do regime minoritário e rebelde branco de Ian Smith, respectivamente.
O representante do BIRD em Moçambique, Angola, Malaui, Zâmbia e Zimbábuè, Michale Baxter, que nos deu a informação, evitou dar detalhes do assunto alegando “indisponibilidade”, mas sublinhou que o projecto vai ser concretizado “a breve trecho”, uma vez que “ está inscrito na série de pacotes de projectos do Banco Mundial já assumidos”.
Entretanto, de fontes da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM), soubemos que, ao longo do segundo semestre de 2007, vai ser lançado um concurso público internacional para a adjudicação das obras de construção da linha de transmissão da energia eléctrica Moçambique/Malaui, mas, também, evitou falar em prazos da conclusão das mesmas e do valor de financiamento da iniciativa.
O projecto de desenvolvimento da interligação regional de energia na SADC está a ser considerado de “crucial para a agenda da NEPAD (Parceria de Desenvolvimento da África) e, particularmente, importante no contexto da escassez de energia que vai assolar a região”, segundo o Banco Mundial.
A instituição refere, em seguida, que o projecto procura desenvolver um mercado regional de energia eficiente para o fornecimento de “energia estável, melhorando a eficácia e reduzindo os custos através da interligação e venda de energia”, lê-se num documento do BIRD em poder do Correio da manhã.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 05.02.2007

31-01-2007

China vai perdoar 12 milhões de euros da dívida externa

O Presidente chinês, Hu Jintao, que visita Moçambique a 08 e 09 de Fevereiro, vai anunciar o perdão da dívida do Estado moçambicano avaliada em 12 milhões de euros, disse fonte governamental.
O director do Tesouro de Moçambique, António Laíce, disse que o Governo de Pequim enviou uma proposta do acordo de cancelamento da dívida externa, que deverá ser paga no quadro da minuta do Clube de Paris, estabelecendo o perdão de 95 por cento do valor e o reescalonamento do remanescente.
Na segunda-feira, as autoridades chinesas anunciaram o perdão da dívida bilateral de 33 países africanos - sem referir quais os Estados beneficiários.
No entanto, António Laíce assegurou à Lusa que, recentemente, "a China enviou uma proposta do acordo do perdão da dívida externa (estimada em 12 milhões de euros), que deverá ser paga na base da minuta do Clube de Paris".
Durante a visita a Moçambique, Hu Jintao poderá anunciar ainda novos planos de ajuda ao país e assinar diversos acordos de cooperação económica e comercial, além da inaugurar um Centro Especial de Demonstração de Tecnologia Agrícola, parte dos dez que o Governo de Pequim irá construir em África.
Desde que assumiu o poder, em 2003, Hu Jintao já se deslocou três vezes a África, sendo este o segundo périplo que realiza em menos de um ano.
A deslocação actual, que teve início terça-feira e termina a 10 de Fevereiro, inclui ainda os Camarões, Libéria, Sudão, Zâmbia, Namíbia, África do Sul e Seychelles.
O objectivo da aproximação de Pequim aos países africanos, segundo diversos analistas, é assegurar o acesso seguro e preferencial da China aos recursos naturais do continente, ao petróleo em particular.
Em 2005, a China importou 38 milhões de toneladas de petróleo de África (30 por cento do total do petróleo importado pelo país), quantidade que, com o crescimento da economia, deverá aumentar anualmente mais de 10 por cento.
Até 2010, a China pretende duplicar as trocas comerciais com os países de África e, nos próximos três anos, conceder empréstimos e abrir linhas de crédito à exportação avaliadas em cinco mil milhões de dólares.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 31.01.2007

O Banco Mundial anunciou hoje a concessão de um crédito de 54 milhões de euros para apoiar a segunda fase do Plano Anual de Redução da Pobreza (PARPA II) do Governo de Moçambique

Banco Mundial concede crédito para ajudar a reduzir a pobreza
O acordo foi assinado esta tarde em Maputo pelo director do Banco Mundial em Moçambique, Michael Baxter, e pelo o ministro da Planificação e Desenvolvimento moçambicano, Aiuba Cuereneia.
O montante, que será canalizado directamente no Orçamento do Estado para implementação do PARPA II no presente ano, prevê reduzir os níveis de pobreza absoluta e promover o desenvolvimento económico e social do país, orientado prioritariamente às zonas rurais.
O PARPA II estabelece como metas o combate à pobreza, com incidência no desenvolvimento humano - acesso à educação, saúde e água potável -, e a boa governação e desenvolvimento económico, incluindo a promoção do empresariado nacional.
Mais de metade (cerca de 52 por cento) do Orçamento moçambicano é financiado directamente por um grupo de 18 instituições e países, entre os quais Portugal, conhecido por G18.
A propósito, Aiuba Cuereneia referiu que o crédito será também utilizado para "a realização dos objectivos definidos no Plano Económico e Social para este ano, nomeadamente atingir uma taxa de crescimento de sete por cento e melhorar a quantidade e qualidade dos serviços sociais básicos", como a educação, saúde e infra-estruturas.
"Este financiamento vai permitir ao Governo realizar a sua despesa global", que, para o ano 2007, está orçado em mais de dois milhões de euros.
Comentando, Michael Baxter considerou que o apoio dado pelo Banco Mundial a Moçambique reflecte a "boa gestão" dos fundos que têm sido doados, recomendando, no entanto, o Governo a "continuar a envidar esforços para conseguir realizar os seus programas".
"O Governo moçambicano tem conseguido, de forma geral, combater a pobreza", afirmou Michael Baxter.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 01.02.2007

Gomes Cravinho participa em seminário sobre Ilha de Moçambique

Maputo - O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português participa segunda e terça-feira no seminário internacional sobre gestão do património mundial da Ilha de Moçambique, disse terça-feira à Lusa fonte governamental em Lisboa. João Gomes Cravinho estará em Moçambique entre domingo e quarta-feira próximos. O seminário, que pretende fortalecer a coordenação entre os diversos parceiros internacionais na gestão do património edificado na Ilha de Moçambique, património cultural mundial classificado pela UNESCO, desde 1991, decorrerá segunda e terça-feira na Ilha de Moçambique. Portugal, disse à Lusa fonte governamental moçambicana, vai colaborar com Moçambique na elaboração de um plano de acção para a ilha património mundial, a ser apresentado durante o seminário internacional. Ao abrigo da cooperação com Moçambique, o governo de Portugal e do Japão financiaram, recentemente, em mais de um milhão de euros a reabilitação e conservação da Fortaleza de São Sebastião, um dos monumentos mais importantes da Ilha de Moçambique. Durante o encontro, será igualmente apresentada uma proposta de fundo comum para a gestão do património mundial da Ilha de Moçambique, que inclui a manutenção da Fortaleza de Casa Girassol, naquele local. A coordenadora do evento, Solange Macamo, confirmou terça-feira à Lusa que, na sequência da aprovação, pelo Conselho de Ministro, do Estatuto Específico e a criação do Gabinete de Conservação de Ilha de Moçambique, o executivo moçambicano está a levar a cabo várias actividades de restauro daquele património, que conta com o apoio de vários parceiros, incluindo Portugal. "Portugal está, juntamente, com outros parceiros a apoiar na manutenção da Ilha de Moçambique", assegurou Solange Macamo, destacando o compromisso assumido, ano passado, entre os governos de Portugal e Moçambique nesse sentido. "No encontro realizado no ano passado, em Portugal, ficou acordado que se criaria uma comissão dedicada à elaboração de um plano de acção com prioridades para as diversas intervenções", disse.
LUSA - 31.01.2007

29-01-2007

Governo tem mecanismos para combater a corrupção - segundo parlamentares nórdicos que reiteram apoio à Moçambique

A MISSÃO de parlamentares nórdicos que visitou Moçambique até sábado, último, reiterou que os países que eles representam continuarão a apoiar o Governo no combate à pobreza e no alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), não obstante a ocorrência de actos de corrupção no país.
Maputo, Terça-Feira, 30 de Janeiro de 2007:: Notícias
Em conferência de Imprensa, aqueles parlamentares manifestaram a sua preocupação pela continua ocorrência daquele fenómeno, principalmente na utilização dos fundos disponibilizados para ajudar o país a sair da pobreza.
A missão considera, contudo, que o Governo já tem criado instrumentos mínimos para se estancar este mal no país.
Leia em:
Download os_pases_nrdicos_vo_continuar_a_apoiar_o_governo.doc

26-01-2007

FORTALEZA SÃO SEBASTIÃO VAI SER REABILITADA

Ainda este ano
Mo11_1
A Agência das Nações Unidas para a Ciência e Cultura (Unesco) acaba de alocar um milhão e meio de dólares americanos para financiar as obras de reabilitação da fortaleza São Sebastião, um monumento histórico erguido em 1558 pelos colonos portugueses, localizada na cidade da Ilha de Moçambique, e que, há muito, clama por uma intervenção.
As obras vão arrancar em Fevereiro próximo, segundo nos assegurou uma fonte do Conselho Municipall
da cidade da Ilha de Moçambique, que anunciou, igualmente, que o valor em questão foi disponibilizado à Unesco pelos governos do Japão e de Portugal.
Uma equipa constituída por representantes dos Ministérios da Educação e Cultura, Obras Públicas e Habitação,e da Unesco, deverá chegar brevemente à Ilha para discutir com o governo municipal alguns aspectos considerados importantes sobre a forma como os trabalhos serão executados, sobretudo no aspecto arquitectónico.
Segundo a nossa fonte, não haverá alterações na parte arquitectónica da fortaleza, e para tal é preciso garantir através de anciãos e pessoas influentes da Ilha, que esse aspecto não será posto em causa.
Neste momento, a fortaleza apresenta sinais evidentes de degradação, e a sua progressão resulta da
falta de intervenção de quem de direito para a sua restauração desde que o pais alcançou a independência nacional há cerca de 32 anos.
Um dos trabalhos que deverá merecer grande atenção da equipa que vai realizar de reabilitação da fortaleza, é a eliminação de uma vegetação conhecida cientificamente por figueira brava, que está na razão dos danos que as paredes sofrem neste momento.
A edificação da fortaleza de São Sebastião arrancou em 1558 e as obras duraram cerca de 62 anos, tendo conhecido algumas interrupções por ordem dos imperadores portugueses que se confrontaram com ataques, no entanto desbaratados, de forcas holandesas, transportadas em naus, na luta pelo controlo das rotas do ouro.
WAMPHULA FAX - 26.01.2007
NOTA:
Será desta?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

23-01-2007

Projectadas mais pontes para Tete e Zambézia

O GOVERNO japonês vai disponibilizar um total de 43 milhões de yenes (mil yenes valem 212 meticais ao câmbio de ontem do Banco de Moçambique) para financiar os projectos para a construção de cinco pontes nas províncias de Tete e da Zambézia, no âmbito dos esforços das autoridades moçambicanas para a melhoria da comunicação rodoviária naqueles pontos do país. O acordo foi firmado ontem em Tóquio no âmbito da visita que o Presidente da República, Armando Guebuza, se encontra a efectuar desde segunda-feira àquele país do Extremo Oriente.
Maputo, Quarta-Feira, 24 de Janeiro de 2007:: Notícias
O financiamento ao projecto de construção de pontes em Tete e na Zambézia faz parte de um acordo que prevê também o financiamento a um projecto para o controlo de malária no país, num valor global de 492 milhões de yenes. A documentação que sela este acordo foi rubricada pela Ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda Abreu, e pelo embaixador nipónico em Maputo, Tatsuya Miki.
Por outro lado, ainda no quadro da visita de trabalho que o chefe do Estado moçambicano efectua ao Japão, o primeiro-ministro daquele país anunciou que o seu Governo decidiu conceder um crédito num valor máximo de 3282 milhões de yenes, em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para financiamento ao projecto de melhoramento da estrada entre Montepuez, na província de Cabo Delgado, e Lichinga, a capital do Niassa.
O projecto das cinco pontes, localizadas em estradas secundárias de Tete e Zambézia, faz parte de um plano do Governo do nosso país para o fortalecimento da ligação económica entre zonas urbanas e rurais naquelas e noutras províncias. Particularmente nestas duas, a falta de reabilitação de algumas pontes representa obstáculos à comercialização agrícola.
Este projecto tem ainda como objectivo, o de cooperar com o esforço do Governo na redução da pobreza, fortalecendo a ligação económica entre a região urbana e a rural. Embora as províncias da Zambézia e Tete estejam destacadas por uma elevada produção agrícola, a situação das pontes não reabilitadas em ambas as províncias são respectivamente 22 porcento e 49 porcento e têm sido um obstáculo significativo à comercialização de produtos agrícolas e ao desenvolvimento das actividades económicas regionais. Foi dada à real situação que o Governo moçambicano solicitou ao Governo japonês a assistência financeira a fim de reabilitar as cinco pontes localizadas nas estradas secundárias da Zambézia e Tete. Espera-se como resultado da implementação deste projecto a melhoria da situação de intransitabilidade no tempo chuvoso, segurança rodoviária e estabilidade do tráfego rodoviário e a contribuição à reactivação das actividades económicas e redução da pobreza de 550 000 habitantes ao longo das estradas das respectivas regiões, assegurando a acessibilidade, conectividade e transitabilidade destas. De referir que a presente troca de notas visa realizar as obras de arquitectura do projecto.
O Japão vai contribuir, após a finalização dos projectos arquitectónicos que agora financia, para a construção das pontes. Comprometeu-se a conceder cerca de 1,8 mil milhão de yenes.
Entretanto, a contribuição japonesa para o combate à malária no nosso país será feita no âmbito da estratégia nacional de controlo da doença. O Japão deverá fornecer um total de 605 mil redes mosquiteiras, de que beneficiarão 1,2 milhão de habitantes das províncias de Cabo Delgado, Nampula, Manica, Sofala e Inhambane, especialmente mulheres grávidas e crianças com menos de cinco anos.

22-01-2007

ONG's de luta contra SIDA respondem em tribunal

Seis organizações implementadoras de projectos ligados ao HIV/SIDA na província de Sofala estão a responder em tribunal, por alegado uso indevido de dinheiro destinado às pessoas infectadas e afectadas pela doença naquela região do centro do país.
Maputo, Segunda-Feira, 22 de Janeiro de 2007:: Notícias
As organizações, segundo fonte do Núcleo Provincial de Combate à SIDA (NPCS) em Sofala, citada pela AIM, são acusadas de desvio de fundos e, por isso, estão a responder em tribunal. A coordenadora do NPCS, Maria Suete, disse que os referidos agentes solicitaram fundos para a compra de produtos alimentares e material escolar para distribuir a pessoas infectadas e afectadas pelo HIV/SIDA, mas canalizaram-nos para a aquisição de equipamento de escritório e a melhoria das suas instalações. A fonte indicou que quatro das seis associações já foram julgadas pelo Tribunal Judicial de Sofala, aguardando, neste momento, a leitura das referidas sentenças.

Maputo e Guarulhos (Brasil) decidem aprofundamento de cooperação

Maputo - As autoridades municipais da capital moçambicana e da cidade de Guarulhos, no Brasil, acordaram o estreitamento das relações de cooperação bilateral nos domínios da gestão urbana, de resíduos sólidos e de transportes, bem como no plano cultural. O acordo firmado entre o Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) e a Prefeitura de Guarulhos (a segunda maior cidade do Estado de São Paulo) permitirá criar um canal permanente de cooperação em áreas em que os dois municípios têm "muitas experiências a trocar", salientou o presidente do município de Maputo, Eneas Comiche. Elói Pietá, prefeito de Guarulhos, destacou, por seu turno, a circunstância de o convénio permitir reforçar as relações de amizade e cooperação entre a s duas cidades e os dois países, um desígnio partilhado pelo presidente brasileiro, Lula da Silva. Em Novembro de 2006, os países sul-americanos e africanos reuniram-se n a Nigéria para estudar formas de aprofundar as relações de cooperação.
LUSA - 22.01.2007

Macedo Pinto abandona CCPM

EM PROTESTO CONTRA O DESEMPENHO DO PRESIDENTE DO ORGANISMO
Macedo Pinto abandona CCPM
O conhecido advogado e antigo cônsul de Moçambique na cidade portuguesa do Porto, Augusto Macedo Pinto, abandonou, semana passada, a Câmara de Comércio Portugal-Moçambique (CCPM), da qual era um dos principais e mais antigos membros da sua direcção, em protesto contra o desempenho do presidente do organismo.
Macedo Pinto, membro da CCPM desde a sua fundação, em 1985, diz que Daniel Pedrosa Lopes, o presidente deste organismo, pauta por “pouco dinamismo”.
“No ano passado (2006), não houve nenhum seminário, nenhuma iniciativa. Sendo um animador das relações Portugal-Moçambique, não quero estar associado a isto”, alegou Macedo Pinto.
O membro demissionário do Conselho Executivo da CCPM deplora ainda as palavras de Daniel Pedrosa Lopes, citadas semana passada num suporte moçambicano, nomeadamente quando o presidente da Câmara de Comércio considera: “Moçambique não tem petróleo, logo não é tão irresistível como Angola”.
O mesmo media citou ainda o presidente da CCPM a comentar que Moçambique “deve fazer um esforço suplementar para atrair investimentos e ser mais competitivo”.
(Redacção) - CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 22.01.2007

19-01-2007

From the old guard to ambitious new blood

Lobbying
In its forties, the “new generation” of Portuguese Africa specialists has come mainly from the universities and NGOs, some of which have ties to religious congregations. This is so in the case of the head of Alto Comissário para as Minorias Etnicas (ACIME) which is in charge of the imigration of ethnic minorities: Rui Marques (43), who began his career in the Jesuit NGO Leigos para o Desenvolvimento, has participated in actions to aid the Mozambican population during the war between Frelimo and Renamo.
Jorge Líbano Monteiro has also cut his first African teeth in a religious organisation. Initially a member of the student volunteer groups GASUC and GAS’África depanding on the Universidade Católica Portuguesa, he now sits on the board of the Fundação Evangelização e Culturas which is very active in Africa. Jorge Líbano Monteiro is also the secretary general of an association of Portuguese-speaking Christian entrepreneurs. Many of these young forty-somethings also work for the Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) as is the case for Vera Vasconcelos Abreu, who is the spokesperson for the institute’s board of management. Finally, others came from ministries. They follow in the footsteps of the old political elite, keen Africa specialists some of who are still active on the continent. Vitor Ramalho, the socialist MP and right-hand man of the former Portuguese President Mário Soares, still has an influence on the negotiations with Angola, his country of birth. Although now retired, José Esteves Pinto, the former chief of staff to the Secretary of State Briosa e Gala, is still in charge of a series of hot “dossiers” on Portuguese cooperation. He still has close ties with Angola and with Mozambique, where he was born. At 80, the former Minister and former Speaker of the Portuguese Parliament Antonio Almeida Santos still has links with Mozambique, where he has spent over twenty years. He is notably the chairman of the general council of Moza Capital the joint-venture created by Geocapital, the company owned by the Macao businessman Stanley Ho and by Moçambique Capitais.
INDIAN OCEAN NEWSLETTER - 20.01.2007

Augusto Macedo Pinto

The chairman of the board of the Associação Portugal Moçambique, an association for the promotion of Mozambique in Portugal, is a lawyer operating both in Portugal (Porto) and Mozambique (Beira). Augusto José Vasconcelos Macedo Pinto is also the spokesman of the Câmara de Comércio Portugal Moçambique established in Lisbon. The association’s chairman is Leonardo Junior, a Mozambican trained journalist who has also taught public relations at the university. He is supported in these functions in the association by its deputy chairman António Carlos Sardon, an economist who works for the Enterprise Association of Portugal (EAP).
INDIAN OCEAN NEWSLETTER - 20.01.2007

Chineses sob investigação norte-americana

“Os chineses estão hoje a fazer mais do que o G8 [Grupo de Oito Países mais industrializados do mundo] para acabar com a pobreza em África. Se um país do G8 propuser um projecto para a Serra Leoa, há uma avaliação ambiental, dos direitos humanos e da governação. Os chineses chegam e executam. Não estou a dizer que isso seja correcto, mas que os investimentos chineses estão a ter sucesso porque não fixam indicadores”, diplomata da Serra Leoa na China
(Washington) O antigo embaixador americano na Etiópia, David Shinn, deslocar-se-á, brevemente, a Pequim para estudar as relações entre a China e a África e os seus efeitos na política externa norte-americana.
Leia em:
Download chineses_sob_investigao_norte.doc

18-01-2007

China acolhe a 42ª Reunião Anual do grupo BAD em 2007

Tunes, 17 Janeiro 2007 – A Reunião Anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em 2007 terá lugar na cidade chinesa de Xangai, durante os dias 16 e 17 de Maio.
Anualmente o evento reúne os ministros das finanças e do desenvolvimento económico e os governadores do Banco Central dos 77 países membros do BAD, bem como actores-chave nos sectores público e privado, outras instituições financeiras internacionais (BM, FMI), organizações da sociedade civil e membros da comunicação social.
Os participantes reflectem sobre várias questões-chave do desenvolvimento africano como a integração regional, os mercados de capitais, os investimentos, o desenvolvimento de infra-estruturas, o impacto da subida do preço do petróleo nas economias africanas, as perspectivas para o comércio africano e a prevenção e o combate contra a fraude e a corrupção como factores de eficácia do desenvolvimento.
A 42ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do BAD e a 33ª Reunião do Conselho de Governadores do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD) inscrevem-se na crescente relação económica entre África e o continente asiático para a qual contribuiu a cimeira sino-africana de alto nível que teve lugar em Pequim em Novembro de 2006.
Os preparativos para estas reuniões arrancaram no ano passado com a deslocação à China de uma delegação do BAD chefiada pelo Secretário Geral Modibo Touré. A missão passou em revista as disposições práticas em matéria da organização da conferência, instalações, alojamento, transportes e infra-estruturas tecnológicas e de comunicação. As necessidades ligadas à cobertura mediática, protocolo, saúde e segurança foram igualmente examinadas.
Uma das inovações da edição de 2007 assenta na ênfase atribuída às reflexões e à investigação sobre problemas fundamentais do desenvolvimento africano através de uma série de conferências, seminários e ateliers programados para a semana de 13 a 18 de Maio, à margem das reuniões.
A China é um dos 24 países membros não regionais do BAD e nessa qualidade torna-se o segundo Estado a organizar o evento, a par da Espanha, o país anfitrião em 2001.

17-01-2007

Centro para a Cooperação e Desenvolvimento conta já com mais de dois mil padrinhos

Osmeusafilhados
Apadrinha ÁFRICA
Portugueses apadrinham crianças desfavorecidas
O objectivo é apoiar Quem mais precisa, Em países como Moçambique, Angola ou Nepal
CARLAMARINAMENDES
cmendes@destak.pt
DESTAK - 17.01.2007
Chama-se Alberto Carlos, tem seis anos, vive numa aldeia perdida na Imensidão de Moçambique e é uma das mais de duas mil crianças que, apesar da distância que as separa de Portugal, mantêm com o nosso país uma ligação especial.
São afilhadas de portugueses que aceitaram ser padrinhos à distância, uma iniciativa do Centro para a Cooperação e Desenvolvimento (CCS), com o objectivo de prestar auxílio a quem mais precisa. Carlos Almeida, 32 anos, é um dos mais de dois mil padrinhos nacionais que, a troco de um valor em dinheiro, decidiu, em Agosto de 2005, integrar a iniciativa.
Leia em:
Download apadrinha_frica.doc

Assinatura do protocolo de intenções entre Moçambique e BrasilMoçambique e Brasil : Emprego para jovens dominará cooperação

O GOVERNO moçambicano e a República Federativa do Brasil rubricaram recentemente em Brasília, um protocolo de intenções para intercâmbio e cooperação técnica na área de inclusão e promoção dos direitos juvenis.
Maputo, Quarta-Feira, 17 de Janeiro de 2007:: Notícias
A cooperação incidirá sobre áreas como emprego, Educação, Saúde, prática desportiva, lazer, cultura, capacitação profissional e outras actividades que venham a se tornar relevantes para a integração das novas gerações, ao processo de desenvolvimento social e económico dos dois países.
Uma fonte do Ministério da Juventude e Desportos, referiu que as partes comprometeram-se, em regime de reciprocidade, e quando para tal solicitadas, a prestar mútua cooperação técnica na área de juventude, em diferentes níveis e modalidades.
A cooperação poderá ser prestada por meio de uma agenda de trabalho para o desenvolvimento de acções de cooperação e actividades sobre questões de interesse comum aos dois países, visando a compreensão dos processos históricos africanos, especialmente o de Moçambique e o seu reflexo nas relações com o Brasil.
Abrange ainda o intercâmbio bilateral entre as diferentes estruturas de estudo e pesquisas nacionais, regionais e locais relacionadas com questões dos direitos da juventude, adopção de estratégia que permita, na medida do possível, e em consonância com as respectivas capacidades e recursos institucionais, realizar seminários, capacitações, treinamentos, troca de experiências e conhecimento, além de informações referentes à implementação, pesquisa e políticas públicas referentes aos temas comuns aos dois países, entre outros.
Para a implementação dos projectos, programas e actividades de cooperação técnica no âmbito deste protocolo, as partes poderão estabelecer parcerias com instituições do sector público, organismos nacionais e internacionais, bem como associações e organizações não-governamentais.
Para que se possam realizar as acções decorrentes deste protocolo, as partes comprometem-se a mobilizar recursos financeiros dentro e fora do país, bem como outras fontes de recursos.

10-01-2007

Empresariado português não investe

“Moçambique não tem petróleo, logo não é tão irresistível como Angola”. É assim que Daniel Pedrosa Lopes, presidente da Câmara de Comércio Portugal/ Moçambique, se pronunciou.
Lisboa está abaixo da média no ranking de investimentos em Moçambique.
“Os empresários fazem a ponte e vêem qual o melhor mercado para investirem. Apesar de Moçambique apresentar várias facilidades de entrada, a verdade é que não oferece sustentabilidade suficiente comparativamente a outros mercados”, avança o presidente da Câmara de Comércio Portugal/ Moçambique.
É que Moçambique tem um grande potencial, mas não tem conseguido tornar-se atraente para os países estrangeiros. “O país deve fazer um esforço suplementar para atrair investimentos e ser mais competitivo até porque tem uma capacidade agrícola grande e um potencial turístico elevado”, explica o mesmo responsável.
À CCPM não têm chegado muitos pedidos para projectos por parte das empresas portuguesas, o que leva ao próprio presidente a afirmar que “Portugal está abaixo da média no ranking de investimentos em Moçambique”.
Em contrapartida, o valor dos projectos de investimento de origem sul-africana aprovados pelo Centro Moçambicano de Promoção de Investimentos foi de 33,4 milhões de euros de Janeiro a Outubro de 2006. Dados do mesmo organismo indicam que os investidores sul-africanos submeteram 47 projectos no período em questão, colocando a África do Sul como um dos principais países investidores em Moçambique.
A maior parte do investimento sul-africano tem sido direccionado para a área de hotelaria e turismo .
Neste sector, o grosso dos projectos concentra-se na província de Inhambane (Sul de Moçambique), onde se regista uma intensa actividade turística ao longo da sua costa .
DIÁRIO DE NOTÍCIAS(Maputo) - 09.01.2007

06-01-2007

Fundação Champalimaud abre centro de investigação na Índia

Centro Champalimaud na India 2007-01-04
Projecto será o quarto maior do mundo.
Mário Baptista e Miguel Pacheco
“Só quero que a indústria dos filmes cresça e se desenvolva. É este o meu desejo, o meu único desejo. Mas como pode isso acontecer se as pessoas vêem um filme sem o bem mais precioso que Deus deu aos homens, a visão?” Há 50 anos, L.V. Prasad dificilmente imaginaria que o futuro juntaria o seu nome ao da Fundação Champalimaud, num projecto para criar, na Índia, o quarto maior centro de investigação mundial em doenças da visão. No início da década de 80, o então realizador e produtor de filmes de Bollywood, dava o primeiro passo: criar um filme para as pessoas com deficiências visuais, um a história onde as receitas seriam canalizadas para combater a cegueira total ou parcial. Vinte anos depois da ideia, o centro L.V. Prasad Eye Institute (LVPEI) ganhou renome mundial como centro de investigação. E, hoje, dá mais um passo em frente com a parceria que cria o C-TRACE (Centro Champalimaud-Tranlational Centre in Eye Research), um projecto que alia a investigação científica ao tratamento ambulatório de doentes com problemas visuais.
No total, está previsto “um investimento de 1 milhão de euros, a que se juntam mais 800 mil do instituto indiano e de acções de angariação de fundos”, acrescenta o porta-voz da Fundação ao Diário Económico. Esta verba vai servir, durante os próximos cinco anos, para investigar e tratar doentes com problemas visuais, que representam um problema nacional na Índia. A assinatura do protocolo prevê que o C-TRACE entre em funcionamento até ao final do ano. Ao todo, serão dois mil metros quadrados do quinto andar do centro Prasad, na cidade indiana de Hydeberad, a poucos quilómetros de Bombaím. O Centro arrancará sob a liderança de D. Balasubramanian, um catedrático com formação em Biologia Molecular e análise estaminal, mas promete recrutar, a médio prazo, especialistas portugueses para reforçar a equipa de investigação. Em paralelo com a investigação, as instalações vão funcionar também como centro clínico de assistência aos doentes.
Portugal vai liderar quarto maior centro de investigação em células estaminais
Com este investimento – que será um dos trunfos da visita de Cavaco Silva à Índia, ainda este mês –, esta instituição privada criada pelo testamento de António Champalimaud ficará à frente de um dos quatro maiores centros de investigação estaminal em todo o mundo. As grandes áreas de actuação desta parceria entre o grupo português e o indiano são a investigação em células estaminais para tratamento imediato das doenças dos olhos. Estas duas componentes foram também as principais preocupações da Fundação Champalimaud, cujo objectivo maior é investigar para curar.
Para os indianos, esta parceria com a Fundação representa um acréscimo de actividade fundamental e uma lufada de ar fresco no que diz respeito ao financiamento. É que, como salienta o porta-voz da empresa, “um milhão de euros em Portugal pode não ser muito, mas na Índia o dinheiro parece valer mais”. Um exemplo? A marca de óculos Carl Zeiss tem uma loja no rés-do-chão de um dos edifícios do pólo tecnológico, onde todas as receitas das vendas são canalizadas para apoio à investigação e tratamento de doenças oculares. E lá se vendem, por exemplo, pares de óculos da Ray-Ban a 30 euros cada, com parte a reverter para o Instituto liderado por Gullapalli Rao, referência mundial na área da visão e responsável mundial pelo programa Vision 2020 da Organização Mundial de Saúde para a cegueira.
Cientistas portugueses na Índia até final do ano
Ainda este ano, a Fundação Champalimaud espera ter médicos, investigadores e cientistas portugueses a trabalharem na Índia. “As candidaturas que esperamos receber, e que serão avaliadas por um Conselho Científico, vão seleccionar seis investigadores juniores ou seniores, dois estudantes que estejam ainda na faculdade, e vamos também abrir hipótese para que médicos que queiram fazer uma especialização possam ir fazê-la à Índia”. Devido ao volume de trabalho – o Centro chega a fazer 20 operações às cataratas num dia – a especialização não demorará mais de seis meses, fornecendo uma enorme componente prática. No texto do protocolo - a que o Diário Económico teve acesso - lêem-se também outros objectivos: “o intercâmbio de cientistas escolhidos pelo LVPEI e a Fundação Champalimaud”. Por outro lado, também serão criados programas para candidatos dos Países de Língua Oficial Portuguesa, como Angola, Moçambique e Timor”.
Com esta internacionalização, a Fundação Champalimaud consegue contornar um dos maiores problemas que enfrentou desde a sua criação - a falta de um terreno para a instalação do seu centro de investigação e o consequente atraso na produção de investigação. “Este primeiro centro antecipa os prazos para a actividade científica própria”, conclui uma fonte da Fundação.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/destaque/pt/desarrollo/724644.html

03-01-2007

Sub-secretário americano aponta vias para crescimento em África

Nova Ioque, Estados Unidos (PANA) - O sub-secretário adjunto do Departamento do Tesouro americano para África e Médio Oriente, Ahmed Saeed, apelou aos govenantes africanos a melhorar o clima de negócios a fim de instaurar o crescimento e o desenvolvimento do continente.
Em entrevista à PANA, Saeed disse no fim-de-semana em Nova Iorque (Estados Unidos) que "muitos países africanos são ricos em recursos mas dispõem dum mau clima de investimentos e de negócio favoráveis".
Saeed indicou que a melhoria do clima de investimento facilitaria investimentos nacionais e estrangeiros de que os países africanos precisam muito para promover o sector privado e instaurar um "crescimento durável e a longo prazo".
Disse que, duma maneira geral, África figura numa posição relativamente baixa na classificação da Sociedade Financeira Internacional (SFI) devido à falta de políticas e programas viáveis susceptíveis de acelerar o desenvolvimento económico.
Felicitou vários países africanos que teriam implementado programas de reformas destinados a redinamizar as suas economias e fiscalizar o respeito da deontologia de negócios.
Exortou os governantes africanos a se engajarem no investimento no domínio das infraestruturas físicas e de serviços socioeconómicos, solução eficaz para instauração do crescimento.
O responsável americano defendeu novas reformas económicas em África a fim de melhorar o clima de negócios, atrair capitais e investimentos estrangeiros.
Preconisou ainda a redução do número de licenças e autorizações exigidas aos promotores de empresas, a normalização de documentos à depositar e a facilitação do comércio graças à simplificação do sitema de cobrança.
Apelou igualmente aos Governos africanos a infomatizar os seus sistemas de registo fundiário e permitir as transacções via internet, bem como o uso de procedimento eficazes e viáveis.
Saeed insistiu ainda na necessidade de melhorar as capacidades de producção de energia, o que facilitaria a redução de custos e melhoraria a fiablidade de electricidade.
"No domínio do comércio, os Governos devem melhorar a eficácia dos portos para facilitar a passagem rápida de contentores e construir estradas de qualidade para facilitar a circulação de bens e serviços" disse.
As parcerias público-privado poderiam constituir outras fontes de financiamento para a construção de infraestruturas e os países africanos deviam engajar-se nessa via no sentido de tornar as suas economias activas, acrescentou.
O sub-secretário americano salientou também a necessidade da implementação de políticas fiscais e monetárias coerentes a fim de maximizar as vantagens das reformas e promover o clima de negócios.
02.01.2007

22-12-2006

União Europeia duplica apoio financeiro a Moçambique

O Presidente da República, Armando Guebuza, recebeu ontem cartas credenciais do embaixador-chefe da União Europeia (UE). Falando pouco depois do acto, Guebuza disse que a acreditação daquele diplomata representa uma valia para Moçambique, pois “estamos habituados a trabalhar com esta organização que muito apoio tem dado ao nosso País”.
De facto, a União Europeia, que é o maior parceiro económico de Moçambique, vai duplicar o apoio ao País, estando, neste sentido a preparar-se para desembolsar 480 milhões de dólares para o próximo
ano e dois mil e oito.
A UE , com o Fundo Europeu para o Desenvolvimento, tem ajudado o País em diversas áreas sociais, razão da duplicação dos apoios de duzentos e setenta para quatrocentos e oitenta milhões de dólares.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS(Maputo) - 22.12.2006

21-12-2006

FMI em “zanga” com leis laborais moçambicanas

APESAR DE TER CONCEDIDO AO PAÍS MAIS DE 2,4 MILHÕES DE DÓLARES
- Não é a primeira vez que aquela instituição da Breeton Woods afirma-se zangada com o aperto das leis laborais moçambicanas. Disse, desta feita, que as quer mais abertas para permitir o rol de investimentos vindouros.
Laurindos Macuácua
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse não estar totalmente satisfeito com as recentes reformas das leis laborais, afirmando que tais projectos “representam uma melhoria da actual lei”, mas que as autoridades moçambicanas devem resolver a “rigidez” do mercado de trabalho que a ainda prevalece.
O FMI, contudo, não especificou quais os problemas que considera persistirem nas leias laborais moçambicanas.
Todavia, a mesma organização elogiou a “prudente” política económica de Moçambique e anunciou a concessão de mais 2,4 milhões de dólares norte americanos ao abrigo do Programa da Redução da Pobreza e Crescimento da instituição.
Com a concessão daquele montante, eleva para cerca de 14,6 milhões de dólares de auxílio ao abrigo do programa de dezassete milhões de dólares para Moçambique.
O FMI, todavia, afirma que as “prudentes políticas macroeconómicas” do País e a “primeira onda de reformas estruturais” resultaram num forte crescimento económico, inflação “moderada” e “progresso sólido no caminho dos objectivos elaborados na estratégia de redução de pobreza”. FMI em “zanga” com leis laborais moçambicanas
A organização avisa, no entanto, que para se alcançar os objectivos traçados no Plano de Acção para Redução da Pobreza Absoluta II (PARPA II) terá que haver um “fortalecimento da política fiscal”,
o fortalecimento do clima de investimentos através da redução de custos para o funcionamento de empresas e ainda um empenho em “continuar-se a resolver frontalmente questões de governação”.
A organização “encoraja”, por outro lado, as autoridades moçambicanas a adoptarem novas leis sobre “os regimes fiscais” para os sectores das minas e petróleo. “A adesão aos princípios básicos da Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas deverá fortalecer a transparência da administração dos recursos naturais e megaprojectos,” disse o FMI que apela ainda ao “aceleramento das campanhas anti- corrupção e de reforma do sector judicial”.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS(Maputo) - 21.12.2006

18-12-2006

Protecção social: Moçambique e Portugal vão celebrar convenção - segundo o deputado Raimundo Mapanzene, do círculo eleitoral da Europa e Resto do Mundo

O DEPUTADO da Assembleia da República, pelo círculo eleitoral da Europa e Resto do Mundo, Raimundo Mapanzene, regozijou-se pelas negociações entre Moçambique e Portugal no sentido de se celebrar no primeiro trimestre do próximo ano uma convenção sobre a segurança social entre os dois países. Mapanzene falava há dias na Assembleia da República para dar o seu "voto de confiança" ao Conselho de Ministros pela apresentação da proposta de Lei de Protecção Social, submetida à apreciação do órgão legislativo.
Maputo, Segunda-Feira, 18 de Dezembro de 2006:: Notícias
Leia em:
Download proteco_social.doc

14-12-2006

OE para 2007 continua dependente de dadores externos

As contribuições internacionais vão continuar cruciais para o Orçamento de Estado moçambicano, cuja proposta para 2007, quarta-feira apresentada na Assembleia da República em Maputo, apresenta um défice de cerca de 1,2 mil milhões de euros.
A proposta de orçamento para 2007 foi quarta-feira defendida no parlamento pelo ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, que referiu que a previsão de receitas para o próximo ano é de mil milhões de euros, enquanto as despesas rondarão os 2,2 mil milhões de euros. Cerca de um terço das doações internacionais será aplicada directamente no OE e o restante em apoio a projectos, disse o ministro. Um conjunto de países, entre os quais Portugal, e organizações internacionais financiam directamente o OE de Moçambique.
A proposta para 2007 refere que a maior parte da despesa será aplicada em sectores prioritários do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA II), que vão consumir 68 por cento do orçamento.
Educação com 22 por cento, infraestruturas (20.5 por cento) e saúde (12,4 por cento) são os sectores mais beneficiados, enquanto na defesa continua a redução de despesa, de 2,3 por cento. O ministro das Finanças adiantou que o OE2007 garante a contratação de 18.289 novos funcionários públicos, dos quais mais de metade para ocuparem postos de professor e 2050 para a função policial. No debate que se seguiu, a bancada da RENAMO, oposição, contestou a alocação de fundos para os veteranos da luta pela independência, contra a administração portuguesa (1964-74), criticando o facto de ficarem de fora os seus desmobilizados, que lançaram o país numa guerra civil, entre 1976 e 1992, contra o governo da FRELIMO. A RENAMO invocou o preceito constitucional que garante pensões também aos que lutaram "pela liberdade e democracia", afirmando ser esse o caso dos seus ex-combatentes que se opuseram ao então regime de partido único da FRELIMO.
A bancada da FRELIMO, em maioria, rebateu o argumento acusando a RENAMO de ter actuado a favor do regime do apartheid, em vigor na África do Sul.
LUSA - 14.12.2006

BAD/ICA organizam conferência sobre o financiamento de energia em África

Ica_conference
Tunes, 13 Setembro 2006 – O Consórcio para as Infra-estruturas em África (ICA), em parceria com o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), levou a cabo no passado dia 12 de Dezembro, em Tunes, uma conferência de alto nível assente no tema “Financiar a electricidade para o crescimento em África”.
O encontro teve como objectivos principais a sensibilização das principais empresas do sector da energia e investidores para os projectos de infra estrutura eléctrica que requerem financiamento imediato em África, a partilha de conhecimento e a promoção do diálogo entre os promotores de projectos e o sector privado. O consenso geral é de que a maioria destes objectivos foram alcançados.
Dando as boas vindas aos participantes, o Vice-Presidente do Banco para as Infra estruturas, NEPAD e sector privado, Mandla Gantsho, lembrou as parcerias estratégicas da instituição no campo das infra estruturas, com vista a apoiar os esforços de desenvolvimento do continente, acrescentando que o Banco tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento financeiro.
Por seu lado, Donald Kaberuka, o presidente do BAD, reconheceu os esforços do ICA face aos desafios do continente na área da infra estrutura, declarando-se satisfeito por se associar à iniciativa.
Kaberuka referiu-se às diferentes parcerias em curso na área da energia, dando o exemplo da inter conexão Argélia-Marrocos-Espanha e o gasoduto entre Moçambique e a África do Sul, ambos os projectos financiados pelo BAD com outros parceiros.
Mencionou ainda a preparação de uma Plataforma Estratégica de Médio ou Longo Prazo (MLTSF), que determinará o caminho das infra estruturas para o desenvolvimento no continente nos próximos 15 a 20 anos e elogiou o papel do Banco no desenvolvimento da Plataforma de Investimento em Energias Renováveis para o Desenvolvimento (CEDIF), que entrou em funcionamento após a cimeira de Gleneagles em 2005.
Durante a sua intervenção, inserida no quadro de oradores eminentes convidados pelo Banco, Benjamin Mkapa, anterior presidente da Tanzânia e co-presidente da “Investment Climate Facility for Africa”, lamentou o subdesenvolvimento e marginalização do continente na área do consumo de energia per capita e no baixo nível de produtividade e prosperidade. Disse a esse respeito: “O acesso à energia é vital no esforço de África para atingir qualquer um dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, como a água e saneamento, igualdade na educação, malnutrição, mortalidade infantil e outros objectivos relacionados com a saúde”.
Sublinhou igualmente a ironia em que África se encontra, visto deter parte das reservas petrolíferas e maiores recursos hídricos como potencial fonte de produção de hidroelectricidade no mundo, mas apenas 20% da sua população (2% nas áreas rurais) beneficia do acesso a electricidade.
A conferência reuniu participantes de todo o mundo, incluindo representantes de empresas de gestão de electricidade, conselheiros comerciais, pólos energéticos regionais e representantes de instituições bancárias e de governos. Estiveram igualmente representadas diversas comunidades económicas regionais, a NEPAD e a União Africana, bem como instituições regionais e internacionais envolvidas ou interessadas em projectos de electricidade em África.
As apresentações assumiram a forma de 5 sessões que deram espaço ao diálogo e a questões por parte da audiência. Discussões paralelas tiveram igualmente lugar fora do espaço da conferência.
As sessões incluíram casos de estudo e factores de sucesso baseados nas transacções que envolvem a participação do sector privado em projectos de electricidade, uma perspectiva sobre a acção das centrais de energia regionais, as suas iniciativas actuais e informação sobre projectos-chave de electricidade em diferentes regiões de África. Um conjunto de oradores representando os sectores público e privado avançaram com soluções, formas de ultrapassar obstáculos estruturais estratégicos e apresentaram casos de sucesso.

06-12-2006

Diálogo Nacional sobre o Voluntariado

Veja o PROGRAMA em:
Download PANFLETOVOLUNTARIADO.pdf

05-12-2006

Médicos portugueses e moçambicanos reunidos em congresso

Maputo, 05 Dez (Lusa) - Médicos portugueses e moçambicanos encontram-se reunidos em Maputo no VI Congresso Luso-Moçambicano de Medicina para debater doenças comuns às populações dos dois países.
Na sessão inaugural, na segunda-feira, o embaixador português em Maputo, José de Freitas Ferraz, destacou a cooperação desenvolvida pelos dois países no sector da medicina, numa perspectiva de prevenção, diagnóstico e tratamento.
"Ano após ano, a realização destes Congressos vem justamente provar o permanente interesse dos médicos de ambos os países em aprofundar um relacionamento antigo, partilhando experiências, enriquecendo-se mutuamente e, de certa forma também, ultrapassando as fronteiras da própria medicina ao beneficiarem directamente as relações entre os dois países", referiu o diplomata português.
Questões ligadas ao HIV/SIDA e as doenças oportunistas associadas, medicina de reabilitação, tratamento de lixo hospitalar e farmácias, entre outras, estão em debate no congresso que encerra na quarta-feira.
O VI Congresso é apoiado cientificamente pelos Ministérios da Saúde, Educação e Cultura e Ciência e Tecnologia de Moçambique, pela Universidade Eduardo Mondlane e, da parte portuguesa, pela Ordem dos Médicos e a Associação Médica de Cooperação Lusófona e Ibero- Americana.

MOÇAMBIQUE RUBRICA DOIS IMPORTANTES ACORDOS

Com a Grã-Bretanha
- Chefe de Estado termina hoje visita a aquele País europeu, rumando para o Sudão
Por Vasco Fenita, nosso enviado a Londres
No âmbito da visita de três dias que o Presidente da Republica de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, esta a efectuar ao Reino Unido da Grã Bretanha, foram rubricados a meio da manhã de ontem dois importantes acordos entre ambos países.
Procederam a assinatura dos referidos acordos, Hilary Benn, secretário de estado para o desenvolvimento internacional britânico, e Alcinda de Abreu, ministra dos negócios estrangeiros de Moçambique.
Leia em:
Download com_a_gr_bretanha_moambique_rubrica.doc

02-12-2006

ONGs devem realizar acções mais visíveis - segundo SP da Zambézia, Albertina Tivane

A SECRETÁRIA Permanente do Governo da Zambézia, Albertina Tivane, instou as Organizações Não-Governamentais baseadas naquela província, no sentido de desenvolverem programas socioeconómicos mais concretos e que resultem na diminuição dos índices de desemprego e a vulnerabilidade das populações.
Maputo, Sábado, 2 de Dezembro de 2006:: Notícias
Tivane que falava num encontro com aquela agremiações realizado em Quelimane, insurgiu-se pelo facto daquelas ONG's estrangeiras apresentarem dados sobre evolução de oportunidades de emprego, fornecimento de água e outros serviços básicos, entretanto, muito longe daquilo que é a realidade constatada no terreno.
Leia em:
Download ongs_devem_realizar_aces_mais_visveis.doc

Projecto TAE destrói armas na Moamba

EQUIPAS do Projecto de Transformação de Armas em Enxadas (TAE) do Conselho Cristão de Moçambique procederam na última quinta-feira, em Chinyangwanine, distrito de Moamba, à destruição de diversas armas e engenhos explosivos com destaque para duas bombas de aviação de 500 Kg cada, granadas de mão e de anti-grupo, armas de vários calibres, bem como munições.
Maputo, Sábado, 2 de Dezembro de 2006:: Notícias
O acto foi presenciado pelo reverendo Dinis Matsolo, secretário-geral do CCM e pela Drª Eraé Batista, representante em Moçambique da DIAKONIA, organização sueca, principal doadora do TAE, para além de outras entidades envolvidas no projecto. Intervindo na ocasião, Dinis Matsolo manifestou o cometimento do CCM em continuar a abraçar tal projecto, como um contributo para a consolidação da paz.
Leia em:
Download tae_destroi_armas_moamba.doc

30-11-2006

Lamenta dinheiro doado para combater SIDA na África do Sul

Embaixador americano protesta
O novo embaixador norte-americano em Pretória, Eric Bost, lamentou o facto das entidades sul-africanas responsáveis pelo combate contra a pandemia do HIV-SIDA o terem literalmente desprezado desde que chegou à África do Sul.
Isto, apesar dos Estados Unidos, segundo Bost, serem "o país que mais contribui para o programa de combate ao SIDA" na nação vizinha de Moçambique. Bost fez questão de realçar numa entrevista concedida ao semanário «Sunday Times», que os EUA são o país que mais contribui para enfrentar a pandemia na África do Sul. "Somos o país que vos dá mais dinheiro em todo o Mundo para combater o HIV-SIDA. Aquilo que damos é superior ao dinheiro concedido por todos os doadores, mas, no entanto, não consigo dialogar com as entidades responsáveis pela gestão do programa de combate àquela doença."
O diplomata norte-americano não explicou os motivos por que tanto a ministra da Saúde, Manto Tshabalala-Msimang, como a vice-presidente da África do Sul, Phumzile Mlambo-Ngucka, têm evitado avistar-se com ele desde que chegou à África do Sul há mais de 4 meses. Bost afirma que feitos esforços para encontrar as duas figuras da numenklatura sul-africana mas sem sucesso.
Não há diálogo com só um a falar
"Tenho tentado contactar ambas as senhoras desde que aqui cheguei, mas isso tem sido impossível. Não pode haver uma parceria quando apenas uma das partes é que dialoga."
Desconhece-se se a "parceria" que o país de Eric Bost tentou estabelecer com a África do Sul no âmbito do combate contra o HIV-SIDA era do género "inteligente": antes de Washington ter efectuado as suas avultadas doações para o combate ao HIV-SIDA na África do Sul, as autoridades de Pretória defendiam a tese – que ainda permanece válida entre os círculos oficiais – de que o HIV não é a causa do SIDA. Além do mais, as autoridades sul-africanas opuseram-se sempre à distribuição de anti-retrovirais para tratamento dos seropositivos, alegando que a melhor via para se debelar o mal é uma dieta apropriada.
“Alho e beterraba”
Ainda há poucos dias, jovens militantes do ANC dirigiram-se ao Aeroporto Internacional Oliver Tambo (ex- Jan Smuts), em Joanesburgo, procedendo à distribuição gratuita de alho e beterraba aos passageiros acabados de desembarcar, afirmando ser essa a cura para o SIDA. Manto Tshabalala-Msimang tem sido a grande defensora do consumo de alho e beterraba para se combater um mal que alastra assustadoramente à escala nacional, fazendo da África do Sul um dos países da região austral de África com o maior índice de seropositivos.
A posição sul-africana relativamente ao combate contra o HIV-SIDA foi alvo de enérgicas críticas por parte de diversos delegados presentes na conferência internacional sobre a pandemia recentemente realizada no Canadá.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 30.11.2006

25-11-2006

Ministério Público de Moçambique pressionado a esclarecer investigações incómodas para o Governo

ANA DIAS CORDEIRO
ONG moçambicana quer saber mais sobre inquérito ao desfalque do Banco Austral
O Ministério Público de Moçambique esteve esta semana sob pressão para divulgar parte das conclusões de uma auditoria criminal às circunstâncias que levaram ao desfalque do Banco Austral, durante a sua privatização entre 1997 e 2000 - um caso que envolveu altas figuras do poder e da Frelimo.
O documento pode vir a revelar-se determinante para outra investigação - relativa à morte daquele que viria a ser chamado para sanear as contas da instituição, o administrador António Siba-Siba Macuacua. O economista foi assassinado a 11 de Agosto de 2001, depois de divulgar a lista dos principais devedores do banco a quem estava a exigir o reembolso dos créditos malparados responsáveis pela situação de pré-falência. Entre eles estavam destacadas figuras do Estado e do partido no poder.
O caso estava a ser investigado pelo jornalista Carlos Cardoso, assassinado no ano anterior, a 22 de Novembro de 2000. Por ocasião do sexto aniversário da morte do jornalista, esta semana, o Centro para a Integridade Pública (CIP), uma ONG moçambicana exigiu que a auditoria fosse publicada, em nome da transparência. A situação de pré-falência do banco motivou uma injecção de dinheiro do Estado para cobrir os prejuízos acumulados. Por isso, "é legítimo que os contribuintes tomem conhecimento sobre o que realmente se passou com a gestão do Banco Austral", justificou o CIP numa carta aberta.
A auditoria foi realizada para determinar se houve prática de crime na má gestão do banco que levou ao desfalque de pelo menos 20 milhões de dólares nos três anos que se seguiram à privatização em 1997 da instituição. Essa questão continua sem resposta enquanto o MP não se pronunciar.
Marcelo Mosse, jornalista, ex-colaborador de Carlos Cardoso no jornal Metical, e hoje coordenador do CIP, explicou ao PÚBLICO que a principal preocupação é saber se há matéria para a responsabilização da gestão do banco. Mas também perceber se "a partir daí se podem encontrar pistas para esclarecer o assassínio" nunca esclarecido de Macuacua.
Na confidencialidade
A auditoria, realizada por uma firma estrangeira, foi mantida confidencial a pedido do Governo, desde que ficou pronta, foi entregue ao Ministério das Finanças e depois ao MP, em Junho. Seis meses passados, o documento "continua a ser analisado", disse ao PÚBLICO o procurador-geral da República de Moçambique Joaquim Madeira. E vai permanecer longe da esfera pública, pelo menos enquanto os magistrados do Gabinete Central do Combate à Corrupção, ligado ao MP, estiverem a analisá-lo.
"O importante não é tornar público mas responsabilizar quem participou nesse desfalque", considerou Joaquim Madeira. "É preciso consultar os documentos que serviram de base à auditoria e isso leva tempo. Tem que se aprofundar. O relatório [auditoria] dos peritos reflecte a opinião dos peritos. Não vincula quem julga", disse Madeira.
O procurador reconhece que "o relatório foi importante para o prosseguimento do processo instaurado em 2004" para apurar responsabilidades na gestão do Banco Austral. Mas não adianta "se há matéria para acusar". "Não há resistências políticas" para atrasar o processo, garante. Mas reconhece que este é um caso "delicado". "Pode haver resistências por parte dos investigados, como em todos os casos
delicados em todos os países", referiu.
Quanto à ligação da investigação da gestão danosa à investigação da morte de Siba-Siba Macuacua, diz: "Não é certo que haja uma relação."
PÚBLICO - 25.11.2006

23-11-2006

«Ernst & Young» detecta irregularidades em contas da ajuda externa à Saúde

Ivo Garrido já tem com que se entreter
Os fundos foram concedidos por diversos doadores, nomeadamente; França, Holanda, Embaixada Irlanda, Reino da Noruega, Reino dos Países Baixos, Embaixada da Finlândia, Cooperação Suiça, Agência Canadiana para o Desenvolvimento Internacional, União Europeia e FNUAP
As lacunas são de tal sorte que aquela empresa de auditoria escusa-se a fornecer parecer sobre o exercício contabilístico até 31 de Dezembro de 2005

As contas do «Fundo Comum de Apoio ao Sector de Saúde – PROSAUDE» não batem certo, conclui-se no relatório da auditoria feita pela «Ernst & Young» às “Demonstrações Financeiras” referente a 2005, primeiro ano em que Ivo Garrido tomou as rédeas do Ministério da Saúde. Tem agora esta «batata quente» nas mãos. O ministro, de agora em diante, não poderá queixar-se de não ter com que se entreter. Está ainda por se saber quais poderão vir a ser as consequências.
Leia em:
Download ivo_garrido_j_tem_com_que_se_entreter.doc

Centro Samora Machel recebe ofertas

O FÓRUM Cívico de Cidadania Moçambicana em Portugal entrega hoje formalmente ao Centro de Documentação Samora Machel uma oferta não especificada, como contribuição dos seus membros naquele país lusófono.
Maputo, Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006:: Notícias
Aquele centro cívico tem estado na vanguarda da divulgação da cidadania moçambicana em Portugal e mantém relações com o Centro Samora Machel.

20-11-2006

GOVERNO DE NAMPULA E CONSULTORES ESTÃO A “VENDER” A ILHA DE MOÇAMBIQUE

Aos Turistas e Investidores
O governo Provincial de Nampula e Consultores da TECHNOSERVE, uma organização não governamental que se dedica ao apoio ao desenvolvimento de negócios, estão a estudar mecanismos tendentes a atrair investimentos para o sector de Turismo na Ilha Moçambique.
Declarada Património da Humanidade pelas Nações Unidas,
aquela cidade insular apresenta ricas potencialidades turísticas, que, devidamente exploradas, transformá-la-ia num verdadeiro destino turístico, segundo uma pesquisa, recentemente, efectuada pela equipa de consultores.
Numa sessão do governo provincial, havida na passada sextafeira, Joana Freitas, uma das consultoras,
fez a resenha daquilo que chamou de “visão dos consultores” sobre variados aspectos e constrangimentos sócio- económicos e culturais da Ilha de Moçambique, bem como eventuais soluções. Dirigindo-se aos membros do governo provincial, Freitas revelou que o seu organismo está desenvolver uma serie de negociações com operadores hoteleiros da costa oriental da África para a necessidade de investirem na Ilha de Moçambique.
Entretanto, a avaliar pelo estado de degradação em que se encontra grande parte dos imóveis, associado ao problema de congestionamento, aquela equipa de consultores propõe que parte dos moradores da zona insular seja reassentada na região continental do Lumbo, bastando para tal, a criação de condições básicas.
Alias, no seu projecto denominado Heritage: ”Nova prosperidade a partir do passado”,a ser submetido
ao governo central, os consultores apresentam aquilo que, para eles, constitui ideal para que Ilha de Moçambique seja um verdadeiro destino turístico. Dentre várias acções idealizadas, constam hotéis de charme, e um outro de luxo de dimensão média, ladges de praia , entre vários.
Comentando sobre o projecto, o governador de Nampula disse que o seu executivo está aberto a todo o
tipo de iniciativas, e convidou ao empresariado nacional a juntar-se a este projecto.
Para Paúnde, o governo dispensaria todos os imóveis do Estado a qualquer que estivesse interessado, desde que se comprometesse em construir outros idênticos na zona continental.
Nós podemos entregar, por exemplo, as casas onde reside o administrador e onde funciona o governo
do distrito a quem se mostre interessado em construir no Lumbo. Observou o governador de Nampula.
WAMPHULA FAX - 21.11.2006
NOTA:
Mais estudos, quando já tudo está estudado há anos. A cooperação italiana poucos habitantes conseguiu retirar da Ilha. Quantos mais terão que sair? Três, quatro, cinco mil? A guerra civil para ali os levou, mas a paz parece que os não consegue levar às suas terras. Diz o Governador Paunde que "podemos entregar as casas onde reside o administrador e onde funciona o governo do distrito". Mas a quem e para quê? Basta o "fecalismo" a céu aberto para tudo e todos espantar. Não brinquem mais com a vestuta cidade de Moçambique, onde me orgulho de ter nascido. Por onde andam as verbas já concedidas por organizações e países estrangeiros para vários restauros?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

A grande maioria situa-se em África e muitas delas falariam português se não morressem antes de aprenderem a falar.

Onze milhões de crianças com menos de cinco anos morrem anualmente devido à pobreza e sete milhões delas não chegam a completar um ano, denunciaram hoje várias Organizações Não Governamentais (ONG)
A grande maioria situa-se em África e muitas delas falariam português se não morressem antes de aprenderem a falar.
Os dados são divulgados na véspera de mais um aniversário da aprovação da Declaração Universal dos Direitos das Crianças, em 1959, e da Convenção sobre os Direitos das Crianças, em 1989, pela Assembleia-Geral da ONU, data escolhida por alguns países para assinalar o dia mundial da criança.
A associação Ajuda em Acção recorda que os membros das Nações Unidas se comprometeram na Cimeira do Milénio, em 2000, a reduzir em dois terços a mortal idade infantil até 2015, o que, segundo a ONU, está muito longe de ser alcançado .
Segundo esta organização não governamental, todos os dias morrem mais de 30.000 menores de cinco anos, ou seja, 11 milhões de mortes anuais. Muitos deles falariam português se não morressem antes de aprenderem a falar.
Setenta por cento destas mortes devem-se a subnutrição e doenças que em países ricos são facilmente debeladas, como doenças respiratórias, diarreias ou malária.
Por seu turno, a ONG Mãos Unidas assegura que sete milhões de crianças não chegam a celebrar o seu primeiro aniversário e que no mundo existem 15 milhões de órfãos devido à Sida, a maioria na África subsaariana.
Muitas delas falariam português se não morressem antes de aprenderem a falar.
A organização sublinha ainda o facto de 130 milhões de crianças não ire m à escola, de 82 milhões de meninas perderem a sua infância devido a matrimónios precoces e de 246 milhões de crianças trabalharem, 72 milhões das quais antes de atingirem os 10 anos.
Muitas delas falariam português se não morressem antes de aprenderem a falar.
Médicos Sem Fronteiras obrigados a deixar Angola
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF), que trabalham em Angola há 23 anos no apoio ao governo na área da saúde, decidiram abandonar o país por fases. Os belgas e espanhóis da deixam o país já no próximo mês de Dezembro, os suíços em Março do próximo ano e os holandeses até Junho, segundo notícia do Correio da Manhã.
Quer isso dizer que Angola tem já capacidade para assumir o nobre trabalho que estava a ser desenvolvido pelos MSF? Não.
“Desde que a guerra acabou, sentimos menos apoio por parte de algumas entidades angolanas. As dificuldades aumentaram e daí que decidimos sair”, afirmou a responsável dos MSF da Holanda, Erna Vangoor.
Medite-se num exemplo: As autoridades sanitárias angolanas registaram mais de 910 mil casos de malária em crianças entre Janeiro e Dezembro de 2005, das quais 4.446 acabaram por morrer em consequência da doença.
“Demos por terminada a nossa missão de emergência humanitária. Agora cabe ao Governo de Angola, país rico em diamantes e segundo maior produtor de petróleo em África, responsabilizar-se pela saúde do povo, apesar de haver muita falta de serviços, de medicamentos e de infra-estruturas”, esclareceu a responsável dos MSF.
Por outras palavras, segundo a mesma responsável dos Médicos Sem Fronteiras, “a retirada vai criar mais problemas às populações, particularmente agora com o recrudescer da cólera”.
É exactamente isso. Os poucos que têm millhões vão continuar a tratar-se nos melhores hospitais do mundo, os milhões que têm pouco, ou nada, vão continuar a morrer famintos nas esquinas do segundo maior produtor de petróleo em África.
Eugénio Costa Almeida pergunta se Angola vai receber, para resolver a saída dos MSF, mais brasileiros e chineses, acrescentando que “se forem médicos venham eles porque curandeiros e kimbandas temos bons e com fartura!!”.
O ministro da Saúde, Sebastião Veloso, sabe a resposta mas não pode responder. Aliás, basta ver o orçamento que (não) tem. Além disso, se quiser olhar para o povo, corre o sério risco de ser demitido por sua excelência o rei José Eduardo dos Santos.
Orlando Castro

18-11-2006

Seminário discute negócios em África

O CENTRO de Desenvolvimento da Empresa (CDE), em colaboração com o Centro de Promoção de Investimentos (CPI), organiza a partir de segunda-feira próxima um seminário regional subordinado ao tema "Oportunidades de Negócio para Empresas da África Austral Usando o Mercado de Carbono - Mecanismos de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kioto".
Maputo, Sábado, 18 de Novembro de 2006:: Notícias
O evento surge em seguimento de uma missão preliminar de diagnóstico feita em oito países do continente, nomeadamente Botswana, Namíbia, Malawi, Zâmbia, Maurícias, Cabo Verde, Angola e Moçambique, constituindo a segunda fase dos programas do CDE/2005. A referida missão identificou necessidades de informação e de capacitação de modo a reduzir as barreiras ao acesso ao mercado por parte do sector privado.

17-11-2006

Moçambique e China acordam projecto de estádio nacional

OS governos de Moçambique e da China rubricam esta manhã, em Maputo, um contrato que prevê a elaboração de um projecto de construção de um projecto de estádio nacional na cidade de Maputo.
Maputo, Sábado, 18 de Novembro de 2006:: Notícias
Um comunicado recebido ontem na nossa Redacção dá conta de que os documentos do referido acordo serão rubricados pelo Ministro da Juventude e Desportos, David Simango, e por um enviado do Governo daquele país asiático, que se encontra no país especialmente para o efeito. A cerimónia está marcada para as 9:00 horas, no Ministério da Juventude e Desportos.

15-11-2006

Moçambique e Brasil preparam acordo de extraditação

Maputo, 14 Nov (AIM)- Pelo menos 23 mocambicanos que se encontram encarcerados nas cadeias brasileiras poderão ser transferidos para Moçambique, a luz de um acordo de extradição, ora em perspectiva, entre Moçambique e Brasil. Citada hoje pela Televisão de Moçambique (TVM), uma fonte do Ministério brasileiro da Justiça revelou que, brevemente, as delegações dos dois países deverão iniciar negociações com vista a preparar o acordo bilateral nesse sentido.
Com efeito, segundo a TVM, representantes do governo moçambicano deslocam-se, dentro de dias ao Brasil para negociar o acordo.
Isaura Miranda, quadro sénior do Ministério da Justiça do Brasil, justificou a provável transferência dos moçambicanos que se encontram nos diversos centros prisionais de São Paulo e do Rio de Janeiro indicando ser por motivos humanitários, pois permitirá a que eles cumpram a sua pena no país de origem onde se encontram os seus familiares.

13-11-2006

Justiça: Portugal quer aumentar cooperação com Moçambique

Portugal quer aumentar a cooperação com Moçambique, alargando-a a novas áreas, como a da reinserção social, disse sábado à agência Lusa o secretário de Estado adjunto e da Justiça, José Conde Rodrigues. "O nosso objectivo é o de manter o ritmo de cooperação existente mas também encontrar novas formas de intercâmbio, nomeadamente na formação de magistra dos e em novos domínios, como na reinserção social", disse Conde Rodrigues.
Neste campo da cooperação, o secretário de Estado referiu que Portugal quer partilhar experiências em projectos em que detém experiência como no acompanhamento do ex-presos e nas novas formas de cumprimento de penas, como no caso das pulseiras electrónicas. Conde Rodrigues chega a Maputo na quarta-feira para participar no IV Encontro de estudos para países de língua portuguesa sobre a ratificação e implementação de instrumentos jurídicos internacionais relativos à prevenção e combate ao terrorismo, à cooperação internacional e a medidas alternativas à prisão. Este encontro é uma organização conjunta da UNODC, a agência das Nações Unidas contra a Droga e o Crime, e dos Ministérios da Justiça de Portugal e de Moçambique.
LUSA - 13.11.206

09-11-2006

Consolidação da democracia em Moçambique: Comunidade internacional já investiu cerca de 400 milhões de USD - segundo Marc De Tollenaere, da Cooperação Suíça

CERCA de 400 milhões de dólares norte-americanos já forma investidos na área da consolidação da democracia em Moçambique pela comunidade internacional, desde a realização das primeiras eleições partidárias no país, em 1994.
Maputo, Sexta-Feira, 10 de Novembro de 2006:: Notícias
Segundo Marc De Tollenaere, da cooperação Suíça, que revelou este facto no simpósio anual do Instituto Eleitoral da África Austral (EISA) a decorrer na cidade sul-africana de Joanesburgo, o montante em causa foi direccionado para as áreas dos direitos humanos, assistência ao Parlamento, comunicação social, partidos políticos, governos locais e descentralização. Mar De Tollenaere, que já foi funcionário do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Moçambique, do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e da Unidade Técnica de Reforma do Sector Publico (UTRESP), afirmou que aquele valor representa menos de cinco porcento do total da ajuda externa canalizada a Moçambique nos últimos 10 anos.
Download agentes_de_educao_civica_em_plena_actividades.doc

Negócios versus “ajuda ao desenvolvimento”

O pensamento de: Ericino de Salema
Vou hoje falar de duas coisas, nomeadamente de negócios e da tão propalada “ajuda ao desenvolvimento”. Estudos realizados por profissionais de várias áreas têm mostrado que toda a “ajuda ao desenvolvimento” tem patente, no seu seio, lógicas de reciprocidade, em muitos casos de uma forma disfarçada, como o mostram os discursos de formatura. É um pouco nesta linha que se fala, hoje, de “ajuda ligada”, que é, para mim, um bom negócio.
Passo, agora, a contar uma pequena estória do mundo do negócio, de uma dimensão modesta, mas que me parece relevante para uma sociedade como a nossa. A estória que tentarei partilhar aqui é real. Presenciei os factos no último fim-de-semana, algures em Cumbeza, no distrito de Marracuene.
Leia em:
Download negocios_versus_ajuda.doc

08-11-2006

A favor do nosso país : Nórdicos podem mobilizar mais apoio

OS Embaixadores da Boa Vontade dos Países Nórdicos, que desde segunda-feira, efectuam uma visita de trabalho ao país poderão fazer advocacia junto dos seus Governos de origem no sentido de se prestar mais apoio aos projectos ligados à mulher em curso em Moçambique.
Maputo, Quarta-Feira, 8 de Novembro de 2006:: Notícias
A informação foi-nos dada ontem durante uma visita feita à fábrica de processamento de castanha de caju da União Geral das Cooperativas (UGC), tendo se acrescentado que a persuasão no sentido de ser dar mais assistência aos programas em execução é um dos objectivos da sua vinda ao país.
Leia em:
Download embaixadores_da_boa_vontade_na_visita.doc

Agências de cooperação estrangeiras “coladas” a organizações pró-Poder

Benjamin Pequenino na Alemanha
“Estas são organizações que publicamente advogam pelos mais pobres mas que na prática vão resolvendo mais os seus próprios problemas, empregando familiares e amigos da sua liderança e atribuindo-lhes salários invejáveis comparativamente até aos pagos por algumas grandes empresas privadas locais”.
Já está ficar uma regra no país, muitas agências estrangeiras doadoras ou de cooperação preferirem canalizar os apoios a organizações da «sociedade civil» mais próximas do Poder, mesmo que estas não mostrem obras no terreno e por vezes tenham revelado até má gestão da aplicação dos recursos em projectos passados, considera o presidente do GDI (Instituto de Apoio à Governação e Desenvolvimento, Benjamin Pequenino que a semana passada esteve na Alemanha, na cidade de Bielefeld, onde apresentou um “paper” sobre o estágio da chamada «sociedade civil» em Moçambique num fórum organizado pelo «KKM - Comité Coordenador Moçambique – Alemanha».
Leia em:
Download agencias_de_cooperao_estrangeiras.doc

06-11-2006

China/África: Pequim atribui a Moçambique estatuto de Destino Turístico Aprovado

A China vai atribuir a Moçambique o estatuto de Destino Turístico Aprovado, uma forma de intensificar as visitas de turistas chineses a Moçambique, anunciou sábado o presidente da República da China. O compromisso chinês foi feito sábado por Hu Jintao, durante o encontro que manteve em Pequim com o presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, à margem da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Fórum de Cooperação Sino- Africano (FOCAC), que sábado teve início na capital chinesa e encerra no domingo.
O Estatuto de Destino Turístico Aprovado é um acordo bilateral na área do turismo, através do qual o estado chinês permite que os seus cidadãos façam visitas de grupo a outros países sem necessidade de autorização de saída, mas sempre através de agências de viagens autorizadas pelo governo. O presidente chinês afirmou que a medida é um esforço para intensificar a cooperação com Moçambique no sector do turismo e intensificar o desenvolvimento mútuo.
A importância de Moçambique ser parte dos mais de 100 países a quem a China atribuiu já o estatuto de Destino Turístico Aprovado será maior à medida que a China caminha para ser em 2020 a maior fonte mundial de turistas, com mais de 115 milhões de chineses a viajar para ao estrangeiro até lá, de acordo com a corretora CLSA Asia-Pacific Markets. "O governo chinês vai também continuar a prestar assistência a Moçambique e a encorajar as empresas chinesas a investir no país," afirmou o presidente chinês, que identificou os sectores da agricultura e construção de infra-estruturas como os prioritários para a cooperação bilateral.
O presidente da República de Moçambique, por seu lado, disse que Maputo deseja expandira cooperação com Pequim, acrescentando a ajuda à formação de quadros à lista de sectores adiantada por Hu Jintao. O comércio bilateral entre a China e Moçambique registou nos primeiros oito meses deste ano um volume de cerca de 100 milhões de euros, com a China a exportar cerca de 63 milhões, importando do seu parceiro africano cerca de 37 milhões. Em todo o ano passado as relações comerciais entre Moçambique e China atingiram um volume de cerca de 130 milhões de euros, com as exportações moçambicanas para a China a ser dominadas pela venda de gergelim e madeira, a crescer 38,1 por cento .
Criado em 2000, o FOCAC é um mecanismo de diálogo e cooperação do qual fazem par te a China e todos do 48 países africanos com quem Pequim tem relações diplomáticas.
Com o lema "amizade, paz, cooperação e desenvolvimento", o FOCAC reúne em Pequim os líderes africanos para uma das maiores reuniões de sempre de chefes de estado e governo de África, e o maior e um dos mais importantes acontecimentos internacionais a decorrer na República Popular da China desde a sua fundação em 1 949.
Dos países africanos de expressão portuguesa estão presentes os presidentes da República de Moçambique e da Guiné-Bissau e os primeiros-ministros de Angola e Cabo-Verde. São Tomé e Príncipe - que, com o Burkina-Faso, Gâmbia, Malaui e Suazilândia, faz parte do grupo de cinco países africanos que não reconhecem o governo chinês, mantendo relações diplomáticas com Taiwan - não estará presente na cimeira.
LUSA - 06.11.2006

Missionária portuguesa morta em Moçambique

Uma missionária portuguesa e um padre brasileiro foram assassinados na última madrugada por assaltantes, no distrito de Angónia, no centro de Moçambique
VISAOONLINE 6 Nov. 2006
Um assalto, durante a madrugada desta segunda-feira, a uma missão religiosa numa zona remota de Moçambique, a mais de 200 quilómetros de Tete, capital da província com o mesmo nome, resultou na morte de uma missionária portuguesa e de um padre brasileiro.
A portuguesa, de 30 anos, era missionária da Leigos Para o Desenvolvimento e estava a cumprir o seu primeiro ano de missão naquele país, disse à Agência Lusa um responsável daquela organização. «Era a primeira vez que estava a fazer uma missão. Os serviços na Leigos para o Desenvolvimento são de um ano e ela tinha pedido para renovar por mais um, o que foi aceite», disse Hilário David, presidente da direcção daquela organização não governamental de cariz católico.
O secretário de Estado António Braga adianta que a embaixada de Portugal em Moçambique está a acompanhar a situação.



Cimeira Sino-África

O gigante chinês quebrou o fantasma de uma segunda colonização ao colocar à disposição dos países
africanos reunidos em Cimeira em Pequim, uma linha de crédito cerca de 5 mil milhões de dólares para projectos de desenvolvimento nos próximos três anos.
A China cancelou a totalidade da dívida dos países mais pobres do continente negro, aparentemente sem
nenhuma pré condição e coloca ao serviço dos países africanos 15 mil bolsas de estudo, para a área de
construção civil.
O anúncio destes benefícios foram feitos pelo Presidente chinês, Hu Jintao, naquilo que os observadores afirmam marcar uma nova relação de cooperação entre África e China, baseada em benefícios mútuos.
Num outro desenvolvimento , a agência portuguesa Lusa, noticiou que a China e os 48 países do Fórum de Cooperação Sino-Africano (FOCAC) comprometeram-se domingo a formar uma nova parceria estratégica com o objectivo de aprofundar os laços políticos e económicos entre os participantes.
O presidente chinês, Hu Jintao, o seu homólogo egípcio, Hosni Mubarak, e o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, anunciaram a nova parceria na leitura da declaração conjunta aprovada no final dos dois dias da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do FOCAC
Leia em:
Download cimeira_sino.doc

05-11-2006

Banco Mundial vai continuar a apoiar desenvolvimento do país

O Banco Mundial prometeu hoje continuar a apoiar as iniciativas de combate à pobreza em Moçambique, considerando que se trata de um "país de grandes conquistas e oportunidades".
No final da sua visita a Moçambique, o director-geral do Banco Mundial, Juan Daboub, elogiou o desempenho e estabilidade alcançados por Moçambique desde o início da década de 1990 e apelou ao governo para fomentar o envolvimento do sector privado.
"Este tipo de dinamismo combinado com um mecanismo regulador correcto e um ambiente de negócios que atraia a participação do sector privado ajuda na criação de milhares de postos de emprego adicionais", disse.
De entre os "progressos" alcançados pelo país, Daboub assinalou o fornecimento de serviços públicos como acesso a cuidados de saúde, educação, água e saneamento.
O director-geral do Banco Mundial reuniu-se com a primeira- ministra, Luísa Diogo, e com os ministros do Plano e Desenvolvimento, Finanças, Recursos Minerais, Energia, Transportes e Comunicações, Obras Públicas, Agricultura, Comércio e Industria, Educação e Cultura, Saúde e, ainda, com representantes do sector privado e da sociedade civil.
Daboub anunciou que até Junho de 2007 o Banco Mundial vai para financiar três operações de referência em Moçambique, contribuindo, nomeadamente, com 58,3 milhões de euros para o Orçamento Geral do Estado, 25 milhões de euros para o desenvolvimento da cidade de Maputo (projecto do Conselho Municipal) e outros 58,3 milhões para reabilitação e manutenção do sector de estradas e pontes.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 04.11.2006

03-11-2006

COOPERAÇÃO CHINA-AFRICA : Taxa zero faz subir exportações africanas

DEZ empresários moçambicanos já confirmaram a sua presença na segunda conferência de empresários sino-africanos. Está prevista a participação de mil empresários dos dois lados. Está ainda prevista a assinatura de acordos para promover trocas comerciais e conhecimento de produtos africanos.
Maputo, Quarta-Feira, 1 de Novembro de 2006:: Notícias
À margem do fórum e da cimeira será realizada uma feira, ou seja, uma exposição de produtos africanos. Segundo a fonte, este evento contribuirá para o desenvolvimento das trocas comerciais, numa altura em que, como disse, se regista um aumento das trocas comerciais, em que não só a China exporta para África, mas também importa produtos deste continente. "A exposição dos produtos africanos vai servir para chamar a atenção e mostrar a potencialidade do mercado africano porque muitos chineses ainda não conhecem os produtos africanos", explicou. Segundo a fonte, as trocas comerciais entre ambas as partes atingiram 40 biliões de dólares, o que significa um aumento em 34,9 porcento em relação ao ano anterior. Este facto deve-se ao protocolo que fixa uma taxa zero para 190 produtos africanos, principalmente das nações menos desenvolvidas do continente, que chegam ao mercado chinês. Vinte e oito países, incluindo Moçambique, beneficiam desta medida que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2005. No quadro desta decisão, em 2005, a importação chinesa a partir de África atingiu um valor de 380 milhões de dólares americanos, representando esta cifra um aumento de 87,8 porcento.
Leia em:
Download cooperao_china_africa.doc

ONU reduz fornecimento comida e lança apelo urgente para donativos

O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou hoje a redução no fornecimento de comida a milhares de moçambicanos, por falta de recursos, lançando um apelo "urgente" para reunir 08 milhões de euros destinados a 460 mil pessoas cronicamente vulneráveis.
"A agência de alimentação (da ONU) está a enfrentar uma deficiência de 77 por cento nos fundos e necessita urgentemente de 08 milhões de euros para alimentar 460 mil pessoas até Março de 2007", indica um comunicado divulgado pelo PAM em Maputo.
As necessidades visam enfrentar o período que coincide com a época em que as culturas no país estão na fase de crescimento.
Dados oficiais indicam que até ao fim do primeiro trimestre do próximo ano, Moçambique vai deparar-se com escassez de alimentos, o que levará a aumentar os preços de produtos alimentares e, consequentemente, o número de necessitados.
Neste momento, aquela agência das Nações Unidas fornece ajuda alimentar a 292 mil moçambicanos vulneráveis, incluindo órfãos e crianças, doentes recebendo medicamentos para o HIV/SIDA e pessoas com insegurança alimentar envolvidas em actividades de recuperação.
O PAM planeava, neste período, aumentar o apoio para 460 mil pessoas, mas essa ajuda parece improvável devido à crise financeira com que se debate a agência.
"A redução na distribuição da ração terá um impacto significativo na saúde e no bem-estar da população vulnerável em Moçambique, mas não podemos fornecer ajuda alimentar se não temos fundos", considerou a directora interina do PAM em Moçambique, Karina Manente.
O PAM anunciou que vai diminuir o tamanho das rações para as operações de recuperação da seca e os programas do HIV/SIDA "para que os recursos em redução durem mais tempo".
"Com a redução da ração iremos garantir que a comida chegue para a população necessitada por mais tempo, mas com a disponibilidade em declínio, milhares de pessoas irão enfrentar dificuldades alimentares durante os meses que se seguem", acrescentou Karina Manente.
Aquela instituição reconhece que a falta de fundos está também a "criar constrangimentos" nos esforços de garantir o armazenamento de reservas alimentares para a época chuvosa e de ciclones, que começa no mês de Dezembro.
"Embora haja uma melhoria na colheita no país este ano, muitas foram as pessoas que não cultivaram devido à pobreza e ao impacto do HIV/SIDA", pois, "muitas pessoas têm pouca ou nenhuma comida e estão impossibilitadas de crescer ou pagar pela comida devido a doenças e ao aumento de dificuldades financeiras", refere ainda o PAM.
Moçambique é um dos dez países mais afectados por HIV/SIDA no mundo, com uma taxa de prevalência de 16,2 por cento num universo de 19,8 milhões de habitantes.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 02.11.2006

02-11-2006

Ilha de Moçambique em Lagos(Algarve)

Desde há alguns dias que se encontra em Lagos uma delegação da Cidade da Ilha de Moçambique composta pelo Presidente do Conselho Municipal Gulamo Mamudo e pelo vereador Abdul Rahimo Satar que com aquela Câmara portuguesa assinou um acordo de cooperação, a que se seguirá um acordo de geminação em data oportuna.
Daquele evento, ocorrido no passado dia 27 na cidade de Lagos, são as imagens que apresentamos:
100_2671a
100_2678a
100_2683a
100_2688a

Japão cancela dívida moçambicana

AVALIADA EM 60 MILHÕES USD
O cancelamento da dívida comercial de Moçambique foi realizado no âmbito da declaração da Cimeira G-7, em Okinawa, Japão, em Julho de dois mil e destina-se a países pobres altamente endividados.
O referido acordo de cancelamento da dívida foi assinado por representantes dos Governos japonês e moçambicano, o qual se fez representar pela ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda Abreu, que está de visita oficial àquele país asiático, a qual termina hoje.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS(Maputo) - 02.11.2006

26-10-2006

UA alerta para `segunda colonização´ de África

A União Africana (UA) advertiu aos governos africanos para evitarem uma eventual `segunda colonização de potências emergentes´, como a China, Brasil e Índia, e esboçou um anteprojecto que deverá servir de guião nas relações com aqueles países.
`África precisa de confiar nas suas próprias aptidões e olhar para o comércio e oportunidades de crescimento dentro de si própria, para evitar uma segunda colonização debaixo das parcerias estratégicas com as potências emergentes´, refere um documento da UA, divulgado na segunda-feira, em Nairobi, capital do Quénia.
O anteprojecto refere que o continente deve adoptar uma estratégia para o seu envolvimento com as potências emergentes para evitar o que chama de `uma segunda colonização´ e assegurar uma maximização dos benefícios colhidos por África no seu relacionamento com aqueles Estados.
O plano estratégico da UA, concluído a 13 de Setembro passado, em Addis-Abeba, Etiópia, durante a reunião da `Equipa de Trabalho da Parceria Estratégica de África com as Potências Emergentes´, avalia como a cooperação com as potências emergentes pode ajudar o continente a usar os seus recursos naturais da forma mais eficaz e efectiva para conseguir a sua industrialização.
A comissária da UA para Comércio e Indústria, Elizabeth Tankeu, disse que as recomendações produzidas por aquela equipa de trabalho serão apresentadas, brevemente, aos MNE´s africanos para que eles possam adoptar medidas para a execução do plano de acção.
De acordo com o plano estratégico, os governos africanos deverão usar a Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD), como um guia para as relações a estabelecer com as potências emergentes.
O anteprojecto visa a promoção da cooperação económica, comércio e melhoria do acesso ao mercado para os produtos africanos. Inclui também o desenvolvimento dos recursos humanos de África, aquisição, partilha e aplicação de tecnologia de ponta.
O anteprojecto traça ainda em linhas gerais a cooperação com China, Índia, Brasil e Venezuela para o desenvolvimento dos recursos energéticos africanos, promoção da pesquisa, desenvolvimento de infra-estruturas e aumento da produtividade agrícola.
A equipa de trabalho foi formada para conduzir análises geopolíticas e económicas para a identificação de parceiros estratégicos que serão capazes de assistir à industrialização do Continente Africano. De acordo com a UA, o novo relacionamento com as potências emergentes deve resultar numa situação benéfica para ambas as partes.
NOTÍCIAS - 25.10.2006

Sociedades da CV reunidas em Maputo

OITO sociedades da Cruz Vermelha de diversos países africanos e europeus estão reunidas desde ontem na capital do país, com o objectivo de procurar mecanismos conducentes ao melhoramento e coordenação das parcerias, assim como do impacto das suas acções.
Maputo, Quinta-Feira, 26 de Outubro de 2006:: Notícias
Fonte da Cruz Vermelha de Moçambique disse que o encontro, com a duração de três dias, é da iniciativa das oito sociedades nacionais da Cruz Vermelha, nomeadamente de Moçambique, Libéria, Costa do Marfim, Serra Leoa e, da parte dos países desenvolvidos, Holanda, Canadá, Grã-Bretanha e Noruega.

24-10-2006

AEROPORTO DE NACALA BENEFICIA DE CERCA DE 445 MIL DÓLARES

Para sua ampliação e modernização
A Agência do Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos (USTDA) concedeu à empresa dos Aeroportos de Moçambique (ADM) a importância de 444.806 dólares destinada à expansão e melhoramento do aeroporto de Nacala ou Pemba. Refere um comunicado de imprensa da Embaixada
dos Estados Unidos, recebido na delegação do nosso Jornal, que sublinha que “esta concessão é dirigida
ao desenvolvimento geral dos sectores da aviação e do turismo em Moçambique na sustentação dos objectivos de desenvolvimento económico do país.”
O mesmo documento observa que a presente doação vem ao encontro do interesse manifestado pela linha aérea nacional, bem como outras transportadoras europeias, de programar voos directos de diversas capitais europeias as aeroportos de Pemba, Nacala e Vilanculos.
O comunicado salienta, ainda, que a USTDA promove o desenvolvimento económico e os interesses
comerciais dos EUA nos países em desenvolvimento e de rendimentos médios, financiando várias formas de assistência técnica, estudos de viabilidade, formação, visitas de orientação e workshops de negócio.
De acordo, igualmente, com o referido comunicado, a Encarregada de Negócios da Embaixada dos
EUA, Elizabeth Raspolic, por ocasião da assinatura do protocolo, salientou as potencialidades turísticas das províncias de Nampula e Cabo Delgado, observando que “o desenvolvimento do turismo numa grande indústria é uma melhores opções para a exportação, crescimento económico e criação de postos de emprego com utilização de mão de obra intensiva na economia moçambicana.” E, ao concluir a sua alocução, Raspolic frisou que o melhoramento dos aeroportos é um primeiro passo necessário para
a expansão da indústria de turismo, que uma grande prioridade no plano de desenvolvimento económico global do Governo de Moçambique.”
WAMPHULA FAX - 24.10.2006

23-10-2006

BIRD e FMI apreensivos

ATÉ JÁ ABORDARAM A MINISTRA DO TRABALHO E O DAS FINANÇAS
FILIMÃO SAVECA
O estabelecimento de um número limite de trabalhadores estrangeiros a serem autorizados a trabalhar em Moçambique está a deixar apreensivos o Banco Mundial (BIRD) e o Fundo Monetário Internacional
(FMI) a ponto de terem solicitado “com urgência” um encontro com os ministros do Trabalho, Maria Helena Taipo, e das Finanças, Manuel Chang, realizado na última segunda-feira, em Maputo.
Segundo analistas a ter em conta, a intervenção dos representantes daquelas duas instituições financeiras internacionais do sistema de Bretton Woods foi determinante para a retirada do draft da agenda da vertente sessão da Assembleia da República do projecto de Lei do Trabalho que deveria ser
debatida e aprovada ainda este ano (Cm nº 2434, págs. 3 e 4)
Leia em:
Download at_j_abordaram_a_ministra_do_trabalho.doc

Grande estádio de futebol em Maputo

China vai investir 45 milhões de USD
Maputo (Canal de Moçambique)
Foi noticiado em Pequim que a República Popular da China vai investir 45 milhões de dólares americanos na construção de mais um estádio na cidade de Maputo. A capital do país já dispõe de um estádio com capacidade para receber cerca de 45 mil espectadores que começou por ser «Estádio Salazar» e hoje se designa por «Estádio da Machava».
O estádio que as autoridades chinesas vão patrocinar será o primeiro a ser erguido no país desde que
Moçambique deixou de ser uma colónia portuguesa em 1975, segundo informaram, nesta sexta-feira, fontes oficiais. O estádio deve ficar pronto até o ano de 2010, ano em que a África do Sul deverá hospedar o próximo Campeonato do Mundo de futebol. Uma comitiva chinesa está já em Maputo para a estudar o local onde sera o estádio sera erguido.
Segundo notícias postas a correr aquando da candidatura frustrada de Moçambique a país organizador do CAN 2010 responsabilidade que acabaria por ser incumbida pela CAF à República Popular de Angola, as autoridades moçambicanas têm ainda planos para construir outros três estádios. A justificação imediata para tais aspirações, de acordo com a Imprensa Internacional, é que serviriam para o treinamento das equipes participantes do Mundial de 2010 a cargo da África do Sul.
O único estádio de grandes dimensões que Moçambique possui foi mandado construir pelo regime
colonial-fascista português e começou por ser baptizado com o nome do chefe do Governo António de Oliveira Salazar. Presentemente pertence aos CFM estando a cargo do Clube Ferroviário de Maputo. É designado, desde a Independência Nacional lá proclamada, por Estádio da Machava.
A proclamação da primeira república de Moçambique – a “Popular” – foi feita por Samora Moisés Machel no Estádio da Machava.
A manutenção corrente do Estádio da Machava não tem sido devidamente conseguida por razões
orçamentais. A sua conservação também é dificiente. O nível de utilização daquela que é ainda hoje a
maior infraestrutura desportiva de Moçambique, continua muito baixo. Ao mesmo tempo é opinião praticamente unânime que o futebol moçambicano está a passar por uma fase difícil e com tão baixa qualidade que já não consegue atrair público, nem mesmo as crianças. Os dirigentes são acusados de estarem no futebol para se servirem em vez de servirem a modalidade.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 23.10.2006

19-10-2006

Criação de Think Tank de Política Africana

No quadro da IV Conferência Internacional FLAD/IPRI-UNL, o Embaixador António Monteiro, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros e actual Embaixador de Portugal em Paris, anuncia a criação de um Think tank de política africana, de que será Coordenador.
O núcleo inicial deste Grupo reúne o dr. Leonardo Simão, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e director da Fundação Chissano, a dra. Manuela Franco, antiga Secretária de Estados dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e bolseira Abade Correia da Serra, o Engenheiro José Nicolau, Assessor do Fundo de Energia de Moçambique (FUNAE), os professores Assis Malaquias (Universidade de St. Lawrence), Manuel Ennes Ferreira, (ISEG), João Marques de Almeida (Comissão Europeia) e Ricardo Soares de Oliveira (Sydney Sussex College, Universidade de Cambridge).
A consciência da crescente importância estratégica da África Austral tem mobilizado a FLAD e o IPRI-UNL para a pertinência da constituição de um quadro estável de análise permanente das questões africanas.
Nesta fase o Grupo África constitui-se como Projecto de Investigação do IPRI-UNL, dando assim cumprimento ao objectivo estatutário do IPRI-UNL de desenvolver não só a investigação teórica, mas também a investigação aplicada capaz de responder às necessidades da comunidade e do mercado determinadas pela internacionalização da sociedade portuguesa
O Grupo África propõe-se
Constituir uma rede pluridisciplinar de personalidades e investigadores de língua portuguesa com uma experiência própria, ou especializados em temas africanos, nomeadamente na África Austral;
Promover um entendimento equilibrado e realista das questões africanas, associando a disciplina da academia, da pesquisa original e da opinião informada à informação e formação da política e respectiva projecção internacional;
Proporcionar um espaço de ponderação, opinião informada, debate e discussão de toda uma gama de questões africanas de interesse nacional, regional e internacional.
O Grupo África terá por Missão
Estudar a realidade africana nos seus aspectos políticos, estratégicos, militares e económicos, aliando os conhecimentos e a investigação académica à formação das decisões políticas, promovendo a discussão de aspectos críticos, atraindo e sensibilizando as elites políticas e funcionais;
Contribuir para a informação e difusão do conhecimento dos problemas africanos, das relações com o resto do mundo, dos requisitos e alternativas para a construção e consolidação de condições de estabilidade e desenvolvimento;
Disseminar os resultados da sua pesquisa e reflexão aos decisores políticos e empresariais bem como ao público em geral, divulgando informações, analises e outras publicações e intervenções públicas sobre temas africanos.
O Grupo África terá por Objectivos
Produzir investigação aplicada capaz de responder às necessidades da comunidade e do mercado determinadas pela internacionalização da sociedade portuguesa;
Associar diferentes domínios de actividade numa reflexão conjunta em direcção a um objectivo comum: actualizar os instrumentos, métodos e meios e apresentar produtos orientados para calibrar a intervenção politica, económica, cultural e financeira na política africana;
Tornar-se um centro de referência, tanto para a generalidade do público como para as elites.
O Grupo África terá por Programa
A intervenção sustentada no debate público em meios de comunicação e junto das universidades;
A realização de uma Conferência Anual, de Seminários e Debates Estruturados, públicos e privados e a publicação de textos analíticos.
Fonte: Instituto Português de Relações Internacionais
http://www.ipri.pt/artigos/artigo.php?ida=168
13.10.2006

06-10-2006

UNICEF investe milhões de euros

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, acaba de alocar cerca de 5.5 milhões de euros, valor a ser investido em infra-estruturas de água e saneamento para o Centro do País.
Esta informação foi avançada pelo oficial de Projectos de Água e Saneamento do UNICEF, Antero Pina, frisando que o investimento benefecie 150 mil pessoas de 4 cidades e igual número de vilas terão acesso à água potável e infra-estruturas de saneamento nas cidades da Beira, Dondo, Quelimane e Mocuba.
“Os distritos abrangidos pelo projecto são os de Búzi, Nhamatanda, Nicoadala e Milange, nas províncias de Sofala e Zambézia”, disse.
Com duração de 4 anos, o programa irá concentrar-se, nas áreas rurais e periurbanas com baixa cobertura de água e saneamento, que tem sido mais afectada pelo HIV/SIDA, particularmente vulneráveis à eclosão de cólera.
“Com este investimento, espera-se providenciar acesso a fontes sustentáveis de água potável para 150 mil pessoas, a infra-estruturas seguras de saneamento (latrinas familiares) para 25 mil famílias, bem como a melhoria do acesso à infra-estruturas seguras de saneamento e higiene (latrinas, urinórios e lavatórios) para 150 escolas”.
TRIBUNA FAX - 06.10.2006

Não obstante a corrupção- Países doadores continuam a acreditar em Moçambique

Os países doadores prometeram um apoio maçico ao Orçamento de Estado de Moçambique mas a falta de progressos na aplicação de uma estratégia anti-corrupção permanece uma preocupação.
Em recente conferência de imprensa, o vice-ministro das Finanças Pedro Couto afirmou que algum progresso tinha sido realizado na aplicação de `alguns elementos´ da estratégia e que o governo estava a fortalecer a Polícia de Investigação Criminal e a Unidade Anti-corrupção da Procuradoria-Geral da República.
De acordo com a agência noticiosa moçambicana AIM, Couto adiantou que criar e respeitar novos procedimentos administrativos financeiros é igualmente um grande passo na luta contra a corrupção.
Mas Jolke Oppewal, que representa um grupo de 18 países que presta apoio directo ao Orçamento de Estado, afirmou que esses procedimentos financeiros são louváveis mas, advertiu, tanto o governo como os doadores reconhecem ser necessário pôr em excecução uma estratégia anti-corrupção. ´Actualmente, os casos de corrupção não são visíveis pois não há qualquer publicação que o mencione´, afirmou Jolke Oppewal.
Moçambique beneficia de um dos maiores programas de ajuda coordenada do continente africano. Na última ronda de negociações com os principais doadores, o governo moçambicano conseguiu 583 milhões de dólares em ajuda para 2007. Os 18 doadores que fornecem ajuda ao Orçamento de Estado incluem os bancos Mundial e Africano de Desenvolvimento, a União Europeia a maior parte dos estados-membros.
A ajuda total ao país, incluíndo a prestada pelos Estados Unidos e Japão, que não canalizam a sua ajuda para o Orçamento de Estado, ascende a 1,2 mil milhões de dólares, quase metade do orçamento. Os doadores têm sido generosos com Moçambique porque, de acordo com Oppewal, conseguem ver os resultados dos seus investimentos.
A confiança dos países doadores também beneficia da paz duradoura existente desde os acordos de paz de Outubro de 1992, que pôs termo a uma guerra civil de 16 anos que destruiu a maior parte das infra-estruturas do país.
Moçambique tem registado um progresso económico substancial tendo a sua economia crescido 7,7 por cento em 2005, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE). Mas, dizem observadores, algo mais é necessário para retirar a população da pobreza dado que a expansão da economia está a ser empurrada por grandes projectos e por grandes somas em ajuda mas o desemprego e a pobreza continuam a ser endémicos.
Os grandes projectos como a produtora de alumínio Mozal, um investimento de 2 mil milhões de dólares do grupo mineiro australiano BHP Billiton, geraram interesse no país como um país receptor de investimento estrangeiro. Seguiram-se a sul-africana Sasol que construiu um gasoduto para levar gás natural de Moçambique para a África do Sul e um novo projecto de 450 milhões de dólares em Tete para produzir titânio.
Mas como 70 por cento da população vive em zonas rurais, os grandes projectos não são suficientes para inverter a situação, sublinham observadores da realidade moçambicana.
IMENSIS - 06.10.2006

Até ao fim do ano - ICOR vai operar 406 doentes cardíacos

O Instituto do Coração (ICOR), em Maputo, espera realizar, até Dezembro, 406 intervenções cirúrgicas relacionadas com complicações cardiovasculares.
Por ocasião da passagem do quinto aniversário da instituição, o Presidente da República, Armando Guebuza, inaugurou ontem a unidade de investigação das complexidades cardiovasculares, em particular a fibrose endomicárdica e a febre reumática.
Durante o primeiro quinquénio de actividade, o ICOR, segundo dados apresentados por Beatriz Ferreira, directora do estabelecimento, realizou 652 procedimentos de cateterismo diagnóstico ou de intervenção, nomeadamente nas áreas de dilatação da válvula mitral, coronariografia e angioplastia, implantação de `pacemakers´ e cateterismo de intervenção cardiológica pediátrica.
As intervenções realizadas, em particular as cirurgias, foram asseguradas por missões médicas da França, Reino Unido e Portugal, mas a partir de 2009, segundo revelou Beatriz Ferreira, as cirurgias serão garantidas por uma equipa moçambicana. Para o efeito, estão em formação dois cirurgiões cardíacos, um anestesista, um perfusionista, dois cardiologistas, igual número de enfermeiros, um técnico de laboratório e um de gestão.
Durante o próximo quinquénio, o ICOR perspectiva o alargamento das actividades a outras áreas da medicina, como forma de garantir a auto-sustentabilidade e continuidade de assistência humanitária.
Inaugurado em Junho de 2001, como uma ONG de utilidade pública, o ICOR foi criado com o objectivo de tornar Moçambique auto-suficiente em técnica de cardiologia clínica, cardiologia de intervenção e, em particular, de cirurgia cardíaca, bem como desenvolver um programa de investigação sobre as principais patologias do foro cardiovascular que afectam a população moçambicana, particularmente as crianças, tais como fibrose endomicárdica e febre reumática.
O país tem padrão de doenças cardiovasculares da África Subsahariana, constituído por doenças reumáticas, fibrose endomiocárdia, cardiopatia hipertensiva, cardiopatias congénitas e cardiopatia isquémica.
Armando Guebuza, disse, durante a visita de ontem ao ICOR, que a instalação daquela unidade hospitalar e de investigação demonstra que é possível fazer-se uso de tecnologias de ponta na área da Saúde, mesmo num país em desenvolvimento. Afirmou que a criação de capacidade humana e técnica para lidar com complicações cardiovasculares enquadra-se nos esforços de melhoria do estado de saúde da população e sua prontidão para a luta contra a pobreza.
`Estes esforços, incluindo os que estão sendo desenvolvidos pelo sector público, enquadram-se na nossa agenda nacional de luta contra a pobreza´, disse Guebuza.
Entretanto, uma missão médica encontra-se em Maputo para durante cinco dias realizar 23 intervenções cirúrgicas relacionadas com complicações cardiovasculares, uma acção avaliada em cerca de 120 mil dólares.
NOTÍCIAS - 06.10.2006

03-10-2006

Défice de financiamento externo põe em causa planos do Estado

AJUDA DOS DOADORES AO OE REDUZIU EM NOVE PORCENTO
As despesas de investimento com o Aparelho do Estado continuam a superar em larga medida aquilo que são as receitas arrecadadas e foi mais agravada pelo facto de ter sido registado uma fraca entrada de financiamentos externos para apoiar os gastos do Estado. Só com o pessoal gasta-se perto de 50 porcento do orçamento.
(Maputo) Durante a primeira metade deste ano, a execução das despesas de investimento do Estado voltou a ressentir-se do défice de entrada de financiamentos externos, com destaque para os donativos destinados aos programas especiais como o Proagri, Fase e Prosaúde cujo valor desembolsado pelos parceiros no exterior foi de apenas 991 milhões de MTn.
Este valor não só reduziu nove por cento, se comparado com igual período do ano passado, como
também se situou em apenas 45 porcento do valor programado, portanto menos de metade do
planificado.
Créditos Externos comprometem os planos do OE
Informações oficiais dão conta de que, no período em análise, o montante dos créditos que os
doadores desembolsaram para financiar o Orçamento do Estado foi de cerca de 1,532 milhões de MTn, valor que também se situou aquém das estimativas que apontavam para o valor de 1,942 milhões de MTn o que significa que, se comparado com o mês de Junho do ano passado, esta fonte de financiamento reduziu em três porcento.
Refira-se que 49 porcento das despesas do OE são com o pagamento de salários dos funcionários públicos. No entanto, segundo os planos, as receitas totais a serem angariadas pelo Estado
seriam de 11,865 milhões de MTn, mas, no período em análise, as mesmas não foram aquém dos 11,001 milhões de MTn.
Por seu turno, as despesas foram de pouco mais de 12,130 milhões de MTn, mais do que os
valores arrecadados, facto que tem contribuído para a concretização dos planos orçamentais do
Estado na medida em que o reforço do OE depende muito das benesses dos parceiros externos que nem sempre cumprem com as promessas de contribuir para o mesmo.
(Goodwin Mata) – DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 03.10.2006

29-09-2006

Entrevista a Donald Kaberuka, Presidente do BAD

BAD tem 200 milhões de dólares por ano para apoiar projectos
Moçambique é o segundo país que recebe mais ajuda do BAD
Por Mónica Silvares*
O presidente do Banco Africano do Desenvolvimento (BAD) esteve recentemente em Portugal para pedir o apoio das autoridades portuguesas e do sector privado nacional para o desenvolvimento do continente africano. O modelo das parcerias público-privadas foi o sugerido como a solução para criar mais infra-estruturas nestes países. A abertura dos mercados ricos do Norte é outras das soluções sugeridas pelo presidente do BAD, Donald Kaberuka.
Os actuais montantes atribuídos à ajuda ao desenvolvimento poderiam ser dispensados se os subsídios agrícolas acabassem. O sucesso da ronda de Doha é fundamental, "o fracasso não é uma opção", frisou.
Leia em:
Download entrevista_a_donald_kaberuka1.doc

Moçambique admitido na comunidade francófona

Moçambique foi ontem admitido como membro da Organização Internacional da Francofonia (OIF) com estatuto de observador, provando mais uma vez a eficácia da diplomacia moçambicana.
O anúncio nesse sentido foi feito em Bucareste, capital da Roménia, no início da 11ª cimeira do fórum.
O actual prestígio internacional de que o país goza, sobretudo a experiência bem sucedida no processo de pacificação e a estabilidade que vive depois de um sangrento conflito armado de 16 anos contou para a decisão favorável.
Leia em:
Download moambique_admitido_na_comunidade_francfona.doc

Francofonia - Tremida admissão de Moçambique

" creio eu e com muito optimismo que Moçambique vai ser aceite, a não ser que apareça uma coisa de ultima hora", Henrique Banze, vice- ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação
Por Fernando Mbanze, em Bucareste
(Bucareste) - A admissão de Moçambique ao clube da Francofonia (OIF) está tremida, alegadamente devido à entrada tardia do pedido oficial de adesão ao fórum que hoje, quinta-feira começa em Bucareste a sua 11ª cimeira de Chefes de Estado e de Governo.
Moçambique faz-se representar no encontro ao mais alto nível, pelo Chefe de Estado, Armando Guebuza, que desembarcou na tarde de quarta-feira na capital romena. É a primeira vez, que Guebuza participa numa cimeira do género desde a sua subida ao poder em Fevereiro de 2005.
As autoridades moçambicanas haviam solicitado a sua adesão à Organização Internacional de Francofonia, instituição formada por 63 países, quase na sua maioria de expressão francesa, e espera-se que no encontro que começa hoje, o país receba luz verde da sua adesão formal à organização, com o estatuto de observador.
Apesar desta contrariedade de submissão tardia dos documentos de adesão, reina optimismo entre a delegação governamental, que o país seja admitido nesta cimeira.
" Creio eu e com muito optimismo que Moçambique vai ser aceite, a não ser que apareça uma coisa de última hora", vaticinou Henrique Banze, vice-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, e membro da delegação presidencial no evento.
A OIF é formado por países membros observadores, associados e de pleno direito. Caso Moçambique seja admitido ela vai receber o estatuto de observador.
O pedido de Moçambique foi objecto de uma análise rigorosa seguido de debate na tarde de terça-feira em Bucareste, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da Francofonia, mas sem consenso sobre a entrada do país.
Os responsáveis pela diplomacia dos países membros da OIF divergiram sobre a adesão de Moçambique, e de outros países que submeteram as suas candidaturas de adesão a organização, soube mediaFAX no local.
Os outros pedidos são do Egipto e do Sudão. Contudo, a decisão final sobre a aceitação ou rejeição do pedido de Moçambique, deverá chancelada pelos chefes de Estado e de Governo da OIF.
Em Junho, Moçambique recebeu apoio do presidente francês, Jacques Chirac
para a sua adesão à OIF.
Caso a resposta seja negativa, Moçambique poderá ver a sua candidatura adiada por dois anos, provavelmente, para a próxima cimeira da OIF. A cimeira que começa hoje deverá decidir a data e o local da próxima conferência. O Canadá aparece como um dos potenciais candidatos a acolher a próxima cimeira.
Inversamente à situação de Moçambique, os chefes da diplomacia da OIF acordaram sobre a adesão da Albânia, do principado de Andorra e da Grécia como membros de pleno direito da organização.
Igualmente decidiram favoravelmente em relação a admissão do Chipre, como membro associado. A Ucrânia e a Servia deverão ser admitidos como membros observadores.
Enquanto isso, a candidatura da Tailândia foi suspensa, como resultado da tensa situação política, provocado por um golpe de Estado, sem derramamento de sangue.
Apesar do nervosismo que marca a candidatura de Moçambique, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, disse acreditar na entrada do pais como membro observador da organização.
"Como se sabe, eles abriram as portas no sentido de outros países não falantes do francês fazerem parte desta organização. Nós chegámos neste estagio e, creio eu e com muito optimismo que Moçambique vai ser aceite, a não ser que apareça uma coisa de última hora", prognosticou Banze.
"Mas, verdadeiramente eu creio que seremos aceites. Há muitos países que não tem o francês como língua oficial, mas foram naturalmente aceites, como
membros da organização", afastou Banze, a questão da língua francesa, como condição sine qua non para a adesão.
Moçambique possui a língua francesa no seu currículo escolar. Uma das condições chaves estabelecidas pela OIF, é a obrigatoriedade dos países membros de fazerem a promoção da língua francesa.
"Moçambique está a desenvolver esta condição há bastante tempo", proclamou Banze. Quase um milhar de jornalistas está acreditada em Bucareste, para fazer a cobertura do evento, que decorre sobre apertadas condições de segurança . Em cada 100 metros é visível uma brigada policial. Os bares do
centro da cidade de Bucareste foram interditos à venda de bebidas alcoólicas, até domingo, pouco depois do fim da cimeira. (FM/redacção)
MEDIAFAX - 28.09.2006

26-09-2006

Por uma democracia sem ladrões pintados com cores de cordeiro

Neste Moçambique laboratório de experiências
Nos dias de hoje em África deve haver poucos países no mundo, onde a presença de agências governamentais de “desenvolvimento internacional” seja tão visível e forte como em Moçambique. Não é de crer que seja por solidariedade para com os moçambicanos. Também não é de acreditar que seja pelo interesse genuíno de ajudar este país a ultrapassar as dificuldades que tem em afirmar-se como tal.
Vimos durante todo o decorrer da guerra civil que a presença de ONG’s e suas contrapartes governamentais era parte inseparável de uma determinada orientação política perseguida pelos países doadores.
Há interesses geopolítico–estratégicos agindo fortemente para o posicionamento dos diferentes países que cooperam com Moçambique.
Leia em:
Download por_uma_democracia_sem_ladres.doc

25-09-2006

Perto de 5 mil instituições sem fins lucrativos no país - segundo resultados definitivos do recenseamento, divulgados pelo INE

O PAÍS dispunha, em 2003, de pouco mais de 4853 instituições sem fins lucrativos, segundo resultados definitivos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, que segunda-feira última, completou 10 anos de existência. Contam-se, entre elas, instituições religiosas, educacionais, ONG’s e associações, que são definidas como entidades legais ou sociais criadas com o objectivo de produzir bens e serviços, mas cujos estatutos não lhes permitem ser uma fonte de rendimento, lucro ou outro ganho financeiro para as unidades que as estabelecem, controlam ou financiam.
Maputo, Segunda-Feira, 25 de Setembro de 2006:: Notícias
Segundo dados apresentados por Camilo Amade, por ocasião da celebração dos 10 anos do INE, que encerram hoje com a inauguração de casas para técnicos construídas em Beleluane, a distribuição daquelas instituições mostra algumas diferenças geográficas no concernente ao seu estabelecimento.
Leia em:
Download perto_de_5_mil_instituies_sem_fins_lucrativos_no_pas.doc

22-09-2006

Mutola vs bim

Porém, um protocolo de entendimento foi rubricado na segunda-feira entre o bim e a Fundação Lurdes Mutola ao abrigo de um programa de Acção Social "mais Moçambique Pra mim"
O acordo válido por três anos, foi assinado pelo Presidente do Conselho de Administração do Millennium bim, Mário Machungo e pela atleta moçambicana Lurdes Mutola, na qualidade de patrona da Fundação com o seu nome.
Machungo, afirmou que o projecto, denominado "Acção Social" estava enquadrada na responsabilidade social do banco e da Fundação Lurdes Mutola para com a juventude nas áreas de educação e desportiva.
Anunciou que seriam implementados as preocupações, tanto da fundação como do bim, como forma de dar uma espécie de realidade os sonhos da juventude, tomando como exemplo a Lurdes Mutola, que, segundo o PCA do bim nunca recuou perante dificuldades.
Disse que seriam construídos igualmente infra-estruturas escolares em diversos cantos do país e recuperados equipamentos e infra-estruturas desportivas nas escolas.
Lurdes Mutola , disse em improviso que estava preparada para trabalhar com os jovens na área desportiva. "Estou disposto a trabalhar com os jovens porque a minha carreira está quase no fim", declarou Mutola que termina a sua carreira dentro de dois anos, após os jogos olímpicos de Beijing.
MEDIAFAX - 20.09.2006

21-09-2006

Guebuza e Clinton debatem pobreza absoluta e HIV/SIDA

O Presidente da República, Armando Guebuza e o ex-presidente norte-americano, Bill Clinton, debateram ontem, em Nova Iorque, situações relacionadas com a pobreza absoluta e o vírus do HIV/SIDA que afectam milhões de pessoas no mundo, incluindo no nosso país.
O encontro surgiu no quadro da Iniciativa Global de Bill Clinton nesta perspectiva. Trata-se da segunda vez que Clinton organiza um encontro desta natureza, com idêntico objectivo. O primeiro aconteceu no ano passado.
O debate aconteceu à margem da 61ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre desde terça-feira na sede da ONU, onde estão reunidos chefes de Estado e de Governo de todo o mundo.
Ontem, os trabalhos continuaram em sessão plenária, com a intervenção de chefes de Estado e de Governo, cuja maioria vira as suas atenções para o estabelecimento de uma ordem mundial mais justa, sem conflitos e comprometida com o desenvolvimento.
A 61ª sessão da ONU decorre sob o lema: `Parceria Global para o Desenvolvimento´. Porém, para além do debate integrado neste tema geral, estão a ter lugar encontros de diversa natureza, num dos quais participou o Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando. Tratou-se de uma conferência que visava fazer uma avaliação do plano de acção estabelecido em 2001, em Bruxelas, sobre formas de reduzir a pobreza e estabelecer um plano válido por 10 anos.
Segundo António Fernando, o encontro de Nova Iorque analisou os avanços e constrangimentos, tendo verificado que os países em vias de desenvolvimento, como Moçambique, estão a cumprir o que se estabeleceu em Bruxelas. Aliás, no contexto dos esforços de redução da pobreza, o nosso país está a investir na Educação e infra-estruturas, enquanto que na área do género já há sinais de resultados positivos, pois existe uma grande componente de mulheres em posição de governação e não só.
Entretanto, segundo o ministro, verifica-se que o financiamento para as economias dos países em desenvolvimento ainda é baixo, o que significa que o que os parceiros internacionais estão a dar em termos financeiros é exíguo. António Fernando explicou também que os países ricos ainda mantêm os subsídios à exportação na agricultura, o que cria dificuldades para que os produtos dos países pobres possam entrar facilmente no mercado.
Segundo o governante moçambicano, ficou acordado que deve haver maior enfoque no apoio aos paíeses em desenvolvimento, de modo a que consigam alcançar as metas estabelecidas. Moçambique, segundo o ministro, sublinhou no encontro a necessidade da eliminação dos subsídios à exportação. Por exemplo, o país pretende que o algodão seja vendido a preços mais favoráveis no mercado internacional. `É um processo lento, mas acreditamos que isso vai acontecer, pois um dia os nossos parceiros vão compreender esta necessidade. Até porque em Hong Kong houve já uma promessa de os países desenvolvidos cortarem estes subsídios de exportação. Infelizmente, a Ronda de Doha fracassou, mas insistimos no sentido de se respeitarem os ganhos já alcançados, quando se reiniciarem as conversações´, explicou António Fernando.
Quanto à exportação do açúcar, Moçambique precisa de produzir a custos mais baixos, com mais eficiência, para poder colocar a sua produção a um preço mais significativo no mercado internacional. Trata-se de uma aposta cujos resultados dependem muito do investimento nesta área. Entretanto, Moçambique participou também num encontro sobre questões de migração e desenvolvimento, em que esteve presente o Vice-Ministro do Interior, José Mandra.
Os trabalhos 61ª sessão da Assembleia Geral da ONU prolongam-se até Dezembro, altura em que Kofi Annan cessa as suas funções de Secretário-Geral.
Hoje, o presidente Guebuza, deverá intervir no encontro, como sexto orador do dia, dando a sua contribuição no tema geral `Parceria Global para o Desenvolvimento´.
NOTÍCIAS - 21.09.2006

20-09-2006

Moçambique e Portugal avaliam cooperação militar

MOÇAMBIQUE e Portugal irão, durante esta semana, avaliar diversos aspectos relacionados com a sua cooperação na área militar.
Maputo, Quarta-Feira, 20 de Setembro de 2006:: Notícias
Para o efeito, estará no nosso país o Secretário de Estado português da Defesa e dos Assuntos do Mar, João Mira Gomes, o qual terá um encontro com o Ministro moçambicano da Defesa Nacional, Tobias Dai. As relações de cooperação entre os dois países têm enquadramento no Acordo de Cooperação Técnica no domínio militar, celebrado em 1988, estando em execução o programa-quadro 2005/07, que engloba 10 projectos, com especial incidência nas áreas de formação e da instrução militar. O visitante português deslocar-se-á a Nampula, onde será recebido pelo governador local, Filipe Paúnde, e estará na Academia Militar Samora Machel e no Núcleo de Medicina Aeronáutica. Estará igualmente em Nacala, para visitar o Centro de Formação de Forças Especiais, bem como na Catembe, no Centro de Formação de Fuzileiros Navais.

19-09-2006

Cuba vai enviar 167 médicos para o país até final do ano

Um total de 167 médicos cubanos serão enviados este ano para trabalhar em hospitais de Moçambique, no âmbito da cooperação entre os dois Estados, anunciou o ministro da Saúde moçambicano, Ivo Garrido.
Este grupo de médicos vai juntar-se a mais de uma centena de compatriotas seus que já se encontram em Moçambique há vários anos, ao abrigo dos acordos de cooperação bilateral.
Falando em Havana, onde integrou a delegação moçambicana à Cimeira do Movimento dos Países Não Alinhados, Ivo Garrido, afirmou que o tempo de permanência dos médicos cubanos que já trabalham em Moçambique ainda será tema de discussão no próximo encontro da Comissão Mista Moçambique-Cuba, prevista para o próximo ano.
Ivo Garrido disse que a aposta do seu Governo é colocar um médico moçambicano em cada um dos 128 distritos do país, a partir de 2008, melhorando o actual nível de distribuição de pessoal médico pelo país.
Presentemente, apenas metade dos distritos moçambicanos dispõe de um médico, uma situação de carência que concorre para os maus serviços sanitários com que se debate a população moçambicana, sobretudo a das zonas rurais.
O governo espera que 110 novos médicos sejam graduados em 2008 pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais importante instituição de ensino superior no país, e 19 pela Universidade Católica de Moçambique.
"Podemos garantir com segurança que em 2008 teremos um médico moçambicano em cada um dos 128 distritos", prometeu Ivo Garrido.
Com a colocação de médicos moçambicanos em todos os distritos, o recrutamento de estrangeiros irá limitar-se apenas aos especialistas, sublinhou o ministro.
No âmbito da cooperação bilateral com Moçambique, o Governo cubano vai colaborar na instalação de uma faculdade de medicina na região norte.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 18.09.2006

15-09-2006

UFSC ajuda universidade de Moçambique

Em um país do sudeste africano, onde o Português é língua oficial, 19 milhões de pessoas, em uma extensão de 800 mil Km², falam mais de 20 dialectos
A principal fonte de renda delas é a agricultura. Cada mulher tem mais de cinco filhos. 47% da população é subalimentada e a expectativa de vida é de 40 anos.
Mais de 20 dialectos são falados pelas 19 milhões de pessoas que vivem no país
Por mais de quatro séculos, esse território foi colónia de Portugal. No século XIX era um grande centro de comércio de escravos e conseguiu a independência em 1975. Esse é um breve perfil de Moçambique, o 168º país segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), alcançando a 10ª pior colocação.
Perfil este que inspira poesias como a do moçambicano Juvenal Bucuane, intitulada "O minuto que vem":
Há medo/ leio-o/ nos rostos dos homens/ medo do minuto que vem (?)/ Que grande desgraça traz o minuto que vem?/
Leio medo/ nos rostos dos homens,/ rostos que não falam,/ mas têm nessa voz muda o latejar do enigma que emprenha o minuto que vem!/
Leia em:
Download ufsc_ajuda_universidade_de_moambique.doc

14-09-2006

Doadores confirmam financiamento de 450 milhões de euros para 2007

Os Parceiros do Apoio Programático de Moçambique (PAPM), que apoiam directamente o Orçamento de Estado moçambicano, confirmaram hoje a disponibilização de mais de 450 milhões de euros para auxílio a vários programas de desenvolvimento em 2007.
O Governo moçambicano e o grupo dos 18 países parceiros de cooperação de Moçambique (G-18) fecharam hoje mais um ciclo da revisão da sua parceria, iniciada em meados de Agosto, sobre o programa de auxílio ao Orçamento de Estado.
Um memorando de entendimento refere que o G-18 vai disponibilizar, em breve, 291 milhões de euros, devendo, adicionar 167 milhões de euros para diversos programas e projectos de desenvolvimento de Moçambique.
O grupo, que inclui, entre outros, o Banco Mundial, Banco de Desenvolvimento para África, União Europeia, Portugal e Estados Unidos, deverá prosseguir o seu apoio até 2009.
Mas a canalização de fundos para o Orçamento obedecerá a vários critérios, sublinhou a representante do G-18 e embaixadora da Holanda em Maputo, Lidi Remmelzwaal.
Os parceiros justificaram a continuação do apoio, nomeadamente com o "positivo" crescimento económico registado por Moçambique, sobretudo no semestre passado.
Indicadores económicos indicam um crescimento na ordem de 10 por cento, com destaque para o sector da agricultura, que registou um incremente de 10, 9 por cento.
Durante os primeiros seis meses do ano em curso, Moçambique registou ainda uma taxa de crescimento acumulada da inflação na ordem de 2,6 por cento.
A propósito, a embaixadora da Holanda em Maputo sublinhou os "bons resultados" alcançados por Moçambique, incluindo os "positivos" no sector da agricultura.
"A impressão geral (dos doadores sobre a economia moçambicana) foi positiva, sobretudo quanto ao crescimento económico, o sector da agricultura, e a implementação do Orçamento de Estado", disse Remmelzwaal.
No entanto, referiu, "nos sectores sociais, as despesas foram menos do que esperado, e nalgumas áreas (como a Saúde e Água rural) os resultados até à data mostraram um atraso".
"Mas temos que tomar em conta que esta situação pode-se inverter durante o curso do ano", acrescentou.
Face ao actual ritmo de crescimento económico, Remmelzwaal considerou ser "possível" que o Governo moçambicano consiga reduzir a pobreza absoluta para 45 por cento até 2009, conforme indica o Plano de Acção de Redução da Pobreza (PARPA).
"O PARPA é um plano realístico, com metas que podem ser atingidas, passo a passo. O que conta são os passos concretos no terreno. Reduzir a pobreza por 45 por cento até 2009 é possível, se juntarmos forças", frisou.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 14.09.2006

Doadores negam alegado favoritismo com ajuda externa

A representante dos Parceiros do Apoio Programá tico de Moçambique, Lidi Remmelzwaal, negou hoje a alegada troca de favores relacionados com a ajuda externa entre os doadores e o Estado moçambicano, denunciado recentemente num estudo de consultores britânicos.
"Não concordo com as conclusões do estudo", respondeu Lidi Remmelzwaal a uma pergunta da Lusa sobre o relatório elaborado por consultores para o Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID) britânico.
Lidi Remmelzwaal, que é a embaixadora holandesa em Maputo, falava no final do encontro de revisão semestral entre os parceiros de cooperação e o governo moçambicano, mas recusou pronunciar-se sobre este encontro.
O documento, solicitado pelo DFID, indica que a ajuda externa, que contribui com mais de metade para o Orçamento de Estado de Moçambique, é "o maior elemento do esquema de favoritismo", que "funciona num ambiente altamente politizado e tem profundos impactos políticos".
"Um dos problemas correntes é que Moçambique foi catalogado pelos doadores como um 'sucesso' e as políticas de ajuda reflectem agora essa presunção positiva. Os doadores apoiam o Orçamento de Estado, acções colectivas e uma atitude flexível por forma a acomodar os interesses do governo", acusam os consultores no relatório elaborado para o DFID.
Reagindo a estas acusações, o vice-ministro das Finanças de Moçambique, Pedro Couto, discordou do seu teor, destacando a "boa" cooperação existente entre o seu governo e os doadores.
"Não concordo" com as conclusões do estudo dos consultores, disse Pedro Couto, sublinhando "não ser verdadeira" a acusação feita ao governo moçambicano sobre a eventual existência de favoritismo.
Se esta fosse a posição do governo britânico, Moçambique não continuaria a ser um dos parceiros privilegiados nas ajudas efectuadas pela Grã-Bretanha, através da DFID, disse Couto.
"A ajuda externa representa mais de metade do Orçamento de Estado e é o maior elemento do esquema de favoritismo, o que não significa necessariamente que a ajuda não tem impacto positivo", lê-se ainda no estudo.
Os consultores que o produziram referem ainda que Moçambique, um dos pa íses que mais apoios recebeu no mundo, em 2005, é um Estado "controlado por uma oligarquia da FRELIMO", partido no poder, que troca apoios pela distribuição de favores, muitos dos quais relacionados com a ajuda externa.
Por isso, "não seria sensato assumir que quanto mais ajuda externa for concedida a Moçambique mais estável o país se torna", conclui o mesmo estudo.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 14.09.2006

13-09-2006

Dívida dos PALOP a Portugal sobe para mil milhões de euros

Em 2005
A dívida dos PALOP a Portugal ascendia a 1,352 mil milhões de dólares (1,064 mil milhões de euros) em 2005, um valor que representa um crescimento de 1% face ao verificado no ano anterior. As exportações para os PALOP cresceram fortemente e o investimento mais que duplicou.

Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A dívida dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) a Portugal ascendia a 1,352 mil milhões de dólares (1,064 mil milhões de euros) em 2005, um valor que representa um crescimento de 1% face ao verificado no ano anterior. As exportações para os PALOP cresceram fortemente e o investimento mais que duplicou.
De acordo com um estudo divulgado hoje pelo Banco de Portugal, este crescimento na dívida dos PALOP a Portugal "retoma a trajectória ascendente interrompida em 2004 pela diminuição que resultou do Acordo de reescalonamento da dívida então celebrado entre Angola e Portugal".
De acordo com a mesma fonte, a subida registada em 2005 reflecte o acréscimo evidenciado pela dívida a médio e longo prazos garantida pelo Estado (+23 milhões de dólares), apesar da descida patenteada pela dívida directa ao Estado ( menos 9 milhões de dólares).
A dívida oficial de Angola a Portugal denotou nova descida em 2005, com o pagamento de parte da dívida vincenda de médio e longo prazos garantida pelo Estado e do remanescente de atrasados, diminuindo 4 milhões de dólares no total.
Ainda assim, a dívida de Angola a Portugal ascendia em 2005 a 699 milhões de dólares, representando 51,7% do total. A dívida de Angola a Portugal atingiu um pico de 850 milhões de dólares em 2003.
A dívida oficial de Moçambique a Portugal manteve a trajectória descendente iniciada em 1998, com o cumprimento do serviço da dívida a médio e longo prazos garantida pelo Estado. Totaliza agora 28,6% do total dos PALOP.
Cabo Verde deve 131 milhões de dólares a Portugal (9,7% do total), Guiné Bissau 102 milhões de dólares e S. Tomé e Príncipe 34 milhões de dólares.
Exportações crescem 16,5%
O relatório do Banco de Portugal mostra também que "as relações comerciais de Portugal com os PALOP e Timor-Leste apresentaram alguma dinâmica em 2005".
Registou-se um crescimento de 16,5% nas exportações, para 1,058 mil milhões de euros, e de 63,3% nas importações, para 66,3 milhões de euros, invertendo a tendência de redução dos últimos anos.
"Apesar do incremento registado, o peso das relações comerciais com estes países é ainda reduzido, representando apenas 3.45% das exportações e 0.14% das importações totais portuguesas em 2005", assinala o Banco de Portugal.
O saldo da balança comercial de Portugal com os PALOP e Timor-Leste evidenciou novo crescimento em 2005 (+14,3%), elevando-se a 992,2 milhões de euros.
Segundo o Banco de Portugal, o crescimento das exportações deveu-se sobretudo ao incremento nos produtos enviados para Angola -128,2 milhões de euros, +19,1% que em 2004.
Investimento directo mais que duplica
Em 2005 o investimento líquido português nos PALOP e em Timor-Leste mais que duplicou em 2005, atingindo 58,62 milhões de euros. "Esta evolução resultou principalmente da forte redução evidenciada pelo desinvestimento (-64% que em 2004) uma vez que o volume de novo investimento directo de Portugal nestes países sofreu igualmente um decréscimo (de 29%), fixando-se em 97,05 milhões de euros".
Angola mantém-se como o maior destino do investimento realizado por Portugal nestes países (66,6% do total, apesar da quebra registada face a 2004), seguido de Moçambique (25,4%, invertendo a tendência descendente dos últimos anos) e de Cabo Verde (6,4%, mantendo a trajectória de descida em termos nominais iniciada em 2002).
O investimento directo realizado por Portugal em Angola em 2005, num total de 64,59 milhões de euros (menos 38,50 milhões de euros que em 2004, ano em que se registou um montante excepcionalmente alto no sector das Actividades financeiras), foi sobretudo destinado aos sectores Actividades financeiras e Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas, os quais, no seu conjunto, representaram 84% do total para Angola.
JORNAL DE NEGÓCIOS - 13.09.2006

10-09-2006

Nampula: Má qualidade das obras ameaça desabar represas

A FALTA de qualidade técnica nas obras de construção da maior parte das represas financiadas pela "Care Internacional", uma organização que opera na área de Agricultura, na província setentrional de Nampula, está a frustrar as expectativas de alguns Governos dos distritos onde as infra-estruturas estão a ser instaladas. Eles esperavam naquelas represas uma forma de mitigação do crónico problema de falta de reservas de água que reduziriam a dependência das chuvas.
Maputo, Segunda-Feira, 11 de Setembro de 2006:: Notícias
Informações apuradas pelo nosso jornal, referem uma das represas que tinha sido construída no povoado de Nacololo, distrito de Monapo, desabou recentemente, situação que igualmente ameaça ocorrer na região de Nahopo, desta feita em Erati. Dulce Norberto, secretária permanente de Monapo, disse em contacto com o "Notícias" que o desabamento da represa de Nacoloco "deveu-se essencialmente a falta de qualidade técnica de construção, numa avaliação feita chegamos a conclusão de que houve outros motivos que justificassem a ocorrência daquela situação". Visivelmente agastada, a nossa interlocutora informou-nos que o caso já foi notificado à Care Internacional, uma vez que defraudou as expectativas do Executivo local que, segundo nos disse Dulce, estava convicto de que, pelo menos, seria resolvida uma parte do problema da falta de fontes de reservas de água que de algum período para cá tem vindo a apoquentar aquela região, devido a queda irregular das chuvas.
"Eles prometerem que iriam resolver o problema, mas por enquanto nada no terreno arrancou, o que sei é que uma equipa provincial de Care esteve no local para se inteirar realmente do que tinha acontecido", disse. Em Nahopo, desta feita no distrito de Erati, a represa ali em construção, cujas obras iniciaram há mais de um ano e que já consumiram cerca de 30 mil dólares norte-americanos, dos 40 mil em carteira, apresenta certos erros de construção. Por exemplo, a compactação dos solos para a construção do dique é feita sem rega, situação que poderá originar o desprendimento dos mesmos, em caso de ocorrência de chuvas e o consequente desabamento. A profundidade da represa, que segundo o planificado deverá armazenar cerca de 34 mil metros cúbicos de água, não ultrapassa os dois metros, contra os cinco, tecnicamente aceites.
Segundo Alfonsina Pandamotha, da Care Internacional, "estamos neste momento a envolver meios mecânicos para a conclusão da obra, constatamos que por via manual, como havíamos preconizado na perspectiva de criar postos de emprego local, vamos demorar na entrega do projecto", disse ela. De acordo com as previsões, a construção da referida represa poderá terminar no presente mês de Agosto, mesmo com os problemas que, infelizmente, passaram despercebidos ao habitual olhar atento do governador Filipe Paunde.

09-09-2006

O Governo moçambicano vai de novo receber um pacote de auxílio de 6. 5 milhões de dólares, das autoridades da Noruega para o seu programa de desenvolvimento no sector de petróleo

Um acordo que cobre os próximos quatro anos 2006/10, foi rubricado pela ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda Abreu e pelo Embaixador da Noruega, Thorbjorn Gaustadsother. O apoio tem como objectivo o fortalecimento da capacidade institucional do novo Instituto Nacional de Petróleo (INP), como autoridade reguladora, e boa governação dos recursos petrolíferos em Moçambique.
Leia em:
Download sector_petrolfero_noruega.doc

05-09-2006

Japão dá 1,6 milhões de euros para a estrada Cuamba-Nampula

O Governo do Japão anunciou hoje um apoio de cerca de 1,6 milhões de euros, para a realização de um estudo de viabilidade, com vista à reabilitação da estrada Cuamba-Nampula, um dos principais troços do norte de Moçambique.
Um comunicado de imprensa da embaixada japonesa em Maputo refere que o auxílio nipónico será disponibilizado à Administração Nacional de Estradas (ANE) de Moçambique, através da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (ICAO).
Especialistas do Japão serão enviados a Moçambique, para a realização do referido estudo de viabilidade, com uma duração prevista de 12 meses, acrescenta a mesma nota de imprensa.
"A revitalização do troço Cuamba-Nampula vai dinamizar as actividades sociais e económicas do norte de Moçambique", sublinha o comunicado de imprensa da embaixada nipónica em Maputo.
O norte moçambicano é a região mais pobre do país.
O governo de Moçambique, com o apoio de parceiros internacionais está apostado na reconstrução da rede de estradas destruída ao longo de 16 anos de guerra civil, que terminou em 1992, com a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP).
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 05.09.2006

Mulémbwè conferencia com Embaixador japonês

O PRESIDENTE DA Assembleia da República, Eduardo Mulémbwè, expressou ontem o desejo de ver o Parlamento do Japão a ajudar a AR a resolver os seus problemas relacionados com o sistema de som e votação electrónica na sala de sessões plenárias.
Maputo, Quarta-Feira, 6 de Setembro de 2006:: Notícias
Falando na audiência que concedeu ao novo embaixador nipónico acreditado em Moçambique, Tatsuya Miki, Eduardo Mulémbwè sublinhou que com os meios rudimentares que a Assembleia da República possui para tomada de decisões, gasta-se entre 20 a 30 minutos só para se saber se há quorum, o que com novas tecnologias se pode fazer em um minuto. No que diz respeito à cooperação entre os parlamentos moçambicano e japonês, o presidente da Assembleia da República afirmou que os contactos iniciados em Julho último, com a deslocação ao país de uma missão da liga de amizade Japão-Moçambique, estão a dar os seus primeiros resultados. "Estamos em crer que nos próximos tempos poderemos colher frutos mais concretos em vários domínios de cooperação", afirmou Eduardo Mulémbwè, ajuntando que o embaixador japonês acreditado em Moçambique "tornou-se como uma espécie de garantia do fortalecimento desta relação entre os parlamentos moçambicano e nipónico".
Leia em:
Download eduardo_mulmbw_pede_japo.doc
NOTA:
Afirma Mulémbwè que "estamos em crer que nos próximos tempos poderemos colher frutos mais concretos em vários domínios de cooperação". Pergunto-me : "cooperar" ou "esmolar"?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

04-09-2006

Japão apoia sector das Pescas

O GOVERNO do Japão, através da Fundação para a Cooperação Internacional de Pescas, acaba de conceder assistência para o sector das Pescas, no valor de 1.180.000 dólares americanos.
Maputo, Segunda-Feira, 4 de Setembro de 2006:: Notícias
Para o efeito, na passada quinta-feira, foi rubricado um memorando de entendimento relativo à assistência à implementação do Projecto e Desenvolvimento de Recursos Humanos na Escola de Pesca da Matola, província do Maputo.
NOTÍCIAS - 04.09.2006

02-09-2006

UE concede 600 milhões de euros ao país

NO quadro do nono Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) foram inicialmente consignados para Moçambique 274 milhões de euros, contudo, dada a existência de projectos coerentes e viáveis, o país foi recebendo e irá receber até ao final de 2007, mais de 600 milhões de euros.
Maputo, Sexta-Feira, 1 de Setembro de 2006:: Notícias
De acordo com o embaixador de Portugal em Moçambique, José Esteves de Freitas, foi recentemente decidido em Bruxelas, Bélgica, que o nosso país iniciará o décimo FED com cerca de 580 milhões de euros podendo no período entre 2008-2013 vir a beneficiar de acrescidos meios. "Não esqueçamos também ter a Comissão Europeia considerado oficialmente que Moçambique estava entre os três países ACP (África, Caraíbas e Pacífico) que tinham registado melhor desempenho em termos de absorção dos meios colocados à sua disposição e do seu desempenho.
E estamos a falar do ACP, um grupo de 77 países", disse. O diplomata que falava num seminário sobre tecnologias e informação electrónica, realizado esta semana em Maputo, por ocasião da 42ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM-2006), disse ainda que no contexto do investimento estrangeiro e segundo dados do Centro de Promoção de Investimentos (CPI), os projectos aprovados em 2005 correspondem a um aumento de cerca de 33 por cento relativamente a 2004, enquanto que os dados parciais relativos aos primeiros meses deste ano vão no mesmo sentido. "Este quadro globalmente positivo deve-se naturalmente à actuação determinada do governo moçambicano. Conseguiu aliar o crescimento económico a uma luta transversal, constante e determinada contra a pobreza, condição indespensável para que a sustentabilidade do crescimento possa dar os seus frutos. Esta conexão entre crescimento económico e erradicação da pobreza, tem sido, segundo creio, uma das chaves dos progressos registados em Moçambique", afirmou.
Numa alusão ao estágio das relações económicas entre Moçambique e Portugal, José de Freitas, considerou que as mesmas têm vindo a crescer e a diversificar-se a um ritmo satisfatório. "As trocas comerciais entre os dois países cresceram de forma sustentada, tendo as exportações moçambicanas para Portugal registado um acréscimo de 22 por cento no ano passado. O incremento das exportações portuguesas para Moçambique cifrou-se em 17.6 por cento no mesmo período. Esses resultados permitem naturalmente promover um maior equilíbrio da balança comercial entre os dois países".

01-09-2006

Governo alemão dá 21 milhões de euros para assistência técnica

O Governo alemão anunciou hoje um financiamento de 21 milhões de euros para assistência técnica a quatro projectos e programas multi-anuais de Moçambique, nomeadamente de promoção de educação básica e desenvolvimento rural.
A verba será aplicada também no apoio ao sector de microfinanças e gestão de resíduos sólidos urbanos na cidade de Maputo e províncias de Inhambane (sul), Sofala e Manica (ambas no centro).
Hoje, a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda Abreu, e o embaixador da Alemanha, Christina Kraemer, rubricaram um Acordo Colectivo bilateral, que define as estratégias de cooperação nesse sentido.
Assim, a Alemanha prestará também auxílio nas áreas de desenvolvimento rural, educação básica e vocacional, reforma e desenvolvimento sustentável da economia.
Um comunicado da embaixada alemã distribuído no final do encontro indica que os quatro programas e projectos multi-anuais inseridos na cooperação bilateral visam igualmente apoiar o executivo moçambicano na implementação da segunda fase do seu Programa Anual de Redução da Pobreza Absoluta (PARPA II).
O memorando hoje rubricado resulta dos compromissos assumidos, este ano, por ambos os governos durante as últimas negociações bilaterais na capital moçambicana, destaca a nota.
A Alemanha é membro do G-18, Grupo dos países Doadores, incluindo Portugal e União Europeia, que providenciam apoio directo ao orçamento do Estado moçambicano.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 01.09.2006

HCB será campo prático para estudantes da medicina

A partir do próximo ano através de investimentos italianos
O Embaixador italiano em Moçambique, Guido Larcher, anunciou recentemente na cidade da Beira, que o seu país vai tornar o Hospital Central da Beira (HCB) numa unidade de formação universitária.
A iniciativa irá beneficiar os estudantes da faculdade de medicina da Universidade Católica de Moçambique (UCM), e outras instituições de ensino superior que ministram cursos de medicina no País.
Larcher, não disse quanto é que o projecto vai custar, mas avançou que o seu país vai disponibilizar este ano cerca de um milhão de Euro, destinado a apoiar à área da saúde em Sofala.
O programa que tomará corpo já no próximo ano será desenvolvido pela Organização italiana CUAMM,
vocacionada na área da saúde.
Recorde-se que no ramo da saúde a Itália tem prestado a Moçambique um significativo apoio, citando como exemplo nos programas de combate ao HIV/ SIDA, através do programa Dream, para além da sua
comparticipação no orçamento do Estado moçambicano com pouco mais de três milhões de Euros.
PÚNGUÈ - 31.08.2006

30-08-2006

Japão doa cerca de 900 mil euros ao sector das pescas

O Governo do Japão vai doar cerca de 900 mil euros ao sector de pescas de Moçambique, para o reforço na formação de quadros neste domínio, segundo um comunicado da embaixada do Japão hoje divulgado.
Segundo a mesma nota de imprensa, a ajuda nipónica será concedida pela Fundação para a Cooperação Internacional de Pescas do Japão à Escola de Pesca da Matola, a única do género em Moçambique.
Com o apoio, "o Japão pretende contribuir para a capacitação daquela unidade de ensino na formação de quadros capazes de melhorar o aproveitamento sustentável dos recursos marinhos da vasta costa moçambicana".
A verba destina-se igualmente a apoiar as vertentes da "orientação técnica relativa à pesca e navegação marítima, bem como instrução voltada especialmente ao corpo docente", adianta ainda o comunicado de imprensa.
No quadro da cooperação entre os dois países no domínio das pescas, especialistas da Fundação para a Cooperação Internacional de Pescas vão deslocar-se a Moçambique, para ajudar no reforço da capacidade de formação da Escola de Pescas da Matola.
O pescado é um dos principais produtos de exportação de Moçambique, sendo maioritariamente vendido à União Europeia, mas a deficiente fiscalização da actividade pesqueira tem levado à exploração desenfreada de recursos marinhos e à diminuição do seu peso na balança comercial moçambicana.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 30.08.2006

24-08-2006

Novo conceito de parceria económica com os países de África

A União Europeia(UE) está a lançar um novo conceito de parceria económica com os países de África, Caraíbas e Pacífico(ACP), no sentido de acabar, até finais de 2007, com os actuais acordos UE-ACP, também chamados de Acordos de Cotonou, indica uma nota de imprensa da Agência de Coordenação da Investigação para o Desenvolvimento(ACORD).
De acordo com a nota, no quadro dos Acordos UE-ACP, “os países africanos desfrutam actualmente de acesso preferencial ao mercado da União Europeia” e os mais conhecidos como APEs/EPAS(em inglês), projectados para substituir o sistema de preferencia actual, “pretendem basear-se em acordos de comércio livre, ou seja, “que os mercados africanos se abram completamente(sem barreiras) aos produtos da UE”.
VERTICAL - 22.08.2006

23-08-2006

Missão chinesa em Maputo

Uma missão comercial chinesa do África Business Council (CABC) inicia hoje uma visita de dois à Maputo, centrada em negociações com o empresariado moçambicano.
A missão representa uma vasta gama de sectores entre eles, agricultura, infra-estruturas, processamento passando pela saúde, indústria têxtil, transportes, turismo até Ciência e Tecnologia.
A visita que deverá terminar sexta-feira é organizada pelo Centro de Promoção de Investimento moçambicano e ocorre numa altura em que se incrementam as relações comerciais envolvendo o nosso país e o gigante chinês.
O crescente investimento chinês nos países da África lusófona tem espevitado múltiplas interpretações, entre elas, a corrida deste país as matérias primas, incluindo o petróleo.
A China com uma economia ao rubro, é o maior credor de Angola, com pouco mais de 4 mil milhões de dólares de empréstimos.
O gigante asiático registou nos últimos anos, um crescimento de dois dígitos, entre os mais altos do mundo. E o seu desenvolvimento cobre uma multiplicidade de sectores desde a pequena indústria até a área espacial. E graças a uma inflação baixa, a China possui um confortável superávit na sua balança comercial, segundo revelam instituições financeiras internacionais.
E nesta perspectiva que Moçambique espera retirar dividendos da China vermelha, cujas relações remontam ao período da luta de libertação anti- colonial e agora inflamadas com o novo executivoMEDIAFAX - 23.08.2006

EUA concedem 4500 toneladas de óleo

O GOVERNO dos EUA acaba de anunciar o fornecimento de 4500 toneladas de óleo de soja em bruto, que será vendido aos processadores de óleo alimentar para consumo no mercado local em Moçambique.
Para esse fim, foi ontem assinado, em Maputo, um acordo pelo Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, e o encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA em Moçambique, James Dudley. O valor total estimado do produto (incluindo o frete) ascende a 4.3 milhões de dólares. Falando na ocasião, António Fernando disse que o óleo oferecido será refinado por indústrias nacionais de processamento alimentar, o que será "um inestimável incentivo para a operacionalização das suas actividades". "Este tipo de ajuda tem um efeito multiplicador no desenvolvimento do nosso país. Se, por um lado, contribui para o melhoramento da dieta alimentar dos moçambicanos, por outro, contribui para o fortalecimento do papel do empresariado nacional.
Como consequência disso, mais postos de trabalho serão criados e, deste modo, mais um passo para a redução da pobreza absoluta em Moçambique estará a ser dado. Estamos também felizes porque sabemos que a nossa indústria de óleos já se preparou, inclusivé tem laboratórios que permitem oferecer a qualidade desejada de óleo para o consumo humano", disse. O governante disse ainda que esta acção insere-se na iniciativa "Made in Mozambique", que visa, essencialmente, promover o consumo de produtos nacionais, como forma de incentivar o empresariado nacional a produzir mais e com melhor qualidade. "Neste contexto, as indústrias oleaginosas terão a oportunidade de fornecer o seu produto às agências de assistência humanitária, para atender aos programas de emergência, assim como aos demais consumidores", afirmou Por seu turno, James Dudley disse que os EUA têm fornecido alimentos a Moçambique sob diversas formas e condições desde meados dos anos 80, com um valor que ascende a 550 milhões de dólares. "O montante geral resultante da comercialização das 4500 toneladas de óleo de soja em bruto irá contribuir para apoiar a economia de Moçambique de várias maneiras.
Os fundos serão especificamente para apoio aos esforços do Ministério da Indústria e Comércio para aumentar o acesso ao mercado por parte das exportações moçambicanas com cerca de 945000 dólares", disse. Afirmou ainda que o montante servirá para ajudar o empenho da comunidade empresarial e do Governo para melhorar a competitividade de Moçambique (1.1380.000 dólares) e para ajudar a formação de moçambicanos em negócios, economia, gestão e agronomia em Moçambique, África do Sul e Estados Unidos da América (35.400 dólares). "Os fundos destinar-se-ão também a apoiar a participação de cientistas moçambicanos no programa internacional Norman Borlaug de Ciência e Tecnologia dos Estados Unidos, que oferece oportunidade de formação e pesquisa cientíca agrícola nos EUA, num montante total de cerca de 120000 dólares", disse James Dudley.
NOTÍCIAS - 23.08.2006

22-08-2006

Desenvolvimento: estudo elogia esforços e pede mais acção

Portugal “está bem classificado, na perspectiva de um país em desenvolvimento”, no compromisso de ajuda aos países mais desfavorecidos, mas tem de fazer mais. Esta é a conclusão de um estudo do Centro para o Desenvolvimento Global (CDG) que avalia áreas e características do apoio que nem sempre são mensuráveis em termos monetários e que dão ao nosso país um 16.º lugar. No que respeita estritamente a ajudas financeiras, e segundo dados do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, em 2005, a ajuda portuguesa foi de pouco mais de 303 milhões de euros.

Nic Bothma, Epa
Erradicar a pobreza é um dos objectivos do Milénio. Outro é que cada país ‘rico’ destine 0,7% do seu PIB a ajudas
A nível global, as ajudas financeiras aos países mais pobres aumentaram 31,4% para os 83,2 mil milhões de euros, de acordo com o CDG, que não discrimina o montante de ajudas por país.
No Índice de Compromisso com o Desenvolvimento do CDG, Portugal surge no 16.º lugar, com uma pontuação global de 4,8 pontos, à frente de países como Espanha, França, Itália ou Japão, o último da lista com apenas 3,1 pontos. Os primeiros lugares da tabela são ocupados pela Holanda (6,6 pontos) e Dinamarca (6,4 pontos), enquanto governos liderados por quem mais fala em combater a pobreza – Estados Unidos e Reino Unido – têm uma classificação próxima da portuguesa. Os britânicos estão em 12.º lugar com 5,1 pontos, seguidos pelo norte-americanos – 13.º lugar e 5 pontos.
O estudo decompõe a ajuda em sete áreas, ou seja, avalia o compromisso em ajuda humanitária, comércio, investimento, migração, ambiente, segurança e tecnologia.
Nesta avaliação por áreas, Portugal até nem surge mal colocado em algumas frentes. Tem o sexto lugar na lista dos países que mais participam em missões de paz ou humanitárias. O relatório elogia Lisboa por não vender armas a governos não democráticos e por ter apoiado, tanto a nível financeiro como através do envio de pessoal, as missões na Bósnia e no Kosovo.
No que respeita a barreiras à importação de produtos oriundos de países desfavorecidos, Portugal está em sétimo lugar. O ambiente é outra área onde o país surge bem cotado – em oitavo lugar – por ter os mais elevados impostos sobre produtos petrolíferos e a menor taxa de emissão de CO2 per capita.
Menos positivo é o contributo para o desenvolvimento tecnológico dos países desfavorecidos, bem como o investimento realizado nesses países. Nesta matéria, o Governo português é criticado por não participar em iniciativas de transparência e por não ter em conta o impacto social dos projectos que apoia.
O estudo nota, ainda, que a posição portuguesa tem vindo a melhorar desde 2003.

GOVERNO PREFERE APOIAR PALOP

As áreas do Índice de Compromisso com o Desenvolvimento nas quais Portugal está pior classificado são a ajuda humanitária e a migração. Na primeira, o País é criticado por apenas enviar dinheiro “para um conjunto restrito de países”. Basta olhar para os dados do Instituto de Apoio ao Desenvolvimento, para se perceber que a maior fatia da ajuda financeira vai para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Já no que respeita à migração, o CDG chama a atenção para o facto de apesar de apoiar um grande número de estudantes de países desfavorecidos, Portugal praticamente não recebe refugiados em momentos de crise.

APOIO PORTUGUÊS

36 millhões de euros foi quanto Portugal deu em ajudas financeiras a Cabo Verde, em 2005.

28 millhões de euros foi o que recebeu o povo de Timor-Leste no ano de 2005.

18 millhões de euros foi a ajuda dos Estado português ao governo moçambicano no ano passado.

16 millhões de euros receberam as autoridades de Luanda em apoios de Portugal.

10 millhões de euros em ajudas financeiras foi a fatia que coube à Guiné-Bissau.

OPINIÕES
"SENSÍVEL E SOLIDÁRIO" (Vítor Melícias, Padre)
“Pela experiência que tenho no apoio a Timor-Leste, considero que Portugal é sensível e solidário. No entanto, carece de ser motivado nas horas certas”, considerou ao CM, o padre Vítor Melícias, acrescentando que os apoios financeiros prestados “são razoáveis e estimulantes, mas podemos ser melhores desde que sigamos um caminho, uma metodologia e organização da cooperação”.
"POSIÇÃO HONROSA" (Fernando Nobre, AMI)
“É um lugar muito honroso, principalmente se tivermos em consideração que a nível de desenvolvimento Portugal anda entre o 25.º e o 30.º lugar”, sustentou Fernando Nobre. O presidente da AMI frisou, ainda, que a classificação no Índice do CDG “quer dizer que não somos indiferentes ao que se passa à nossa volta”. “Agora o que é preciso é que não nos limitemos ao espaço da língua portuguesa”, adiantou.
"AINDA VAMOS SUBIR PONTOS" (D. Januário Ferreira, Bispo)
Para D. Januário Torgal Ferreira, “os portugueses são um povo naturalmente solidário, só precisa que lhe apresentem objectivos verdadeiros e necessários”. “Tenho a esperança que, um dia, ainda venhamos a subir uns pontos nessa contagem global”, frisou o bispo das Forças Armadas, lembrando que já por muitas vezes os portugueses deram mostras do seu espírito solidário para com quem mais necessita.
Sandra Rodrigues dos Santos - CORREIO DA MANHÃ - 21.08.2006
NOTA:
Tudo bem! Mas para quando a solidariedade para com os "portugueses" cá de casa?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

18-08-2006

LINK com dívida de USD 226 mil

ANTIGA DIRECÇÃO ACUSADA DE TENTAR DESVIAR USD 30 MIL
FILIMÃO SAVECA
O ambiente na organização não-governamental LINK é de cortar à faca nos dias que correm, por causa das avultadas somas de dólares que a agremiação movimenta.
O mau ambiente já rompeu as barreiras das portas e paredes da sede da instituição que congrega as já famosas ONG’s nacionais e estrangeiras e a “roupa suja” é hoje lavada cá fora.
Elementos seniores daquela agremiação vieram segunda-feira a público denunciar uma tentativa de desvio de cerca de 30 mil dólares norteamericanos que estavam depositados numa conta bancária já lá vão muitos anos, alegadamente com juros a beneficiarem a antiga direcção encabeçada pelo reverendo Lucas Amosse, exdirigente do Conselho Cristão de Moçambique (CCM).
Mas a nova direcção atribui “culpas maiores” pela tentativa de desvio daquele valor ao ex-coordenador da LINK, Álvaro Casimiro, de acordo com José Ricardo Viana, novo timoneiro da agremiação que, em seguida, esclareceu que o dinheiro já foi recuperado e gasto no pagamento dos salários dos 17 trabalhadores que estavam em atraso e da renda do imóvel onde funciona a sede.
Devido à suposta gestão danosa da antiga direcção, as dívidas que vinham sendo contraídas pela LINK totalizavam até à nomeação da nova direcção cerca de 226 mil dólares norte-americanos, “e tudo está a ser feito no sentido de saldá-la, através dos fundos que estamos a angariar junto dos sócios e doadores externos e das negociações directas com os credores”, conforme declarações públicas do presidente do conselho de direcção da LINK.
O pagamento dos salários em atraso culminou com a desvinculação dos 17 antigos trabalhadores, alegadamente, por terem os seus contratos expirados, havendo, no entanto, a possibilidade de um e
outro virem a renovar a sua vinculação, em conformidade com as necessidades e experiências dos mesmos.
Como acções futuras, a nova direcção da LINK projecta trabalhar com o Governo e potenciais doadores na produção de uma estratégia de combate contra a pobreza e criação de fóruns regionais, provinciais e distritais da agremiação, no âmbito da descentralização das suas actividades e competências.
O plano de acção deverá cobrir os próximos dois anos.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 16.08.2006

Projecto "media" avaliação

Maputo – Uma reunião de avaliação do projecto media/ Unesco foi marcada por um boicote quase total dos seus beneficiários e outros actores, num gesto de censura ao desempenho do projecto, que custou cerca de 11 milhões de dólares.
A maior parte dos fundos foram desembolsados pelos contribuintes dos países nórdicos.
A implementação do projecto media/Unesco que começou de forma faseada em 1993, não atingiu os objectivos programados, de fortalecer a chamada media independente, um dos pilares da democracia multipartidária no país.
O encontro de avaliação que decorreuna terça-feira, numa das unidades hoteleiras de Maputo, foi ignorado pela maioria dos representantes das empresas jornalísticas, revelador do descrédito que
mergulhou o projecto.
Menos de meia dúzia de participantes respondeu à solicitação da KPMG, Projecto media avaliação empresa de Consultoria e Auditoria, contratada para fazer a avaliação final do projecto e reunir com as partes beneficiárias.
O encontro tinha entre outros objectivos, buscar percepções e subsídios, daquilo que foi o projecto.
Um dos participantes presentes ao encontro, desabafou nos seguintes termos: “percorremos o país, mas só encontramos papéis e muito pouco em termos de acções práticas resultantes do projecto”.
Estas declarações revelam o fracasso do projecto media/Unesco, cujo objectivo-mãe era a instalação de gráficas para produção de jornais, nas três regiões, sul, centro e norte do país.
Ironicamente, nenhuma destas gráficas foram montadas. E valeu o argumento dos implementadores do
projecto, de privilegiar a multiplicação das rádios comunitárias pelo país e outros apoios a rádio nacional (RM).
Apoio localizado foi igualmente dispensado a imprensa escrita privada .
Mas quais as razões que levaram a esta ausência total dos participantes? Um dos representantes das empresas jornalística, que faltou ao encontro, comentou ao mediaFAX, que já não faz sentido ir sentar para conferenciar sobre um projecto falhado. O projecto media/ Unesco obedeceu a uma distribuição
desregrada de fundos, pondo de parte a principal função do projecto”, acrescentou.
O antigo Director Geral da Unseco, o espanhol Frederico Mayor, durante a sua visita a Moçambiue, referiu-se a este projecto como decisivo para fortalecer a emergente democracia moçambicana.
Infelizmente, o projecto não passou de mais um sonho.
O projecto termina oficialmente em Setembro deste ano. E os resultados da avaliação serão posteriormente submetidos aos parceiros externos, para decisão da sua continuação ou não do projecto.
MEDIAFAX - 16.08.2006

14-08-2006

Consolidaçao da paz: Moçambique possui largas possibilidades

Paz01
MOÇAMBIQUE possui largas possibilidades de consolidar a paz conquistada há 14 anos, comparativamente a Angola, segundo disse, sexta-feira, em Maputo, a investigadora Irae Lundin, falando na conferéncia da JUSTAPAZ sobre a edificaçao da paz nos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP).
Moderadora do tema "os processos democráticos e a edificaçao da paz no espaço dos PALOP", cujo orador foi o académico Eduardo Sitoe, Irae Lundin afirmou que apesar de Angola dispor de grandes riquezas, a falta de transparencia na gestao (da coisa pública) pode desmoronar o processo de consolidaçao da paz naquele país africano. Irae Lundin afirmou que o processo de edificaçao da paz em Moçambique e Angola é totalmente diferente. Segundo aquela investigadora, enquanto em Moçambique a guerra acabou sem perdedores nem ganhadores, em Angola ela terminou com a morte (de Jonas Malheiro Savimbi). Entretanto, Irae Lundin afirmou que em Moçambique, a falta de confiança (do cidadao para com as instituiçoes) é o cancro da sociedade. Disse ser desafio do cidadao contribuir para que o Estado seja forte. Aliás, o académico Eduardo Sitoe defendeu, na dissertaçao sobre o tema, que é fundamental, no país, que todo o cidadao pague imposto e que o Estado adopte políticas que reduzam até zero a dependencia externa. A dissertaçao do académico Eduardo Sitoe centrou-se na análise da edificaçao da paz em Moçambique e Angola, por serem estes dois países o seu campo de estudos. Disse que em Angola existe a fragmentaçao do espaço político, apesar de o cenário político ser partilhado por 200 partidos. O poder político, afirmou, está muito concentrado na instituiçao Presidencia da República, o que, de acordo com Eduardo Sitoe, é óbvio dada a guerra prolongada que assolou o país. Disse que em Angola, o dinheiro fácil desestrutura a economia que está concentrada numa pequena minoria. Em Moçambique, segundo o académico, os cidadaos não tém confiança nas instituiçoes políticas. A hipótese colocada por Eduardo Sitoe é que os cidadaos que votam na Renamo, fazem-no contra as instituiçoes do Estado porque consideram que elas e a Frelimo são a mesma coisa, enquanto que os que votam no partido no poder gostariam que a "perdiz" não existisse. As organizaçoes da sociedade civil, de acordo com a fonte, são extremamente frágeis em Moçambique, não possuem quadros nem dinheiro. A maior fragilidade que experimentam, de acordo com Eduardo Sitoe, é que elas falham nas funçoes de fiscalizadoras das actividades do Governo e de ajuda à consolidaçao do Estado. "As organizaçoes da sociedade civil existentes no país falham nas suas funçoes, porque não témo que monitorar e surgiram como alternativa", disse. Entretanto, o bispo dos Libombos, Dom Dinis Sengulane, disse que os ideais dos partidos políticos não podem perder de vista a criaçao do bem-estar aos cidadaos. Orador do tema "partidos políticos e edificaçao da paz", Dom Dinis Sengulane afirmou que os partidos devem respeitar a dignidade humana e a Constituiçao da República. Defendeu que os partidos políticos devem colaborar com o Governo nas acçoes coincidentes e não devem demonizar os outros. "Alguns líderes de partidos parece que ensaiam no quarto como vặao demonizar o outro", disse, para depois acrescentar que eles devem usar uma linguagem que inspira a paz em todas as circunstáncias. A conferéncia da JUSTAPAZ debateu, entre outros pontos, o papel dos meios de comunicaçao social e da sociedade civil na edificaçao da paz. Os participantes do encontro concluíram, entre outros, que a família é o berço da paz.
NOTÍCIAS - 14.08.2006

07-08-2006

ZAMCORP PROCURA PARCERIAS NO BRASIL

O Presidente do Conselho de Administração da ZAMCORP, Prof. Dr. Sérgio Vieira efectuou uma visita de trabalho à República Federativa do Brasil.
A visita que se realizou no dia 03 de Julho do corrente tinha como objectivo principal apresentar as potencialidades do Vale do Zambeze junto da Fundação Henrique Cardoso e de outras personalidades de negócios do Brasil interessadas em explorar negócios no Vale do Zambeze.
A Fundação Henrique Cardoso, cujo patrono é o antigo Presidente do Brasil, o Dr. Henrique Cardoso, já manifestou interesse em colaborar com empresas moçambicanas que trabalham no vale do Zambeze, reconhecidas que são as potencialidades desta região de Moçambique.
O Presidente do Conselho de Administração da ZAMCORP, nesta sua missão destinada a estabelecimento de um primeiro encontro com empresas do primeiro plano na economia brasileira, fazia-se acompanhar pelos Srs. Dr. Jorge Ferro Ribeiro, e Almeida Santos pela GEOCAPITAL e pelo Dr. Prakash Ratilal pela MOZACAPITAL
No encontro estiveram presentes representantes ao mais alto nível, da CVRD-Companhia do Vale do Rio Doce, já sobejamente conhecida em Moçambique, pelo seu empenho no projecto do Carvão, da GERDAU, uma companhia interessada na produção de aço em Moçambique, a CAMARGO CORREIA, principal cimenteira e construtora do Brasil, a VOTORANTIN, vocacionada na produção de etanol e a ARA CRUZ, vocacionada na celulose e papel.
No mesmo encontro, o Presidente Fernando Henrique Cardoso realçou a necessidade de muito forte empenho para a prossecução dos objectivos que se pretendem atingir com a realização dos projectos apresentados pelo PCA da ZAMCORP e reiteradamente afirmou o seu engajamento pessoal para a efectivação dos mesmos.
Ambas as partes acordaram que com objectivo de levar adiante este primeiro contacto, o Sr. Presidente Fernando Henrique Cardoso iria manter contacto com as empresas brasileiras presentes, tendo se mostrado como sendo de particular importância a VOTORANTIN que pretende produzir álcool e bio-diesel e ARA CRUZ que pretende dedicar-se à celulose e papel. Em consequência destes contactos, outras empresas se instalarão.
Por seu turno, o PCA da ZAMCORP, que é também Presidente do Conselho de Administração da SOCIR, insistiu na necessidade de se avançar para a instalação de indústrias de agro-processamento, devendo posteriormente alargar-se a empresas que se dediquem a produção de materiais de construção, no Vale do Zambeze. Deu destaque às oportunidades de negócio que nosso país oferece, nomeadamente as reservas substantivas de energia, a localização como porta de acesso à África Austral e de comunicação com o Médio Oriente e o Extremo Oriente, as reservas de água e os abundantes recursos de solo e subsolo.
Ficou ainda acordado que as propostas devem ser apresentadas de forma bancável por entidades com competência para tal, o que vai implicar a necessidade de consultorias internacionalmente reconhecidas.
A ZAMCORP é uma empresa do Grupo SOGIR, cuja escritura da constituição da Sociedade foi assinada em Abril de 2006,. E uma Sociedade que integra capitais da SOGIR - Sociedade de Gestão Integrada de Recursos, Sarl; da MOZACAPITAL - uma sociedade de Investimentos e Gestão, Sarl, ambas moçambicanas; e da GEOCAPITAL - uma sociedade financeira de Macau.
In O VALE ON LINE - 31.07.2006
Nota:
O negrito do texto é da responsabilidade do MOÇAMBIQUE PARA TODOS

21-07-2006

HCB “complexo”

BRUXELAS - O presidente da Comissão Europeia explicou terça-feira que a avaliação comunitária à transferência da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) de Portugal para Moçambique é “uma questão tecnicamente complexa” que levará ainda “algum tempo a resolver”.
José Manuel Durão Barroso falava numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, depois de uma reunião na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, à margem da qual foram assinados cinco projectos de cooperação entre o executivo comunitário e Moçambique.
Leia em:
Download hcb_complexo.doc

Chinesa Sinohydro lidera grupo que vai construir barragem no Zambeze

Macau, China, 21 Jul (Lusa) - A empresa chinesa de engenharia Sinohydro Corporation lidera o consórcio que vai construir a barragem de Mpanda Nkua, no vale do Zambeze, Moçambique, escreve hoje a agência Macauhub.
A agência, que cita o boletim Africa Monitor, diz que o consórcio, que integrará outras empresas chinesas de diferentes ramos, será também responsável pela construção da barragem Moamba-Major, que vai abastecer de água potável a capital moçambicana, Maputo, projecto avaliado em 300 milhões de dólares.
Os dois projectos envolvem um investimento conjunto na ordem dos 2,3 mil milhões de dólares, financiado pelo China Exim Bank.
O acordo de financiamento foi assinado há três meses em Maputo pelo ministro moçambicano da Energia, Salvador Namburete, e pelo presidente do banco, Li Ruogu.
A barragem de Mpanda Nkua deverá começar a produzir energia seis anos depois do início da construção, segundo foi adiantado na altura.
O empreendimento ficará situada a 60 quilómetros a jusante de Cahora Bassa, a maior hidroeléctrica da África Austral, que deverá passar ainda este ano para o controlo de Moçambique.
Ainda de acordo com Macauhub, a China está a negociar, como contrapartida ao seu apoio a estes dois projectos, a entrada na exploração de carvão de Moatize, na província de Tete.
Outra pretensão chinesa é o desenvolvimento de projectos agrícolas no Vale do Zambeze, a realizar por empresas chinesas.
A empresa chinesa possui escritórios em Moçambique e tem vindo a actuar naquele país como aconteceu o ano passado num projecto de tratamento de água em Licuari, Quelimane.
GCS.

18-07-2006

Portugal financia estudos para barragem no rio Pungué (centro)

Portugal vai financiar com cinco milhões de euros os estudos para a construção de uma barragem no rio Pungué, centro de Moçambique, anunciou hoje o ministro português do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Francisco Correia.
A garantia foi dada durante uma visita que Francisco Correia hoje efectuou à estação de tratamento de água em Umbeluzi, nos arredores de Maputo, e reafirmada mais tarde após a assinatura de um acordo de cooperação com Moçambique, no sector da água.
A construção da barragem no Pungué vai contribuir para a regularização do abastecimento de água à Beira, a segunda maior cidade de Moçambique, capital da província de Sofala.
Francisco Correia disse que os estudos serão iniciados "em breve" e que a construção da barragem era uma "ambição do governo moçambicano que foi acolhida pela cooperação portuguesa".
"Anteriormente não tivemos condições para avançar mas agora já posso confirmar" o apoio ao projecto, disse o ministro português.
Este apoio é apontado como exemplo da re-orientação da política de cooperação portuguesa com Moçambique, anunciada no último ano pelo secretário de Estado português da Cooperação, João Gomes Cravinho, durante uma visita a Maputo.
Nessa altura, Cravinho anunciou que a cooperação portuguesa teria como prioridades os objectivos de desenvolvimento do milénio nas áreas da educação, boa-governação, justiça, água e agricultura.
A barragem do Pungué e projectos de abastecimento de água e saneamento na Ilha de Moçambique (norte) foram, então, avançados como exemplos dos novos compromissos. "Só se pode combater a pobreza se houver higiene e água potável", disse hoje Francisco Correia, sublinhando o apoio português para o combate à pobreza absoluta no quadro dos objectivos do milénio.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 17.07.2006

“Desvio” de 1,5 milhões/USD da Educação na Zambézia

Auditoria na Dinamarca confirma
Aquele Reino quer devolução do valor e a ministra do Desenvolvimento, Ulla Tornaes, já falou do assunto com 1.ª ministra Luísa Diogo.
Devido aos factos está suspensa a ajuda dinamarquesa à Educação e a Dinamarca quer rever todos os outros programas de cooperação com outros parceiros “para que o mesmo não se repita”.

(Maputo) Uma auditoria forense à assistência dinamarquesa ao desenvolvimento do sector de Educação na província da Zambézia confirma “largas deficiências administrativas” no programa de apoio. O governo daquele país nórdico quer agora que Moçambique devolva o valor que foi desviado. São nada mais nada menos do que 1,5 milhões de dólares americanos (USD).
A ministra para o Desenvolvimento da Dinamarca Ulla Tornaes já informou o facto ao «Comité de Finanças», ao «Comité dos Negócios Estrangeiros», e ao «Gabinete Nacional de Auditoria» do seu país. Ela também já se encontrou com a primeira-ministra de Moçambique, numa recente visita efectuada por Luísa Diogo à Dinamarca.
“Fui hoje informada que se confirma a existência de amplas deficiências na administração da ajuda ao desenvolvimento disponibilizada pela Dinamarca ao sector de Educação na província da Zambézia em Moçambique. Por isso decidi interromper toda a ajuda dinamarquesa à província da Zambézia, com efeitos imediatos”, refere um comunicado a que o «Canal de Moçambique» teve acesso.
“O ministro moçambicano da Educação”, disse Ulla Tornaes, “foi já notificado pela Embaixada dinamarquesa em Moçambique, que também apresentou a exigência de reposição dos 1,5 milhões de USD”.
“Além disso”, prossegue a citação da ministra dinamarquesa, “nós iremos efectuar uma exaustiva revisão de todos os programas, conjuntamente com os nossos parceiros (internacionais/outros doadores) em Moçambique como forma de também evitar outros casos semelhantes”.
“Os 1,5 milhões USD podem ser comparados ao facto de que todo o orçamento do sector de Educação é de 560 milhões coroas dinamarquesas (95 milhões de USD) para o período 2002/2006. O orçamento para a província da Zambézia é de 165,3 milhões de coroas dinamarquesas (28 milhões de USD) do qual foi gasto no período de 2002 a Março de 2005, um montante de 52,3 milhões de coroas dinamarqueses (8,8 milhões de USD)”.
“Eu já discuti este assunto com a primeira ministra Luísa Diogo, durante a sua recente visita à Dinamarca, e ela assegurou-me que o governo moçambicano apoiará completamente a investigação e garante que tomará todas as medidas necessárias”, acrescentou a ministra do Desenvolvimento da Dinamarca.
“Ao mesmo tempo” – referiu ainda Ulla Tornaes – “a 1.ª ministra (Diogo) enfatizou o facto de que o governo de Moçambique não tolera má utilização dos fundos públicos e que tomará as necessárias medidas”.
Na altura dos factos reportados o ministro da Educação em Moçambique era Alcido Nguenha.
Depois de ter sido notificado o ministro da Educação de Moçambique Aires Aly, o Governo de Guebuza ainda não informou os moçambicanos da ocorrência nem há sinais de já ter havido desenvolvimentos judiciais que corroborem a promessa de Luisa Diogo à ministra dinamarquesa.
A primeira-ministra Diogo, segundo a fonte dinamarquesa em que temos estado a basear-nos, prometera que a questão seria convenientemente tratada em Moçambique.
O que a Dinamarca pretende é que os cofres do Estado sejam ressarcidos de todos os valores do Programa de Educação na província da Zambézia gastos sem suporte de documentação contabilística que os justifique.
O problema com o Programa de Educação na Zambézia é que não há justificativos contabilísticos fiáveis que justifique gastos efectuados. Os “buracos” encontrados pelos revisores de contas somam a módica quantia de 1,5 milhões de USD.
Fontes da Zambézia que não querem dar a cara sugerem que parte dos valores em falta podem ter sido usados nas campanhas eleitorais autarquicas e gerais na Zambézia com a conivência da própria primeira-ministra que passou grande parte do tempo em pessoa naquela província no período em referência. A fonte no entanto não sustentou com provas os seus argumentos que assim só poderão ser provados em tribunal se alguma vez este assunto for levado à Justiça.
O rombo, no entanto – isso é um facto, é de um período em que estava em funções o governo presidido por Joaquim Chissano mas de que já era primeira-ministra Luisa Diogo. De salientar, contudo, que nessa altura já Armando Guebuza tinha sido nomeado secretário-geral do partido Frelimo e era ele, como candidato, que já liderava praticamente todo o processo governativo.
Outros casos semelhantes a este em que foram desviadas verbas ainda mais exorbitantes, até hoje não foram convenientemente tratados pelo governo e, sobretudo, pela PGR e demais órgãos de Justiça. Em resposta a exigências do género o governo acabou por ressarcir as entidades lesadas mas apenas à custa dos impostos de cidadãos contribuintes que nada têm a ver com os desfalques.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.07.2006

17-07-2006

5,6 mil milhões de euros para infra-estruturas

Europa destinará a África
Beira e Zambeze contemplados
A Comissão Europeia (CE) lançou quinta-feira uma iniciativa para construir infra-estruturas regionais na África no valor de 5,6 mil milhões de euros, dentro da estratégia de promoção do desenvolvimento no continente.
A CE está também a preparar a criação de um fundo com mais dinheiro dos países europeus, disse o comissário de Desenvolvimento europeu, Louis Michel, ao apresentar a iniciativa.
O plano prevê projectos inter-regionais de geração de energia hidroeléctrica, redes de distribuição eléctrica, construção de estradas, telecomunicações e gestão de bacias fluviais. A iniciativa “permitirá a África construir infra-estruturas essenciais para que tenha uma verdadeira descolagem económica”, afirmou o comissário, acrescentando que a reestruturação do Continente é requisito prévio para o crescimento, a integração regional e a luta contra a pobreza. Os recursos procederão do 10.º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED, 2008-2013), mas a CE começará a destinar verbas a partir deste ano, com uma quantia inicial de 60 milhões de euros procedentes do 9.º programa do FED, actualmente em vigor.
O Banco Europeu de Investimentos (BEI) prevê-se que ceda 260 milhões de euros em créditos.
O comissário disse que os projectos de alta intensidade de mão-de-obra podem “fixar povoações em seus países de origem” e contribuir para atenuar a imigração ilegal. Não disse quantos postos de trabalho estes projectos poderão criar.
Mais de 300 milhões de africanos (42% da população do continente) não têm acesso à água potável. Menos de 20% estão conectados a redes de saneamento. Apenas 8% da população rural do continente tem energia eléctrica. A maioria das telecomunicações entre países africanos tem que passar pela Europa e América, devido à falta redes entre si.
O comissário europeu afirmou que os projectos incluem cláusulas para que os países africanos se comprometam a realizar a manutenção necessária e a obter os fundos para fazer isso, de modo que as obras não fiquem inutilizadas a médio ou longo prazo por causa de uma gestão deficiente.
Entre os projectos previstos está a conclusão dos eixos entre Dakar (Senegal) e Ndjamena (Tchad); Mombaça (Quênia), Lagos (Nigéria) e Nouakchott (Mauritânia); Beira (Moçambique), Lobito (Angola) e Windhoek (Namíbia); e Cartum (Sudão) e Gaberone (Botswana).
Também está incluída a gestão das bacias dos rios Nilo, Zambeze, Congo, Níger e Senegal, e a construção de hidroeléctricas.
Além disso, está prevista a criação de redes regionais de distribuição eléctrica e a promoção da energia fotoeléctrica, apesar do seu alto preço, já que o sol é “uma fonte inesgotável” de luz.
O comissário Michel disse que é necessário melhorar os transportes, já que actualmente o envio de mercadorias é “muito caro”, o que significa “um grande obstáculo” para o comércio e o desenvolvimento económico.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.07.2006

13-07-2006

Ministro Ambiente português assina em Maputo protocolo sobre águas

O ministro do Ambiente, Ordenamento Territorial e do Desenvolvimento Regional português, Francisco Correia, efectua a partir de domingo uma visita de trabalho de dois dias a Moçambique, durante a qual assina um protocolo de cooperação no sector das águas.
A visita de Francisco Correia, a convite do ministro das Obras Públicas e Habitação (MOPH) moçambicano, Felício Zacarias, enquadra-se no âmbito de cooperação bilateral entre os dois países, iniciada em Novembro de 2000, com a assinatura do primeiro protocolo na área de recursos hídricos e que expirou em Outubro de 2003.
Um comunicado do MOPH indica que durante a estadia no país, Francisco Correia rubrica um protocolo de cooperação no sector das águas, cuja cerimónia será antecedida de uma apresentação sobre a situação dos recursos hídricos de Moçambique.
"O protocolo de cooperação tem como objectivo fornecer apoio técnico e financeiro por parte do Instituto de Água de Portugal e o Instituto de Apoio ao Desenvolvimento à direcção nacional de Águas de Moçambique", lê-se na nota.
O memorando de cooperação cobrirá a monitorização dos recursos hídricos, o planeamento de bacias hidrográficas, a verificação de segurança das barragens e a formação profissional de moçambicanos.
Moçambique possui uma vasta rede hidrográfica, facto que concorre para as cíclicas cheias registadas no país.
Durante a visita, o governante português reúne-se igualmente com o ministro da Acção Ambiental moçambicano, Luciano de Castro, para passar em revista a cooperação existente entre os dois ministérios, no domínio dos assuntos ambientes e do ordenamento territorial, destaca o comunicado.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 13.07.2006

11-07-2006

CPLP/Cimeira: 10 limusinas líbias com motorista para delegações dos "oito"

Bissau, 09 Jul (Lusa) - A Líbia disponibilizou 10 limusinas, com motorista, para apoiar os presidentes que vão participar na VI Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre de 12 a 17 deste mês em Bissau.
Fonte da organização guineense do evento referiu hoje à Agência Lusa que, satisfazendo um pedido feito nesse sentido pelo governo da Guiné-Bissau, as viaturas chegaram sábado a Bissau a bordo de três aviões de transporte líbios, regressando a Tripoli logo após a reunião.
A falta de meios de transporte "dignos" de chefes de Estado na Guiné-Bissau ficou assim "ultrapassada", sublinhou a fonte, adiantando que os preparativos logísticos da Cimeira estarão definitivamente concluídos a tempo do início dos trabalhos, na próxima quarta-feira.
Dias 12 e 13, o Palace Hotel, a nova unidade hoteleira de cinco estrelas de Bissau, receberá a XII Reunião Ordinária dos Pontos Focais de Cooperação dos "oito", na presença da delegação portuguesa.
Inês Rosa, vogal do Conselho Directivo do instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), e Ana Correia, técnica superior da Direcção dos Serviços dos Assuntos Comunitários e Multilaterais do Ministério dos Negócios Estrangeiros, representarão Portugal no encontro.
Após serem definidos e acertados, os diferentes textos e projectos subirão à 94ª Reunião Ordinária do Comité de Concertação Permanente da CPLP, a realizar no sábado seguinte, dia 15, também no Palace Hotel.
O Comité, por sua vez, remeterá os textos e documentos à XI Reunião Ordinária do Conselho de Ministros, que os assinará na manhã de 17, dia da cimeira, para depois serem enviados para a VI Conferência de Chefes de Estado e de Governo, onde serão ratificados.
Ainda no dia 17, a CPLP comemorará o seu 10º aniversário, havendo uma sessão solene no Parlamento guineense, com os trabalhos da cimeira a terminarem oficialmente com uma conferência de imprensa conjunta prevista para as 17:30 locais (18:30 em Lisboa).
Fonte oficial guineense disse à Lusa que, dos sete presidentes dos Estados membros da CPLP convidados, apenas três confirmaram já à organização a sua vinda a Bissau - Pedro Pires (Cabo Verde), Armando Guebuza (Moçambique) e Fradique de Menezes (São Tomé e Príncipe), devendo, este último, ceder a presidência rotativa da organização ao anfitrião do evento, João Bernardo "Nino" Vieira.
Os chefes de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, angolano, José Eduardo dos Santos, e brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não confirmaram a vinda, mas deverão fazê-lo em breve, indicou a fonte.
Mais problemática parece ser a vinda do presidente de Timor- Leste, Xanana Gusmão, dadas as dificuldades políticas e militares que o mais recente Estado do mundo está a enfrentar.
Presente igualmente na cimeira estará o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, cujo país deverá pedir aos "oito" a adesão à CPLP mas na qualidade de observador associado.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
JSD.

Guebuza lança Fórum Nacional Mecanismo Africano Revisão Pares

O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, lança na quinta-feira, em Maputo, o Fórum Nacional de Mecanismo Africano de Revisão de Pares em Moçambique, destinado a avaliar o desempenho político, económico e social dos países da União Africana.
Segundo um comunicado do Ministério de Planificação e Desenvolvimento, o fórum é um instrumento de avaliação mútua de cada Estado membro da União Africana, que identificou quatro áreas temáticas: democracia e governação política, governação económica e administração, governação, gestão corporativa, empresarial e desenvolvimento económico.
Moçambique aderiu a esta iniciativa da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD), em 2003, passando a fazer parte dos 25 Estados africanos que subscreveram o mecanismo.
De acordo com a mesma nota, o Fórum Nacional de Mecanismo Africano de Revisão de Pares de Moçambique ficará centralizado no ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia.
Fazem parte do fórum representantes da sociedade civil, os presidentes das comissões de trabalho da Assembleia da República, reitores das universidades públicas e privadas, governadores províncias, do Banco Central de Moçambique e o presidente do Instituto Nacional de Estatística.
Também integram a estrutura os membros do antigo conselho nacional da Agenda 2025, um projecto que define linhas de orientação de governação do país nos próximos 20 anos.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 10.07.2006

07-07-2006

Portugal participa no alívio da dívida dos países mais pobres do mundo

Lisboa, 06 Jul (Lusa) - O Governo português anunciou hoje que vai participar na Iniciativa de Alívio da Dívida Multilateral (MDRI, sigla em inglês) dos países pobres altamente endividados, lançada há um ano na Cimeira do G-8, realizada em Gleneagles, na Escócia.
A decisão foi tomada em Conselho de Ministros e Portugal vai atribuir 65,16 milhões de euros para a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) e 55,29 milhões de euros para o Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD).
No caso da AID, Portugal vai começar a contribuir em 2007 e durante um período que se estende até 2044.
Para o FAD, o apoio do Governo de Lisboa terá início ainda este ano, prolongando-se até 2054.
A MDRI começou a funcionar no princípio deste mês e visa acabar com a dívida dos 19 países mais pobres do mundo (Bolívia, Burkina Faso, Camarões, Etiópia, Gana, Guiana, Honduras, Madagáscar, Mali, Mauritânia, Moçambique, Nicarágua, Níger, Ruanda, Senegal, Tanzânia, Uganda e Zâmbia) ao Fundo Monetário Internacional (FMI), à Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) e ao Fundo Africano para o Desenvolvimento (FAD).
A MDRI pretende contemplar ainda mais 21 países, que podem solicitar o cancelamento da dívida externa assim que cumprirem os requisitos exigidos pela Iniciativa para os Países Pobres Altamente Endividados (HIPC, sigla em inglês).
A HIPC exige que os países só tenham recebido financiamento da AID e de serviços para o desenvolvimento e de luta contra a pobreza e que a subtracção das exportações com o Produto Interno Bruto (PIB) e das importações com o PIB sejam superiores a 30 e 15 por cento, respectivamente.
Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), e com os quais o Governo português estabeleceu programas de cooperação, que vão beneficiar da MDRI.
A Moçambique, o Banco Mundial já anulou mais de dois mil milhões de euros de dívida externa.
MSE.
NOTA:
Chego à conclusão que sou "burro". Pago sempre a pronto...
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

CNPq apóia intercâmbio entre países de língua portuguesa

DISTRITO FEDERAL, Brasília - O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) recebe, até 28 de agosto, propostas para projetos de cooperação científica e tecnológica a serem desenvolvidos na área de ciências sociais no âmbito do Programa de Cooperação em Matéria de Ciências Sociais para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Programa Ciências Sociais – CPLP). Os países participantes da CPLP são Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor global de até R$ 400 mil. As modalidades de fomento são: apoio financeiro à realização de missões exploratórias, apoio financeiro a atividades de cooperação para a execução de projetos conjuntos e apoio financeiro para a realização de eventos.
Podem submeter propostas pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior ou a institutos e centros de pesquisa e desenvolvimento sediados no Brasil, públicos ou privados, sem fins lucrativos, em cooperação com pesquisadores, grupos de pesquisa e especialistas vinculados a instituições de ensino superior ou a institutos e centros de pesquisa e desenvolvimento, sem fins lucrativos, sediados em um ou mais dos países participantes.

Informações completas em:
http://www.cnpq.br/servicos/editais/ct/2006/edital_0302006.htm

Banco Africano Desenvolvimento atribuiu mil milhões euros em 29 anos

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) desembolsou mais de mil milhões de euros desde o início das suas operações em Moçambique, em 1977, o que permitiu lançar 70 acções, incluindo 52 projectos de desenvolvimento.
O montante foi utilizado para apoio às áreas da agricultura, água e saneamento, indústria e projectos integrados em vários sectores, mas, somente 16 projectos já foram concluídos, neste período.
Estes dados foram fornecidos pelo ministro de Planificação e Desenvolvimento de Moçambique, Aiuba Cuereneia, que falava aos jornalistas no final de uma reunião de revisão de carteira de projectos financiados pelo BAD ao país.
Segundo Aiuba Cuereneia, estão actualmente em curso 24 projectos, que representam 400 milhões de euros e cobrem, fundamentalmente, o sector de infra-estruturas, enquanto 200 milhões de euros estão a ser aplicados na área de governação.
No âmbito de apoio do BAD ao país, o executivo moçambicano aprovou recentemente a Estratégia para Assistência a Moçambique para o período 2006/2009, documento elaborado em conformidade com as linhas de orientação do Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA-II), visando executar o programa quinquenal do Governo.
Assim, para os próximos três anos, o BAD desembolsará 91 milhões de euros, para o apoio ao Orçamento do Estado e 43 milhões para o sector de água, anunciou o ministro de Planificação e Desenvolvimento de Moçambique.
Sobre as conclusões do encontro com representantes do BAD, Cuereneia assegurou que os resultados de avaliação mostram que o desempenho dos projectos em carteira "foi satisfatório, não obstante a necessidade de se continuar com os esforços de melhorar alguns aspectos".
Proximamente, o governo moçambicano e os representantes do BAD em Moçambique vão iniciar conversações no sentido de o banco passar a disponibilizar financiamentos a 100 por cento e a necessidade de se estudar a possibilidade deste financiar projectos nos distritos do país.
No entanto, o BAD deverá aumentar, em breve, o número de projectos co-financiados com outros parceiros, avançou o governante moçambicano.
No mesmo encontro foi decidido que Moçambique deverá assegurar a inclusão de quadros nacionais no desenho, implementação e monitoria dos projectos suportados pelo BAD no país, com objectivo de garantir a sustentabilidade dos mesmos e consolidar o diálogo entre as instituições do Governo e o aquele banco africano.
Os quadros moçambicanos deverão igualmente facilitar o contacto entre as instituições dentro do executivo moçambicano e maximizar o uso do escritório regional do BAD, localizado em Moçambique e que cobre também Malaui, Zâmbia e Madagáscar.
Os representantes daquela instituição bancária africana encorajaram ainda o Governo moçambicano a criar condições para a realização, pela primeira vez, em Moçambique, da reunião anual do conselho de governadores do grupo BAD, em 2008.
Moçambique candidatou-se para a realização deste evento na última reunião do grupo, que teve lugar, no primeiro semestre do ano em curso, em Ouagadougou, capital do Burkina Faso.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 07.07.206

CVM celebra bodas de prata

A CRUZ Vermelha de Moçambique (CVM) completa na próxima terça-feira, 12 de Julho, 25 anos da sua criação, numa altura em que ainda se debate com sérios problemas para levar a cabo a sua nobre missão de salvar e ajudar os que se encontram em dificuldades. Várias actividades estão programadas para celebrar a dada, com destaque para campanhas de angariação de fundos para apoio humanitário.
A CVM foi criada a 12 de Julho de 1981, sob direcção de Joaquim Chissano, na altura Ministro dos Negócios Estrangeiros, num processo iniciado três anos antes em cumprimento das orientações do então presidente Samora Machel, numa altura em que o país atravessava graves problemas de conflito armado interno. No período anterior a 1975 havia no país uma delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, que encerrou as suas actividades logo após a independência, pelo que havia a necessidade de responder às exigências do momento em termos de assistência humanitária aos feridos e deslocados de guerra espalhados por diversos lugares dentro e fora do país. Fernanda Teixeira, secretária-geral daquela organização, convocou ontem uma conferência de Imprensa para o lançamento das actividades festivas, que deverão prolongar-se até ao final do mês de Julho em todo o país e que servirão também para o fortalecimento das suas actividades e das relações com outras organizações congéneres de todo o mundo. Conforme disse, trata-se de um momento de reflexão sobre os principais enfoques da CVM, porque uma vez terminado o conflito armado, há mais de dez anos, seguiu-se a reconstituição do tecido social e familiar dos moçambicanos, onde aquela organização desempenhou um papel importante para a localização e assistência a muitas pessoas em situação difícil. "Ao longo destes 25 anos de existência da CVM podemos dizer que tivemos resultados positivos, na medida em que conseguimos alargar as nossas representações em pelo menos 110 dos 128 distritos existentes no país, e temos 11 representações provinciais, incluindo a da cidade de Maputo. Trabalham em todas as nossas representações mais de seis mil voluntários nas diferentes áreas de actividade, para além de que a aderência dos membros tem estado a subir todos os anos. Assistimos anualmente mais de um milhão de pessoas nas áreas social, de Saúde, resposta a desastres e, nos últimos anos, na área do HIV/SIDA", disse Fernanda Teixeira, acrescentando que a CVM envolveu-se também, ao longo deste tempo, na construção e reabilitação de infra-estruturas sociais em todo o país.
Construiu 30 escolas e reabilitou 120 centros de saude
Conforme disse, 30 escolas foram construídas pela CVM neste período, para além da edificação e reabilitação de 120 centros de Saúde e abertura de 630 furos de água, que garantem o abastecimento daquele líquido a muitas pessoas em diferentes pontos. "Temos um trabalho constante para a redução de riscos em prol do desenvolvimento nacional e, dentro das festividades, vamos levar a cabo diversas actividades para aumentar a nossa capacidade de actuação. Tratando-se de um momento de reflexão, já no dia 11 vamos inaugurar um acampamento nacional na Catembe, onde estarão concentrados voluntários de todo o país destacados nas suas actividades e haverá sessões de capacitação sobre o papel do voluntário, para além de que serão reconhecidos os mais destacados", disse. Já no próprio dia 12, serão inauguradas novas instalações da CVM e no dia seguinte serão feitas visitas a orfanatos e aberta uma exposição/venda de artes plásticas dos artistas Aires Martins e Muando, numa das galerias da cidade de Maputo, revertendo parte das receitas a favor da organização. Um jantar de gala terá lugar no dia 14 de Julho para angariação de fundos e será leiloado um quadro de Alberto Chichorro, avaliado em 15 mil euros, para além do lançamento de um livro de Amélia Souto sobre a CVM.
NOTÍCIAS - 07.07.2006

06-07-2006

Moçambique pede ajuda a Portugal

O ministro das Obras Públicas português, Mário Lino, anunciou que o País pediu a colaboração de Portugal na elaboração de um plano estratégico para os transportes, e do projecto de gestão da empresa de transportes públicos da capital.
O pedido foi transmitido a Lino pelo seu homólogo moçambicano, António Munguambe, que esta semana concluiu uma visita de dois dias a Portugal.
Portugal manifestou “disponibilidade de analisar o pedido e a forma de satisfazer, após a recepção dos termos de referência dos projectos”.
Munguambe havia manifestado “interesse em beneficiar da experiência portuguesa em matéria de transporte, através da prestação de assessoria técnica”.
As delegações dos dois países debateram assuntos relacionados com os transportes aéreo, marítimo e rodoviário.
Foi alcançado um “consenso sobre a generalidade” dos termos de revisão do Acordo sobre Serviços de Transporte Aéreo, numa reunião entre as duas autoridades aeronáuticas.
TRIBUNAFAX - 06.07.2006

Banco Mundial perdoa mais de mil milhões de euros de dívida do país

O Banco Mundial anunciou em comunicado de imprensa o perdão de cerca de 1,015 mil milhões de euros da dívida de Moçambique, ao abrigo da Iniciativa do Alívio da Dívida Multilateral (MDRI, na sigla em inglês).
Segundo a nota de imprensa, a decisão tem efeitos desde 01 de Julho e eleva para 2,031 mil milhões de euros o montante da dívida cancelada a Moçambique pelo Banco Mundial, no âmbito da referida iniciativa.
Segundo o presidente do Banco Mundial, o norte-americano Paul Wolfowitz, "o perdão vai permitir a Moçambique que canalize os seus recursos para programas de ajuda às pessoas mais necessitadas, através de acções na educação, saúde e água potável".
A inclusão de Moçambique no grupo dos países beneficiados pelo alívio da dívida promovida pelo Banco Mundial deve-se ao seu "desempenho macro-económico satisfatório, progressos na implementação da Estratégia para a Redução da Pobreza e existência de um mecanismo de gestão da despesa pública com padrões mínimos de transparência".
Sem o MRDI, Moçambique devia pagar mais de 25 milhões de euros pelo serviço da dívida, entre o período 2007/2008, e cerca de 76 milhões de euros no período 2009/2011.
Além de Moçambique, o MRDI beneficia mais 19 países africanos.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 05.06.2006

05-07-2006

Banco Africano de Desenvolvimento concede crédito de 202 milhões de euros

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou a Estratégia de Ajuda a Moçambique para 2006-2009, correspondente a um crédito de 202 milhões de euros, anunciou hoje o Ministério da Planificação e Desenvolvimento moçambicano.
Um comunicado de imprensa indica que o empréstimo será utilizado na área de construção e reabilitação de infra-estruturas e no apoio directo ao Orçamento do Estado de Moçambique, mais concretamente nas vertentes de reformas e boa governação.
A verba concedida a Moçambique é uma das mais elevadas do Fundo Africano de Desenvolvimento do BAD e a estratégia que será financiada através deste crédito foi considerada pelo conselho de administração da instituição "um documento modelo a ser seguido para a elaboração de outras estratégias pelo BAD", refere o mesmo documento.
O governo moçambicano e o BAD cooperaram desde 1977, dois anos depois de Moçambique ter alcançado a independência de Portugal, a antiga potência colonial.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 05.06.2006

Finlândia doa cinco milhões de euros para projectos na Zambézia

A Finlândia vai doar cinco milhões de euros para projectos de desenvolvimento da província da Zambézia, centro de Moçambique, no período 2006-2010, refere uma nota de imprensa da embaixada finlandesa em Maputo.
A verba destina-se a iniciativas de desenvolvimento dos sectores da agricultura e desenvolvimento rural e é concedida no âmbito de um acordo assinado em Março último pelos governos de Moçambique e daquele país da União Europeia, acrescenta o mesmo comunicado.
Numa primeira fase, o apoio será canalizado para o distrito de Mocuba e posteriormente alargado aos distritos do interior daquela província.
Segundo o comunicado de imprensa da embaixada finlandesa em Maputo, a prioridade será dada a actividades que contribuam para a redução da pobreza absoluta, com maior incidência para as mulheres mais pobres, gestão de recursos naturais sustentáveis, bem como processamento e comercialização de produtos agrícolas.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 05.06.2006

Noruega financia áreas sociais em Cabo Delgado

O REINO da Noruega, através da seu embaixador em Maputo, Thorbjorn Gaustadsaether, e o director executivo da Fundação Aga Khan em Moçambique, Karim Merali, assinaram ontem, na capital do país, um acordo de parceria de três anos, para um financiamento pelo Reino da Noruega de cinco milhões de coroas, aproximadamente 20 milhões de meticais da nova família.
O montante vai ser utilizado pela Fundação Aga Khan nas áreas de educação primária e alfabetização de jovens e adultos, incluindo a prevenção, o aumento do conhecimento e a consciencialização sobre o HIV/SIDA na província de Cabo Delgado.
NOTÍCIAS - 06.07.2006

04-07-2006

Voluntariado Internacional - Universitários em Moçambique

O Projecto de Universitários em Maputo, Moçambique PUMAP – é um projecto de voluntariado internacional da iniciativa de alunos da Faculdade de Economia da Universidade de Nova Lisboa FEUNL (Portugal) movido pelos valores da Responsabilidade Social e do Desenvolvimento Sustentável.
Respondendo ao interesse de muitos alunos pelo trabalho voluntário, desde 2005, o PUMAP leva anualmente a Maputo, Moçambique, durante os meses de Julho e Agosto um grupo de alunos da FEUNL. Este grupo divide-se entre o PUMAP – Executive Training, que consiste em leccionar módulos de curta duração nas áreas de Economia e Gestão numa faculdade local e o PUMAP – Alpha que visa alfabetizar crianças e adultos de um bairro carenciado de Maputo.
Complementando o âmbito educacional com o humanitário, o PUMAP vai também colaborar com algumas ONGs – as Missionárias da Caridade, os Médicos do Mundo e o VIDA.
As candidaturas e o processo de selecção decorrem ao longo do 1º Semestre de cada ano, ao que se seguem alguns meses de árduo trabalho, mas claramente recompensados em Maputo.
Informações e contactos:
info.pumap@gmail.com
www.pumap.org

30-06-2006

Ajuda ou esmolinha?

Foram publicados os números da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento, que os países desenvolvidos
assumiram. Ha mais de 30 anos, a ONU votou o “compromisso dos 0,7 por cento”: os países comprometia-se a dar 0,7 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) para o desenvolvimento de povos e países mais carenciados. Esta decisão tem vindo a ser reafirmada: em 1992, na agenda 21 da Cimeira do Rio; em 2002, no Consenso de Monterey e também na Conferencia sobre o Desenvolvimento Sustentável de Joanesburgo.
Mas tem sido uma via sacra de aldrabices, já que apenas cinco países são, e tem sido, cumpridores: Noruega (0,93 por cento), Suécia (0,92 por cento), Holanda (0,82 por cento) e Dinamarca (0,81 por
cento).
O caso mais flagrante, dada as verbas envolvidas, é o dos Estados Unidos da América, com 0,22 por cento. E se este valor é muito superior ao do ano anterior (0,16 por cento), isso deve se ao facto de terem sido contabilizadas, como alias fizeram os outros países, as verbas correspondentes ao perdão da divida externa.
Para lá desta desonestidade de quem diz que dá e depois não dá, ha outros aspectos que convém não esquecer. Uma ideia de que muitos governos tem é que já dão muito. Mas basta comparar os 15 mil
milhões de dólares dados pelo EUA em 2004 com os cinco mil milhões gastos por mês na guerra do Iraque ou com os 450 mil milhões do seu orçamento militar. Uma simples divisão mostra que por cada dólar para o desenvolvimento e qualidade de vida sobram 30 para a morte e para a destruição. E este raciocínio aplica se a todos outros países, embora com proporções inferiores.
Alem disso, destas verbas sai uma grossa fatia para financiar todas as estruturas envolvidas e pagar a peritos, outra parte para comprar comida nos próprios países dadores (claro!...) e outro ainda (e nada pequena) para pagar a divida e os seus juros.
Estes dólares “perdem se” antes de poder ajudar o desenvolvimento, já que o desenvolvimento implica
investimentos a longo prazo em infra estruturas, saúde, educação, comercio, agricultura.
Dados disponiveis indicam que o montante anual, por cada Habitante de Africa Subsariana, foi de a penas 30 dólares em 2002. Desta modesta verba, quase cinco dólares foram na verdade para consultores dos países doadores, mais de três destinaram se a comprar alimentos e outras ajudas de
emergência, quatro foram para o serviço da divida e mais cinco para operações de alívio da dívida. Só o restante, 12 dólares chegou á África. Isto é a cada africano corresponderam exactamente 3,3 cêntimos por dia!
Saiba mais
In revista Além-Mar
PÚNGUÈ - 29.06.2006
NOTA:
Tudo isto é verdade. Mas se "nós não fizermos nada por nós mesmos" serão os outros que o farão?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

29-06-2006

III Fórum África

6 de Julho de 2006
Pestana Palace Hotel, em Lisboa

Organização dos Semanário Económico e Diário Económico de Lisboa.

O seu programa será, este ano orientado para as seguintes temáticas:
-O quadro político-social do Investimento: um tempo de estabilidade e reconstrução.
-Angola: a recuperação financeira, a potenciação dos recursos, as necessidades do país e as oportunidades dos investidores
-Moçambique: a continuidade económico-financeira. As novas apostas na energia, nas infraestruturas, nas comunições e no Turismo.

Oradores:
Aguinaldo Jaime, Ministro Adjunto do Primeiro Ministro de Angola.
Jaime Nogueira Pinto, Chairman da Conferência, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Fernando Sumbana, Ministro do Turismo de Moçambique.
Walter Kansteiner, Ex-secretário de Estado dos EUA para os Assuntos Africanos.
Diogo Faria, Presidente, SPE.
Arnaldo Figueiredo, Administrador, Mota-Engil.
Mário de Carvalho, Presidente do Conselho de Administração da SONANGALP.
Rafique Jussob, Director, CPI - Centro de Promoção de Investimentos.
Salimo Abdula, Presidente, CTA - Confederação das Associações Económicas de Moçambique.
Hermenegildo Gamito, Presidente da Associação Moçambicana de Bancos.
Abel Chivukuvuku, Deputado, UNITA.
Informação completa em:
http://www.de-conferencias.com/eventos/cursos/2006/jul/africa/programa_africa.html

ONU investe 2,7 milhões de euros na construção de 11 aldeias do milénio

As Nações Unidas vão investir nos próximos seis meses 2,7 milhões de euros na construção de 11 aldeias em todas as províncias de Moçambique, visando criar condições habitacionais para milhares de moçambicanos pobres.
Hoje, o conselheiro especial do secretário-geral da ONU para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, Jeffrey Sachs, procedeu ao lançamento da primeira pedra para a construção de uma aldeia do milénio no bairro Samora Machel, no distrito de Chibuto, no sul de Moçambique.
No âmbito desta iniciativa, aquele responsável participou na plantação de 500 árvores de fruto com a população e membros do governo de Gaza, onde nasceram alguns dirigentes moçambicanos como Samora Machel e Joaquim Chissano, ou Eduardo Mondlane, primeiro líder da FRELIMO, partido no poder desde a independência de Moçambique, em 1975.
A província de Gaza, onde centenas de crianças estudam ao relento e boa parte da população não tem acesso à electricidade, foi escolhida para albergar a primeira aldeia do milénio por ser uma das mais pobres do país.
O projecto aldeia do milénio visa criar condições básicas de sustentabilidade para cinco mil moçambicanos em cada província, devendo contribuir para a duplicação de produção alimentar, erradicação da malária, através da distribuição de redes mosquiteiras, e construção de salas de aulas nas regiões abrangidas, num período de dois anos.
Igualmente, pretende-se que as populações das 11 aldeias do milénio construam, num intervalo de dois anos, um posto médico e criem condições de electrificação com meios próprios, resultante dos projectos a serem desenvolvidos nestes locais, com apoio da ONU.
A propósito, Sachs, que é igualmente director do Projecto Milénio da ONU, assegurou que a sua instituição irá "apoiar a população de Chibuto de modo a vencer a pobreza absoluta".
"Queremos trabalhar com o vosso Governo para trazer mais benefícios para esta aldeia", disse o conselheiro especial do Secretário-Geral da ONU para os ODM.
Sachs terminará quinta-feira uma vista de quatro dias a Moçambique onde está a analisar a implementação dos ODM das Nações Unidas, cujo plano principal visa combater à pobreza até 2015.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 28.06.2006

28-06-2006

Equipamento doado gera “sururu”

No Ministério da Educação e Cultura
Os equipamentos culturais doados pela China originam “sururu” no MEC (Ministério da Educação e Cultura). O «Canal de Moçambique» foi informado que já há materiais desaparecidos. E até já há quem fale em “roubo”. Há ainda a reclamação das escolas especializadas, mais concretamente, a Escola Nacional de Música e a Escola Nacional de Dança que argumentam que os equipamentos doados são para si, alegando que a China ofereceu-os a pedido de ambas mas, agora que os equipamentos foram entregues ao MEC, este “inventou” o programa de distribuir por uma série de instituições de cultura espalhadas pelo país e permitiu que se instalasse, ao que nos dizem, o “vê se te avias”. É afinal um “deixa andar” que já está a dar que falar.
Segundo os nossos registos algumas instituições que não as escolas de Música e de Dança, acabaram por receber alguns equipamentos. Não estão sequer à altura de utilizá-los. E as duas escolas que de facto necessitam desses equipamentos e com capacidade para usá-los «ficaram a ver navios». Continuam sem os preciosos bens por que tanto lutaram até convencerem os doadores da República Popular da China. O próprio Ministério também se abotoou. Acabou ficando com uma máquina digital de gravação audio-visual, baterias e cassetes, equipamentos que fazem muita falta a Escola Nacional de Dança. Entretanto, já desapareceram quatro congas e quatro tripés. Tudo isso estava à guarda do MEC. O Ministério da Educação e Cultura, (MEC), desde quinta-feira passada está entregar o equipamento doado pela República Popular da China às escolas e Casas de Cultura sediadas nos diferentes pontos do País.
Segundo apurou o «Canal de Moçambique» junto da directora Nacional Adjunta da Cultura no Ministério da Educação e Cultura, (MEC), Cândida Mata, o equipamento ora doado não vai satisfazer as necessidades dessas instituições.
O «Canal» publicou nas edições n.ºs 86 e 87, de 8 e 9 de Junho respectivamente, artigos sobre a doação chinesa. As duas escolas (de Música e de Dança) nessa altura já estavam a contestar os critérios adoptados pelo MEC. Com base nos seus argumentos algumas das instituições que iriam receber tais equipamentos não leccionam disciplinas que justifiquem que os possuam. As duas escolas que são públicas e leccionam cadeiras que requerem tais equipamentos, mexeram-se para os ter. Quando chegam fica tudo servido menos quem de facto tem vocação para o equipamento.
À título ilustrativo. A directora da Escola Nacional de Música, Isabel Mabote, revelou ao «Canal» que a sua instituição recebeu do lote doado pelo governo chinês 2 guitarras e 4 flautas o que certamente não vai dar vazão à real necessidade da instituição.
“Temos cerca de 160 alunos e apenas recebemos 2 guitarras e 4 flautas que não vão dar vazão a escola”, disse e acrescentou que o MEC devia doar congas e tripés para sua instituição porque neste momento as existentes são muito antigas e não estão à altura de satisfazer as necessidades da escola. O que mais desgasta aquela directora é o facto do governo chinês ter doado muito mais do que aquilo que a sua escola recebeu.
Enquanto isso a directora da Escola Nacional de Dança, Maria Luísa Mugalela, mostrou-se também agastada quando falava ao «Canal». “O MEC não primou pelas dificuldades da instituição porque apenas distribuiu 778 sapatilhas de ballet de ponta”.
De acordo com Mugalela o MEC encaminhou cerca de 200 sapatilhas de meia ponta para Casa de Cultura da Beira uma instituição que segundo ela “não tem alunos de ballet e muito menos professores que leccionam essa disciplina”, disse e acrescentou que “segundo as regras de dança o aluno inicia primeiro com sapatilhas de ponta e não meia ponta”.
“Estou admirada porque que o MEC fez essa distribuição para a Casa de Cultura da Beira”.
Num outro desenvolvimento Mugalela disse que a sua instituição é que solicitou uma máquina digital de filmar completa por isso “não vejo motivo para o MEC apoderar-se da máquina de filmar completa”, disse e garantiu que novamente a sua instituição vai continuar a envidar esforços junto de outras embaixadas a fim de obter uma máquina de filmar porque a existente é antiga e não tem concerto. De referir que a máquina ficou no MEC.
Dados em nosso poder dão conta que a embaixada da China doou ao MEC 1 caixa de guitarras, 1 caixa de flautas, 1 caixa contendo 8 tripés e 8 congas respectivamente, 3 caixas de sapatilhas de ballet e diversos e uma máquina de filmar digital com bateria para carga, 6 cassetes de 60 minutos.
Esses factos foram confirmadas pelo chefe de Repartição e Administração do MEC, Elias Taimo Cumbana. Segundo ele o equipamento doado pelo governo da China foi distribuido pelas Escolas Nacional de Música e Dança, Casa de Cultura do Alto-Maé e Grupo Juvenil de Cuamba em Niassa.
Ainda segundo ele a máquina de filmar fica para a Direcção Nacional da Cultura do MEC porque ao nível da direcção existem actividades em que a máquina de filmar é uma prioridade, “por isso achamos por bem reter a máquina na instituição”.
O director Nacional da Cultura no MEC, Domingos do Rosário Artur, foi quem deliberou que o referido equipamento fosse distribuído não só pelas duas escolas «Nacional de Dança» e de «Música», mas também pelas Escolas primárias e Casas de Cultura a nível provincial.
Conceição Vitorino - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 28.06.2006

26-06-2006

Conselheiro da ONU para Objectivos do Milénio inicia visita

O conselheiro especial do Secretário- Geral das Nações Unidas para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), Jeffrey Sachs, inicia hoje uma visita de quatro dias a Moçambique para analisar a implementação da iniciativa da ONU.
A visita de Jeffrey Sachs pretende avaliar especialmente as estratégias em curso para a redução da pobreza e apoiar o Governo moçambicano a alcançar até 2015 as metas internacionalmente acordadas, indica um comunicado do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
"A missão vai providenciar assistência ao país na elaboração de um plano de acção de dez anos que incluirá compromissos temporais e resultados tangíveis", refere a nota.
Neste âmbito, a missão irá também apoiar o executivo de Maputo na identificação da assistência a ser solicitada à equipa do Projecto do Milénio das Nações Unidas, incluindo possíveis datas para a formação de moçambicanos.
Durante a visita, Sachs manterá encontros com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, com membros do Governo, representantes das Nações Unidas, da comunidade doadora e da sociedade civil, incluindo representantes dos órgãos de comunicação social.
Jeffrey Sachs participará ainda num debate público sobre o desenvolvimento, organizado pelo Instituto Superior das Relações Internacionais (ISRI) de Maputo, em colaboração com o Governo de Moçambique e o PNUD.
A missão do Conselheiro Especial de Kofi Annan inclui uma visita à província de Gaza, sul de Moçambique, onde se espera que Sachs proceda ao lançamento do projecto-piloto Aldeia do Milénio, inserido no Projecto Milénio da ONU, destaca o comunicado.
O Projecto Milénio das Nações Unidas, um organismo independente constituído por iniciativa de Kofi Annan, é destinado a desenvolver um plano global para se alcançarem os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Em Janeiro de 2005, Moçambique organizou o lançamento nacional do Relatório do Projecto do Milénio, intitulado "Investir no Desenvolvimento: Plano Prático para se atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio", que constituiu o primeiro de uma série de iniciativas globais à volta dos ODM.
O programa foi apresentado na sessão da Assembleia-Geral das Nações sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio realizada em Setembro do ano passado, em Nova Iorque, durante a qual Moçambique apresentou o segundo relatório de progresso dos ODM.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 26.06.2006

Doadores concedem 474 milhões de euros para o Orçamento de Estado

Os 18 países e instituições que financiam o Orçamento de Estado moçambicano anunciaram a concessão de 474 milhões de euros para 2007, o dobro do valor para este ano, mas exigiram mais rapidez nas reformas.
A coordenadora do G-18 e embaixadora holandesa em Maputo, Lidi Remmelzwaal, confirmou que o valor representa "mais ou menos duas vezes" o que o grupo de doadores internacionais disponibilizou 2006, afirmando que o aumento resulta da confiança depositada em Moçambique.
No entanto, alertou para a necessidade de o governo moçambicano acelerar as reformas em curso no país.
Na última reunião de revisão bilateral, os parceiros de cooperação já haviam instado o executivo de Armando Guebuza a acelerar as reformas em sectores que contribuem para a promoção da democracia e boa governação, tendo em conta as metas acordadas para 2005.
Entre as áreas, apontam-se os da Justiça, gestão financeira, combate à corrupção, além dos sectores de água e do saneamento.
"A abordagem que temos vindo a fazer sobre o combate à pobreza é animadora mas é necessário que este esforços se traduzam em resultados concretos nas aldeias", disse Lidi Remmelzwaal.
"A sociedade civil tem que monitorar e nós também temos que prestar contas aos contribuintes nos nossos países", acrescentou a diplomata, após o lançamento do relatório de pobreza, em Maputo.
Lidi Remmelzwaal considerou que, em resultado do apoio, o executivo moçambicano tem um instrumento para fazer os seus planos no que toca à construção de mais escolas, postos de Saúde, saneamento e programas de combate ao HIV/SIDA.
"O esforço que está sendo feito é no sentido de que o apoio ao orçamento seja transparente, de modo que Moçambique possa crescer e corresponder às expectativas dos cidadãos", afirmou a diplomata.
"O Governo é responsável pelas opções e políticas de desenvolvimento que faz e a prestação de contas deve ser feita aos moçambicanos, onde a sociedade civil e a imprensa jogam um papel importante", acrescentou Lidi Remmelzwaal.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 26.06.2006

22-06-2006

MARCO DE CORREIO - Por Machado da Graça

Meu caro António
Lembrei-me de ti hoje e estou-te a escrever por causa disso. Lembrei-me de como eras um seguidor entusiástico do marxismo à moda chinesa, de como andavas com o fato à Mao Tsé Tung (nessa altura ainda se não dizia Maozedong...) e com aquele boné tão típico, sempre com o livrinho vermelho dos
pensamentos do Grande Timoneiro no bolso, pronto a sair para nos leres alguma passagem.
E lembrei-me desse tempo ao ler mais umas tantas notícias sobre a ofensiva político-económica que a
China está a fazer no nosso país.
Outrora um país completamente fechado sobre si próprio, a moderna China virou-se para o exterior e
está cada vez mais presente em todo o lado.
Só em Moçambique, e estou a citar de memória, tem investimentos previstos no Vele do Zambeze, entre
os quais o financiamento para a barragem de Mpanda Ncua, fez a reabilitação do edifício da Assembleia da República, construiu, de raiz, o do Ministério dos Negócios Estrangeiros, já fornece camiões, está a
fornecer autocarros para as nossas cidades e é candidata à reabilitação dos principais aeroportos.
Mas não é só entre nós que se nota esta presença forte. Por toda a África se encontram cada vez mais
chineses, individualmente ou através de empresas que concorrem a projectos. E os ganham, normalmente, porque os seus preços são, em geral, imbatíveis.
Há quem diga que os preços são imbatíveis por a China usar, nesses projectos, mão-de-obra quase
escrava, constituída por presos retirados das suas cadeias. Não sei se isso é verdade, mas é uma história que circula muito por aí.
No entanto, o facto é que eles aparecem, mostram as suas possibilidades e ganham as empreitadas.
E não se metem nas políticas locais. Ou metem-se da forma mais positiva para os dirigentes do país
onde se querem instalar. Apoiam quem está no poder, para colherem, a seguir, os benefícios desse apoio.
Se vão ao Sudão não se preocupam com a questão de Darfur. Tratam de vender o que têm para vender
e comprar o que têm para comprar.
No Zimbàbué fazem o mesmo, sem quererem saber se a política de Robert Mugabe é a melhor para o seu país, e para a região, ou não. Negócio é negócio e o resto não é com eles.
Mesmo na Europa a presença chinesa é cada vez mais sentida. Em cidades como Lisboa as lojas de
artigos chineses aparecem por todo o lado. Artigos tão baratos que compensam mesmo a má qualidade
de muitos deles. O preço de um martelo, por exemplo, é tão baixo que dá para o usar um tempo, até ele se partir, e ir comprar outro à mesma loja para usar mais algum tempo.
A questão dos têxteis é outro dos pontos fortes da China. E aqui, normalmente, nem se fala de baixa
qualidade. Fala-se é de preços muito baixos para produtos de qualidade equivalente à concorrência. E
isso rebenta com os produtores de muitas partes do mundo, que não conseguem competir.
Quando eu era miúdo (ao tempo que isso já lá vai...) falava-se muito do “perigo amarelo”. A ideia era que os chineses já eram muitos, nessa altura, e a sua população continuava a crescer de forma
aparentemente incontrolável, o que faria com que a China se viesse a tornar agressiva, a curto prazo,
como forma de conseguir território para albergar essa população crescente.
Imaginava-se que os chineses iriam invadir o resto do mundo, de armas na mão, em legiões e legiões de
soldados amarelos avançando por cima das fronteiras.
Hoje, com o problema do crescimento populacional em grande parte resolvido, a China voltou a surgir de forma agressiva, passando as fronteiras. Só que não vem de armas na mão. Traz sim catálogos dos
seus produtos e projectos de cooperação irrecusáveis.
É um novo “perigo amarelo” para muitas economias. Para outras, como a nossa, pode ser um importante contributo para o crescimento económico.
Oxalá saibamos aproveitá-lo, no que tem de bom, sem nos deixarmos engolir.
Porque, não o esqueçamos, quase todos os invasores começaram por chegar, com pezinhos de lã,
fazendo comércio com a gente da terra.
E depois foi o que se viu.
É verdade que ainda estamos no princípio desta aproximação e dela só estamos a beneficiar.
O que é bom.
Mas, dizia a minha avó, cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Um abraço para ti, meu caro António António, deste teu amigo
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 22.06.2006

21-06-2006

Projecto «Transformação de Armas em Enxadas»

Doadores cortam financiamentos por alegado desvio de fundos
“Já fomos ouvidos pelo tribunal só que a resolução deste problema está a demorar devido a burocracia que impera no tribunal”, disse Boaventura Zitha e acrescentou: “achamos que há uma mão dele (Cristóvão Forquilha) no seio do tribunal que impede que o processo ande”.
O projecto de recolha de armas do Conselho Cristão de Moçambique denominado «TAE—Transformação de Armas em Enxadas» está parado. Segundo apurou o «Canal de Moçambique» os doadores cortaram com os financiamentos alegadamente devido a desvio de fundos no seio da organização sem que os autores sejam responsabilizados criminalmente. Os doadores colocam como condição para o retorno aos financiamentos a responsabilização do antigo gestor, Cristóvão Forquilha. Exigem ainda que a gestão de fundos seja transparente.
A gestão não transparente de Cristóvão Forquilha no projecto «TAE» retraiu o apoio financeiro internacional facto que foi confirmado por Iraê Baptista Lundin, coordenadora da «Diaknia» uma ONG que também doava fundos ao projecto «TAE».
Cristóvão Forquilha, durante o seu mandato, é também acusado de ter se apoderado de uma viatura doada por uma ONG japonesa falsificando a respectiva documentação a seu favor e de empregar seus familiares no projecto «TAE» sem observar os critérios previamente estabelecidos pelo Conselho Cristão de Moçambique. Os factos indicam ainda que durante a sua ruinosa gestão, Cristóvão Forquilha fez fracassar o funcionamento das sub-delegaçõs do «TAE» ao nível das províncias da Zambézia, Niassa , Gaza e Inhambane apesar de financiamentos fornecidos pela comunidade internacional.
“Em 2002 começámos a trabalhar com o projecto «TAE» e de facto na ocasião notámos que a direcção não tinha transparência nas suas actividades. Os relatórios apresentados não eram transparentes, principalmente os relatórios de contas. Pelo que tivemos de encomendar uma auditoria à reestruturação do projecto”, disse Iraê Lundim. Foi essa auditoria às contas do «TAE» que pôs à descoberto o rombo financeiro.
Segundo ainda a nossa interlocutora, por causa do descalabro financeiro que ia acontecendo, alguns doadores tiveram que retirar os seus financiamentos condicionando o seu regresso à devolução do dinheiro desaparecido. Ainda de acordo com a Dra. Laundin os desvio foram de tal ordem que os trabalhadores chegaram a ficar mais de seis meses sem salários.
“A auditoria efectuada recomendou, por outro lado, o redimensionamento da força laboral pois muitas pessoas começaram a trabalhar no projecto TAE de uma forma irregular”, afirmou.
Os principais doadores provinham da Dinamarca, Japão, assim como de instituições tais como a «Cuso-Suco», «Kristal Eid», entre outras. A questão pertinente que os doadores colocam é o porquê do CCM (Conselho Cristão de Moçambique) não ter, até o presente momento, processado criminalmente Cristóvão Forquilha pelos desmandos que causou.
Reacção do «Conselho Cristão de Moçambique»
O actual coordenador do projecto «TAE», Boaventura Zitha, disse ao «Canal de Moçambique» que o «CCM» já moveu um processo criminal contra Cristóvão Forquilha.
“Já fomos ouvidos pelo tribunal só que a resolução deste problema está a demorar devido a burocracia que impera no tribunal”, disse Zitha e acrescentou que “achamos que há uma mão dele (Forquilha) no seio do tribunal que impede que o processo ande”.
“Temos ainda um carro nas mãos da polícia. Essa viatura foi comprada para que fosse usada pelo coordenador só que estranhamente ele começou a mudar a sua documentação em seu favor”.
Segundo Zitha desde que o projecto «TAE» começou a funcionar já recolheu mais de 600 mil artefactos de guerra. (Alexandre Luis)
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 22.06.2006

Banco Mundial dá crédito 16 milhões de euros para o Vale do Zambeze

O Banco Mundial anunciou hoje à concessão de um crédito de 16 milhões de euros para apoiar a criação de projectos de desenvolvimento da agricultura de pequenos produtores moçambicanos no Vale do Zambeze, centro de Moçambique.
O crédito, aprovado pelos directores executivos do Banco Mundial, será providenciado nos termos definidos pela Associação Internacional para o Desenvolvimento (IDA), com uma taxa de compromisso de 0,35 por cento e outra de 0,75 por cento, durante um período de 40 anos.
Um comunicado do Banco Mundial em Maputo indica que a iniciativa, que visa aumentar o rendimento de pequenos agricultores em distritos seleccionados da região do Vale do Zambeze, deverá ser conseguido através de apoio directo àqueles grupos e outros participantes da cadeia de fornecimento.
Segundo o Banco Mundial, o projecto será materializado também através do reforço da capacidade ao nível local para realizar e gerir a provisão de serviços agrícolas dentro do contexto da política de descentralização do governo moçambicano.
"O projecto irá utilizar os arranjos existentes de administração pública e participação comunitária, tais como os comités directivos nacionais e inter-provinciais e os conselhos consultivos distritais", frisa a nota daquele organismo de Bretton Woods.
"O mesmo será gerido pela direcção de desenvolvimento rural no Ministério do Plano e Desenvolvimento de Moçambique, que se responsabilizará pela componente de gestão, coordenação e monitoria e sua avaliação, acrescenta.
Essencialmente, pretende impulsionar alguns programas de desenvolvimento naquela região moçambicana, financiados pelo Banco Mundial, nomeadamente o segundo projecto de estradas e pontes a linha férrea da Beira, que "irão contribuir para abrir o acesso ao Vale do Zambeze e assim melhorar as condições do sucesso do projecto", frisa o Banco Mundial.
A primeira componente do projecto, denominada organização de grupos comunitários e reforço institucional local, tem como objectivo potenciar e construir o capital social de grupo de agricultores, de mulheres e participantes da cadeia de fornecimento em áreas como marketing, desenvolvimento de negócios agrícolas e pessoal distrital de agricultura.
A segunda componente, a de produção agrícola e investimento ambiental, providenciará apoio técnico para o desenvolvimento agrícola sustentável com base alargada e orientado pelo mercado, através de serviços de extensão e assistência técnica reforçados para os actores envolvidos na produção, marketing e processamento de produtos agrícolas, sublinha o comunicado.
O crédito comporta ainda uma componente de investimento agrícola comunitário e ambiental que visa providenciar recursos financeiros e assistência técnica para apoiar investimentos públicos e privados relacionados com a agricultura, designadamente comunicações e infra-estruturas de armazenamento.
Igualmente irá prestar auxílio ao investimento de pequena escala e produtivos no sector agrícola, pecuária, aquacultura, agro processamento e investimentos na gestão melhorada de recursos naturais.
Comentando, o líder da equipa de preparação do projecto pelo Banco Mundial, Jeeva A. Perumalpillai-Essex, afirmou que a "agricultura intensiva e sustentável em termos ambientais a longo prazo entre os pequenos agricultores é um factor chave para o contínuo crescimento macroeconómico" de Moçambique.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 21.06.2006

20-06-2006

RENAMO insta doadores a "pressionarem"

O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, instou hoje os doadores internacionais a "pressionarem" o governo moçambicano a fazer uma boa gestão dos fundos canalizados para o país, na sequência de um relatório norte-americano sobre corrupção em Moçambique.
A pesquisa, publicada pela Agência norte-americana para o Desenvolvimento, USAID, considera "alarmante" o nível de corrupção nas diversas áreas, sobretudo na justiça moçambicana, frisando que o flagelo poderá comprometer o desenvolvimento do país.
"É preciso que os doadores façam pressão para que a FRELIMO (partido no poder) não pratique injustiça. Os dinheiros não são dos dirigentes americanos e europeus, mas do povo destes países que pagam impostos para ajudar Moçambique", apelou hoje Afonso Dhlakama, reagindo ao documento.
O líder do principal partido da oposição moçambicana falava na reunião da comissão política da RENAMO, onde anunciou a criação da Escola Política André Matsangaíssa, fundador do partido, para membros daquela formação, a abrir brevemente, em Maputo.
Ainda a propósito do relatório da USAID, Dhlakama lamentou a reacção do executivo moçambicano, a quem acusou de minimizar o impacto das denúncias feitas pela agência norte-americana.
"O governo não sabe que em diplomacia aquilo (o conteúdo do relatório) é muito", por isso, "lamento a forma como Luísa Diogo (primeira-ministra moçambicana) tentou dar a entender que aquilo não é nada", frisou.
"O relatório devia preocupar o Governo e a própria Luísa Diogo", que recentemente considerou a pesquisa "opiniões de consultores, que não reflecte a posição do governo norte-americano", disse.
Esta posição foi corroborada, posteriormente, pela embaixadora cessante dos Estados Unidos da América em Maputo, Helena La Lime, que assegurou que o seu governo não irá cortar ajuda a Moçambique, em consequência do relatório da USAID.
Aquela agência alerta para o facto de o Governo democrático em Moçambique estar "em risco" de não lograr sucesso nos seus esforços de desenvolvimento do país, visando combater a pobreza, que aflige mais da metade da população.
"O nível e o âmbito da corrupção em Moçambique constituem motivo de alarme. Esta corrupção é um sintoma das fragilidades ao nível democrático e de governação existentes no país e estas fragilidades estruturais amplificam uma ameaça que tem o potencial de minar o progresso futuro do desenvolvimento de Moçambique", refere o relatório, produzido em Dezembro do ano transacto e agora divulgado em Maputo.
O documento salienta que a corrupção floresce em Moçambique porque a responsabilização do governo perante os cidadãos e a lei moçambicana são "insuficientes".
Segundo a pesquisa, este sistema é facilitado por, nomeadamente, "haver falta de fiscalização independente por parte da Assembleia da República de Moçambique e existir uma cultura generalizada de falta de transparência" do Estado moçambicano.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 20.06.2006

FMI concede 24 milhões de dólares para redução da pobreza

Resultados económicos do país são «louváveis»
O Fundo Monetário Internacional (FMI), descrevendo como «louváveis» os resultados económicos de Moçambique, decidiu segunda-feira conceder mais 2,4 milhões de dólares (1,9 milhões de euros) ao país, ao abrigo do programa de crescimento económico e redução da pobreza.
O montante agora atribuído eleva para 11,9 milhões de dólares (9,46 milhões de euros) a quantia já concedida a Moçambique ao abrigo do programa que tem um valor total de 16,7 milhões de dólares (13,2 milhões de euros).
Numa declaração emitida segunda-feira, o vice-director administrativo e presidente interino do FMI, Takatoshi Kato, disse que apesar dos «choques externos» o «forte» rendimento macroeconómico continuou a crescer em 2005 e no início deste ano.
«Os resultados fiscais têm sido louváveis e todos os critérios foram cumpridos até final de 2005», disse a declaração, acrescentando que embora as perspectivas para a economia moçambicana continuem favoráveis será necessário manter «a vigilância à luz dos preços voláteis do petróleo e à imprevisão do tempo».
«A médio prazo os principais desafios são suster um crescimento económico de base alargada e alcançar mais avanços no alívio da pobreza através da aplicação de uma estratégia de redução da pobreza para 2006-2009», refere a declaração.
O vice-director administrativo do FMI exortou as autoridades moçambicanas a fortalecer «a transparência da administração de recursos naturais, em linha com os princípios da Iniciativa de Transparência para as Industrias Extractivas».
O responsável acrescenta que para alcançar os objectivos de desenvolvimento o governo «deve assegurar que financiamentos externos adicionais, incluindo recursos da iniciativa da divida multilateral, se destinam às áreas económicas e sociais mais produtivas de um modo que não comprometa a estabilidade macro económica».
O FMI saudou a entrada em vigor de novas notas no país, algo que «deverá ajudar a proteger a estabilidade dos preços e assegurar as poupanças dos pobres».
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 20.06.2006

16-06-2006

China envia 14 médicos em Setembro para formar especialistas

Maputo, 16 Jun (Lusa) - A República da China enviará em Setembro 14 médicos para formar especialistas moçambicanos e prestar assistência médica em dois hospitais de Maputo, foi hoje anunciado em Maputo.Um acordo nesse sentido foi quarta-feira assinado entre o embaixador da China em Maputo, Hong Hong, e o ministro da Saúde de Moçambique, Ivo Garrido.
Ao abrigo do memorando, os médicos chineses, alguns dos quais formados em cirurgia geral e torácica, ortopedia, anestesia e acupunctura, deverão trabalhar no Hospital Central de Maputo e Hospital Geral de Mavelane.
Desde a proclamação da independência de Moçambique em 1975, a República da China envia médicos de dois em dois anos, no âmbito da cooperação entre os dois Estados.
Assim, os 14 médicos que se deslocarão no próximo semestre a Moçambique vão substituir um grupo de especialistas chineses que se encontra a trabalhar há alguns anos no país, sobretudo a prestar apoio técnico aos médicos moçambicanos.
Falando aos jornalistas após a assinatura do acordo, Ivo Garrido considerou que a falta de médicos qualificados em Moçambique é o "maior obstáculo que o país enfrenta", pois, possui apenas 600 médicos para um universo populacional aproximado a 19 milhões de habitantes.
"É preciso ter consciência que nos próximos dez anos teremos de acelerar a formação de moçambicanos, tudo porque o nosso sucesso depende de quadros altamente formados", disse Garrido.
"Só com moçambicanos formados poderemos controlar os destinos do país. Por isso a luta pela formação deve ser de todos nós, a partir do nível de alfabetização, ensino primário, secundário até ao superior", acrescentou.
O ministro da Saúde moçambicano adiantou que os dois países vão assinar, em breve, acordos na área da medicina tradicional, onde a China está altamente desenvolvida.
"Estamos a apostar também na área da formação de recursos humanos e na tecnologia de produção de fármacos e artigos de penso", sublinhou.
A propósito, o embaixador da China em Moçambique referiu que o Governo e o povo chineses "estão dispostos a colaborar com Moçambique de modo a desenvolver acções na área da Saúde, de modo a combater a pobreza" no país.
MMT.
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/05/cinco_mdicos_ch.html

Já controlam 40% do camarão e continuam a comprar empresas

Espanhóis de vento em poupa
A Pescamar, formada maioritariamente pela «Pescanova» sociedade espanhola da região da “Xunta da Galicia” (ver «Canal» 91) e por capitais moçambicanos, adquiriu a totalidade na Companhia de Pesca do Oceano Índico, Lda (COPOIC) até agora detida pela japonesa Maruha Corporationn e pela filial desta, a moçambicana EFRIPEL (Enterposto Frigorífico de Pesca de Moçambique, Lda,), noticiou a ION, que se edita em Paris.
A Pescanova tem a sua base em Vigo e é hoje considerada a maior empresa de pesca do mundo.
A COPOIC tem um capital social de 8,9 mil milhões de meticais (+-360 mil USD).
A PESCAMAR detém presentemente 40% do nível total de capturas autorizadas de camarão ao largo da província de Sofala.
Esta empresa espano-moçambicana dispõe hoje de uma frota de 27 navios de pesca industrial baseados na Beira e é proprietária do maior estaleiro naval de Moçambique, com uma doca seca de cerca de 120 metros. O referido estaleiro foi construído para a marinha de guerra portuguesa e depois da independência deu lugar à empresa estatal «RENAB-Reparações Navais da Beira». Mais tarde
A PESCAMAR tem também na Beira uma unidade de fabricação de filetes de peixe que opera exclusivamente para a sua frota.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.06.2006

15-06-2006

Governo português vai entregar ao nosso país todos os estudosrealizados sobre a região do Vale Zambeze

A César o que é de César!
O Governo português vai entregar ao nosso país todos os estudos realizados sobre a região do Vale Zambeze, tendo um acordo nesse sentido sido rubricado pelo Engº Virgílio Ferrão em representação do Director-Geral do Gabinete do Vale do Zambeze(GPZ), Sérgio Vieira e da contraparte portuguesa pelos Engºs Fernando Gonçalves Pereira (GIBB Portugal) e Pedro Amorim Queirós (EDINFOR).
Conforme apurou o «vt», os estudos constam de levantamentos feitos no passado com vista ao desenvolvimento da região do Vale do Zambeze na zona centro de Moçambique, onde se destacam: "estudos geológicos, mineralógicos, de solos, climas, pluviosidade, hidrologia, fitologia, demografia e que visam a exploração de recursos naturais, agro-pecuários e outras.

VERTICAL - 14.06.2006
NOTA:
Lá vão os chineses e outros aproveitar-se do que Portugal fez por Moçambique. De qualquer forma é em Moçambique que os documentos são necessários, já que pouco ou nada deve ter sido feito pelo GPZ de Sérgio Vieira.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

14-06-2006

Empresários sul-africanos já investiram mais de dois mil milhões de dólares em Moçambique

Os empresários da África do Sul investiram mais de dois mil milhões de dólares em Moçambique nos últimos 10 anos, afirmou ao jornal Notícias de Maputo o quadro moçambicano Godinho Alves.
Alves, representante do Centro de Promoção de Investimentos de Moçambique (CPI) na África do Sul, disse ao jornal que na última década os homens de negócios da África do Ssul têm visto Moçambque como um dos destinos preferenciais para os seus investimentos.

"Temos investimento sul-africano no turismo e hotelaria e comércio e desenvolvimento de infra-estruturas e, embora alguns dos investimentos não tenham em vista dar resposta às necessidades de Moçambique, o Centro já tem algumas propostas no sector agrícola e no agro-processamento e de transformação de alguns produtos locais", afirmou Godinho Alves.
O representante do Centro de Promoção de Investimentos de Moçambique (CPI) na África do Sul adiantou que a maior parte dos investimentos sul-africanos tem sido de pequena e média escala e que está concentrada na zona turística do Sul do país.
Godinho Alves referiu também que o governo moçambicano está a procurar interessar os investidores sul-africanos a apostarem nas regiões centro e Norte do país, bem como do interior para o desenvolvimento do turismo.
"O sector do turismo é uma área com grande potencialidade não só no Sul, mas também no Norte. Neste momento, estamos a tentar mostrar aos investidores que há boas zonas para o desenvolvimento turístico não só ao longo da costa mas também no interior", acrescentou.
Godinho Alves disse ainda que haver muitas empresas em Moçambique na área de empreitadas que têm identificado sul africanos como parceiros preferidos para a construção de infra-estruturas como estradas, pontes e outros grandes projectos em curso no país.
ZAMBEZIA - 12.06.2006

Presidente da Irlanda inicia visita oficial na quarta-feira

Mary_mcaleese
A presidente da Irlanda, Mary McAleese, inicia na quarta-feira uma visita oficial de cinco dias a Moçambique, no ƒmbito das relações de cooperação bilateral, anunciou hoje a presidência moçambicana.
Em comunicado, o Palácio da Ponta Vermelha, em Maputo, refere que a visita de Mary McAleese "tem como objectivo o reforço e fortalecimento das relações de amizade e de cooperação" entre os dois países.
A presidente irlandesa chega na quarta-feira a Maputo, devendo, durante a sua estada, até ao dia 18, deslocar-se …s províncias de Inhambane, Nampula e Niassa, para visitar projectos de desenvolvimento rural que contam com o apoio da cooperação da Irlanda.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 14.06.2006

Espanha disponibiliza embarcação para investigação

Fabiola Sotelo, da “Xunta da Galiza”, veio assistir à entrega
O Instituto de Investigação Pesqueira(IIP), conta com uma embarcação para investigação desde esta semana. A embarcação, que já está em Maputo, segundo a directora de Cooperação Exterior do Governo da Comunidade da Galiza em Espanha, Fabiola Sotelo, é um cruzeiro para o sector pesqueiro alugada pela “Junta da Galiza”. A “Xunta da Galiza” (em espanhol é assim que se escreve Junta) vai custear as despesas de aluguer da embarcação para além do seu mantimento e da remuneração do pessoal técnico da mesma.
Segundo Fabiola Sotelo o IIP com esta embarcação vai poder ter controle das espécies de camarão na costa moçambicana banhada pelo Canal de Moçambique no Oceano Índico. “Esta embarcação vai ajudar o sector pesqueiro a controlar as espécies de camarão na costa”, disse.
Fabiola disse ainda que a “Xunta da Galiza” não vai parar por aqui os seus apoios. Futuramente, segunda ela, vai investir na aquisição de material de laboratório.
Por outro lado, Fabiola prometeu que o apoio vai também abranger as áreas de assistência técnica diversa na área de investigação e a pesquisa, incluindo formação de pessoal moçambicano.
Aquela executiva espanhola da região de Vigo onde estão implantados os estaleiros da «Pescanova» associada da «Pescamar», disse ainda que aquando da aprovação do plano directório de Cooperação da “Xunta da Galiza” concluiu-se que Moçambique era prioridade em relação à Mauritânia.
De recordar que a Xunta da Galiza em Espanha tem apoiado o governo moçambicano em pequenos projectos tais como sanidade e formação da mulher. Semana passada uma delegação da Xunta da Galiza foi inaugurar em Boane e Casa da Soja e visitaram também os centros infantis de Massaca I, Escolinha de Mahanhane e o bairro de Quatro Caminhos onde foram reabilitadas algumas infra-estruturas danificadas após as cheias de 2000. Os fundos foram disponibilizados pela Comunidade da Galiza. A mesma delegação esteve em Chókwe, província de Gaza onde visitou o Centro de Atenção aos Tuberculosos e doentes do Sida bem como o hospital e a escola Polana-Caniço, projectos também apoiados e em operação graças a fundos espanhóis.
(C.V.) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 14.06.2006

13-06-2006

«MOZAL» e «AGA KHAN» apoiam desenvolvimento, refere administradora Elsa Rodolfo

Distrito do IBO
A Associação MOZAL para o Desenvolvimento das Comunidades acaba de assinar um acordo de cooperação com a administração distrital do Ibo, em Cabo Delgado, em que se compromete a comparticipar em acções do desenvolvimento local deste distrito, disse ao «Canal de Moçambique» a administradora do Ibo, Elsa Rodolfo.
Segundo a administradora, o acordo é o primeiro do género e está avaliado em pouco mais 50 mil USD.
Elsa Rodolfo acrescentou que aquele investimento será aplicado em diversas áreas sociais, com destaque para o sector da agricultura.
“A Associação MOZAL acordou com o governo distrital investir 50 mil USD em diversas áreas, mas particularmente na agricultura, porque reconhece o valor desta actividade no desenvolvimento das comunidades rurais”, disse.
A administradora daquele distrito afirmou igualmente que aquele distrito enfrenta actualmente o problema da falta de infra-estruturas do ramo agrícola.
“A grande maioria das instituições ligadas ao ramo de agricultura não está a funcionar, porque estão completamente degradadas”.
Elsa Rodolfo cita como exemplo o avançado estado de degradação das instalações que serviam como cooperativa agrícola. Falou igualmente da inexistência de feiras para a comercialização dos excedentes agrícolas. Mas disse acreditar que parcerias do género da que acaba de acordar com a MOZAL possam ajudar a minimizar tais problemas.
O distrito de Ibo é basicamente constituído por um conjunto de pequenas ilhas. Possui um universo populacional de 7 mil habitantes. Deste universo, segundo a administradora a maioria (90%) professa a religião islâmica. A administradora disse ainda ao «Canal» que a pesca artesanal e a agricultura são as principais actividades desenvolvidas naquele distrito.
Fundação Aga Khan
Num outro destaque Elsa Rodolfo afirmou que para além Associação MOZAL, o Ibo tem também a cooperar com o desenvolvimento local a «Fundação Aga Khan».
Esta Fundação, segundo a administradora, “desenvolveu nos últimos quatro anos vários projectos visando, com destaque, as áreas de Educação e Formação, por via da renovação de infra-estruturas básicas do ensino e atribuição de bolsas de estudo baseadas em mérito”.
Elsa Rodolfo está no cargo de administradora do distrito de Ibo desde meados do ano passado. Foi largos anos, em Mocímboa da Praia, directora distrital da Educação.
(Miguel Munguambe) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 12.06.2006

12-06-2006

País vai beneficiar da iniciativa dos EUA contra a malária

A primeira-dama dos Estados Unidos da América, Laura Bush, incluiu Moçambique entre os quatro países africanos beneficiários do projecto do Presidente norte-americano de combate à malária, anunciou hoje a Embaixada norte-americana em Maputo.
Em 2005, quando George Bush lançou o programa, orçado em 1,2 mil milhões de dólares, este só incluía a Tanzânia, Angola e o Uganda, mas hoje Moçambique foi também incluído na lista.
A malária, a par do HIV/SIDA, é uma das doenças que mais matam em Moçambique, sendo igualmente responsável pela alta taxa de absentismo laboral e escolar no país.
A maior parte das camas dos hospitais moçambicanos são ocupadas por doentes com malária.
Segundo a nota de imprensa da Embaixada dos EUA em Maputo, os quatro países foram escolhidos, graças à sua estratégia eficaz contra a doença e ao enorme peso social e económico que esta representa.
"Actualmente, a malária é a principal causa de mortalidade infantil em África e mais de um milhão de pessoas morrem devido aos efeitos da doença em todo o mundo", sublinhou Laura Bush.
A iniciativa norte-americana preconiza a redução até à metade das mortes por malária nos países abrangidos pelo programa, que tem a duração de cinco anos.
A referida estratégia assenta na distribuição de redes mosquiteiras tratadas com insecticidas, campanhas de pulverização e a distribuição aos doentes de medicamentos mais eficazes, incluindo uma combinação da artemisina.
De acordo com Randall Tobias, administrador da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que falou na ocasião do anúncio feito hoje por Laura Bush, o compromisso dos Estados Unidos na luta contra a malária "enfatiza a determinação em ajudar os seus parceiros internacionais mais necessitados, onde querem que se encontrem".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 12.06.2006

Brasileiros da Rio Doce vão construir linha férrea para o Maláui

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) do Brasil vai construir, no próximo ano, 200 quilómetros de via férrea, ligando as minas de carvão de Moatize, noroeste de Moçambique, a Lirangwe, no Maláui, anunciou a empresa.
Segundo Malcolm Murray, responsável pela edificação da infra- estrutura, a construção da linha-férrea vai abrir mais um meio de escoamento do carvão mineral de Moatize, concessionado em 2005 pelo governo moçambicano ao gigante brasileiro.
"A CVRD vai exportar o carvão de Moatize para diversas partes do mundo, o que justifica a viabilidade da linha-férrea Moatize- Lirangwe", sublinhou Murray, apresentando o projecto Blantyre, capital económica do Maláui.
No encontro, o responsável pela construção da linha-férrea disse que "antes de iniciar a exploração do carvão de Moatize, a CVRD deve melhorar o sistema de transportes entre a área de extracção e as vias por onde será exportado aquele recurso.
Malcolm Murray destacou a preocupação da sua companhia em procurar evitar um impacto negativo nas comunidades das áreas que serão abrangidas pela construção da linha-férrea entre Moatize e Liranguwe.
Além desta via, o aproveitamento do carvão de Moatize implica ainda a reabilitação da linha férrea de Moatize, que liga a mina e o porto da Beira, centro de Moçambique, por onde será escoada a maior parte do carvão.
A CVRD prevê investimentos de mais de 794 milhões de euros para a criação de condições de exploração do carvão de Moatize, no âmbito do acordo de concessão assinado com o governo moçambicano.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 12.06.2006

11-06-2006

Japão financia construção do IMAP

O Governo do Japão acaba de disponibilizar cerca de oito milhões de dólares norte-americanos para a construção do Instituto de Magistério Primário(IMAP) em Chimoio, na província de Manica, zona centro de Moçambique, cuja primeira pedra foi lançada semana passada pelo Governador de Manica, Raimundo Diomba, num evento testemunhado pelo embaixador japonês no país, Tatfuya Meki.
As obras que comportarão 12 salas de aulas tem capacidade para albergar cerca de quatrocentos estudantes e prevê-se que as mesmas sejam concluídas até ao próximo ano.
Raimundo Diomba considerou na ocasião que a instituição não só vai garantir a formação em termos de quantidade, mas também na qualidade, “para uma educação igualmente de qualidade”.
Diomba referiu ainda que o objectivo central que norteia a construção do empreendimento é garantir o desenvolvimento da educação, condição fundamental para o desenvolvimento do país e da província de Manica em particular.
Importa salientar que o Governo japonês contribuiu para o Orçamento de Estado(OE) desde ano com cerca de 20 milhões de dólares, para diferentes sectores sociais, como o sector agrícola, saúde e educação, aventando-se ainda a possibilidade para um aumento no apoio a outros projectos.
(L. Fernandes) -VERTICAL - 08.06.2006

09-06-2006

Para financiar estradas : Doadores concedem 150 milhões de USD

Os doadores internacionais vão conceder 150 milhões de dólares para financiar obras previstas na segunda fase do III Programa de Estradas, cujo arranque está previsto para meados do próximo ano.
A confirmação deste montante aconteceu ontem, no final de um encontro de três dias em que os doadores e o Governo passaram em revista o Plano Integrado do Sector de Estradas, que prevê um financiamento de 1.14 biliões de dólares.

Com este financiamento, segundo indicações dadas pelo director-geral da Administração Nacional de Estradas, Abdul Remane, vai se partir de imediato para a reabilitação de troços previstos na segunda fase do III Programa de Estradas, nomeadamente Jardim/Benfica (sete quilómetros), Xai-Xai/Zandamela (97 quilómetros) e Massinga/Nhachengue (57 Km), completando o programa de melhoria da segurança rodoviária na EN1, iniciado na 1ª fase do programa.
Vai ficar por fazer o troço Vilankulo/rio Save que, no entanto, está previsto que beneficie de obras de manutenção no âmbito do pacote ora aprovado. Para além da rede asfaltada, serão investidos também alguns fundos para as estradas regionais classificadas.
As partes assumiram igualmente o compromisso de, a partir de 2010, os dinheiros destinados às obras de estradas serem canalizados através de um fundo comum e não projecto por projecto, de forma a flexibilizar os mecanismos da sua alocação, garantir a necessária previsibilidade e os mecanismos de monitoria adequados.
Até 2010, considerada uma fase transitória, algumas obras de estradas serão financiadas via fundo comum e outras com base nos projectos que já têm financiamento garantido. Para as obras de 2007, o presidente do Conselho de Administração do Fundo de Estradas, Francisco Pereira, disse que para além dos 150 milhões de dólares alocados pelos doadores haverá uma comparticipação de 80 milhões provenientes das taxas sobre o combustível e dotações do Orçamento do Estado.
Nos próximos anos, segundo garantiu, o Governo e os doadores vão manter uma contribuição de 220 milhões de dólares anuais. O programa 2007/2011, no entanto, prevê necessidades na ordem de 1.14 biliões de dólares que, conforme os doadores, não podem ser alocados numa única tranche, atendendo às dificuldades que haveria para disponibilizá-los e também porque os planos de obras ainda não estão detalhados.
NOTÍCIAS - 09.06.2006

08-06-2006

China promete apoio ao Corredor de Nacala

MOÇAMBIQUE e três empresas chinesas acabam de assinar memorandos de entendimento nos termos dos quais os chineses se comprometem a fornecer equipamento agrícola e de exploração de recursos minerais no Corredor de Nacala.
Estes acordos resultam do primeiro encontro de negócios, realizado em Maputo, com uma missão empresarial chinesa, composta pelos membros das empresas signatárias, que esteve de visita a Moçambique. Sérgio Vieira, presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Gestão Integrada de Recursos (SOGIR), não avançou datas exactas, mas disse que os acordos deverão ser implementados o mais rápido possível, e que, por parte da China, os memorandos deveriam entrar em vigor ainda neste ano. "A cooperação com a China trará a Moçambique os equipamentos de que necessitamos, com a vantagem de ser a preço baixo, relativamente a outros mercados", referiu. Para Wang Cheng An, chefe da delegação chinesa, os memorandos assinados demonstram o início de relações de cooperação entre os dois países nas três áreas, tidas como importantes para o desenvolvimento económico de Moçambique.
NOTÍCIAS - 08.06.2006

07-06-2006

Discordo com o Sr. Marcelino dos Santos

ADELINO BUQUE
É verdade que o G-8, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional não são amigos de Moçambique, eles representam os seus interesses que nada têm a ver com o nosso país real. Que estas instituições representam hoje aos olhos da sociedade uma nova forma de exploração também está claro, simplesmente com um detalhe: somos nós, moçambicanos de gema, que aplicamos ordeiramente
as políticas destas instituições, quer ao nível técnico quer ao nível político, lembrar que são instituições não arruaceiras e que actuam com base em acordos bilaterais ou multilaterais, provavelmente não tenhamos de recorrer a partido único para nos safarmos desta situação que é real, precisamos, sim, de ter negociadores com espírito de nacionalismo sério, precisamos de ter na frente de negociações pessoas com apurado sentido patriótico.

Por exemplo, o descalabro na área do caju não aconteceu porque o Banco Mundial fosse irredutível na política de exportação de castanha em bruto, aconteceu porque entre nós houve gente que apoiou aquelas políticas de forma incondicional! É preciso que haja coragem de assumirmos isto a bem da nossa consciência e do nosso crescimento como pessoas, um Banco Mundial não apontou arma a ninguém para aceitar as suas políticas, curiosamente o nosso país é tido como o melhor comportado!
Definitivamente a questão de sermos espezinhados nada tem a ver com estarmos todos alinhados no mesmo pensamento, para evitarmos ser espezinhados como um povo precisamos de lideranças claras, precisamos de partidos nacionalistas que se ocupam de uma agenda nacional comprometida com o desenvolvimento.
Curiosamente o velho Marcelino dos Santos, reconhecido lutador pela causa nacionalista, escolhe a parte mais difícil para a solução dos nossos problemas: O RETORNO AO SISTEMA DE PARTIDO ÚNICO. Mesmo que retomemos ao partido único, se os nossos representantes nas negociações mantiverem o espírito que têm em nada valeria esse retorno, antes pelo contrário inibiria a confrontação de ideias e o apontar dos erros.
É verdade que algo deve mudar na nossa relação com estas instituições, mas no nível a que chegámos difícil é contornar estas instituições que controlam o mundo! Difícil é passarmos ao lado das suas regras, é importante que os quadros da FRELIMO façam uma análise crítica sobre a forma como têm lidado com estas instituições e digo partido FRELIMO não por erro, partido FRELIMO porque estes dossiers todos de que nos queixamos foram negociados pela FRELIMO, partido de que sou também membro.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 07.06.2006

Doadores querem Fundo de Estradas nas Finanças

O Grupo de doadores da área de estradas em Moçambique quer ver, a médio prazo, o Fundo de Estradas a ser tutelado pelo Ministério das Finanças, por forma a que os fundos destinados ao sector sejam canalizados sob forma de apoio ao orçamento.
A posição foi manifestada ontem pelos doadores, durante a reunião entre estes e o Governo para, entre outros assuntos, analisar o Plano Financeiro para a Fase II do III Programa de Estradas. O encontro, que decorre até quinta-feira, nos Pequenos Libombos, distrito de Boane, vai também debater o funcionamento do Sistema de Administração de Estradas, bem como analisar os compromissos financeiros para 2007/2009.
`Os doadores sentem que existe um motivo forte para que, a médio prazo, o Fundo de Estradas esteja sob tutela do Ministério das Finanças, para fazer reflectir melhor a sua função´, disse a representante do Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DFID) do Reino Unido, Elizabeth Jones, falando em nome de todos os parceiros da área de estradas.
Jones sublinhou que, entretanto, os doadores acolhem com agrado a forte liderança de políticas do Governo dos últimos seis meses, afirmando esperar que a mesma continue. Embora se verifique um progresso da política até ao momento, os doadores reafirmaram estar cientes de que ainda existem muitos desafios pela fonte, tanto para eles, como para o Governo.
Entretanto, O Governo necessita, nos próximos cinco anos, de cerca de 1.14 mil milhões de dólares para a implementação do Programa Integrado do Sistema de Estradas (PRISE). O facto foi revelado pelo presidente do Conselho de Administração do Fundo de Estradas, Francisco Pereira, no início da reunião entre o Governo e os doadores do sector.
Falando à Imprensa, Pereira estimou entre 200 milhões e 220 milhões de dólares as necessidades anuais para a implementação do programa. O programa incide sobre as estradas (classificadas e não-classificadas) e pontes, capacitação institucional, desenvolvimento de recursos humanos e impacto socio-económico do próprio plano.
NOTÍCIAS - 07.06.2006

06-06-2006

China vai formar moçambicanos em restauro de monumentos

Maputo, 06 Jun (Lusa) - Técnicos moçambicanos vão receber formação no restauro e conservação de edifícios antigos na China, no âmbito de um acordo entre os Governos dos dois países, disse hoje o vice-ministro da Educação e Cultura de Moçambique, Luís Covane.
Os peritos moçambicanos a serem formados na China vão ajudar o Governo moçambicano a recuperar e conservar edifícios antigos, monumentos, documentação e material com valor histórico, afirmou Luís Covane, quando recebia da Embaixada da China em Maputo um donativo no valor de cerca de 16 mil euros para apoiar diversas instituições ligadas à cultura em Moçambique.
A maioria dos edifícios e monumentos antigos em Moçambique encontra-se em avançado estado de degradação, devido à incapacidade financeira do Estado moçambicano para as obras de restauro.
A situação mais crítica é a da Ilha de Moçambique, declarada património da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), uma vez que a maioria dos seus monumentos está em ruínas.
"Foi assinado há algum tempo com a China um acordo cuja execução prevê o desenvolvimento de acções conjuntas de preservação do património nacional, bem como a formação de técnicos moçambicanos", sublinhou Luís Covane.
PMA.

05-06-2006

BID financia electrificação rural em Cabo Delgado

O BANCO Islâmico de Desenvolvimento (BID) vai financiar a electrificação rural da zona norte da província de Cabo Delgado, no quadro de um acordo assinado nesta semana por representantes daquela instituição financeira e do Governo moçambicano.
O BID já financiou cerca de 22 projectos ligados ao desenvolvimento em Moçambique. No quadro deste acordo, assinado durante a realização da reunião anual do Grupo Banco Islâmico de Desenvolvimento, pelo Ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, e pelo presidente do grupo BID, Ahmed Muhammad Aly, aquela instituição financeira islâmica comprometeu-se a desembolsar cerca de 6,850 milhões de dinares islâmicos, equivalente a 9,760 milhões de dólares norte-americanos. Uma nota do Ministério das Finanças recebida na nossa Redacção refere que na Reunião do Anual do Grupo Banco Islâmico de Desenvolvimento Moçambique fez-se representar uma delegação chefiada pelo Ministro das Finanças, que se fazia acompanhar pelo vice-governador do Banco de Moçambique e dois quadros seniores das respectivas instituições. Durante o encontro, que decorreu entre os dias 30 e 31 de Maio no Kuwait, Chang assinou, também, o acordo de adesão à Corporação Islâmica do Financiamento do Comércio Internacional. Esta instituição tem como objectivos promover e financiar comércio, promover o desenvolvimento de financiamento comercial e melhorar as capacidades de exportação dos países-membros. Tem também como objectivo facilitar o acesso aos mercados de capital e estimular o desenvolvimento de oportunidades de investimento, conducentes ao fluxo de capital privado e público, doméstico e estrangeiro, permitindo-lhes melhorar as suas capacidades de exportação.
NOTÍCIAS - 05.06.2006

03-06-2006

Governo precisa de 1,3 mil milhões de euros para estradas

O Governo moçambicano vai reunir-se na próxima semana com os doadores para discutir o financiamento de 1,3 mil milhões de euros, destinados à construção de estradas, refere um comunicado do Ministério das Obras Públicas e Habitação.
O pacote financeiro que o Ministério das Obras Públicas e Habitação moçambicano quer acordar com os doadores internacionais, no encontro entre terça e quinta-feira próximas, na província de Maputo, destina-se à construção e reabilitação de estradas e pontes, no quadro da Segunda Fase do Terceiro Programa de Estradas.
Além da reabilitação e construção de novas vias de acesso, o programa prevê ainda a capacitação institucional e desenvolvimento de recursos humanos, refere a nota de imprensa.
A rede de estradas moçambicana ficou seriamente danificada na sequência da guerra civil de 16 anos, que terminou com o Acordo Geral de Paz de 1992.
Desde ai, muitas vias foram reabilitadas, maioritariamente com fundos da comunidade internacional, mas os problemas de comunicação terrestre persistem, por ainda serem muitas as estradas por reabilitar ou construir.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 02.06.2006

IFC apoia BDC

A Corporação Financeira Internacional (IFC), braço financeiro do grupo do Banco Mundial(BM) e o Banco de Desenvolvimemto e Comércio (BDC), assinaram ontem um acordo de financiamento das Operações de Importações e Exportações. Trata-se do primeiro banco emissor em Moçambique a fazer parte dos programas de financiamento das Operações de Importações e Expotações do IFC..
O programa de financiamento está orçado em 500 milhões de dólares norte-americanos e tem em vista a apoiar as Operações de Exporações e de Importações de mercados emergentes em todo mundo, através do apoio ao fluxo de mercadorias e serviços nos países em desenvolvimento.
Richard Ranken, Director da IFC para o Departamento para África sub-Saariana adiantou que "o apoio ajudará o BDC a satisfazer as necessidades financeiras dos seus clientes corporativos, como também de seus clientes médios e pequenos", tendo considerado a iniciativa como um "mecanismo vital para o crescimento económico em Moçambique".
O representante do IFC salientou ainda que a estratégia do IFC para Moçambique, "centra-se em três pilares de extrema importância,respecticvamente, no apoio financeiro as pequenas e médias empresas; assistência técnica e financiamemnto aos grandes projectos; e o Aumento da participação da IFC no melhoramento do clima de investimentos e, indirectamente contribuirá para a criação de novos postos de emprego para as populações e no desenvolvimento da economia do País".
Por seu turno, Hermenegildo Gamito, Presidente do Conselho de Administração(PCA) do BDC disse orgulhosamente que "a nossa participação no Programa de Operações de Importações e Exportações irá contribuir para fortalecer a nossa capacidade para o crescimento e expansão de negócios com o estrangeiro".
Elísio. M. - VERTICAL - 01.06.2006

02-06-2006

Navegador sul-africano distribui 300 redes contra malária

A expedição contra a malária do navegador sul-africano Kingsley Holgate ofereceu hoje, nos arredores de Maputo, 300 redes mosquiteiras com insecticida contra a malária, a doença que mais mata em Moçambique.
Holgate doou as redes a moradores do bairro da Machava, reunidos no Hospital Geral da Machava, num acto que contou com a presença do director da Agência dos Estados Unidos de Ajuda ao Desenvolvimento (USAID), Jay Knott, que apoiou a iniciativa.
A distribuição de redes mosquiteiras com insecticidas assinalou a última etapa da expedição que o explorador sul-africano iniciou a 03 de Junho de 2005.
Ao longo da sua aventura humanitária, cujo trajecto incluiu a costa oriental de África, nomeadamente, Tanzânia, Moçambique e Quénia, Kingsley Holgate distribuiu mais de quatro mil redes mosquiteiras e duas toneladas de anti-palúdicos, refere um comunicado de imprensa da USAID.
Além de medicamentos contra a malária e redes mosquiteiras que ofereceu às comunidades dos locais por onde passou, Kingsley Holgate disseminou mensagens sobre formas de prevenção contra a malária.
A malária é uma das principais causas de mortalidade em Moçambique, sendo também responsável por uma alta taxa de absentismo escolar e laboral.
Os EUA doaram cerca de 844 milhões de euros ao Fundo Global Contra a Malária, desde Janeiro de 2005 e prometem entregar perto de 1,7 milhões de euros até 2008 para a mesma campanha.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 01.06.2006

01-06-2006

HOMENS DE NEGÓCIOS EM MAPUTO

Frenesim empresarial
A capital moçambicana está a conhecer nos dias que correm um frenesim descomunal, caracterizado por intensos contactos de homens de negócios nacionais e estrangeiros, não obstante os envolvidos estarem praticamente a homenagear a máxima segundo a qual “o segredo é a alma do negócio”: praticamente ninguém quer falar do que se passa, de facto.
Soubemos, por exemplo, que o presidente do Banco Efisa, Abdool Vali, e o seu administrador, Mohamed Iquebal, movimentaram-se em Maputo entre sábado e noite desta quarta-feira, com vários objectivos em carteira.
Ao que o Correio da manhã apurou, seria parte dos propósitos destes dois homens adquirir algumas acções no ABC Leasing (ex-ULC Moçambique) e reforçar a presença do Banco Efisa no Banco de Desenvolvimento e Comércio (BDC) de Moçambique.
Vítor Viseu, de ABC Leasing, confirmou-nos uma “visita de cortesia de cinco minutos” destes dois homens ao seu escritório, esta semana, por existir entre ele e Iquebal “velhos laços de amizade, mas nada de negócios”, conforme argumentou.
“Existe a possibilidade de buscarmos parceiros, mas para já não há nada. Em cinco minutos não se trata de negócio nenhum”, considerou Viseu.
“Sei que estão cá, mas não do que andam a fazer”, assim reagiu Hermenegildo Gamito, PCA do BDC e na esfera política deputado da Assembleia da República pelo grupo parlamentar da FRELIMO.
Jorge Ferro Ribeiro, da Geocapital (Cm nº 2234, págs. 1 e 2), foi igualmente visto a circular em Maputo acompanhado de empresários chineses e do empresário Prakash Ratilal, todos eles com interesses em Moçambique.
Falando para o Correio da manhã, o coronel Sérgio Vieira, destacado político e homem de negócios em franca afirmação e gestor-mor do GPZ, confirmou a presença de Ribeiro e dos asiáticos. “Sim está cá o Ribeiro e estamos a trabalhar com os chineses”, disse, na curta declaração a este diário.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 01.06.2006

Moçambique quer reforço de relações com a China

AO ESTILO DOS VELHOS E DUROS TEMPOS DA LUTA CONTRA O COLONIALISMO
Moçambique quer que as relações económicas com a China não signifiquem um regresso à “exploração colonial de recursos naturais”, mas que sejam baseadas na "solidariedade e amizade das horas duras” da guerrilha contra a administração portuguesa.
O desejo foi formulado esta quarta-feira durante a apresentação das potencialidades do Vale do Zambeze a uma missão empresarial chinesa, que integra importantes empresas do gigante asiático, com vista ao investimento na região com a maior margem de desenvolvimento em Moçambique.
“Buscamos uma relação mutuamente vantajosa, em que os vossos interesses e meios, combinando-se aos nossos interesses e recursos, garantem um resultado económica e financeiramente vantajoso e equilibrado para ambas as partes”, expressou, no início dos trabalhos, o responsável pelo Gabinete do Plano do Zambeze (GPZ), Sérgio Vieira.
“Não desejamos, nem a China assim jamais o preconizou, um retorno à exploração colonial desenfreada de recursos naturais, em que os nativos nada ganham e os estrangeiros tudo retiram.
Sabemos que desejam como nós que valores acrescentados se façam em Moçambique”, prosseguiu.
“De há muito e das horas duras da guerra de libertação descobrimos a solidariedade e amizade chinesa e hoje a sua decisão de em pé de igualdade se relacionar connosco em vantagem mútua é fundamental”, acrescentou Vieira, um dirigente histórico da FRELIMO, o partido no poder desde a independência, em 1975.
Áreas específicas
Os ramos dos transportes, comunicações, recursos minerais e energia são dos que mais interessam aos chineses, que, durante o dia de ontem, deles se inteiraram, através de visitas a algumas sedes de empresas e/ou instituições dessas áreas e contactos com membros do Governo de Moçambique.
Outro objectivo é o do investimento no Vale do Zambeze, uma região no Centro de Moçambique com cerca de 225 mil quilómetros quadrados, mais do dobro da área de Portugal, onde se inclui a barragem de Cahora Bassa e com possibilidade para serem ali criadas mil hídricas para energia e irrigação.
A região é igualmente rica em recursos minerais, como o carvão de Moatize, explorado pelos brasileiros da Vale do Rio Doce, e detém 60 porcento das espécies florestais de alto valor económico.
A missão chinesa encontra-se em Moçambique desde terça-feira e é chefiada por Wang Cheng An, secretário-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, sedeado em Macau.
Da missão fazem parte as empresas Zhen Hua Harbour, Eximbank, China National Construction and Agricutural Machinery Import & Export Co, China Minmetals Co, China International Engineering & Materials Co, China Chem e China Harbour. A delegação deslocou-se a Moçambique por iniciativa da empresa ZAMCORP, criada em Abril em Maputo, com capitais moçambicanos, macaenses e portugueses, destinada à captação preferencial de investimentos chineses para o Vale do Zambeze.
A ZAMCORP, com sede em Tete, Centro de Moçambique, foi constituída com um capital de meio milhão de dólares, detido em 55 porcento pela Sogir, uma empresa pública de Moçambique, associada ao Gabinete do Plano do Zambeze.
O restante capital da ZAMCORP foi subscrito em 35 porcento pela Geocapital, dos empresários Stanley Ho, de Macau, e Jorge Ferro Ribeiro, de Portugal, e em 10 porcento pela MOZACAPITAL, detida em maioria por um grupo de investidores privados moçambicanos.
Desde o último ano que a MOZACAPITAL, que pretende criar um banco de desenvolvimento para a região, passou a contar com a participaçãode Stanley Ho.
Mais recentemente, o Exibank anunciou o financiamento em cerca de dois mil milhões de euros das barragens de Mpanda Ncua, no Zambeze, a sul da de Cahora Bassa, de Bué Maria, na província de Sofala, e de Moamba Major, junto da capital, Maputo.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) 01.06.2006

Chineses exploram negócios no país

UMA missão empresarial chinesa encontra-se de visita a Moçambique, com o objectivo de identificar oportunidades de negócios em diversas áreas, com destaque para a mineração, agricultura, construção de infra-estruturas e petróleo.
Ontem, a comitiva manteve um encontro de negócios com o Gabinete do Plano de Desenvolvimento da Região do Zambeze (GPZ), na presença de representantes do Centro de Promoção de Investimentos. Falando ao "Notícias", o director-geral do GPZ, Sérgio Vieira, explicou que a missão aparece na sequência da visita do presidente do Eximbank da China, Li Ruogo, durante a qual foi assinado com o Governo moçambicano um memorando de entendimento para a disponibilização de 2.3 biliões de dólares para a construção das barragens de Mepanda Uncua e Moamba Major, para produção de electricidade e abastecimento de água à cidade de Maputo, respectivamente.
Integram a comitiva chinesa empresas cujos rendimentos anuais ascendem os 20 biliões de dólares e que dispõem também de conhecimento que pode ser aproveitado em Moçambique. No final da visita será assinado um memorando de entendimento, abrindo portas para prováveis investimentos.
NOTÍCIAS - 01.06.2006

31-05-2006

Deputados da AR esta semana na China

PARLAMENTARES integrados na Comissão das Relações Internacionais, iniciam esta semana uma visita de trabalho à República Popular da China, destinada a troca de experiências, prevendo-se igualmente a assinatura de acordos de cooperação nas áreas de capacitação institucional, formação e assistência técnica.
Fonte da AR disse ao nosso Jornal que a deslocação insere-se no quadro da cooperação existente entre o Parlamento moçambicano e a Assembleia Popular da China, e durante a visita, os parlamentares irão inteirar-se do funcionamento da assembleia chinesa, em geral, e da comissão de relações internacionais, em particular, assim como se deslocarão a lugares de interesse político e histórico daquele país asiático. Vão, igualmente, dar a conhecer aspectos ligados ao funcionamento do Parlamento nacional, na sua condição de mais alto órgão legislador. A República Popular da China foi o principal financiador e empreiteiro das novas instalações da Assembleia da República, erguidas em 2000. A delegação moçambicana é constituída pelos deputados Leopoldo Ernesto (presidente da Comissão); Carlos Silia (relator), Rosa Maiopué, António Niquisse, Joana Vasco, Lurdes Daniel, António Namburete e Maria Inês. Enquanto isso, A Assembleia da República promove, a partir de quinta-feira e durante dois dias na Cidade da Beira, em Sofala, mesas redondas subordinadas ao tema "Políticas de Protecção de Crianças Órfãs de Pais Vítimas do HIV/SIDA", cujo objectivo é sensibilizar a sociedade civil a prestar o apoio necessário à reinserção social desta camada. O programa, inserido nas celebrações do Dia Internacional da Criança, é realizado conjuntamente pela Assembleia da República e a Save the Children, contando com a presença de representantes do Governo provincial de Sofala, Município da Beira, Associação dos Parlamentares Europeus para África (AWEPA), UNICEF, jovens do Parlamento Infantil e de alguns projectos sociais da capital provincial de Sofala. Para além de sensibilizar a sociedade civil a aderir a projectos de apoio à criança vulnerável, visa ainda sensibilizar as crianças, principalmente as órfãs e vulneráveis, sobre os efeitos do HIV/SIDA; sensibilizar a sociedade civil sobre os direitos da criança no que concerne à protecção social; reflectir com organizações de apoio à criança sobre a política social da mesma; divulgar o plano social sobre as crianças órfãs e vulneráveis; divulgar e fazer seguimento das recomendações saídas do Seminário da CPLP realizado recentemente em Maputo.
NOTÍCIAS - 31.05.2006

Doadores tiram mais de um milhão de euros na ajuda aos refugiados

A comunidade internacional reduziu em mais de um milhão de euros a ajuda aos 4.300 refugiados albergados no centro de Marretane (norte de Moçambique), nos últimos dois anos, afirmou hoje fonte governamental moçambicana.
O chefe de projectos do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados (INAR) de Moçambique, Damasco Mathe, disse à Agência Lusa que os doadores internacionais reduziram o seu auxílio de cerca de três milhões de euros em 2004 para pouco mais de um milhão de euros, no ano passado.
"A comunidade internacional está a cansar-se do problema dos refugiados e, anualmente, temos assistido a muitos cortes em ajudas", acusou Damasco Mathe.
Aquele responsável pelo INAR referiu que a decisão já ditou a redução de pessoal de apoio da sua instituição, devido à falta de verbas, resultando igualmente no corte de despesas não alimentares.
"Neste momento, há défice nos produtos não alimentares mais importantes para as pessoas, e deparamo-nos com o problema de mantas para distribuir aos refugiados neste Inverno", sublinhou.
O centro de Marretane, aberto há mais de três anos na província de Nampula, alberga 4.300 refugiados provenientes da região dos Grandes Lagos, na sua maioria da República Democrática de Congo, Burundi e Ruanda.
No ano passado, o Governo moçambicano disponibilizou mais de 320 mil euros para a apoiar o Instituto, mas "as dificuldades financeiras do Estado moçambicano já impediram a abertura de delegações do INAR em Tete (centro) e Cabo Delgado" (norte), frisou Mathe.
Dados actualizados em Abril último indicam que Moçambique alberga actualmente 4.600 refugiados, a maioria dos quais residente na cidade de Maputo, onde desenvolvem actividades de rendimento.
No ano transacto, o Governo moçambicano iniciou o processo de distribuição de cartão de identificação de refugiados, nomeadamente aos residentes em Nampula, visando criar uma base de dados do grupo.
Mas o processo "emperrou devido a questões burocráticas", frisou Mathe.
Recentemente, as autoridades moçambicanas, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e o Governo do Ruanda rubricaram um acordo que ditará o repatriamento, em breve, dos cerca de 900 refugiados daquele país.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 30.05.2006

24-05-2006

Ministra Justiça assina memorando em Lisboa e aprofunda cooperação

A ministra da Justiça de Moçambique, Esperança Machavela, terminou hoje uma visita oficial a Portugal em que assinou um memorando que aprofunda a cooperação bilateral desenvolvida pelos dois países na Administração Judiciária.
No quadro das relações de cooperação entre Portugal e Moçambique na área da Justiça "resultou a convicção de que é possível e desejável aprofundar a cooperação bilateral que tem vindo a ser desenvolvida entre as instituições ligada à Administração da Justiça dos dois países", refere o Memorando enviado à Agência Lusa.
Segundo o documento, assinado na terça-feira à noite, no próximo triénio a cooperação bilateral entre Portugal e Moçambique dará uma "atenção particular" às reformas legislativas, à formação de quadros, Serviços Prisionais, Administração da Justiça, Registos e Notariado, Documentação jurídica e utilização de novas tecnologias e edições jurídicas.
Nas reformas legislativas, Portugal compromete-se a dar "todo o apoio e cooperação para avaliar a possibilidade de aplicação do conceito Empresa na Hora em Moçambique", segundo o documento.
Em relação à formação de quadros, o Ministério da Justiça português vai dar apoio ao Centro de Formação Jurídica e Judiciária moçambicano "nos domínios dos Registos e Notariado, Administração Penitenciária, Direitos Humanos e em técnicas de investigação criminal destinado a magistrados do Ministério Público", sublinha o documento.
De acordo com o memorando, os "dois ministros acordaram ainda explorar as potencialidades oferecidas pelas novas tecnologias no domínio do ensino à distância".
Durante a visita a Portugal, a ministra moçambicana convidou o seu homólogo português, Alberto Costa, a deslocar-se a Moçambique.
Segundo o Ministério da Justiça, a viagem deverá realizar-se até ao final do ano.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 24.05.2006

23-05-2006

Ilha de Moçambique propõe geminação em Lagos

Hpim0448a
A Ilha de Moçambique quer reforçar os laços de geminação com cidades portuguesas, juntando Lagos, às cidades de Évora e Coimbra. Abdul Rahimo Satar, vereador do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique, está em Portugal para restabelecer os contactos com os citados municípios e angariar mais apoios para os programas de recuperação do património da ilha.

Rahimo cita o exemplo da geminação da Ilha de Moçambique com a cidade de Bergen, na Noruega, que se traduziu por um financiamento de 700 mil dólares (583 mil euros) para a recuperação de duas casas na histórica Rua dos Arcos: «o primeiro piso da Casa Girassol vai ser a sede da Assembleia Municipal e, em baixo, vai dispor de lojas para gerar algum rendimento. A outra casa está a ser recuperada para alojar altas individualidades».
Veja em:
Download ilha_de_moambique_prope_geminao_em_lagos.doc
AFRICA EXPRESSO - 23.05.2006
Nota: Foto do arquivo do MOÇAMBIQUE PARA TODOS

Ministra da Justiça moçambicana visita prisão portuguesa

A ministra da Justiça moçambicana, Esperança Machavela, visitou ontem o Estabelecimento Prisional da Cargueira, no concelho de Sintra, considerado pelo seu homólogo português, Alberto Costa, como a «prisão que se pode apresentar aos visitantes».
«É realmente uma prisão que nós podemos apresentar aos nossos visitantes», afirmou o ministro português, também presente, sublinhando que o Estabelecimento Prisional da Cargueira mostra que o sistema prisional português não tem só deficiências, limitações e carências.
Segundo o ministro português, a prisão da Cargueira mostra o que o sistema prisional de Portugal «apresenta de mais moderno».
A ministra da Justiça moçambicana considerou, por seu lado, que este «é um estabelecimento avançado com alto grau de organização» e que deve ser um exemplo para Moçambique.
«Vim cá para perceber como os nossos formandos são formados em Portugal, qual o ambiente e ter um ponto de referência», afirmou a ministra, que assina terça-feira, último dia de visita a Portugal, um Memorando sobre o próximo pacote de cooperação e novos campos de cooperação no Ministério da Justiça, em Lisboa.
Esperança Machavela, que iniciou ontem a visita com uma deslocação ao Centro de Estudos Judiciários, deverá realizar hoje deslocações à Procuradoria-Geral da República, Ordem dos Advogados e ao Supremo Tribunal de Justiça.
O Estabelecimento Prisional da Cargueira, situado no concelho de Sintra, era o antigo Regimento de Infantaria nº1, antigas instalações do Estabelecimento Prisional militar, que nunca chegou a funcionar.
Actualmente estão naquele estabelecimento 610 presos, 38 dos quais em regime aberto, condenados por crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual, património, roubo, falsificação, homicídio, sequestro, ofensas à integridade física, associação criminosa e condução de veículos sem habilitação legal.
Existem 121 presos de Países de Africanos de Língua Oficial Portuguesa - 55 de Angola, 10 de Moçambique, 34 de Cabo Verde, 13 de São Tomé e Príncipe e 09 da Guiné-Bissau.
EXPRESSO AFRICA - 23.05.2006

21-05-2006

A GLOBALIZAÇÃO

Érico Manjate
ericomanjate@yahoo.com.br
A GLOBALIZAÇÃO
Parece-me que para eles é prudente que não há capacidade africana para andar-se pelos próprios pés, sendo bom que África continue dependente, a todos níveis, pois poderão apresentar-se sempre como os salvadores e não os reais exploradores de um continente (in)capaz de andar por si próprio, sem as constantes ingerências externas que mais tiram que deixam com suas pseudo ajudas.
Olhando para a realidade Africana, no contexto da globalização, temos de ter em conta o facto dela valorizar a adaptabilidade e a rápida capacidade de resposta, pois o mercado "globalizante" é mais competitivo e sofre mudanças mais rápidas do que os mercados nacionais, ficando claro que somente aquela "micro-milionésima" fracção dos seus afro-afectados que conseguirem adaptar-se por meio de recursos flexíveis como terra, educação, poupanças, etc. É que ganharão com a globalização; e, que a "macro- maioria" dos seus afectados e que "sub-sobrevivem" em locais em que os meios de vida já são precários, possuindo pouca formação para que se adaptem a estas dinâmicas, ficarão ainda mais vulnerabilizados e indigentes, porque somente são prioridade a nível dos discursos académicos e políticos, pois na pratica este modelo de relacionamento proposto pela globalização, beneficia claramente os primeiros e a maioria Africana, Asiática e da América latina que se dane (como sempre).
Outro problema, deriva de conscientemente ignorar-se que esta potencial assimetria será incrementada pela globalização derivada da sua capacidade para beneficiar o capital social e humano, pois nela, as populações mais carentes dos países sub- desenvolvidos serão novamente marginalizadas à medida que os segmentos sociais privilegiados do ocidente e as pequenas elites nacionais beneficiem-se do maior acesso a informação, formação e serviços, incrementando a inaptidão de uns de sobreviver e incrementando as aptidões dos outros de parasitar, pois, possuirão capital, conhecimento e uma legislação gerada da dependência de seu lado.
Assentes na académica premissa, que sustenta que, se as ideias e informações forem compartilhadas, os diferentes membros de uma sociedade tendem a organizar-se melhor para acessar, usar e repartir equitativamente os recursos de modo a proporcionar mudanças positivas nas suas vidas, pois estes factos a longo prazo, aumentam o seu capital social e humano, temos assistido a proliferação de projectos que tem este axioma na capa dos seus objectivos, e que tomam como cavalo de batalha para angariar Euros que eles garantirão que as vozes dos pobres serão fortalecidas pelo seu trabalho pois, após o seu trabalho, estas camadas desfavorecidas terão adquirido níveis de organização e conhecimento que os ajudem a influenciar os tomadores de decisões e a organizarem o seu desenvolvimento a nível local.
Isto é a mais pura mentira.
Pois, estes projectos, muitas vezes concebidos de modo totalmente laboratorial (ignorando as especificidades locais e sem estudos prévios fiáveis) e por interesses financeiros pessoais de quem pede e de quem dá o dinheiro, acabam somente distraindo- nos pelos quiméricos números de pessoas e grupos organizados (não poucas vezes forjados e que vão se acastelando até chegarem aos milhões lidos em Washington), perdendo-nos de vista o facto de que as populações menos privilegiadas, visíveis e locais nas comunidades ficaram em situação mais crítica porque os recursos acabaram nas mãos de uma milionésima fracção de membros desses grupos, (as pequenas elites locais) e que os mais pobres dos pobres, aqueles que não dispõem de capital social, económico ou académico não beneficiaram-se do projecto e cerca de 80% dos recursos investidos e 60% dos recursos locais já se encontram em bancos do ocidente em nome dos nacionais e estrangeiros que vinham de modo "desinteressado" ajudar.
O lado negro da globalização é catalizado pelo facto de o seu sistema, se pelo menos não toma-se em conta as nossas vantagens comparativas, de modo a enquadrá-las decentemente no xadrez de seus processos, de forma a que pudéssemos ter uma mais valia, que não se assentasse num orquestrado modelo que acentua nossas fragilidades de modo a agravar a nossa situação, (veja a invenção dos selos - verde por exemplo- com padrões claramente fora do alcance de alguns e a chacina dos subsídios a agricultura lá), e se nos rebelamos e não alinhamos nos esquemas que nos são impostos os pretextos de falta de democracia, falta de transparência, a corrupção nas muitas vezes eles participam (e também em seus países), beneficiam e fomentam vem ao de cima e para rachar a lenha, o abandono e/ou sanções são a esquina imediata.
E é melhor efectivamente que não tenhas recursos, é melhor que aceites a injustiça, pois se os olhos do Tio Sam são postos em algo teu, ou tu te rebelas porque hoje eles literalmente mandaram passear um acordo rubricado consigo, a ONU que os siga para te tirarem as galinhas dos ovos de ouro, e nem podes reclamar. Quem duvida pense no Iraque, Zimbabwe e nas petrolíferas da Nigéria.
Temos também de ser atentos ao facto da abertura dos mercados ser unilateral, pois na prática não sei se com a tal globalização, ficará mais fácil para os empresários de sucesso e com espírito empreendedor e criativo, (Moçambicanos por exemplo) levarem o seu camarão e/ou madeira para os mercados da comercialmente "liberal" União Europeia, e/ou EUA, (principalmente se eles tiverem capacidade de o produzir, com qualidade mas a preço exorbitante, vejamos que a pouco tempo Bush "foi aos arames" porque a China exporta para os EUA mais do que importa, não porque fuja ao fisco) e, não sei se a Mozal, Gaz de Pande, HCB, as petrolíferas em Angola, Nigéria estão a beneficiar ao Africano comum, ou se a extensão dos benefícios destes projectos não se resumem as Sommershield, Museu e Polana Cimento, espalhados por estes países, astros de residência das elites, o que leva-me a questionar se está existindo uma abertura de todos mercados, para todos, pois creio estar claro para todos que surgiriam mais oportunidades se a globalização estimulasse um crescimento na demanda mundial por diversos produtos e de diversas origens, potenciando competitivamente e de modo eficiente os mais frágeis, mas, ao invés disso o mercado dos países sub-desenvolvidos é que esta sendo usurpado pelos que estão ficando sem mercado nos países desenvolvidos, servindo a globalização simplesmente para resolver a falta de mercado do ocidente e dos seus produtos, que mais uma vez vem a África para resolver os seus problemas sem se importar com as consequências daqueles a quem chama parceiros de cooperação mas que na prática são marionetes das suas jogatinas. Isso dói.
VERTICAL 17.05.2006

INVESTIMENTO DIRECTO ESTRANGEIRO EM MOÇAMBIQUE:

Reino Unido derruba RAS
O Reino Unido acaba de derrubar a República da África do Sul(RAS) da liderança do investimento directo estrangeiro em Moçambique, posição que o vizinho gigante da região vinha ocupando já há alguns anos. Nos primeiros seis meses de 2005, o investimento Britânico directo totalizou cerca de "24.4 milhões de dólares norte- americanos, deixando a RAS na segunda posição com um investimento de um pouco mais de 16.4 milhões de dólares norte- americanos, indicam dados facultados pelo Centro de promoção de Investimentos(CPI).
Por outro lado, Portugal, que no mesmo período do ano passado situou-se em sétimo lugar, conseguiu a terceira posição no primeiro semestre do ano em curso com um investimento directo de cerca de 6.5 milhões de dólares norte-americanos, sendo a quinta posição ocupada pelo vizinho Zimbabwe e as Ilhas Maurícias com 5.0 milhões e 2.0 milhões de dólares norte-americanos, respectivamente.
Outras fontes de investimento directo extrangeiro foram os Estados Unidos da América(EUA), Austrália, Suécia, Holanda, Bélgica, Líbano, Malawi, Ruanda, Nova Zelândia, Brazil, Uganda e China.
Em termos do total de investimento aprovado durante a primeira metade de 2005, foi aprovado um total de 63 projectos avaliados em USD 149,207.358.00 contra os USD 145,355,345.00, correspondentes a 62 projectos, aprovados no igual período do ano passado.
Conforme o CPI, "os 63 projectos foram em áreas tais como: agricultura e agro- indústria, aquacultura e pescas, banca e seguros, construção e obras públicas, recursos minerais, transportes e comunicações, turismo e hotelaria e que possuem um potencial para a geração de um total de 5.000 postos de trabalho".
De acordo com o CPI, "o sector de turismo e hotelaria lidera o ranking com um volume de investimento aprovado na ordem dos USD 77,271,519.00, seguido pelo sector da agriculture e agro-indústria com USD34,285,833.00.
Na quarta posição estão os sectores dos transportes e comunicações - USD 4,937,549.00, e construção e obras públicas, USD 4,524,761.00.
Em termos de províncias, Gaza lidera com USD 81 milhões (54% do total do investimento aprovado), sendo o segundo e terceiro lugares ocupados pela Província de Maputo (incluindo Maputo Cidade), e Sofala com USD 28,141,152.00; USD 11,974,126.00, respectivamente e Nampula situou-se em quarto lugar com USD 7,507,465.00.
´VERTICAL - 16.05.2006

18-05-2006

ONG's devem respeitar prioridades nacionais - Ministra Alcinda de Abreu

Alcinda_abreu_gd1
AS actividades das organizações não-governamentais (ONG's) estrangeiras devem ser desempenhadas em respeito às prioridades nacionais, sobretudo no desenvolvimento rural e periurbano, em estreita coordenação com as congéneres nacionais, de modo a que o trabalho realizado seja sustentável, segundo apelou ontem a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda António de Abreu. Ela falava em Maputo, na abertura da reunião nacional com os parceiros de cooperação, nomeadamente ONG's estrangeiras em Moçambique, um encontro que hoje termina.
Com mais de duas centenas de participantes vindos de todo o país, o encontro tem em vista fazer o balanço das actividades daquelas instituições no país, por forma a que o Governo saiba incluir as suas acções nos planos de desenvolvimento por si desenhados. Segundo a ministra, as ONG’s devem apoiar as comunidades locais na utilização sustentável dos seus recursos, quer sejam humanos, naturais ou materiais, bem como na criação de mais oportunidades para o desenvolvimento do empresariado local. De igual modo, destacou que é preciso promover uma maior participação da comunidade no desenvolvimento local e um maior envolvimento da sociedade civil nos processos de tomada de decisão. A ministra disse acreditar que as actividades daquelas instituições são positivas. "Esta participação activa não é somente em resposta a uma sociedade civil global, cada vez mais activa nos respectivos países de origem. Ela reflecte, igualmente, o reconhecimento do Governo de Moçambique da necessidade de criação de espaços de interacção entre as forças da sociedade civil moçambicana e as suas preocupações, sensibilidades, aspirações e experiências", disse.
Reiterou o reconhecimento do papel relevante que as ONG's desempenham em Moçambique, constituindo um segmento importante da cooperação internacional. Entre outras linhas de acção em que são visíveis os ganhos como fruto da cooperação, apontou a promoção da paz, o desenvolvimento socioeconómico, a luta pela igualdade de género, a prevenção de doenças tais como a malária, tuberculose, HIV/SIDA, a prevenção e mitigação de desastres naturais. No final do encontro, o Governo espera reunir dados que permitam sistematizar a vasta memória institucional e experiência que as ONG's têm acumulado ao longo de vários anos de trabalho, sobretudo fazer um levantamento das melhores práticas que serão usadas na definição de estratégias com vista a uma maior coordenação da intervenção das mesmas instituições no âmbito das prioridades nacionais de luta contra a pobreza. "É importante também que no final dos nossos debates tenhamos definido mecanismos para uma mais concreta inclusão da acção das vossas organizações nos planos do Governo, incluindo mecanismos de avaliação e monitorização periódica dos resultados alcançados", augurou.
Ontem, primeiro dia do encontro, foram projectados resumos das actividades das ONG's de cada província. Os mesmos indicam que graças às actividades levadas a cabo, a situação das comunidades tem melhorado substancialmente nos últimos anos. Nota-se uma tendência de preferência pelo trabalho a nível local e não nos países vizinhos, como vinha sendo prática comum nas décadas passadas. Porém, os representantes das ONG's queixaram-se da falta de vias de acesso em boas condições, fora das localidades, que facilitariam o contacto com as populações das zonas mais recônditas do país. Ademais, acham que continua a existir muita burocracia nas instituições públicas, com particular destaque para as Alfândegas de Moçambique.
JORNAL DE NOTÍCIAS - 18.05.2006

Centro de Promoção prevê atrair investimentos acima 600 milhões de euros

O Centro de Promoção de Investimento (CPI) de Moçambique prevê atrair investimentos acima dos 600 milhões de euros este ano, depois de ter aprovado propostas avaliadas em 125 milhões de euros no primeiro trimestre, segundo estimativas hoje divulgadas.
As estimativas foram apresentadas pelo director do CPI, António Macamo, durante a conferência de negócio e investimentos, que decorreu em Maputo, na qual participaram mais de uma centena de empresários de Moçambique, África de Sul e Suazilândia.
O encontro tinha por objectivo a apresentação de oportunidades de investimento no país, sobretudo no âmbito da parceria com a África do Sul, o principal investidor externo em Moçambique.
Segundo Macamo, desde o início do ano, O CPI aprovou propostas avaliadas em 125 milhões de euros, sobretudo das áreas de turismo e agro-indústria, destacou.
"O objectivo é atrair maior número de investidores estrangeiros", disse António Macamo, adiantando que "a reacção [dos investidores] foi positiva".
"Temos uma previsão de investimentos muito animadoras, comparativamente ao ano passado", sublinhou.
Em 2005, o CPI aprovou propostas de investimento avaliadas em cerca de 119 milhões de euros, que traduzem um aumento em cerca de quatro milhões de euros relativamente a 2004.
No primeiro semestre de 2005, o turismo moçambicano registou uma subida de 46,5 por cento no investimento, recebendo projectos orçados em cerca de 16 milhões de euros.
Dados do CPI indicam que "há uma grande apetência dos investidores pelo sector do turismo, já que nesta área houve 16 projectos de investimento avaliados em 16 milhões de euros".
A agricultura e a agro-indústria receberam 12 projectos de investimento estimados em 20 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2005, contra 55 milhões de euros investidos no período homólogo de 2004.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 17.05.2006

Ministra da Justiça em Portugal para debater pacote de cooperação

A ministra moçambicana da Justiça, Esperança Machavela, estará em Portugal, entre segunda e quarta-feira próximas, para a discussão do "próximo pacote de cooperação", indicou hoje o Ministério da Justiça de Moçambique.
Um comunicado do Ministério da Justiça de Moçambique refere que Machavela, antiga embaixadora de Maputo em Portugal, vai também identificar com as autoridades portuguesas "novos campos de cooperação" no sector da justiça.
Actualmente, Portugal e Moçambique cooperam na formação de quadros dos registos e notariados, bem como de magistrados.
Antes de visitar Portugal, Esperança Machavela desloca-se a Angola, entre quinta e sábado próximos, para assinar o Acordo sobre a Assistência Judiciária Mútua em Matéria Penal e o Protocolo de Cooperação entre o Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Moçambique (CFJJ) e o Instituto Nacional de Estudos Judiciários de Angola.
Na visita a Angola e Portugal, a ministra moçambicana da Justiça é acompanhada por três directores nacionais daquele ministério e por um secretário executivo do mesmo pelouro.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 17.05.2006

16-05-2006

ILHA DE MOÇAMBIQUE: FINALMENTE, NA ROTA DA SUA VOCAÇÃO TURÍSTICA !

Vasco Fenita
Desta vez parece que será mesmo de vez.
Ao contrário do que sucedeu no passado, com organizações que se proclamavam predispostas a desencalhar a Ilha de Moçambique do profundo marasmo em que, penosamente, se encontra mergulhado. E que, afinal, não eram senão meros simulacros.
Aliás, por inerência das funções que exercia, na altura , eu mesmo fui compelido a assumir o cargo de presidente do Conselho Fiscal da primeira dessas instituições, a Associação dos Amigos da Ilha de Moçambique. De que, entretanto, me viria a resignar (lógicamente), pouco depois, quando me apercebi que, afinal, não passava de uma instituição fantoche e que nós, os membros dos diversos órgãos constituintes éramos, reflexamente, uns simples títeres. Porque da profusão dos donativos provenientes, principalmente, do exterior do país, apenas uma parte insignificante era drenada para a nossa gestão, na Ilha de Moçambique (destinatária legítima). A “parte de leão” era extraviada, sem qualquer explicação plausível, algures na capital do país.
À Associação dos Amigos da Ilha de Moçambique, sucederam-se muitas outras agremiações congéneres, aparentemente imbuídas do mesmo espírito solidário (ou “altruísta”), que, naturalmente, acabaram, também, por soçobrar acossadas pelas mesmas deformidades.
Porém, as notícias chegadas, há dias de Lisboa, revestem-se de perspectivas bastante animadoras porquanto dão-nos conta de foi constituída uma parceria bastante consistente para resgatar a histórica cidade, constituída por representantes de Portugal, Moçambique, Suiça, Banco Africano e UNESCO, Os quais voltarão ainda a encontrar-se no final deste ano, já em território moçambicano (previsivelmente, na própria Ilha de Moçambique), com a finalidade de definir o plano estratégico destinado a pôr cobro à totalidade dos problemas que inibem a vetusta cidade de se adequar ao estatuto de Património Cultural da Humanidade, que lhe foi outorgado, em 1991, pela UNESCO.
A reunião da capital portuguesa, a que esteve presente o nosso ministro da Educação e Cultura, Aires
Aly, pressupõe, pois, que tudo se conjuga para que, desta feita, a Ilha de Moçambique seja contemplada com um manancial de requisitos que, finalmente, viabilizarão a assunção plena da sua vocação intrínseca para o turismo industrial.
Entretanto, está prevista para Agosto próximo a conclusão das obras de reabilitação da ponte longelínea
(de 3.800 metros) que estabelece o hífen entre a Ilha de Moçambique e o continente fronteiriço (Lumbo). Foram já substituídos cerca de 200 pilares dos 500 que se encontravam em avançado estado de degradação.
Observe-se que, inaugurada em 1967, aquela ponte nunca beneficiou do processo de manutenção recomendado pelo respectivo engenheiro, de nacionalidade portuguesa, Edgar Cardoso, aquando da sua deslocação a Moçambique, a convite de Samora Machel.
WAMPHULA FAX – 16.05.2006

15-05-2006

Cinco médicos chineses e indianos expulsos

Por «arrogância e incompetência»
Cinco médicos oriundos da China e da Índia foram expulsos do Hospital Central da Beira, Centro de Moçambique, por «arrogância e incompetência», anunciou o director daquela unidade hospitalar, Josefo Ferro.
Em declarações à imprensa, Ferro disse que o mau desempenho dos referidos médicos causou a morte a «muitos doentes» e o deficiente atendimento reduziu o afluxo de utentes ao Hospital Central da Beira.
«Os médicos, enfermeiros e serventes dirigiam-se aos doentes com arrogância e as pessoas ficaram com medo de vir ao hospital. Por isso apostamos na mudança de comportamento no seio da classe trabalhadora», sublinhou o director do Hospital Central da Beira.
Os médicos expulsos tinham níveis de desempenho inferiores aos recomendáveis, com poucas consultas e cirurgias, acrescentou.
Apesar dessa medida correctiva, a expulsão dos cinco médicos estrangeiros agudizou a crise de atendimento naquele hospital, uma vez que o Ministério da Saúde de Moçambique ainda não supriu as vagas deixadas pelos profissionais expulsos.
O Hospital Central da Beira, com 733 camas, conta com 36 médicos e cerca de 250 enfermeiros.
EXPRESSO AFRICA - 15.05.2006

10-05-2006

Projectos aguardam aprovação do Banco Mundial

Na ordem de 233 milhões USD
O Banco Mundial possui em carteira projectos submetidos pelas autoridades moçambicanas na ordem de 233 milhões USD cujos financiamentos ainda não foram aprovados, refere o Banco Mundial («World Bank») em referência ao mês de Abril.
De acordo com a mesma fonte, a 21 de Março de 2006, o Banco Mundial (BM), através do seu «Executive Board of Directors», aprovou o projecto - «Technical and Vocational Education and Training» (Treino e Educação Técnica e Vocacional) a favor do Ministério da Educação e Cultura orçado em 30 milhões USD.
Os projectos em análise que ainda não foram aprovados pelo BM são, respectivamente: “Legal Capacity” (Capacitação Legal) a favor do Ministério da Justiça, orçado em 5 milhões USD. O objectivo do projecto tal como descrito é garantir o acesso à justiça às camadas pobres. O outro, que também aguarda pela aprovação é o denominado, “Smallholder Development in Zambezi Valley” (Desenvolvimento de Pequenos Proprietários no Vale do Zambeze), orçado em 20 milhões USD e que destina-se à capacitação de pequenos agricultores que operam ao longo do vale do Zambeze com vista a aumentarem a sua renda. Está ainda incluído neste projecto a criação de associações comunitárias de agricultores bem como criação de facilidades de acesso aos mercados pelos agricultores beneficiários do projecto. Na área dos transportes existe o “Road and Bridges Management and Maintenance” (Gestão e Manutenção de Estradas e Pontes), um projecto avaliado em 135 milhões USD e que tem como objectivo a manutenção e gestão dos sistemas de estradas e pontes. O beneficíario deste projecto é a «Administração Nacional de Estradas» (ANE). Na área de desenvolvimento urbano o Conselho Municipal da cidade de Maputo submeteu ao BM, o “Maputo Urban Development Program” (Programa de Desenvolçvimento Urgano de Maputo) orçado em 73 milhões USD. Segundo a descrição do BM o projecto tem como objectivo melhorar a governação, a gestão financeira e serviços com vista a redução da pobreza urbana e facilitar o crescimento e investimento do sector privado.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 10.05.2006

09-05-2006

Reunião em Lisboa analisa desenvolvimento da Ilha de Moçambique

Representantes de Portugal, Moçambique, Suíça, Banco Africano e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) estiveram hoje reunidos em Lisboa para estudar uma parceria visando o desenvolvimento sustentado da ilha de Moçambique.
Com esta parceria, os vários intervenientes no encontro pretendem responder à globalidade dos problemas existentes e evitar os erros cometidos no passado, disse à Agência Lusa o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, João Gomes Cravinho.
O governante português referia-se às casas construídas na Ilha de Moçambique que ficaram desabitadas, não só por não terem água canalizada, mas também por não existirem infra-estruturas para a fixação de pessoas, nomeadamente empregos.
Na reunião de hoje, realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, foram identificados os principais problemas existentes e decidida a criação de um grupo de trabalho para fazer um plano estratégico de desenvolvimento sustentado da ilha, classificada em 1991 pela UNESCO Património Cultural da Humanidade, acrescentou João Gomes Cravinho.
Segundo João Gomes Cravinho, o objectivo é "casar o património histórico com os processos de desenvolvimento sócio-económicos", para criar condições na Ilha de Moçambique para receber turistas.
Ao mesmo tempo, tira-se proveito da "ilha para desenvolver o Norte de Moçambique", sublinhou.
O plano estratégico será apresentado no final do ano, em data a anunciar, numa reunião que irá decorrer na Ilha de Moçambique.
Presentes na reunião de hoje estiveram, além de João Gomes Cravinho, o ministro da Educação e Cultura de Moçambique, Aires Aly, a presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Ruth Albuquerque, o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Marçal Grilo, e representantes da UNESCO, do Banco Africano de Desenvolvimento, da Organização Internacional do Trabalho e da Agência de Cooperação para o Desenvolvimento da Suíça.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 08.05.2006

29-04-2006

Luísa Diogo preside em Maputo reunião da ONU

Nos dias 8 e 9 de Maio do corrente ano
Moçambique vai acolher nos dias 8 e 9 de Maio próximo a reunião do Painel do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre a Coerência no sistema da ONU nas áreas da assistência humanitártia, meio ambiente e desenvolvimento.

O Painel, co-presidido pela Primeira-Ministra, Luísa Diogo, é composto por 13 membros representando países em desenvolvimento, de renda média e doadores.
ZAMBEZE - 29.04.2006

28-04-2006

Inhambane quer cooperar com escola de Vila Verde, Portugal

O Governo Provincial de Inhambane, em Moçambique, quer estabelecer acordos de cooperação com a Escola Profissional d e Vila Verde (Braga) ao nível da formação/qualificação profissional, disse hoje na cidade minhota uma responsável moçambicana.
"A nossa área preferencial é a do Turismo, onde registamos lacunas em t ermos de recepção, atendimento e prestação de serviços, mas temos interesse em f ormar a nossa gente noutras áreas", referiu secretária provincial de Inhambane, Raquel Jacinto, aos jornalistas, no final de uma visita à Escola de Vila Verde.
Raquel Jacinto lidera uma visita do Governo de Inhambane ao Norte de Portugal - que se prolonga até 02 de Maio -, a convite dos municípios de Vila Verd e, Terras de Bouro e Póvoa de Lanhoso.
A missão, que envolve, ainda, alguns delegados provinciais, incidiu, em Vila Verde, sobre a formação/qualificação profissional, com uma deslocação à Es cola Profissional Amar Terra-Verde (EPATV), dirigida pelo presidente da Câmara M unicipal, José Manuel Fernandes. Na ocasião, os moçambicanos - cuja visita cont a com a colaboração do CAMPO (Comité de Amizade de Moçambique/Portugal) - reunir am-se com os vereadores da Educação e Desenvolvimento - Rui Silva e António Vile la -, e com a Direcção Pedagógica.
No final, Raquel Jacinto reconheceu que a formação profissional é "prio ritária" para Moçambique no período "pós-guerra civil": "Perdemos muito tempo e temos lacunas ao nível da qualificação", observou.
Na resposta, a Escola mostrou "toda a abertura" para cooperar, tendo fe ito uma apresentação dos cursos que ministra.
Para materializar a cooperação, discutiram-se três possibilidades: a at ribuição de bolsas de estudo a formandos moçambicanos, a contratação de formador es da escola e/ou a formação de professores/formadores moçambicanos.
Raquel Jacinto frisou que, face aos parcos recursos financeiros de Moça mbique, "as partes procurarão Fundos de Financiamento existentes na União Europe ia e/ou no Fundo Monetário Internacional(FMI)".
Na região, a Delegação fará outros contactos com empresas e organismos de desenvolvimento regional: a Missão quis fazer contactos na área dos sistemas de produção agro-industrial e operacionalidade rural.
Manifestou, ainda, interesse em acções de recolha e tratamento de resíd uos sólidos, e de gestão ambiental. Em simultâneo, contactou com as dinâmicas lo cais nas obras públicas, habitação, urbanismo e urbanização.
"Esta aproximação a Moçambique retoma relações fortes e seculares entre os dois povos, apenas interrompidas por diferenças que o tempo apagará da memór ia", vincou o presidente da Câmara, José Manuel Fernandes.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 27.04.2006

26-04-2006

Moçambique beneficia de cancelamento total da dívida

Banco Mundial
O Banco Mundial acaba de aprovar o cancelamento total da dívida de países pobres altamente endividados e que alcançaram o nível satisfatório de reformas exigidas pelas instituições do «Bretton Woods». Moçambique também está incluído nesse grupo que vai beneficiar do cancelamento total da dívida no âmbito da «Iniciativa do Alívio da Dívida Multilateral» da autoria do «G-8».
De acordo com uma nota do Banco Mundial, a partir do próximo dia 1 de Julho, espera-se que o «IDA» (International Development Association) um organismo do Banco Mundial, disponibilize mais de 37 mil milhões (37 biliões) USD para o financiamento das dívidas multilaterais dos países beneficiários ao longo dos próximos 40 anos.
“Os países agora serão capazes de aplicar mais recursos em programas que ajudam directamente aos que dela muito necessitam – gente pobre que precisa de melhor Educação, melhores serviços de Saúde e maior acesso a água potável, por exemplo”, refere o presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz.
Inicialmente, vão beneficiar do cancelamento da dívida em 100%: Benin, Bolívia, Burkina Faso, Etiópia, Gana, Guiana, Honduras, Madagascar, Mali, Moçambique, Nicarágua, Níger, Ruanda, Senegal, Tanzania, Uganda e Zâmbia.
A Mauritânia apesar de ter alcançado o programa «HIPC» apenas poderá beneficiar deste cancelamento após o respectivo governo ter implementado as reformas públicas do país.
Existem outros países do «HIPC» que embora tenham atingido o “decision Point” ainda precisam de completar determinados procedimentos exigidos pela iniciativa HIPC para beneficiarem do cancelamento total no mesmo quadro. São eles o Ruanda, Comarões, Chade, R.Democrática do Congo (Kinshaza), Congo (Brazavile), Gâmbia, Guiné Conacry, Guiné Bissau, Malawi, São Tomé e Príncipe e Serra Leoa.
Há outros que fazem parte do «HIPC» mas que ainda precisam de alcançar o “decision point”, para depois terem o direito ao cancelamento total, nomeadamente, República Centro Africana, Comores, Costa do Marfim, Laos, Libéria, Myanmar, Somália, Sudão e Togo.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 26.04.2006

25-04-2006

«Cooperação Portuguesa» salva Arquivo Histórico de Moçambique

Os fundos disponibilizados por Portugal para se enfrentar os problemas de degradação do «Arquivo Histórico» são insuficientes, mas podem salvar de imediato a difícil situação por que passa o Arquivo Histórico de Moçambique.
Fomos ouvir o doador. A verba não dá para se proceder a uma construção de raiz ou seja de novas instalações, começou por dizer ao «Canal de Moçambique», José Guedes de Sousa representante da Cooperação lusa em Moçambique. Dão para se providenciarem algumas soluções e perspectivar outras, mas não resolvem todo o problema do eficiente e bem afamado «Arquivo Histórico de Moçambique» que peca pelas precárias infraestrutras de que hoje dispõe.
A verba existente é de cerca de “600 mil Euros” e esse valor está sob gestão da «Cooperação Portuguesa» de acordo com Guedes. Segundo ele o valor será aplicado em reabilitação de novas instalações onde passará a funcionar o «Arquivo Histórico» e ainda na reabilitação do depósito de documentos e fotografias no «Campus Universitário» da UEM (Universidade Eduardo Mondlane).
As novas instalações provisórias do «Arquivo Histórico» irão ser em edifícios que serão reabilitados com parte da verba de 600 mil Euros, mas ainda não começaram as obras. Uma notícia dada pela Lusa há um ano atrás dizia que por esta altura certas instalações novas deveriam já estar prontas. Ainda não começaram as obras em algumas, mas já terminaram noutras.
Uma parte dos 600 mil Euros “já foi aplicada” na reabilitação (concluida) do «Centro de Conservação e Preservação de documentos e serviços de digitalização e microfilmagem de imagens, num edifício localizado, na Av. 25 de Setembro, entre a Biblioteca Nacional e a Imprensa Nacional.
De acordo com Guedes com outra parte da mesma verba já se produziu só o projecto arquitectónico do que poderão vir a ser as futuras instalações de raiz do «Arquivo Histórico», se houver um dia dinheiro para isso. Nunca esteve previsto mais do que o projecto na tranche existente.
Os 600 mil Euros, segundo Guedes de Sousa, foram disponibilizados, em Fevereiro de 2005, pelo «Instituto Português de Acção e Desenvolvimento» (IPAD), «Instituto Português» (IP), «Instituto Português do Património Arquitectónico» (IPPAR), «Universidade Eduardo Mondlane» (UEM) – esta moçambicana – e pela «Torre do Tombo». “A gestão foi confiada à «Cooperação Portuguesa»”.
“Nós neste momento atingimos a primeira fase que era a reabilitação do edifício da Avenida 25 de Setembro onde vão funcionar as futuras instalações do Centro de conservação e preservação de documentos e serviços de digitalização e microfilmagem do Arquivo Histórico de Moçambique”, disse Sousa. Acrescentou que com parte da mesma verba de 600 mil Euros, vai-se dar seguimento a outras obras de reabilitação e remodelação de um edifício da “Travessa de Varietá” na Rua do Bagamoio, nas proximidades do Cinema Matchedge, em Maputo, onde vão funcionar as novas instalações-sede do Arquivo Histórico de Moçambique em substituição do actual na Av. Filipe Samuel Magaia.
Segundo de Sousa a segunda fase do projecto inclui a reabilitação da “Travessa Varietá” e o depósito do Campus da UEM. Nenhuma começou. “Estimativas indicam que (depois de iniciadas) vão durar aproximadamente quatro meses, arrastando-se até Dezembro”.
O «Canal» quis saber de Guedes de Sousa se haverá algum dia fundos portugueses para um novo edifício de raiz para o Arquivo Histórico de Moçambique. Ele disse existir, neste momento, apenas o projecto arquitectónico já desenhado, mas não há verba para construção.
O chefe da Cooperação Portuguesa em Moçambique esclarece que a prioridade foi fazer-se o que se descreveu. Agora vão seguir-se os trabalhos de reabilitação do futuro depósito do Arquivo Histórico de Moçambique no campus da Universidade Eduardo Mondlane, (UEM) e na “Travessa de Varietá”.
A Cooperação Portuguesa vai transformar e apetrechar o edifício localizado no campus da UEM para futuro depósito do Arquivo Histórico de Moçambique de modo a guardarem-se fotografias.
Sousa disse também que neste momento o Instituto Português do Património Arquitectonico, (IPPAR) está a trabalhar na programação da construção do edifício de raiz para futuras instalações do «Arquivo Histórico» conforme o plano arquitectónico já produzido.
Entretanto, o director-adjunto do «Arquivo Histórico», Eugénio Monteiro, disse ao «Canal», que ao nível da sua instituição decorrem contactos com entidades externas com vista a aquisição de equipamentos para o apetrechamento do futuro centro de conservação e preservação de documentos e serviços de digitalização e microfilmagem. Como via alternativa acabarão por usar o equipamento obsoleto, o existente no actual «Arquivo Histórico».
Conceição Vitorino - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 25.04.2006
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/arquivo_histric.html

23-04-2006

Moçambique já tem estação de GPS permanente

Instalada em Nampula, a estação permitirá estudar a tectónica de placas em África.
Desde 12 de Abril que Moçambique tem a primeira estação permanente de GPS (Global Positioning System), sistema que permite obter o posicionamento geográfico em tempo real. Situada no Norte do país, em Nampula, a estação foi instalada pelo Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa (CGUL), em colaboração com a Direcção Nacional deTerras de Moçambique e o Observatório Rádio-Astronómico Hartebeesthoek, na África do Sul.
Rui Fernandes, investigador do CGUL e professor da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, considera que esta estação é muito importante do ponto de vista cientifico. "Permite estudar a tectónica de placas do continente africano, mais precisamente a fronteira entre as placas tectónicas da Núbia e da Somália, que dividem o continente em dois blocos."
Esta é uma das fronteiras de placas mais complexas do planeta, uma zona activa onde a 22 de Fevereiro ocorreu um sismo com magnitude de 7 na escala de Ricther.
A nova estação GPS irá também fazer parte do Afref, sistema continental de referência geodésica para África, o equivalente africano ao sistema europeu Euref, mediante o qual todos os países adoptam as mesmas coordenadas e referências. Desta forma, não há discrepâncias na determinação das localizações.
"Pensemos em Cascais. Tem coordenadas que variam ao longo do tempo, devido à tectónica de placas. Com o sistema Euref, as coordenadas de Cascais vão ter uma posição oficial, em termos de latitude e longitude. Esta estação GPS em África, ao fazer parte da Afref, irá contribuir para que haja compatibilidade de referências geográficas entre países", explica Rui Fernandes.
Uma outra vantagem desta estação é o facto de contribuir para minimizar os erros no cálculo das órbitas dos satélites, que é baseado em posições terrestres. "É preciso ter uma rede de estações GPS de coordenadas conhecidas espalhadas pelo globo para que o ajuste seja o mais uniforme possível", explica Rui Fernandes.
"O grande problema internacional é que a maior parte das estações estão concentradas na Europa, Estados Unidos e Japão. Ao aumentar o número de estações permanentes noutros continentes está a contribuir-se para um ajuste mais uniforme."
Esta estação é também a primeira na África Austral a receber o sinal de satélites do sistema de posicionamento russo GLONASS, o que permite ajustar com mais precisão a diferença entre pontos geográficos.
Tal como todas as outras estações GPS permanentes do mundo, a de Moçambique terá de ser actualizada quando estiver disponível o sistema de referenciação geográfica europeu, o Galileu, que está ainda a ser desenvolvido. As antenas poderão não estar preparadas para o efeito, visto que os receptores não foram desenhados para o novo sistema europeu.
PÚBLICO - 23.04.2006

21-04-2006

Banco chinês financia construção segunda hidroeléctrica no Zambeze

Maputo, 21 Abr (Lusa) - O governo moçambicano assinou em Maputo um memorando de entendimento com o banco chinês China Exim, destinado ao financiamento em cerca de 1,9 mil milhões de euros da construção da hidroeléctrica de Mpanda Nkua, no rio Zambeze.
A construção de Mpanda Nkua, a 70 quilómetros a jusante da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), é um sonho antigo do governo moçambicano, que quer elevar a capacidade de aproveitamento do potencial energético do rio Zambeze e capitalizar uma previsível crise no sector eléctrico na África Austral, a partir de 2007.
O memorando de entendimento para o financiamento daquela infra- estrutura foi rubricado, quinta-feira, pelo ministro moçambicano da Energia, Salvador Namburete, e pelo presidente do banco China Exim, Li Ruogu.
"O memorando abre perspectivas, não posso precisar para quando, para que as equipas técnicas possam trabalhar nos detalhes, por forma a assegurarem as condições necessárias que permitam a disponibilização dos fundos", sublinhou Namburete.
O arranque do projecto vai depender da conclusão do acordo de financiamento com o China Exim Bank, uma etapa que deve ser antecedida por estudos detalhados sobre o modelo do projecto, acrescentou Namburete.
O ministro moçambicano da Energia afirmou que a primeira turbina de Mpanda Nkua estará em funcionamento num prazo de seis anos a contar a partir da construção da barragem.
Sobre os receios de graves prejuízos ambientais com a edificação de mais uma hidroeléctrica no vale do Zambeze, manifestados por diversos ambientalistas, Salvador Namburete disse que estudos sobre o impacto ambiental do projecto asseguram que o mesmo não provocará quaisquer danos.
"Não há qualquer associação negativa entre a construção destas infra-estruturas e a ocorrência de sismos ou quaisquer outros tipos de perturbações. Em 2002, realizámos um estudo em que gastámos cerca de 14 milhões de euros, que foi actualizado em 2005. As conclusões destes estudos confirmam que não riscos nenhuns", sublinhou Salvador Namburete.
O acordo de reversão da HCB entre Moçambique e Portugal contém uma cláusula de direito de preferência para empresas portuguesas em futuros projectos eléctricos em Moçambique.
"O governo moçambicano e o accionista Estado moçambicano (na HCB) reconhecem o direito de preferência, em condições de igualdade, às empresas portuguesas em futuros projectos do sector de energia a detalhar em futura ronda negocial", sublinha o memorando de entendimento assinado em Outubro de 2005.
Ao abrigo do referido acordo, Portugal deve reduzir de 82 para 15 por cento a sua participação na HCB, ascendendo Moçambique à qualidade de accionista maioritário, com 85 por cento, face aos actuais 12 por cento.
Moçambique tem de pagar uma dívida de 785 milhões de euros a Portugal, em compensação pela construção e manutenção da hidroeléctrica, ainda no quadro do mesmo entendimento.
PMA.
Veja:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/a_construo_da_b.html

20-04-2006

GNR forma polícia moçambicana

Na sequência dos cursos de 2005
Quatro formadores da GNR chegam hoje a Maputo, para ministrarem cursos de especialidade à força de protecção marítima, lacustre e fluvial da Polícia da República de Moçambique (PRM), anunciou hoje a embaixada portuguesa em Moçambique.
Um comunicado da missão diplomática refere que a acção se enquadra na «sequência dos cursos já realizados em 2005, devendo ser ministrada formação básica aos beneficiários».
O curso responde a uma das necessidades identificadas no programa de pessoal e formação do Plano Estratégico da PRM, refere a mesma nota de imprensa.
O envolvimento de Portugal na formação da polícia moçambicana não se resume ao ramo da protecção marítima, lacustre e fluvial, estendendo-se igualmente à polícia de trânsito e protecção de aeroportos, entre outros.
Portugal tem também docentes na Academia de Ciências da Polícia de Moçambique (Acipol), a única instituição que forma quadros superiores para a polícia moçambicana.
EXPRESSO AFRICA - 20.04.2006

16-04-2006

Empresa com capital português criada para captar investimento chinês

Foi hoje criada em Maputo a empresa Zamcorp, com capitais moçambicanos, macaenses e portugueses, destinada à captação preferencial de investimentos chineses para o vale do Zambeze, a região com maiores potencialidades de desenvolvimento de Moçambique.
A Zamcorp foi constituída com um capital de 500 mil dólares, detidos em 55 por cento pela Sogir, uma empresa pública de Moçambique, associada ao Gabinete do Plano do Zambeze.
O restante capital da Zamcorp foi subscrito em 35 por cento pela Geocapital, dos empresários Stanley Ho, de Macau, e Jorge Ferro Ribeiro, de Portugal, e em 10 por cento pela Mozacapital, detida em maioria por um grupo de investidores privados moçambicanos.
A criação da Zamcorp, que terá sede na província de Tete, centro de Moçambique, será seguida pelo lançamento em breve da Zamcorp International, baseada em Hong Kong.
No próximo mês de Maio a Zamcorp vai promover a visita ao Vale do Zambeze de 10 das maiores empresas chinesas, entre as quais a China Harbour, Banco Hang Seng, Sino Pec e Banco Exim.
Estas iniciativas resultam do Fórum de Macau, pelo qual a República Popular da China intermedeia o relacionamento económico com os países de língua oficial portuguesa, afirmou na cerimónia de lançamento o empresário português Jorge Ferro Ribeiro.
"O acordo diplomático é a essência do que estamos a viver.
Macau é uma plataforma privilegiada para o aprofundamento das relações económicas entre a República Popular da China e Moçambique", disse Ferro Ribeiro.
"A componente privada reforça as avenidas políticas que foram traçadas pelos representantes dos respectivos países", acrescentou o empresário que, com Stanley Ho, detém a Geocapital.
O papel da China, como um dos mais importantes investidores em África e no Mundo, foi realçado nos discursos que se seguiram à escritura pública, presenciada pelo ministro moçambicano da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cureneia, pelo presidente do PS português, Almeida Santos, pelo embaixador português em Maputo, Freitas Ferraz, por Ambrose So, representante de Stanley Ho, e pelo responsável pelo GPZ, Sérgio Vieira.
"A relação económica e comercial entre a China e Moçambique está ainda muito aquém da dimensão política a afectiva que une" os dois países, defendeu Sérgio Vieira, acrescentando que o "condimento em falta se encontra na relação económica e comercial".
Ocupando cerca de 225 mil quilómetros quadrados, mais do dobro da área de Portugal, no vale do Zambeze, no centro de Moçambique onde está a barragem de Cahora Bassa, poderão ser criadas mil hídricas para energia e irrigação.
O desenvolvimento da região, igualmente rica em recursos minerais, como o carvão de Moatize, e detendo 60 por cento das espécies florestais de alto valor económico, é "um velho sonho" de Almeida Santos, como admitiu o ex-presidente da Assembleia da República e ex-residente em Moçambique.
"O vale está lá e Moçambique, tendo o vale, não tem o direito de ser um país pobre e não o vai ser", disse Almeida Santos, que deverá presidir à assembleia-geral da Zamcorp.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 15.04.2006

Países que apoiam OE exigem transparência na gestão de fundos

O grupo dos 18 países, incluindo Portugal, que apoia directamente o Orçamento de Estado moçambicano pediu hoje "transparência" na gestão dos 250 milhões de euros doados para actividades em Moçambique durante este ano.
A presidente do grupo dos 18 países doadores (G-18) e embaixadora da Holanda, Lidi Remmelzwaal, afirmou que os parceiros de Moçambique pretendem ver "resultados concretos no apoio ao orçamento em termos quantitativos e qualitativos", nomeadamente na redução da pobreza no país.
Remmelzwaal esclareceu, a propósito, que os doadores têm o dever de prestar contas nos seus países, apresentando dados que justifiquem a pertinência do contínuo apoio a Moçambique.
"É importante mostrar aos nossos parlamentos que o apoio a Moçambique é pertinente e está a trazer resultados", disse a embaixadora holandesa, na reunião de revisão anual conjunta entre os doadores e o governo moçambicano.
Hoje, as duas partes apresentaram o documento que define as linhas de governação de Moçambique para o presente ano.
O memorando critica o governo de Moçambique por não ter cumprido as metas na área de governação, considerando ainda "negativa" a prestação na reforma do sector público.
"Na área da governação, dos 13 indicadores planificados, quatro foram atingidos, um foi parcialmente atingido e oito não foram atingidos", indica o documento, assinalando ainda que "os objectivos de 2005 para a reforma do sector público não foram atingidos", nomeadamente no tocante à aprovação de uma política salarial e à reestruturação dos ministérios seleccionados.
"Para a reforma do sector público há uma necessidade contínua de melhorar a priorização da agenda da reforma e um alto nível de compromisso e liderança do processo é vital", diz o documento.
Como solução, doadores e governo moçambicano concordam em que a qualidade da liderança pode ser facilitada através da clara definição dos papéis e responsabilidade entre as instituições que supervisionam o processo de reforma do sector público, designadamente o Ministério da Administração Estatal de Moçambique.
O grupo dos 18 países critica igualmente o governo moçambicano por não ter alcançado a meta em relação à revisão do Código Penal e à Legislação Prisional, embora reconheça "avanços" na reforma legal avançada pelo sector da Justiça de Moçambique.
Relativamente à área de gestão das Finanças Públicas, o G-18 considera-a "positiva", mas ressalva que "permanecem ainda algumas áreas preocupantes".
Os financiadores do orçamento moçambicano reconhecem, no entanto, que "os objectivos na luta contra a corrupção foram parcialmente atingidos", apontando como principais realizações "a publicação da avaliação sobre a boa governação e a corrupção e o fortalecimento do gabinete central para a luta contra a corrupção.
A propósito, o ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique, Aiuba Cuereneia, anunciou que o seu governo formou uma equipa que irá efectuar um estudo sobre a gestão da função pública.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 13.04.2006

Países que apoiam OE exigem transparência na gestão de fundos

O grupo dos 18 países, incluindo Portugal, que apoia directamente o Orçamento de Estado moçambicano pediu hoje "transparência" na gestão dos 250 milhões de euros doados para actividades em Moçambique durante este ano.
A presidente do grupo dos 18 países doadores (G-18) e embaixadora da Holanda, Lidi Remmelzwaal, afirmou que os parceiros de Moçambique pretendem ver "resultados concretos no apoio ao orçamento em termos quantitativos e qualitativos", nomeadamente na redução da pobreza no país.
Remmelzwaal esclareceu, a propósito, que os doadores têm o dever de prestar contas nos seus países, apresentando dados que justifiquem a pertinência do contínuo apoio a Moçambique.
"É importante mostrar aos nossos parlamentos que o apoio a Moçambique é pertinente e está a trazer resultados", disse a embaixadora holandesa, na reunião de revisão anual conjunta entre os doadores e o governo moçambicano.
Hoje, as duas partes apresentaram o documento que define as linhas de governação de Moçambique para o presente ano.
O memorando critica o governo de Moçambique por não ter cumprido as metas na área de governação, considerando ainda "negativa" a prestação na reforma do sector público.
"Na área da governação, dos 13 indicadores planificados, quatro foram atingidos, um foi parcialmente atingido e oito não foram atingidos", indica o documento, assinalando ainda que "os objectivos de 2005 para a reforma do sector público não foram atingidos", nomeadamente no tocante à aprovação de uma política salarial e à reestruturação dos ministérios seleccionados.
"Para a reforma do sector público há uma necessidade contínua de melhorar a priorização da agenda da reforma e um alto nível de compromisso e liderança do processo é vital", diz o documento.
Como solução, doadores e governo moçambicano concordam em que a qualidade da liderança pode ser facilitada através da clara definição dos papéis e responsabilidade entre as instituições que supervisionam o processo de reforma do sector público, designadamente o Ministério da Administração Estatal de Moçambique.
O grupo dos 18 países critica igualmente o governo moçambicano por não ter alcançado a meta em relação à revisão do Código Penal e à Legislação Prisional, embora reconheça "avanços" na reforma legal avançada pelo sector da Justiça de Moçambique.
Relativamente à área de gestão das Finanças Públicas, o G-18 considera-a "positiva", mas ressalva que "permanecem ainda algumas áreas preocupantes".
Os financiadores do orçamento moçambicano reconhecem, no entanto, que "os objectivos na luta contra a corrupção foram parcialmente atingidos", apontando como principais realizações "a publicação da avaliação sobre a boa governação e a corrupção e o fortalecimento do gabinete central para a luta contra a corrupção.
A propósito, o ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique, Aiuba Cuereneia, anunciou que o seu governo formou uma equipa que irá efectuar um estudo sobre a gestão da função pública.

12-04-2006

Força aerea brasileira inicia voos regulares para Guiné e Cabo-Verde

Brasil reforça cooperação com África
A Força Aérea brasileira iniciou hoje um voo regular para três países da África Ocidental - Cabo Verde, Guiné-Bissau e Senegal - com o objectivo de melhorar a cooperação e a assistência humanitária.
A iniciativa visa, segundo a Embaixada do Brasil na Cidade da Praia, o reforço da cooperação do Brasil com aquela sub-região da África Ocidental, sendo os voos «apenas o início».

A ligação aérea - cuja periodicidade ainda não está definida - vai servir ainda para dar apoio logístico e administrativo às embaixadas nestes três países, bem como às respectivas comunidades brasileiras, disse a mesma fonte.
O primeiro voo, que chegou ontem ao aeroporto da Praia, transportou material destinado ao Centro de Formação Profissional que o Brasil está a construir na Cidade da Praia, e«kits» de medicamentos.
No mesmo voo chegaram oito estudantes guineenses que terminaram os seus estudos superiores no Brasil, no âmbito da cooperação na área da educação, e não tinham meios para regressar ao seu país.
Além da área da cooperação e assistência humanitária, estes voos servirão para promover a cultura, transportando nomeadamente artistas.
EXPRESSO AFRICA - 11.04.2006

11-04-2006

Gordon Brown lança plano de acesso universal à educação

Em Maputo
O ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, lançou hoje em Maputo o plano de acção do Reino Unido para a educação, de 12,5 mil milhões de euros, para garantir a educação a todas as crianças dos países pobres.
O anúncio do plano contou com a presença do chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela e do ministro da Educação sul africano, Trevor Manuel, entre outras individualidades.
Brown afirmou que o seu Governo escolheu Moçambique para lançar a iniciativa de acesso universal à educação, «em reconhecimento pelos ganhos significativos que o país tem vindo a registar no acesso das crianças ao ensino».
Segundo o ministro britânico, a iniciativa materializa a promessa do Reino Unido de liderar o esforço global para o acesso universal das crianças à educação feita em 2005 na cimeira dos países mais ricos do mundo (G-8), na Escócia.
Com a verba que hoje pôs à disposição dos países mais pobres, Londres pretende «acabar com o escândalo que se verifica no mundo, onde mais de 100 milhões de crianças não frequentam a escola», disse.
Brown acrescentou que o Reino Unido vai mobilizar outras Nações ricas e as principais instituições financeiras do mundo para assegurar pelo menos uma verba adicional de 8,3 mil milhões de euros anuais, por forma a que se respeite o direito à educação de todas as crianças, até 2010.
«A falta de acesso das crianças à escola atenta contra um dos seus direitos básicos e à sua dignidade», sublinhou Brown.
Segundo o ministro das Finanças britânico, com um contributo de apenas 2,8 cêntimos por dia, os países ricos podem garantir o acesso à escola de todas as crianças pobres.
EXPRESSO AFRICA - 10.04.2006

05-04-2006

Incremento da produção de arroz

Governos da China e Moçambique projectam
Moçambique produz actualmente em média 100 mil toneladas/ano de arroz e o governo está a tratar de encontrar, com o governo da República Popular da China, formas de elevar a produção anual para 500 mil toneladas/ano.

A garantia do envolvimento da China na produção do arroz moçambicano foi dada pelo vice-ministro do Comércio daquele país, Wei Jianguo, durante uma visita de trabalho que efectuou a Moçambique nos últimos dias, refere fonte em Macau.
Segundo o «macauhub», o ministro moçambicano da Agricultura, Tomás Mandlate, considerou “bastante importante a cooperação com a China no domínio agrícola, sobretudo, na produção do arroz, devido à larga experiência chinesa nesse ramo”.
Recentemente, uma delegação proveniente da província de Hunan, onde se localiza o Instituto do Arroz Híbrido, visitou Moçambique, para pesquisas de produção deste tipo de cereal no regadio de Chókwe, na província de Gaza, sul de Moçambique.
O regadio de Chókwe, uma das zonas mais férteis de Moçambique, foi reabilitado há pouco tempo com um financiamento de cerca 15 milhões de euros concedido pelo governo japonês. Também já mereceu sucessivos apoios, designadamente da França.
No âmbito do seu objectivo de incrementar a produção do arroz em Moçambique, o governo está a reabilitar regadios em Maputo e Inhambane, Sul, bem como Sofala e Zambézia, no centro do país.
Por outro lado, uma área de 300 hectares está a ser explorada na produção de arroz em Inhambane por associações de camponeses apoiadas pela Irlanda, estando também em curso iniciativas do género no distrito de Nicoadala, província da Zambézia, de acordo com o «macauhub».
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 05.04.2006

04-04-2006

Presidente alemão insta governo a combater corrupção para atrair investimento

O presidente da Alemanha, Horst Kohler, elogiou na segunda-feira em Maputo as reformas em curso em Moçambique, mas instou o governo a combater a corrupção e a burocracia para atrair mais investimentos.
Kohler pronunciou-se sobre os obstáculos aos investimentos em Moçambique, quando falava à imprensa, momentos após conversações oficiais com o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, no primeiro dos quatro dias da visita que realiza ao país.
O chefe de Estado alemão sublinhou que Moçambique registou "grandes avanços" desde a obtenção em 1992 do acordo que pôs termo a 16 anos de guerra civil, e apontou a formação técnico-profissional como outro dos desafios que se colocam ao país.
Nesta perspectiva, Horst Kohler expressou o desejo da Alemanha de ajudar Moçambique a capacitar a sua força de trabalho, através de iniciativas de formação técnico-profissional.
Apesar de a Alemanha e Moçambique manterem um relacionamento satisfatório a nível político e diplomático, os investimentos privados e os intercâmbios comerciais bilaterais são inexpressivos.
Kohler abordou também a situação no Zimbabué, criticando a controversa reforma agrária levada a cabo pelo governo do presidente Robert Mugabe e a evacuação forçada de bairros pobres nos subúrbios de Harare, onde viviam famílias sem abrigo.
"Não há justificação para o que se passa no Zimbabué", frisou o chefe de Estado alemão.
Hoje, Kohler manteve um encontro privado com o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que se encontra em Maputo, e recebeu a chave da cidade capital, em reconhecimento do contributo do seu país para projectos sociais em curso no município.
A deslocação de Horst Kohler, que é acompanhado por uma missão empresarial alemã, inclui ainda visitas a diversos empreendimentos sociais financiados por aquele país da União Europeia, que no ano passado aumentou para 35 milhões de euros anuais o seu apoio a Moçambique, até 2007.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 04.04.2006

Sócrates inicia hoje visita oficial a Angola

Incentivo ao investimentos português no território
O primeiro-ministro inicia hoje uma visita oficial de quatro dias a Angola, acompanhado por cerca de 70 empresários, num sinal de que o mercado angolano se tornou a principal aposta para a internacionalização da economia nacional.
«Dos muitos pedidos para integrar a comitiva do primeiro-ministro, José Sócrates, o Governo decidiu privilegiar os empresários portugueses que têm posições consolidadas no mercado angolano» e que, no seu conjunto, «representam cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB)», declarou um membro do executivo de Lisboa.
Com José Sócrates - além dos maiores empresários nacionais dos sectores financeiro, obras públicas, alimentação e bebidas, máquinas e tecnologias de informação - viajam dez membros do Governo, entre os ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros (Freitas do Amaral), da Defesa Nacional (Luís Amado), do Ambiente e Ordenamento do Território (Francisco Nunes Correia) e da Economia e Inovação (Manuel Pinho).
José Sócrates sai hoje ao início da manhã de Lisboa, chegando a Luanda ao fim da tarde em dia feriado nacional, por ocasião do acordo de paz de 2002, que pôs fim à guerra civil com a UNITA.
Num dia sem agenda política, o primeiro-ministro será recebido no Aeroporto 4 de Fevereiro de Luanda pelo seu homólogo angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos «Nandó», e pelo embaixador de Portugal em Angola, Francisco Xavier Esteves.
Quarta-feira, pela manhã, o primeiro-ministro é recebido pelo Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, seguindo-se a assinatura de acordos bilaterais com incidência nas áreas da economia, finanças, turismo, cooperação jurídica, saúde, comunicações, ciência e tecnologia.
José Sócrates terá ainda reuniões de trabalho com o primeiro-ministro angolano e com o presidente da Assembleia Nacional de Angola, Roberto de Almeida.
Durante os quatro dias de presença em Angola, que inclui visitas a Benguela e Lobito, entre várias dezenas de acordos, os governos de Lisboa e de Luanda deverão avançar para a criação de um Centro de Investigação Clínica da malária, sida e tuberculose e para a protecção recíproca de investimentos.
«Da parte portuguesa e da parte angolana, há uma grande vontade para que a visita seja um marco histórico nas relações entre os dois países», declarou fonte do Governo português.
EXPRESSO AFRICA - 04.04.2006

03-04-2006

VILANCULOS VAI GASTAR 500 MIL DÓLARES EM OBRAS DE REABILITAÇÃO

Mercado_vilanculus
As artérias do Município de Vilanculos vão beneficiar de obras de reabilitação e de construção de raiz, no presente ano.
As obras no Município contemplam, igualmente, a construção de alpendres e de sanitários públicos no mercado municipal, um projecto orçado em 500 mil dólares norte-americanos e financiado pela cooperação irlandesa.
TVM - 30.03.2006

02-04-2006

SIDA: parceiros criticam governo

Na alocação de fundos
Parceiros internacionais do governo moçambicano na luta contra o HIV/SIDA dizem que as metas apresentadas no PARPA pelo Executivo são muito modestas.

Numa altura em que o SIDA foi declarado epidemia nacional, os parceiros internacionais questionam a decisão do governo de retirar do PARPA as metas para o tratamento pediátrico e o plano de acção relativo a crianças órfãs e vulneráveis.
Este descontentamento foi manifestado, na última Sexta-feira, pelos parceiros durante a sessão anula de avaliação, que juntou o governo, ONG’s e doadores para analisar o desempenho do Conselho Nacional de Combate à Sida (CNDS) em 2005 e desempenhar estratégias para 2006.
“Constatamos com preocupação que as alocações do Orçamento Geral do Estado ao CNS nos últimos três anos têm estado a diminuir ano após ano”, disse Márcia Colquhoun, representante dos parceiros.
No entanto, o encontro foi dirigido pela primeira-ministra e presidente do CNCS, a qual pediu para que os participantes tivessem um debate aberto que possa ajudar a instituição a melhorar o seu desempenho.
Num outro desenvolvimento, Diogo Milagre, director executivo adjunto do CNCS, não concorda com algumas criticas lançadas contra a instituição.
Disse ser uma meta ambiciosa quando o PARPA prevê a redução dos índices de infecção por HIV de 500 infecções diárias para 350.
ZAMBEZE - 02.04.2006

Investimento Português em Moçambique em queda

Lisboa(AIM) - O investimento português em Moçambique tem vindo a decrescer nos últimos 6 anos, apesar de ainda se manter entre os quatro maiores investidores no país, revelou, em Lisboa, António Almeida Matos, da Austral Consultoria e Projectos, sediada em Maputo.
31.03.2006

30-03-2006

Arquivo Histórico de Moçambique

Degradação do edifício põe em risco arquivos
Infra-estruturas destruídas, casas de banho avariadas, inundações decorrentes de esgotos entupidos, documentos danificados, águas negras dentro das instalações, paredes do edifício húmidas, passagem de corrente eléctrica deficitária e funcionários debilitados completam o quadro negro do iminente desastre à vista nas instalações do «Arquivo Histórico de Moçambique» disse o respectivo director Joel das Neves Tembe em entrevista ao «Canal de Moçambique». Mas tudo indica que em Dezembro possa haver solução que se estima venha a custar cerca de 700 mil Euros, sensivelmente 1 milhão de USD. Até lá muito da História poderá perder-se. Uma nova morada poderá ser a solução.
Joel das Neves Tembe, disse ao «Canal» que o edifício do Arquivo Histórico de Moçambique está “doente” quanto às infra-estruturas físicas, mas o mais grave ainda é que a conservação de vários documentos ali depositados e de valor inestimável corre o risco de não poder ser feita e tudo aquilo se perder.
“Os problemas de deterioração do edifício como também de documentos acentuam-se cada vez mais”, disse.
O apelo do director do «Arquivo Histórico de Moçambique» não é novo, como também não é nova a indiferença. Só as sucessivas promessas de vontade política, repetidamente apregoada, de se combater o «deixa andar», nos impele a associar o «Canal» àquela instituição que, tanto de valor tem feito pelo futuro conhecimento do passado.
Segundo Tembe, como alternativa à degradação, paulatinamente crescente, optou-se por arranjar-se um espaço dentro daquele edifício que ainda apresentava boas condições; relativas boas condições. No entanto, ainda conforme Tembe, aquilo que era o tal espaço alternativo começa também a ficar afectado e já, daqui a algum tempo esse espaço também vai deixar de ser útil.
O cenário das instalações do «Arquivo Histórico» está tão negro que as paredes das diversas salas apresentam-se com rachas, fungos e tinta a escamar-se. Algumas salas já não têm soalho e há águas negras a correrem para além do próprio tecto apresentar fissuras. O grande problema é que as instalações do «Arquivo Histórico» situam-se no rés-do-chão e na cave dum prédio que por sinal tem deficiências de manutenção, e, consequentemente, todo o sistema de canalização de água para consumo e de esgoto, em geral de todos os andares acima, desagua nelas.
Segundo o director do Arquivo Histórico de Moçambique, devido à situação que estão a passar de momento, viram-se na obrigação de desenhar dois cenários transitórios de remoção do pessoal do edifício e de transferência da documentação importante, até Dezembro do ano em curso, para outras instalações, na baixa da cidade.
“A iminente situação no Arquivo Histórico de Moçambique obrigou-nos a desenhar dois cenários transitórios de remoção do nosso pessoal do edifício e de transferência de documentação importante, até Dezembro próximo, para futuras instalações na baixa da cidade”, garantiu.
Neves adiantou a dado passo que estão em vista planos futuros no sentido de transferir as instalações do Arquivo Histórico de Moçambique para a baixa da cidade, mais precisamente para a Rua de Timor Leste, ao lado das instalações onde funcionam as «Alfândegas».
Segundo Neves a transferência do «Arquivo Histórico de Moçambique» para a nova morada atrás referida acontecerá na base de um protocolo entre Moçambique e Portugal e em parceria com o Instituto Português de Acção e Desenvolvimento (IPAD) e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), processo orçado, numa primeira fase, em 700 mil euros, cerca de 1 milhão de usd.
Num outro desenvolvimento, Joel das Neves disse ao «Canal» que os funcionários, investigadores e leitores do Arquivo Histórico de Moçambique estão expostos a péssimas condições de trabalho derivadas não só da degradação atrás referida, mas também pelo facto de não existirem gabinetes para que aqueles possam exercer as suas actividades.
“As condições de trabalho que o Arquivo Histórico de Moçambique oferece aos funcionários, investigadores e até leitores são péssimas”, desabafou.
A fonte disse ainda que “os cerca de dois mil milhões de meticais, que a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) injecta anualmente como bolo orçamental, é irrisório, porque não dá para fazer face às necessidades da casa”. “Temos enormes necessidades e o bolo orçamental é irrisório de tal forma que não dá para cobrir as nossas despesas”, concluiu Joel Tembe.
Conceição Vitorino - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 30.03.2006

NOTA:
Antes de comentar transcrevo a notícia abaixo e que o MOÇAMBIQUE PARA TODOS transcreveu em 14 de Fevereiro de 2005:
Portugal apoia com 600 mil euros reabilitação de Arquivo Histórico de Moçambique
Portugal vai apoiar com mais de 600 mil euros a reabilitação do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM), num projecto que visa a adaptação de um edifício a oficinas de micrografia e restauro de três depósitos históricos do país.
Um acordo de parceria entre a cooperação portuguesa - através dos institutos de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), do Livro e das Bibliotecas (IPLB), dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT) e do Património Arquitectónico (IPPAR) - e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) será quarta-feira assinado em Maputo.
O acordo tem em vista o apoio à revitalização do maior depósito histórico de Moçambique, numa extensão de 26 quilómetros de estantaria de documentos nos três edifícios contemplados.
O director do Arquivo Histórico de Moçambique, Joel Tembe, disse hoje à Agência Lusa que o valor destina-se a execução de um projecto de arquitectura, de especialidade, fiscalização e adaptação de um edifício a oficinas de micrografia.
No âmbito da reabilitação do AHM, a UEM decidiu desactivar o edifício sede por não oferecer condições para o restauro e englobá-lo num dos três estabelecimentos a serem reabilitados com fundos portugueses e que passarão a funcionar como centro de investigação científica, referiu Joel Tembe.
Aquele responsável disse ainda que a UEM pretende informatizar as bibliotecas e instalar um programa de computador, avaliado em 200 mil euros, que permitirá a digitalização de todo AHM, numa iniciativa que se enquadra num outro projecto que contará com o apoio do governo do Japão.
"Pretendemos combinar as tecnologias, o que se traduz na aquisição de novas técnicas de informação digital combinadas com a microfilmagem, que é uma mais valia por poder conservar os filmes, em média, durante 500 anos", sublinhou.
Durante a sua presença em Moçambique, o IPLB e o IPPAR irão oferecer equipamento informático à Casa Museu José Craveirinha, em Maputo.

Agência Lusa - 14.02.2005

Assim, resta-me lançar um desafio ao CANAL DE MOÇAMBIQUE: Saber se Portugal não honrou este compromisso ou, se o honrou, saber onde está o dinheiro e desde quando. Será que está a render juros durante um ano ou dois até que seja disponibilizado?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

23-03-2006

Empresas chinesas encerradas por agressões a trabalhadores

A ministra do Trabalho de Moçambique, Helena Taipo, ordenou o encerramento de dois estabelecimentos comerciais pertencentes a cidadãos chineses, por alegada agressão física a trabalhadores e violação da legislação laboral, na cidade de Quelimane, centro do país.
Um comunicado de imprensa do Ministério do Trabalho de Moçambique refere que Helena Taipo mandou fechar as firmas Monte de Ouro e Irmãos Comércio Kodak, após receber denúncias de que os gerentes dos dois estabelecimentos agrediam fisicamente e insultavam os seus empregados.
Numa visita de surpresa realizada ao primeiro estabelecimento, na capital da província da Zambézia, a titular do pelouro do Trabalho recebeu queixas de que a entidade patronal obriga os trabalhadores a despirem-se, para encontrar possíveis bens roubados.
Na mesma loja, os empregados eram forçados a tirar para fora do estabelecimento sacos de dejectos humanos pelo facto de as casas de banho não estarem a funcionar, segundo a mesma nota de imprensa.
«O encerramento das referidas empresas foi imediato, mas com um carácter temporário, devido a factores sociais dos trabalhadores, podendo a reabertura acontecer mediante um pedido de desculpas públicas aos trabalhadores e à população da Zambézia, em geral, pela parte da entidade patronal», refere a mesma nota de imprensa.
As queixas de maus tratos sofridos por trabalhadores moçambicanos às mãos de empregadores chineses não são novas, sendo mais frequentes na construção civil, onde os empreiteiros chineses estão a ganhar algum terreno, face a empresas sul-africanas e portuguesas, que antes tinham o monopólio do sector.
Noutras cinco empresas que visitou em Quelimane, a ministra moçambicana do Trabalho apurou casos de racismo, cárcere privado, insultos racistas, pagamento de salários abaixo do ordenado mínimo nacional, entre outras sevícias, aponta o Ministério do Trabalho.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 23.03.206
NOTA:
Será que é preciso ser a própria Ministra a desempenhar as funções de inspecção? Não há inspectores do trabalho e segurança social para isso? Ou a sua credibilidade e isenção são postas em dúvida? Ou teria sido a Senhora ministra que para "mostrar trabalho" ordenou que os mesmos não interviessem de imediato para ser ela a fazê-lo, claro que consoante a disponibilidade da sua agenda? E então "casos de racismo, cárcere privado, insultos racistas, pagamento de salários abaixo do salário mínimo nacional, entre outras sevícias", segundo o próprio ministério, não são motivo para actuação imediata, incluido a divulgação do nome dos responsáveis?

Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE

China quer investir em agricultura, ecoturismo e minas

Vice-ministro chinês em Maputo para avaliar condições
O Governo chinês anunciou quarta-feira em Maputo que pretende investir proximamente em projectos agrícolas, de ecoturismo e de exploração mineira em Moçambique, aumentando a cooperação entre os dois países.

A ofensiva económica chinesa foi anunciada pelo vice-ministro do comércio chinês, Wei Jianguo, que se encontra em Moçambique à frente de uma delegação do seu país para avaliar as possibilidades de investimentos em várias áreas, incluindo a de processamento de produtos agrícolas.
Na quarta-feira, o vice-ministro chinês e a primeira-ministra moçambicana, Luísa Diogo, reuniram-se para discutir assuntos relacionados com projectos que venham a incidir mais na área agrícola.
A iniciativa de investimento surgiu na sequência de um encontro mantido no ano passado, em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU, entre o Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, e o chefe de Estado chinês, Hu Jintao.
A este propósito, o ministro moçambicano da Agricultura, Tomás Mandlate, disse que a delegação de Wei «avaliará as áreas onde imediatamente se pode começar a cooperar, implementando projectos específicos, quer de produção agrícola quer de agroprocessamento».
A China irá também «investir nas áreas de formação técnica e científica, numa perspectiva de se melhorar o desempenho da agricultura em Moçambique», acrescentou Mandlate.
Hoje, a delegação chinesa desloca-se à província de Gaza, no Sul, para avaliar as potencialidades do vale de Limpopo, devendo, de seguida, visitar o vale do Zambeze, na província da Zambézia (Centro de Moçambique).
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 23.03.2006

Colabore no Projecto PAIS PROTECTORES

Criancasacomer
“Pais” que protegem à distância
O Projecto Pais Protectores estabelece a ligação de um cidadão português a uma criança moçambicana residente num orfanato ou dependente de uma instituição de acolhimento. Com total transparência em todas as acções desenvolvidas, os Pais Protectores acompanham estas crianças até elas alcançarem a sua independência.
Ser Pai Protector, ou mãe, significa contribuir com 20€/mês para assegurar as necessidades básicas de uma criança desfavorecida e em risco. Esta quantia é enviada integralmente para os gastos da criança apoiada. Aquilo que dá é exactamente o que a criança recebe.

Saiba como colaborar em:
http://www.paisprotectores.com/index.php

21-03-2006

Bicicletas doadas dão sururu na Polícia

Oferecidas pela Embaixada Americana
Das 50 bicicletas que a Embaixada Americana doou ao Ministério do Interior, 50 no total, com o intuito de virem a ser distribuídas pelos agentes da Polícia a fim de serem usadas em missões de patrulhamento e outras operações nas zonas suburbanas da cidade de Maputo, só 25 foram afectadas e até já se viu pela cidade capital um cortejo de uma brigada policial a usar esses velocipedes. Mas há sururu na PRM por causa das restantes. À boca cheia falava em desvios e afectações a oficiais para serem usadas pelos seus filhos e quiçá por eles mesmos em passeatas desportivas.
Desde sábado que o «Canal de Moçambique» tem estado a receber informações de fontes do MINT dando conta de um alegado desvio de parte desses velocípedes para o benefício de fins particulares das chefias.
Ontem o «Canal» falou com o porta-voz do MINT, Elídio Miguel, sobre o assunto. Ele afirmou que o que acontece é que foram distribuídas apenas 25 bicicletas pelos agentes e que as restantes 25 que sobraram ainda estão depositadas naquele ministério. De acordo com aquele porta-voz, os agentes que receberam as bicicletas fazem parte do grupo que participou num curso de capacitação para o patrulhamento nos bairros, financiado pela Embaixada americana, no âmbito dum acordo de cooperação com o MINT.
O destino a ser dado às bicicletas que sobraram no processo de distribuição pelos agentes da PRM ainda não está claramente definido, no entanto, Miguel negou que houvesse planos para o seu desvio.
“Recebemos 50 bicicletas da embaixada americana. Metade já foi distribuída e não há intenções de desvio de bicicletas que sobraram, como se diz”, afirmou.
E, qual o destino a ser dado às restantes bicicletas em poder do MINT, questionou o «Canal»? O porta-voz do MINT laconicamente disse que “não há ainda plano concreto”.
“Ainda não está definido o destino a ser dado às bicicletas que sobraram da distribuição, mas vamos anunciar logo que tudo estiver definido”, disse a concluir o porta-voz do MINT. (S. Macanza)
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 21.03.2006

Espanha quer reforçar cooperação agricola

Fruticultura e agro-indústria
Espanha está interessada em produzir e transformar frutas tropicais de Moçambique, segundo avançou a ministra de Agricultura, Pescas e Alimentação do Governo de Madrid, depois de um encontro em Maputo com o seu homólogo moçambicano Tomas Mandlate.
Espinosa referiu que Espanha tem largos conhecimentos sobre o investimento agrário, que conta com forte apoio de empresas seguradoras que poderão ser utilizados para o desenvolvimento da fruticultura em Moçambique.
A ministra espanhola disse que a perspectiva é de abarcar a transformação industrial, uma área em que Moçambique enfrenta sérias dificuldades, dado que a maioria das frutas produzidas acaba por ser subaproveitada ou apodrece devido às limitações dos níveis de consumo interno em relação à grande capacidade de produção.
Tomás Mandlate indicou que no encontro entre as duas partes foram abordados problemas relacionados com o investimento na área agrícola no seu todo, dado que os bancos comerciais nacionais dificilmente concedem crédito para este ramo, e que 97 por cento das explorações agrícolas são do sector familiar, sem posses financeiras.
EXPRESSO AFRICA - 21.03.2006

17-03-2006

Cooperação com a Rússia entra em ruptura

Serviço Nacional de Saúde
- médicos de malas aviadas
A cooperação entre Moçambique e Rússia na área da Saúde deverá terminar a 31 de Março, final deste mês, referem fontes do «Canal de Moçambique». A suscitar a ruptura está a conversão pelo governo moçambicano do modelo de pagamento salarial aos médicos estrangeiros, incluindo os da Rússia, que têm estado a trabalhar contratados no Serviço Nacional de Saúde.
O «Canal» soube que o governo converteu o «pooling» (um sistema de pagamento de salários dos médicos estrangeiros, subsidiado com fundos externos) para o modelo “B”, pago por fundos do governo, através do dinheiro Orçamento Geral do Estado.
Em resultado da referida conversão, o salário dos médicos abrangidos caiu de 3 mil USD/mês, para 1.300 USD/mês.
Fonte do «Canal» refere que muitos médicos especializados de nacionalidade russa não aderiram ao novo modelo de pagamento e, em consequência disso, receberam do ministro da Saúde, o médico Paulo Ivo Garrido, cartas de despedida, devendo partir para o seu país de origem até 31 de Março de 2005, marcando assim o fim da cooperação entre Moçambique e aquele país.
(S. Macanza) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 17.03.2006

05-03-2006

Índia oferece duas embarcações

Para fiscalização

A Índia vai disponibilizar duas embarcações da sua Marinha de Guerra para fiscalização das águas territoriais moçambicanas.
O acordo nesse sentido será assinado durante a visita de uma semana que o Ministro da Defesa Nacional.
Moçambique tem relações de parceria muito fortes com a Índia, sobretudo na área da Defesa.
ZAMBEZE - 05.03.2006

01-03-2006

Combate à corrupção

A grande ilusão
- lei carece de quadro legal

“A transparência passa pela declaração de bens dos governantes no Boletim da República”, Abdul Carimo, da «Ética Moçambique»
(Maputo) A proposta do governo sobre a estratégia anti-corrupção (2005-2009), cujo debate e posterior aprovação está para breve na Assembleia da República(AR), pode, sem a criação de um quadro legal, ficar esvaziada do seu conteúdo, para gáudio dos dilapidadores do bem público. Este quadro legal iria suprir os déficits da «Lei Anti-Corrupção»(6/2004) aprovada em Junho de 2004 pelo parlamento. Esta é a principal ilação de um debate, ontem realizado aquando do aparecimento oficial do Centro de Integridade Pública - CIP, a mais recente Organização Não Governamental (ONG) da chamada sociedade civil, que pretende dedicar-se às matérias de governação, anti-corrupção e transparência.
O jornalista e pesquisador, Marcelo Mosse é o coordenador nacional da C.I.P, que tem agendado para finais deste mês a divulgação de resultados de pesquisas sobre o galopante fenómeno que é a corrupção, realizadas nos sectores da justiça, educação e saúde.
Estudos anteriores, que tem como pioneiro no país a “Ética Moçambique”, a “Afrobarómetro” e a última das quais encomendada pelo executivo de Joaquim Chissano à Unidade Técnica da Reforma do Sector público (UTRESP) - mas só tornado público depois da posse do novo executivo - revelam indicadores assustadores da percepção que os cidadãos têm em relação ao fenómeno.

Das intenções a realidade

O fenómeno da corrupção em Moçambique é uma realidade avassaladora que se consubstancia na inversão da pirâmide e total degradação de valores sentidos hoje em praça pública.
Uma das promessas eleitorais hasteadas pelo actual presidente da República, Armando Guebuza, foi o cerrado “combate a corrupção”, com tentáculos bem estabelecidos no Estado. Um ano depois das funções, mesmo com casos denunciados, as acções do governo no combate a esse mal, parecem caminhar a passo de tartaruga...., apesar da aprovação da Lei 6/2004. Aliás, o mais recente relatório e parecer sobre a Conta Geral do Estado, auditado pelo Tribunal Administrativo(TA), é disso esclarecedor: empréstimos a margem da lei, fuga ao fisco, transações ilegais de moeda, compra ilegal de edifícios pelo Governo... Até hoje, ao que se saiba, os prevaricadores da coisa pública notificados pelo TA, continuam impunes, e quiçá, sentados na faustosa mesa da opulência.

“Quem não deve não teme”

Porque é que os governantes não publicitam no BR (Boletim da República) os seus bens? Esta foi uma das questões que mais destaque teve no debate de ontem. Seguiram-se, naturalmente, outras interessantes. Se o executivo “Guebuziano” proclama, a plenos pulmões, a transparência como modelo de governação porque é que não aceita este desafio?
Para o jurista Abdul Carimo, cujo nome é propalado como elegível para o posto constitucional de Provedor de Justiça, a Lei 6/2004, peca por não abordar situações como as regras de procurement, a desburocratização, os conflitos de interesses, a declaração de bens.
No debate, como exemplo, um dos intervenientes, citou o caso do ministro da Saúde, Ivo Garrido, que também é co-proprietário da “Clinica 222”. “Imagine que ele faça parte de uma comissão que tem que legislar sobre as clinicas privadas. Não irá privilegiar os seus negócios?”.
Outra questão que (re)emergiu é a das bolsas de estudo para capacitação institucional de quadros de ministério da Educação e Cultura, em que alguns dos beneficiários, são, curiosamente parentes do antigo ministro Alcindo Ngoenha, por sinal até estranhos àquela instituição.
Segundo os vários intervenientes, o mais confrangedor é que estes casos vêm a público, muitas vezes por denúncias veiculadas na imprensa e de acordo com que transparece mas, não são investigados, nem acusados, nem levados a julgamento. Faz-se de conta que ninguém leu, ouviu ou soube.
A nota dominante foi a percepção, quase generalizada, de que alguns casos jamais conhecerão o seu desfecho, devido a proeminentes figuras ligadas à «nomeklatura», tudo, afinal, coisas de um sistema que já não funciona a menos que todo a gente se convença que “para grandes males só grandes remédios”.(Luís Nhachote)
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 01.03.2006

20-02-2006

Kofi Annan nomeia Luísa Diogo para liderar painel da ONU

A Primeira-ministra de Moçambique foi nomeada pelo secretário-geral da ONU para co-presidir a um painel da organização sobre desenvolvimento, assistência humanitária e ambiente, anunciou este fim-de-semana a delegação das Nações Unidas em Maputo.
Luísa Diogo e o primeiro-ministro do Paquistão, Shaukat Aziz, vão coordenar o painel criado por Kofi Annan para avaliar a eficiência da acção da organização multinacional nas áreas do desenvolvimento, assistência humanitária e ambiente.
Fazem parte do painel 13 outras personalidades de vários quadrantes e países.
O relatório a elaborar pelo painel, no âmbito do programa de reformas da ONU, actualmente em curso, vai ser submetido em Julho a uma consulta preliminar dos conselhos de administração das Nações Unidas e, posteriormente, ao secretário-geral da organização.
Luísa Diogo, que exerceu as funções de Primeira-ministra no anterior governo do presidente Joaquim Chissano e foi reconfirmada no cargo pelo actual chefe de Estado, Armando Guebuza, integrou a comissão da ONU para o sector privado e desenvolvimento, cujo relatório foi divulgado em Maputo em 2004.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 20.02.2006

17-02-2006

FMI questiona megaprojectos

Embora reconheça que os megaprojectos têm colocado “Moçambique no mapa”, o último relatório do FMI sobre o País coloca uma nota de caução na gestão deste tipo de projectos, para “evitar corrupção, minimizar distorções comerciais e de mercado e assegurar benefícios para as gerações futuras”.

O relatório diz que, apesar de os megaprojectos contribuírem para 60-70% do total das exportações moçambicanas, o seu impacto na balança de pagamentos é limitado se se tomarem em conta os volumes de importações relacionados com os projectos, o serviço de dívida, a transferência de lucros, dividendos e royalties, assim como os pagamentos aos trabalhadores que são predominantemente transaccionados no exterior.

Uma tabela publicada no relatório dá exactamente esta dimensão. A projecção das exportações de projectos como a MOZAL, HCB, SASOL e areias pesadas de Moma está orçada em 1,192 milhões de dólares em 2005, contra 466 milhões de importação de equipamentos, serviços e matérias- primas. Em termos de receitas para o Estado, os proveitos são: 3,6 milhões em impostos sobre os salários dos trabalhadores, 7,9 milhões em impostos das empresas e 6,9 milhões em dividendos. O montante dos salários pagos pelos megaprojectos estão orçados em 55 milhões de dólares.

Abordando a problemática, o FMI refere que os megaprojectos foram instalados em zonas industriais livres com regimes fiscais especiais, nomeadamente baixas taxas de imposto sobre os rendimentos das companhias (IRPC), isenções tarifárias, deduções nos investimentos iniciais através de contribuições para a infra-estrutura pública que podem ser também deduzidos dos impostos. Como resultado, “as suas contribuições para o Orçamento de Estado têm sido marginais e não vão aumentar significativamente a médio prazo”. Considera que as actividades dos projectos na área social (escolas, postos de saúde, etc.) e do ambiente, habitualmente alvo de grande publicidade mas que envolve deduções fiscais, assim como a própria participação do Estado nos projectos deve ser alvo de uma clara definição e descrição nos documentos orçamentais.

O FMI faz notar que continua problemática a prestação de informação em tempo útil, sobretudo em termos de contribuição para as receitas, contribuição para os impostos e as actividades com impacto na fiscalidade dos projectos. O FMI recomenda a criação de uma unidade no Ministério das Finanças especificamente para acompanhar e fiscalizar a área dos megaprojectos.

“Há a necessidade de reforçar a transparência e a prestação de contas para melhorar a gestão dos recursos naturais para assegurar que os rendimentos contribuam para um desenvolvimento sustentável e alívio da pobreza”.

Entre 1997 e 2004, o investimento cumulativo atingiu os quatro mil milhões de dólares e a contribuição dos megaprojectos no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi de sete porcento.

SAVANA - 17.02.2006

União Europeia dá 95 ME para orçamento de Estado moçambicano

A Comissão Europeia anunciou hoje uma doação de 95 milhões de euros ao orçamento de Estado moçambicano para 2006/07, embora condicionando o auxílio ao "bom desempenho" do executivo em áreas previamente definidas. 

O encarregado de negócios da Comissão Europeia, Francisco Carreras, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Henrique Banze, rubricaram, em Maputo, um acordo de cooperação que estabelece as formas do auxílio europeu ao orçamento moçambicano.

O documento prevê a concessão em cada um dos dois anos de um máximo de 45 milhões de euros, destinados a diversos sectores, e mais cinco milhões de euros para capacitação institucional e assistência técnica, sobretudo no âmbito de gestão das finanças públicas.

Bruxelas definiu com o Governo moçambicano um modelo de atribuição de fundos de cinco anos, que depende, essencialmente, dos objectivos atingidos por Moçambique nas áreas da Saúde, Educação e Finanças Públicas.

No entanto, a atribuição do montante "dependerá do desempenho atingido em algumas áreas onde metas específicas foram previamente definidas", sublinha o documento hoje assinado.

Francisco Carreras referiu à Agência Lusa que durante o último programa de cooperação "Moçambique teve uma performance muito positiva, comparativamente aos restantes países de África, Caraíbas e Pacífico" (ACP).

Segundo Carreras, Moçambique conseguiu alcançar resultados favoráveis, sobretudo ao nível macroeconómico, um dos pressupostos assentes nos 49 indicadores de avaliação de desempenho dos Governos ACP.

O alcance dos indicadores possibilita o aumento do apoio a cada Estado, o que levará a Comissão Europeia a definir uma expansão no seu leque de auxílio a Moçambique, já por um período alargado de seis anos, destacou Carreras.

Henrique Banze congratulou-se com a iniciativa da União Europeia, que descreveu como "um parceiro importante e que muito contribui para o desenvolvimento de Moçambique".

"Os apoios da União Europeia são visíveis e têm um grande impacto, por isso, temos a expectativa de consolidarmos a nossa cooperação", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique.

LUSA - 16.02.2006

16-02-2006

Alemanha subsidia o orçamento do Estado e projectos de desenvolvimento

Oitenta e oito milhões de euros é quanto o governo alemão vai alocar para Moçambique no período 2006 a 2007, valor que representa um acréscimo de 30 por cento dos actuais 68 milhões de euros que aquele país disponibilizou no ano passado, para apoiar o Orçamento do Estado e não só.

O embaixador da República Federal da Alemanha em Moçambique, Klaus Cheistian Kraemer, revelou o dado, depois da audiência que manteve ontem em Maputo, com representante a Assembleia da República, Eduardo Mulémbwè.
“ A Alemanha subsidia o orçamento do Estado e projectos de desenvolvimento em todas as províncias de Moçambique, mas com maior peso em Inhambane, Manica e Sofala ”, disse Kraemer.
Dentre vários apoios prestados pelo governo alemão, destaca-se também o estudo para a construção da ponte sobre o rio Zambeze, a disponibilização no ano passado de 5.8 milhões de euros no âmbito da capacitação e desenvolvimento do Parque Nacional do Limpopo, integrado no grande parque transfronteiriço do Limpopo que liga Moçambique, África do Sul e Zimbabwe.
ZAMBEZE - 15.02.2006

Institutos politécnicos de Gaza e Tete - Assegurados fundos para construção de raíz

O Fundo do Koweit e o Banco Árabe para o Desenvolvimento Africano (BADEA) manifestaram-se disponíveis a financiar a construção de instalações de raíz para o funcionamento dos institutos superiores politécnicos de Gaza e Tete, respectivamente.

Presentemente, segundo Rafael Massinga, presidente da Comissão Instaladora do Instituto Superior Politécnico de Gaza, decorre o processo de preparação para o início das aulas, uma vez concluída a fase de selecção dos sessenta candidatos aprovados entre os cerca de 180 que prestaram provas de admissão para aquela instituição.
De acorco com a fonte, o arranque das aulas está agora dependente da conclusão das obras de reabilitação em curso num dos blocos da Escola Agrária do Chókwé, onde o instituto vai operar até que se conclua a obra de raíz projectada para a região de Lionde, igualmente no distrito de Chókwè.
`Foi-nos prometido que as obras seriam concluídas até finais de Fevereiro, razão por que acreditamos que as aulas vão começar no início de Março. Agora, os estudantes estão envolvidos no processo de matrícula, ao mesmo tempo que estamos á espera de receber o mobiliário e outro material necessário para o arranque da leccionação´, disse Massinga, acrescentando que o seu instituto já dispõe do número mínimo de docentes para arrancar com as aulas.
Sobre o financiamento da construção de novas instalações para o instituto, a fonte disse que uma missão do Fundo do Koweit esteve recentemente no Chókwé tendo feito uma avaliação positiva do projecto, razão por que reina uma expectativa em torno da consumação do projecto nos moldes em que foi concedido.
Movimento idêntico está em curso ao nível do Instituto Superior Politécnico de Tete, cujo presidente da Comissão Instaladora, Bernardo Ben, disse haver garantia do BADEA para o financiamento da construção de um edifício de raíz para o funcionamento da instituição.
Refira-se que um terceiro instituto superior politécnico deverá igualmente entrar em funcionamento este ano na província de Manica, ao abrigo da disposição que norteou a abertura das suas congéneres de Gaza e Tete.

NOTÍCIAS - 16.02.2006

14-02-2006

BAD financia projectos sociais e económicos com 201 milhões de euros

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou hoje em Maputo um financiamento de cerca de 201 milhões de euros a diversos projectos sociais e económicos em Moçambique, como reconhecimento dos "progressos registados no país".
A concessão do apoio foi anunciada pelo presidente do BAD, Donald Kaberuka, no âmbito de uma visita de três dias que realiza a Moçambique.
O economista do Ruanda que preside ao BAD afirmou que a verba será afecta ao orçamento do Estado mas também utilizada no apoio a diversas actividades do sector privado, tendo em vista a expansão da ajuda a Moçambique.
"Noto que há um caminho longo por percorrer, mas Moçambique fez progressos significativos no desenvolvimento sócio-económico e estamos muito encorajados a continuar a apoiar esses progressos", sublinhou Kaberuka.
No quadro da visita a Moçambique, o presidente do BAD assinou com o ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, um memorando de entendimento sobre a inclusão daquela instituição financeira africana no mecanismo comum de financiamento ao orçamento do Estado moçambicano.
"O mecanismo comum é muito importante para o Governo, porque permite que as modalidades de desembolso, auditoria e fiscalização sejam feitas de uma única forma", sublinhou Chang.
A deslocação do presidente do BAD incluiu ainda a inauguração em Maputo da sede desta instituição na África Austral, a partir da qual irá desenvolver as suas actividades em Moçambique, África do Sul, Botsuana, Lesotho, Namíbia e Suazilândia.
Além de um encontro com o titular do pelouro das Finanças, Donald Kaberuka reuniu-se igualmente com a primeira-ministra de Moçambique e visitou diversos empreendimentos sócio-económicos.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 14.02.2006

13-02-2006

Programa de Desenvolvimento Municipal - Banco Mundial aloca 8.5 milhões de USD

O Banco Mundial colocou á disposição do Conselho Municipal da Cidade de Maputo cerca de 8.5 milhões de dólares norte-americanos para a prossecução de projectos de reabilitação de estradas e sistemas de saneamento de águas pluviais, inscritos no Programa de Desenvolvimento Municipal (PDM).

Parte deste montante está a ser aplicado na reabilitação da Rua da Malhangalene e dos passeios centrais da Avenida 24 de Julho, empreendimentos que se espera venham a ser concluídos até o mês de Abril do ano corrente.
O projecto de reabilitação da Rua da Malhangalene, cuja execução foi recentemente iniciada, está dividido em duas fases sendo a primeira, aquela que abrange o troço entre a Avenida Marien N´gouabi e a Rua Castelo Branco.
A segunda fase, vai compreender o troço entre a Rua Castelo Branco e a Avenida Joaquim Chissano. A reabilitação da Rua da Malhangalene vai no total custar cerca de 1265 dólares norte americans.
Na última semana, o edil de Maputo, Eneas Comiche, visitou a Rua da Malhangalene, com o objectivo de `in loco´ se inteirar dos trabalhos em curso, tendo na ocasião manifestado satisfação, depois de tomar conhecimento de que os trabalhos a realizar são relativamente inferiores ao que se pensava.
A ser assim, de acordo com Eneas Comiche, será possível poupar algum dinheiro para ser aplicado noutros empreendimentos.
De referir que além da Rua da Malhangalene e dos passeios centrais da Avenida 24 de Julho, o financiamento aloucado ao PDM contempla ainda a reabilitação das ruas do Timor, da Lixeira, da Mesquita, construção de parques de estacionamento nas avenidas Filipe Samuel Magaia, Zedequias Manganhela, Fernão de Magalhães, Rua Pereira do Lago e no Mercado Central. Salienta-se igualmente a reabilitação das avenidas 10 de Novembro e Gago Coutinho (no Bairro do Aeroporto), as ruas da Agricultura, do Chá e das Acácias (no Bairro do Jardim), entre outras artérias, incluindo a vala 3 no Bairro da Mafalala, mercado grossita do Zimpeto e o muro de protecção da Marginal.

NOTÍCIAS - 13.02.2006

10-02-2006

Suécia aumenta apoio apesar da falta de transparência no passado

O apoio da Suécia a Moçambique vai aumentar este ano cinco por cento, atingindo cerca de 84 milhões de euros, apesar de Estocolmo considerar que no passado houve "alguma falta de transparência" na cooperação.

O conselheiro para a cooperação da embaixada da Suécia em Maputo, Anton Jonston, disse hoje à Agência Lusa que a verba destina- se a actividades como electrificação rural, agricultura, combate ao HIV/SIDA e fortalecimento da sociedade civil, em diversos pontos de Moçambique.
O Governo sueco ainda vai assinar novos acordos específicos nas áreas em que se irá utilizar o fundo, acrescentou Jonston.
O aumento da ajuda sueca a Moçambique traduz a confiança deste país nos esforços do Governo moçambicano na luta contra a pobreza absoluta, que afecta mais de 50 por cento da população.
"O balanço da cooperação entre a Suécia e Moçambique é, no geral, bom", enfatizou o conselheiro para a cooperação da embaixada da Suécia em Maputo.
Apesar dessa avaliação positiva, Anton Jonston assinalou que Estocolmo foi forçado a interromper alguns programas de cooperação com Moçambique, devido à falta de transparência na utilização da ajuda.
Em 2005, a Suécia suspendeu o apoio ao Ministério da Educação moçambicano, após uma auditoria ter detectado a concessão de bolsas financiadas com dinheiro da cooperação sueca a parentes do então titular da Educação, Alcido Ngwenha.
A secretária de Estado sueca para os Negócios Estrangeiros, Anika Bjurner Soder, exigiu esta semana em Maputo avanços na luta contra a corrupção e progressos no sector da Justiça, apontando estes dois pilares como importantes no combate à miséria.
A exigência foi feita durante um encontro entre Soder e embaixadores suecos em África, em que foi debatida a temática da corrupção e justiça no continente.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 10.02.2006

03-02-2006

Portugal e Microsoft anunciam parceria para África lusófona

Bill Gates

O primeiro-ministro, José Sócrates, e o presidente da Microsoft, Bill Gates, anunciaram hoje que a curto prazo vão avançar com parcerias para a cooperação e desenvolvimento dos países africanos de expressão portuguesa.

O anúncio da parceria entre Portugal e a Fundação Melinda e Bill Gates foi anunciada após um encontro de trabalhado entre o primeiro-ministro e o presidente da Microsoft, em São Bento, reunião que durou cerca de 45 minutos.

Na declaração que fez aos jornalistas, José Sócrates destacou a «importância mundial» da Fundação Melinda e Bill Gates ao nível da ajuda humanitária para o combate a doenças e para a promoção do acesso à saúde no continente africano.
«O Governo português tudo fará para a curto prazo desenvolver uma parceria de cooperação com a Fundação Melinda e Bill Gates nos domínios humanitários e que se destinará sobretudo aos países africanos de expressão portuguesa», salientou José Sócrates.
Por sua vez, o presidente da Microsoft congratulou-se por ter «interesses comuns com Portugal também ao nível da ajuda humanitária».

«Nesta reunião, também falámos de um conjunto de medidas para ajuda a países como Angola e Moçambique. Estou muito satisfeito por estar aqui em Portugal», afirmou Bill Gates.

EXPRESSO AFRICA - 01.02.2006

02-02-2006

Governo quer criar universidade de medicina com apoio de Cuba

No norte do país

O ministro da Educação e Cultura de moçambicano, Aires Aly, declarou que o Governo está «a discutir com Cuba» a criação da primeira universidade pública no norte de Moçambique. A principal componente da universidade deverá ser a faculdade de medicina, «área em que Cuba está evoluída», acrescentou o ministro moçambicano, sublinhando que o projecto deverá ficar concluído ainda durante o mandato de cinco anos do actual executivo, que tomou posse em Fevereiro de 2004.

«É um projecto em que contamos com vários parceiros, mas Cuba é um parceiro a ter em conta, devido à longa experiência no ensino e na saúde», frisou Aires Aly.
Cuba formou mais de 3.500 quadros moçambicanos e alberga actualmente cerca de 50 estudantes moçambicanos em diversas das suas universidades.
Mais de 200 cooperantes cubanos trabalham nos domínios da Saúde e da Educação em Moçambique, no âmbito de uma cooperação que os dois países querem ver reforçada.
Nessa perspectiva, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cuba, Filipe Pérez de Roque, visitou Moçambique entre terça e quarta-feira e expressou a vontade de Havana em estreitar as relações bilaterais.
«Moçambique pode contar com a cooperação de Cuba nas áreas em que os dois países sempre trabalharam», sublinhou Roque, momentos após o encontro com o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza.
Com a projectada universidade pública no norte de Moçambique, o Governo pretende responder à elevada procura que se regista no ensino superior por parte dos estudantes daquela região do país, que são obrigados a prosseguirem em Maputo a carreira estudantil.
Moçambique conta com apenas três universidades públicas: a Universidade Eduardo Mondlane, o Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI), ambas no sul do país, e a Universidade Pedagógica, no sul e centro.

Com a abertura do ensino à iniciativa privada, na década passada, fundaram-se mais de uma dezena de universidades privadas.

EXPRESSO AFRICA - 02.02.2006

30-01-2006

Portugal mantém 4º lugar no IDE em Moçambique

Portugal aumentou o valor dos investimentos em Moçambique mas manteve-se, em 2005 face a 2004, como o quarto maior fornecedor de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) naquele país da África Austral, revelam números do Centro de Promoção de Investimentos (CPI), citados na imprensa sul-africana.
No total, o volume de IDE português alcançou 7,3 milhões de dólares no ano passado, contra 5,6 milhões no ano anterior.

A África do Sul cotou-se como o maior fornecedor de IDE, tendo duplicado o valor dos fluxos dirigidos para o país de expressão oficial portuguesa. O investimento da gigante sul-africana ascendeu a 93,7 milhões aplicados em 52 projectos de infra-estruturas, e a representar 58% do total do IDE dirigido a Moçambique durante 2005, cujo valor totalizou 164,5 milhões de dólares, mais 34% face ao apurado em 2004.

Os valores globais deixam de fora alguns investimentos de pequeno montante que estão em curso ou em processo de aprovação e cuja monitorização passa pelo GAPI (gabinete de apoio e promoção do investimento).

A posição de Portugal (4º) é precedida pela de outros países como o Zimbabué, e Reino Unido, respectivamente Segundo e terceiro maiores fornecedores de IDE.

Nota ainda para a China, que trepou 19 lugares no ranking ( de 25º para sexto), colando-se a Portugal com um total de 5,6 milhões de investimento em 2005, valor que compara com apenas 292 mil dólares contabilizados em 2004.

STOP - 29.01.2006

15-01-2006

ASDI apoia sistema de número único de identificação

A Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI) vai apoiar o estabelecimento do sistema de número único de identificação do cidadão em Moçambique, indica um comunicado de Imprensa do Ministério, da Ciência e Tecnologia de Moçambique.
Esse apoio foi assegurado ao ministro do pelouro, Venâncio Massingue, durante a visita que efectuou recentemente à Suécia, onde participou na cimeira da CISCO Systems sobre Serviço Público.
Segundo a fonte, a ASDI manifestou-se ainda interessada em apoiar o processo de harmonização da infra-estrutura tecnológica em Moçambique.
A fonte indica ainda que a Suécia, Moçambique e a CISCO Systems vão assinar, este mês, em Maputo, um memorando de entendimento com vista ao apoio a programas de desenvolvimento de Tecnologias de Informação e Comunicação no país.

STOP - 13.01.2006

12-01-2006

Petrobras e Vale o Rio Doce anunciam acordo para investir em Moçambique

A estatal brasileira Petrobras e a mineira Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) assinaram ontem um "memorando de intenções" para investimentos conjuntos na exploração de gás em Moçambique.
O presidente da CVRD, Roger Agnelli, salientou que o acordo "é um passo no reforço da internacionalização das companhias em um país que fala português e que tem grandes recursos naturais".
O presidente da estatal petrolífera Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, por seu turno, afirmou que oacordo "abre a possibilidade de uma complementaridade de investimentos" no sector energético.
"O importante é que a assinatura da parceria demonstra o interesse estratégico das duas companhias em explorar, transportar e utilizar o gás em Moçambique", disse Gabrielli de Azevedo.
Roger Agnelli realçou que o acordo permitirá a realização de estudos para investimentos em outros negócios em Moçambique, "país que tem grandes reservas naturais inexploradas e grande potencial de energia".
A CVRD venceu em 2004 o concurso público para explorar o complexo carbonífero de Moatize, na região do Vale do Zambeze, em Moçambique, num investimento de 746 milhões de euros.
Roger Agnelli disse que a região de Moatize, no Norte de Moçambique, tem cerca de 2,4 mil milhões de toneladas de carvão, o que transforma a mina em uma das maiores do mundo.
Os estudos para exploração da mina deverão ser concluídos em Junho deste ano, avançou o presidente da maior produtora mundial de minério de ferro.
A exploração da mina deverá ser realizada através do Porto de Nacala, de águas profundas, também na região norte de Moçambique.
Os dois executivos afirmaram ainda que pretendem participar dos futuros concursos públicos para exploração de gás em Moçambique.
"Estaremos prontos para quando o governo decidir realizar concursos públicos. O importante é que estaremos em Moçambique", disse o presidente da CVRD, durante um conferência de imprensa.
A Companhia Vale do Rio Doce, actualmente a maior companhia privada da América Latina, tornou-se igualmente uma das três maiores empresas mineiras do mundo em diversidade de produtos.
A Companhia Vale do Rio Doce, que tem a China como o seu maior cliente no estrangeiro, planeia investir cerca de 3,5 mil milhões de euros este ano.
A Petrobras planeia investir 45,8 milhões de euros, nos próximos quatro anos, nomeadamente na América Latina, Golfo do México e na África Ocidental.
A maior empresa estatal brasileira tem registado recordes de produção de petróleo, que ascendeu para 148 mil barris diários em 2005, o que deverá transformar o Brasil num país auto-suficiente ainda este ano.

AGÊNCIA LUSA - 11.01.2006

Governo assina com Filipinas acordo para relançar produção do arroz

O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique e o Instituto Internacional de Investigação do Arroz das Filipinas vão assinar esta semana na capital filipina, Manila, um acordo de cooperação na área da cultura do arroz.
Um comunicado de imprensa do Ministério da Agricultura de Moçambique refere que o entendimento será rubricado no âmbito de uma visita de trabalho que o titular do pelouro, Tomás Mandlate, realiza entre 11 e 13 deste mês às Filipinas.
Através do acordo com o Instituto Internacional de Investigação do Arroz, o maior centro de pesquisa do arroz no mundo, Moçambique pretende obter "a transferência de tecnologias de produção e processamento do arroz", refere a nota de imprensa.
"O acordo é de extrema importância no contexto do relançamento da produção de arroz no país e no âmbito de uma cada vez melhor geração e transferência de tecnologias de produção e processamento deste cereal", sublinha o Ministério moçambicano da Agricultura.
O Arroz tem um papel importante na segurança alimentar da população moçambicana, que consome anualmente cerca de 450 mil toneladas deste produto.
Moçambique tem uma área potencial de 900 mil hectares para a produção sustentável do arroz.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 11.01.2006

09-01-2006

Lurdes Mutola leiloa medalhas

A fim de angariar fundos para PAM

Lourdes_mutola A especialista moçambicana de meio-fundo, Maria de Lurdes Mutola, vai leiloar parte das suas medalhas a fim de angariar fundos para apoiar o Programa Mundial de Alimentação, PAM.
Assim Lurdes Mutola vai doar um estojo com a medalha de ouro que ganhou nos Jogos Olímpicos de Sidney (Austrália) em 2000.
A doação daqueles bens respondem o pedido da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) que vai organizar a 16 de Janeiro leilões na internet de algumas lembranças pessoais oferecidas por grandes atletas mundiais.
Para além da Lurdes Mutola, no continente africano, a IAAF solicitou também o apoio do queniano Paul Tergat, detentor do recorde do mundo da maratona.
Paul Tergat, ofereceu a camisola que vestiu durante a edição de 2005 da Maratona de Nova Iorque (Estados Unidos).
O leilão destina-se a angariar fundos para o Programa Alimentar Mundial (PAM), para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e para o Fundo das Nações Unidas paraa Infância (UNICEF).
Num comunicado, a IAAF indicou que mais de 50 atletas ofereceram camisolas, números de identificação das camisolas, estatuetas e fotografias dedicadas às suas vitórias mais brilhantes.
Estas doações foram entregues ao projecto humanitário da IAAF "O Atletismo para um Mundo Melhor", precisou o comunicado.
ZAMBEZE - 06.01.2006

04-01-2006

PMA sem fundos para acorrer esfomeados

Maputo – O Programa Mundial de Alimentação (PMA) está sem fundos para acorrer às vitimas da fome em Moçambique.

Angela Van Rynbach, representante do PMA em Moçambique, disse ao mediaFAX que a sua instituição necessita de um valor adicional de 3.5 milhões de dólares, para acorrer a 800 mil moçambicanos no centro e sul de Moçambique afectados pela fome.

“Tentamos ajudar todos os necessitados em cooperação com o Governo e os nossos parceiros, mas ainda precisamos de 3.5 milhões de dólares”, esclareceu a fonte, acrescentando que o seu organismo estava preocupado com o número de pessoas afectadas pelo HIV/SIDA e a insegurança alimentar.

Informações em poder do mediaFAX indicam que de Julho a Novembro de 2005, o PMA gastou pouco mais de 5.3 milhões de dólares americanos para ajudar os afectados pela seca em seis províncias do sul e centro de Moçambique, nomeadamente Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete.

De Julho a Novembro, o PMA distribuiu cerca de 9.5 mil toneladas e, para o resto da época seca, Dezembro a Março, este organismo planificou a distribuição de cerca de 40 mil toneladas pelos quatro meses.

Pelo menos uma média de 90 milhões de pobres, incluindo 61 milhões de crianças com fome, recebem ajuda alimentar através do PMA, em cerca de 80 dos países mais pobres do mundo, incluindo Moçambique.

Recentemente, o PMA recebeu do governo japonês cerca de 5 mil toneladas de arroz, destinado às vítimas da fome no sul e centro de Moçambique, avaliado em um milhão de dólares. Estima-se que a esta ajuda venha a beneficiar mais de 100 mil famílias durante três meses.

(Benedito Luís) – MEDIA FAX – 04.01.2006

22-12-2005

Portugal oferece 300 mil euros

LISBOA 22

– Na sequência do recente apelo do governo de Moçambique e das Nações Unidas para o apoio humanitário, o governo português acaba de garantir uma contribuição com 300 mil euros para programas de mitigação dos efeitos da seca em Moçambique.

A iniciativa tem em vista complementar os esforços do governo moçambicano na assistência às populações “mais afectadas e vulneráveis” às mudanças climáticas.

A referida verba será disponibilizada pelo Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) para o projecto da UNICEF que visa colmatar os efeitos da seca em Moçambique, tendo como principal objectivo o apoio a crianças das zonas do país mais atingidas pela seca, em termos de nutrição e saúde.

EXPRESSO(Maputo) - 22.12.2005

Apenas um quarto das vítimas da fome recebeu apoio no país

O Programa Alimentar Mundial (PAM) afirmou hoje em Maputo que apenas 200 mil pessoas afectadas pela fome em Moçambique receberam comida, das 800 mil pessoas atingidas pela carência alimentar.
Segundo a representante do PAM em Moçambique, Angela Van Rynbach, são necessárias 89.000 toneladas até Março do próximo ano para que a totalidade das pessoas em crise alimentar receba comida.
Rynbach acrescentou que a crise humanitária, devido a fome com que Moçambique se debate, é agravada pela SIDA, pois "muitos não sofrem só da fome, mas são também afectados pelo HIV/SIDA".
"O PAM distribuiu alimentos a pessoas doentes ou muito pobres que não se podem sustentar sozinhas", disse a representante daquela instituição das Nações Unidas.
A insuficiente rede de saúde e de educação degradam ainda mais o quadro de miséria em que vivem as comunidades atingidas pela fome em Moçambique, reconheceu ainda a representante do PAM.
"O apoio alimentar é importante para garantir que as pessoas estejam de boa saúde, quando encaram momentos difíceis e o PAM irá garantir que esta comida ajude pessoas mais vulneráveis", sublinhou Angela Van Rynbach.
Rynbach referia-se a uma doação de 7500 toneladas de arroz feita quarta-feira pelo governo da Argélia para acudir às vítimas da fome em Moçambique.
"Este donativo da Argélia é parte essencial dos auxílios de que precisámos para a ajuda aos mais necessitados até à próxima colheita", frisou a representante do PAM.
Além de Moçambique, a Argélia também doou arroz para a Zâmbia e Malaui, países da África Austral que atravessam uma fome severa, devido à seca prolongada.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 22.12.2005

14-12-2005

Últimas DOAções a Moçambique

EUA doa 83,2 mil euros para a prevenção da SIDA na polícia
[ 14-Dec-2005 - 13:57 ]

O Governo dos Estados Unidos anunciou hoje em Maputo uma doação de 83,2 mil euros para a prevenção do HIV/SIDA na polícia moçambicana, uma das organizações sócio- profissionais mais atingidas pela doença no país.
Itália doa 20 milhões de euros para ponte sobre o Rio Zambeze
[ 14-Dec-2005 - 13:56 ]

O Governo italiano anunciou em Maputo um financiamento de 20 milhões de euros para o fundo de construção da ponte do Rio Zambeze, uma importante infra-estrutura que vai ligar o centro e o norte de Moçambique.


UE dá 5,9 milhões de euros para sete projectos desenvolvimento e desminagem
[ 13-Dec-2005 - 15:20 ]

A União Europeia atribuiu mais de cinco milhões de euros a sete projectos de desenvolvimento rural, educacão, saúde e bem-estar em seis províncias de Moçambique, dos quais 900 mil euros são para acções de desminagem no país.

[ 13-Dec-2005 - 15:03 ]

China doa um milhão de dólares para apoio a vítimas da seca
A China vai entregar a Moçambique um donativo de um milhão de dólares para apoio às vítimas e consequências da seca prolongada no país, disse hoje o embaixador de Pequim em Maputo, Hong Hong.


EUA apoiam vítimas da fome com 13,4 milhões de euros em alimentos
[ 12-Dec-2005 - 14:47 ]

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) anunciou hoje em Maputo o apoio às vítimas da fome em Moçambique com quatro mil toneladas métricas de alimentos, avaliadas em 13,4 milhões de euros.
[ 13-Dec-2005 - 15:03 ]

UE disponibiliza 2,4 milhões de euros para os direitos humanos

A União Europeia anunciou hoje em Maputo um apoio de cerca de 2,4 milhões de euros para sete projectos apresentados por organizações da sociedade civil que operam em Moçambique na promoção dos direitos humanos.
[ 7-Dec-2005 - 16:17 ]

Banco Mundial financia conservação ambiental e ecoturismo
O Banco Mundial (BM) anunciou um financiamento de cerca de 8,5 milhões de euros para projectos nas áreas da conservação ambiental e do ecoturismo em Moçambique, envolvendo comunidades locais.
[ 3-Dec-2005 - 14:28 )

NOTÍCIAS LUSÓFONAS

Vieira e Eusébio em Moçambique

Slb O presidente encarnado viaja hoje para Maputo - na companhia de António Carraça e Eusébio -, onde irá lançar as bases da internacionalização do novo kit de sócio, algo que também deseja ver concretizado em Angola e Cabo Verde
Ao longo do seu mandato, Luís Filipe Vieira tem feito questão de estar sempre perto dos adeptos benfiquistas, independentemente da sua localização no globo. Hoje, o presidente encarnado continua o seu périplo e viaja, ao final da tarde, para Moçambique, onde terá mais alguns dias de agenda bem preenchida.
A viagem até Maputo é longa - mais de dez horas de voo -, pelo que o responsável máximo da Luz só irá chegar ao aeroporto de Mavalane amanhã de manhã. Depois de falar à Imprensa, o líder benfiquista não terá descanso, visto que, logo de seguida, está prevista uma visita ao Clube de Desportos da Costa do Sol, com o qual Filipe Vieira assinará um protocolo de cooperação. Depois de almoço, a comitiva encarnada - o gestor profissional para área do futebol de formação, António Carraça, e Eusébio, que regressa à sua terra natal, viajam ao lado do presidente - é recebida pelo ministro da Juventude e Desporto de Moçambique, David Simango, cumprindo a primeira recepção estatal da visita à antiga colónia lusa. O dia termina preenchido com a festa de gala do 50.º aniversário do Clube de Desportos da Costa do Sol, para a qual os responsáveis benfiquistas também foram convidados.

Na próxima quinta-feira, pelas 8h00 (mais duas horas do que em Portugal continental), Luís Filipe Vieira deverá ser recebido pelo próprio Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, mas o encontro ainda não está confirmado. Certa é uma visita à Academia de Futebol da velha glória encarnada Mário Coluna. Para esse mesmo dia, à noite, a comitiva das águias tem já marcado um jantar com vários empresários da região, aproveitando a presença em Moçambique para lançar as bases da internacionalização do Kit Novo Sócio. Esta é, de resto, uma das intenções de Luís Filipe Vieira, que, ainda no rescaldo da vitória sobre o Manchester United, recordou este objectivo do clube: "Queremos partir para a internacionalização do kit. Primeiro, será na América do Norte [o presidente encarnado esteve lá recentemente], a partir de terça-feira estarei em Moçambique e, depois, serão Angola e Cabo Verde."

A viagem a Moçambique é encerrada na sexta-feira, com um jantar organizado pela "família benfiquista", onde Luís Filipe Vieira terá direito a uma homenagem. A comitiva das águias parte de Maputo ao início da tarde de sábado, chegando a Lisboa já ao início da madrugada de domingo.

STOP - 13.12.2005

UE adopta nova estratégia para o desenvolvimento em África

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) adoptaram hoje uma nova estratégia para promover o desenvolvimento em África que prevê acções de cooperação em áreas como a segurança, direitos humanos, luta contra doenças e emigração.
A Comissão Europeia divulgou hoje em comunicado que a nova estratégia, que deverá ser aprovada no Conselho Europeu, quinta e sexta-feira, em Bruxelas, "marca uma nova era" nas relações entre a UE e África e o início "de uma nova parceria entre os dois continentes". A iniciativa pretende promover o diálogo com a União Africana (UA) e com as organizações regionais do continente e a nível de acções concretas a aposta será nas áreas de infra-estruturas, energia e telecomunicações.
O novo plano, apresentado em Outubro pela Comissão, prevê um investimento suplementar de 10.000 milhões de euros por ano e foi, pela primeira vez, definido em conjunto com os países africanos e com as organizações regionais.
Além das apostas principais, a UE pretende promover o desenvolvimento do sector privado e do comércio entre países africanos e canalizar ajudas específicas para a luta contra a SIDA e outras doenças, para promover a boa governação e desenvolver mecanismos de paz e segurança a cargo da UA e de organizações regionais.
"A Europa acaba de demonstrar claramente que deseja modificar a maneira como negoceia, trabalha e coopera com África. A nossa relação baseia-se num diálogo político estável entre iguais", indicou o comissário europeu para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, Louis Michel.
Segundo o comissário, deve evitar-se uma relação "paternalista", porque o objectivo "não é substituir os países, mas sim reforçar as suas capacidades e a boa governação".
A Comissão acrescentou que "as conversações com os países africanos e as organizações estão a converter esta estratégia em projectos concretos para aumentar a estabilidade, promover o crescimento económico e reduzir a pobreza".

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 12.12.2005

10-12-2005

Dinamarca suspende cooperação devido a extensas irregularidades

A Dinamarca anunciou hoje a suspensão de um programa de cooperação com Moçambique na área da educação, alegando ter detectado "extensas irregularidades" na sua administração.
O programa apoiado pela Dinamarca desenrola-se na província da Zambézia, centro de Moçambique, e foi alvo de uma auditoria levada a cabo pela embaixada do país em Maputo.
"A parte preliminar da auditoria acaba de ser concluída e mostra extensas deficiências na administração do programa, incluindo o não cumprimento de regras e procedimentos e falta de documentação e de aprovação para despesas pagas ao abrigo do programa", refere um comunicado divulgado hoje na página electrónica da representação dinamarquesa em Moçambique.
"As irregularidades referem-se a uma parte substancial dos pagamentos feitos ao abrigo do programa, mas ainda não é possível quantificar as irregularidades e as suspeitas de fraude", assinala o comunicado.
Face a esta situação e até ao final da investigação, foi decidido suspender "todas as novas actividades e os pagamentos feitos ao abrigo do programa de educação", acrescenta o documento, segundo o qual todas as actividades que envolvem partes terceiras vão continuar mas agora sob uma "mais rigorosa supervisão".
A embaixada da Dinamarca em Maputo informa ainda que foi pedido aos ministérios das Finanças e da Educação e Cultura de Moçambique o seu envolvimento nas auditorias e nos passos que serão dados, incluindo a decisão de "notificar a polícia ou envolver a unidade para os crimes económicos da Procuradoria-Geral da República de Moçambique".
A Dinamarca é um dos principais parceiros de cooperação com Moçambique, contribuindo com cerca de 50 milhões de euros por ano para sectores como educação, saúde, agricultura e reforma do sector público, entre outros.
Em Outubro, durante a sua visita a Moçambique, o primeiro- ministro dinamarquês, Anders Rasmussen, elogiou "os progressos" alcançados no combate à pobreza e anunciou o apoio directo ao Orçamento Geral de estado moçambicano com 8,3 milhões de euros.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 09.12.2005

08-12-2005

Espanha defende aumento substancial de apoios a África

Moratinos_plus O ministro dos Assuntos Exteriores e Cooperação espanhol, Miguel Moratinos, defendeu hoje, em Maputo, a necessidade de a União Europeia "aumentar substancialmente" a ajuda a África, apesar da polémica proposta de orçamento europeu apresentada segunda-feira pela Grã-Bretanha.
"Gostaria que se pudesse aumentar substancialmente o apoio a África", respondeu Miguel Moratinos, quando questionado sobre o futuro das relações económicas Europa/África, após a aprovação do referido orçamento.
A presidência britânica apresentou segunda-feira uma proposta que reduz o orçamento dos 25 a partir de 2007 em relação ao projecto anterior em 25 mil milhões de euros, pretendendo que o nível de orçamento da união seja colocado em 1,03 por cento do Rendimento Nacional Bruto.
Esta proposta representa uma redução de cerca de 25 mil milhões de euros, comparativamente ao projecto anterior da presidência luxemburguesa, dotada em 871 mil milhões de euros.
Entretanto, o Governo espanhol ainda não decidiu se irá aumentar o seu apoio económico a África face à aludida situação, mas, segundo Moratinos, o seu país "pretende ver consolidados os processos de paz e reformas políticas" em curso nos países apoiados por Madrid.
No âmbito da cooperação com Moçambique, a Espanha aumentou este ano o seu apoio para mais de 19 milhões de euros, contra cerca de nove milhões e meio de euros que concedeu em 2004.
O apoio espanhol beneficia áreas como saúde, agricultura, desenvolvimento municipal, entre outras com impacto nos esforços de combate contra a pobreza absoluta no país.
Moratinos iniciou na passada quarta-feira uma visita de trabalho de três dias a Moçambique para avaliar o grau da cooperação entre os dois países e os projectos de desenvolvimento financiados pela Cooperação Espanhola em Maputo.
Na sua primeira visita ao país, Moratinos vai encontrar-se com a primeira-ministra moçambicana, Luisa Diogo, e com os ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda Abreu, e da Saúde, Ivo Garrido.
Hoje, o ministro dos Assuntos Exteriores e Cooperação de Espanha visitou o Centro de Investigação da Saúde da Manhiça, um organismo que se dedica à pesquisa médica, nomeadamente de fármacos contra a malária, co-financiado por Madrid.
A propósito, Moratinos descreveu como "excelente a colaboração" desenvolvida pelos governos de Madrid e Maputo, considerando o projecto como sendo de "enorme esperança para os que são assistidos, os que se formam e fazem investigação" naquele centro.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 07.12.2005

UE disponibiliza 2,4 milhões de euros para os direitos humanos

A União Europeia anunciou hoje em Maputo um apoio de cerca de 2,4 milhões de euros para sete projectos apresentados por organizações da sociedade civil que operam em Moçambique na promoção dos direitos humanos.
Para a concessão do fundo, o responsável da delegação da Comissão Europeia em Moçambique, Pinto Teixeira, assinou hoje em Maputo acordos com as instituições beneficiárias, como a Liga dos Direitos Humanos de Moçambique, a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) e a Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM), entre outros organismos.
Um dos projectos contemplados, de formação em direitos humanos de jornalistas e professores, envolve a organização não-governamental portuguesa Instituto Marquês de Valle Flor e o Sindicato Nacional dos Jornalistas de Moçambique.
Referindo-se aos apoios hoje concedidos, Pinto Teixeira mostrou-se optimista quanto à "utilização dos fundos em iniciativas de construção da democracia e do Estado de direito em Moçambique, como a garantia de respeito dos direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais".
A ajuda enquadra-se na Iniciativa Europeia para a Democracia e os Direitos Humanos (IEDDH), criada em 1999 pelo Conselho Europeu, por iniciativa do Parlamento Europeu.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 07.12.2005

07-12-2005

Geocapital assina acordo com Gabinete do Vale do Zambeze

A Geocapital Holdings assina sexta-feira em Macau com o Gabinete do Plano de Desenvolvimento da Região do Zambeze um acordo de cooperação relativo a infra-estruturas e captação de investimento asiático para aquela zona moçambicana.
Fonte ligada ao processo explicou que o acordo, que será assinado por Stanley Ho e Ferro Ribeiro, em representação da Geocapital, e por Sérgio Vieira, coordenador do gabinete de Desenvolvimento da região do Zambeze, visa "estreitar relações com entidades técnicas e financeiras tendentes a explorar oportunidades e negócio naquela região" que ocupa uma área de 225.000 quilómetros quadrados, disse a fonte.
"A região do Vale do Zambeze é rica não só em recurso hídricos com a barragem de Cahora Bassa, mas também em muitos produtos naturais como minérios e o papel da Geocapital é também encontrar e indicar investidores com capacidade financeira para investir, explorar e desenvolver a região", disse a fonte.
A Geocapital Holdings tem sede em Macau e conta no seu capital social com duas posições de destaque assumidas por Stanley Ho e por Ferro Ribeiro.

AGÊNCIA LUSA - 07.12.2005

vEJA:

http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/10/negcios_em_fric.html

Governo pondera introdução da língua chinesa nas escolas

O ministro da Educação e Cultura de Moçambique, Aires Aly, admitiu hoje em Maputo a hipótese de introduzir o ensino da língua chinesa, atendendo ao "peso" que o idioma está a ganhar no mundo.
Aires Aly disse que o governo está a negociar com a China o envio para aquele país asiático de bolseiros que mais tarde irão ensinar o chinês nos institutos de língua moçambicanos.
As autoridades moçambicanas esperam também que a China mande professores chineses para o ensino da sua língua em Moçambique, acrescentou Aires Aly.
"A China e a sua língua estão a ganhar uma crescente importância e influência no mundo e nós não nos podemos alhear disso", enfatizou Aly, assinalando o interesse de muitos moçambicanos em conhecer o chinês.
O ministro visitou recentemente a República Popular da China, tendo então expresso o desejo de ver incrementada a cooperação bilateral na área da formação.
A cooperação entre Moçambique e a China tem vindo a acentuar- se nos últimos anos, principalmente ao nível da economia e das obras públicas, tendo a China financiado a construção de imponentes edifícios que acolhem a Assembleia da República, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e o Centro de Conferências Joaquim Chissano.
Diversas empresas chinesas de construção civil participam actualmente no processo de reabilitação de infra-estruturas de Moçambique, como pontes e estradas.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 05.12.2005

27-11-2005

Cooperação espanhola reabilita histórica ilha do Ibo em Moçambique

A cooperação espanhola e o governo moçambicano vão impulsionar o desenvolvimento do Ibo, uma ilha no norte de Moçambique com forte património histórico de matriz portuguesa e local de confluência de culturas ao longo dos séculos.

A estratégia de apoio ao Ibo será delineada num seminário que se inicia na quinta-feira em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, a que pertence a ilha, promovido pelo governo provincial, cooperação espanhola e outros parceiros.Um dos objectivos da iniciativa, de acordo com um comunicado conjunto dos organizadores, é a integração de todos os envolvidos em projectos de recuperação do Ibo.Ao mesmo tempo, será lançado um programa de emergência "para evitar a deterioração da arquitectura da ilha".Para o governo provincial, a recuperação patrimonial será acompanhada pela criação "de condições de um meio de vida sustentável para a melhoria da qualidade de vida da população que habita no seu redor".Pequena ilha do arquipélago das Quirimbas, o Ibo foi, no século XVII, a primeira capital do espaço junto ao litoral ocupado pelos portugueses no que é hoje Moçambique, e, mais tarde, um importante centro de comércio de escravos.Ainda antes dos portugueses, já o Ibo fazia parte das rotas de comércio da região, cujos vestígios são hoje visíveis na diversidade da sua população e na convivência de diversas línguas, culturas e religiões.Com um património em acentuada degradação, o Ibo tem na fortaleza portuguesa de São João Baptista (1791), a sua principal peça arquitectónica, a par com alguns edifícios de traça indo-portuguesa ou de inspiração islâmica.

AGÊNCIA LUSA - 16.11.2005

23-09-2005

Luísa Diogo em Londres para encontros com Tony Blair

A primeira-ministra moçambicana, Luísa Diogo, chega hoje à capital britânica onde se reunirá, nos próximos dias, com o seu homólogo britânico, Tony Blair, e o ministro das Finanças, Gordon Brown.
Tony Blair e Luísa Diogo deverão discutir assuntos relacionados com a cooperação e o reforço de laços de amizade entre os dois países, anunciou o gabinete da primeira-ministra moçambicana.
Luísa Diogo vai também participar em Londres num seminário do Comité Moçambique e Angola, organismo que apoiou a luta de libertação dos dois países, durante o qual exortará o comité a continuar a apoiar programas de combate a pobreza absoluta em Moçambique.
Apesar de ser um país de língua oficial portuguesa, Moçambique é desde os finais da década de 90 membro da Commonwealth, para o que contribuiu o facto dos países limítrofes serem ex-colónias britânicas.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 23.09.2005

21-09-2005

Portugal quer recuperar «tempo perdido», diz Freitas do Amaral

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, disse hoje que Portugal pretende recuperar o "tempo perdido" nas relações com Moçambique e transformar este país africano numa das prioridades da sua política externa.
"Queremos recuperar o tempo perdido dos últimos anos e colocar Moçambique no patamar mais elevado das nossas preocupações em matéria de política externa", afirmou Diogo Freitas do Amaral.
"Estamos no 17º lugar em termos de cooperação com Moçambique e isso é inaceitável", explicou.
O ministro, que hoje teve um encontro com a sua homóloga moçambicana, Alcinda de Abreu, em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, aproveitou a oportunidade para mostrar o seu desejo de visitar oficialmente Moçambique em 2006.
A vontade de Freitas do Amaral foi recebida com agrado por Alcinda de Abreu, que logo fez o convite que deverá concretizar-se em Fevereiro do próximo ano.
O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, chega a Lisboa a 31 de Outubro para uma visita oficial que durará até 2 de Novembro, referiu o chefe da diplomacia portuguesa.
"A ministra mostrou-se agradada pelo facto de Portugal ter perdoado a dívida da República de Moçambique e esperançada em que as negociações para a segunda fase da Hidroelécrtica de Cahora Bassa avancem depressa", adiantou Freitas do Amaral.
Para acelerar o processo, chegou hoje a Maputo o ministro das Finanças português, Fernando Teixeira dos Santos, que se mostrou optimista com o desenrolar das negociações: "Com mais intensidade e o empenho de ambas as partes, poderemos rapidamente progredir para uma solução final", disse.
Lisboa reclama uma compensação de 1,8 mil milhões de euros pela construção e manutenção da barragem, criada em 1975, antes da independência de Moçambique.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 21.09.2005

Segundo Freitas do Amaral, "o assunto esteve parado tempo demais".

14-09-2005

Felício Zacarias insurge-se contra financiadores

MAPUTO- O Ministro das Obras Públicas e Habitação, Felício Zacarias, insurgiu-se contra o Programa Mundial de Alimentação (PMA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial (BM), por, segundo ele, não acreditarem nas capacidades do empresariado e técnicos nacionais.

Zacarias, que falava ontem durante a cerimónia de entrega das bombas de água-carrocel à Escola Primária de Intaka, na Matola, reagia a decisão tomada pelos financiadores e mentores do projecto “Escolas Florescentes”, que adjudicaram a montagem e manutenção das 60 bombas a serem instaladas na zona Sul, no âmbito deste projecto, à empresa sul-africana Roundabout.

“Gostaria de ver moçambicanos na montagem e manutenção destas bombas. Essa coisa de importar técnicos de manutenção de bombas de água, eu não estou de acordo”.

“Recebemos com duas mãos o vosso apoio, mas gostaríamos de ver a manutenção das bombas entregue à empresas moçambicanas. Isso de que a manutenção deve ser na África do Sul, nós dizemos não”, disse Zacarias.

Para o titular da pasta das Obras Públicas e Habitação, não interessa ter 60 bombas espalhadas pelo país,

para depois de algum tempo não haver nenhuma em funcionamento porque a sua manutenção depende de técnicos estrangeiros, quando “os moçambicanos têm capacidade para efectuar aquele trabalho”.

A representante do PMA em Moçambique, Ângela Van Rynbach, disse, na mesma ocasião, que as bombas carrossel fazem parte de um programa mais amplo, denominado Escolas em Florescimento iniciado com uma doação de 444 mil dólares norte americanos, e visa fornecer água potável e saneamento a 60 escolas nas zonas rurais de Moçambique. “Na primeira fase serão instaladas 30 bombas-carossel em escolas primárias das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, e nas províncias de Manica e Sofala serão instaladas 30

bombas manuais convencionais”, disse.

“O acesso à água potável e saneamento é um factor decisivo para manter as crianças nas escolas e ajudá-las a aprender num ambiente saudável”, disse a representante do UNICEF, Leila Pakkala, para de seguida acrescentar que “esta bomba de recreio é uma solução singular para os problemas de abastecimento de água no campo. É uma maravilha ver crianças a brincarem com uma bomba carrossel e ao mesmo tempo servindo a comunidade”.

De acordo com a representante do PMA em Moçambique, esta organização participa no fornecimento de lanche escolar, no programa Comida pelo Trabalho e, no presente ano, cerca de 580 mil pessoas, na sua maioria crianças em idade escolar e órfãs, vão beneficiar do apoio desta organização.

(Cláudio Saúte)

A TRIBUNA – 13.09.2005

Norte elegível a conta do milénio

<>

Cerca de seis milhões de dólares norte-americanos é quanto será concedido ao nosso país pelos Estados Unidos da América no âmbito da Conta do Desafio do Milénio.

<>

Um acordo ao abrigo do qual a Conta do Desafio do Milénio concede seis milhões de dólares para assistir Moçambique no desenvolvimento continuado foi rubricado há dias na capital do país entre Moçambique e os EUA.
Rubricado pelo ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, e o vice presidente do MCC, John Hewko, com a iniciativa, Moçambique passa a beneficiar em pleno da Conta do Desafio do Milénio, projecto lançado pelo presidente norte-americano, George Bush.
A iniciativa destina-se a prestar assistência ao desenvolvimento, ao recompensar os países que tem políticas sadias e boa governação, atributos descritos pela administração norte-americana sendo vitais para a redução da pobreza e o crescimento económico em países em desenvolvimento.
Segundo Aiuba Cuereneia, “com os seis milhões de dólares vamos fazer estudos particulares concretos de cada um dos projectos previstos na proposta que submetemos ao MCC”.
Importa referir que o nosso país submeteu em Setembro de 2004, ao MCC, um projecto avaliado em cerca de 262 milhões de dólares, focalizando o melhoramento e aumento do acesso a água, saneamento e fornecimento de apoio ao desenvolvimento de negócios em quatro províncias do norte de Moçambique.
Trata-se de Cabo Delegado, Nampula, Niassa, Nampula e Zambézia, pontos do país que vivem as populações mais pobres, cerca de 52 por cento.
Por seu turno, John Hewko disse que há muito ainda por ser feito para transformar esta proposta num programa sustentável e bem sucedido, pois o executivo moçambicano e os seus parceiros do sector privado e a sociedade civil serão capazes de fazer deste ambicioso programa um verdadeiro sucesso.

ZAMBEZE - 12.09.2005

17-08-2005

EUA apoia combate a tráfico humano

Os Estados Unidos da América vão apoiar Moçambique na elaboração de uma legislação visando o combate ao tráfico de pessoas, devendo igualmente, no próximo ano, formar agentes da polícia moçambicana na luta contra este tipo de crime.

Nesse sentido e segundo a especialista para África sobre tráfico de pessoas, a norte-americana Rachel Yousey, os Estados Unidos da América, através da sua representação diplomática em Maputo, pretendem formar agentes da guarda fronteiriça e outros membros da
Polícia da República de Moçambique (PRM). A administração norte-americana vai também ajudar na reabilitação de um centro de trânsito de vítimas de tráfico em Moçambique, país que beneficiará de vários auxílios ao desenvolvimento junto das instituições de Bretton Wodds, devido a sua prestação no combate a este tipo de crime, disse Yousey.
Rachel Yousey apontou Cuba e a Coreia de Norte como alguns dos países que não deverão ter qualquer tipo de apoio norte-americana nas decisões financeiras junto do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, alegadamente por aqueles Estados nada fazerem para travar o tráfico de pessoas. A especialista, que falava numa palestra sobre o tráfico de pessoas em Maputo, apontou Moçambique como principal «rota de exportação» de pessoas, especialmente jovens, abusadas sexualmente na África do Sul. No entanto, destacou, algumas jovens são também traficadas dentro no país, para exercerem trabalhos forçados nas plantações ou a nível doméstico, actividade que envolve igualmente crianças.
EXPRESSO ÁFRICA - 17.08.2005

16-07-2005

Bill Clinton em Maputo para avaliar trabalho da sua Fundação

O ex-presidente norte-americano Bill Clinton visita Moçambique domingo e segunda-feira para avaliar o desenvolvimento dos projectos da sua fundação e reunir-se com alguns governantes moçambicanos, nomeadamente a primeira-ministra, Luísa Diogo.


Segundo o programa da visita, hoje divulgado pela embaixada dos Estados Unidos em Maputo, Clinton irá encontrar-se igualmente com o antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano, com funcionários e doadores internacionais que trabalham nos programas de HIV/SIDA em Moçambique.
Durante a estada em Moçambique, Clinton vai ainda reunir-se com o ministro da Saúde, Ivo Garrido, e visitar o Hospital Dia Pediátrico situado no recinto do Hospital Central de Maputo.
Esta será a segunda visita de Clinton a Moçambique, depois de uma realizada no final de 2002.
Até 2008, a Fundação William J. Clinton deverá apoiar 13 mil moçambicanos portadores do HIV/SIDA com antiretrovirais, medicamentos que reduzem os efeitos da doença, num projecto desenvolvido a pedido do Governo de Moçambique.
A visita que o ex-presidente norte-americano a Moçambique realiza-se no âmbito de uma deslocação a seis países africanos - Lesoto, África do Sul, Tanzânia, Ruanda e Quénia - que se prolongará até 23 de Julho.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 15.07.2005

14-07-2005

Portugal prepara-se para perdoar a dívida moçambicana

O governo português prepara-se para perdoar a dívida de Moçambique, sem contudo incluir a questão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), confirmou ontem à AIM, em Lisboa, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país.

Segundo a mesma fonte, esta acção levada a cabo pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, com vista ao perdão da dívida moçambicana, aguarda apenas a decisão final do Ministério das Finanças.
"Apesar do ministro Freitas do Amaral já ter assumido a vontade de fechar este "dossier" sobre a dívida moçambicana a Portugal é ao Ministério das Finanças que cabe tomar as últimas decisões sobre a matéria", afirmou a fonte, realçando apenas que fora do possível "perdão" da dívida moçambicana "ficará a questão da HCB".
A concretizar-se um eventual cenário do perdão da divida moçambicana a Portugal, poderá verificar-se um agravamento no valor do défice orçamental português, tendo em conta a recessão económica que afecta o país.

A questão do perdão da dívida moçambicana a Portugal poderá, agora, ganhar uma maior visibilidade por parte das autoridades portuguesas, principalmente depois das importantes decisões tomadas na cimeira do G-8 relativamente a um maior apoio ao desenvolvimento do continente africano.
O G-8 decidiu aumentar a sua ajuda pública ao desenvolvimento de África em mais 50 mil milhões de dólares por ano, até 2010, sendo tais fundos dirigidos, sobretudo, pêlos países africanos.
Os líderes dos países mais ricos do mundo que integram a Alemanha, Canadá, Itália, França, Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Rússia, decidiram ainda aprovar outras medidas tais como o combate à pobreza absoluta em África, bem como anunciaram sinais positivos para um novo acordo sobre o comércio, a anulação da dívida dos países mais pobres e o acesso universal ao tratamento da SIDA.
Mas para que este apoio do G-8 seja efectivado, os líderes destas nações exigiram por parte dos dirigentes africanos mais empenho na democracia e na boa governação, colocando desta forma nas mãos dos países pobres a responsabilidade pelo sucesso da ajuda concedida.
Analistas citados na Imprensa editada em Lisboa dão conta de que numa semana particularmente difícil, depois dos atentados de que quinta-feira passada Londres foi vítima, e perante tal compromisso, Tony Blair assume-se como o grande vencedor da cimeira do G-8, uma vez que conseguiu que a sua proposta de duplicar os 25 mil milhões de dólares actuais de ajuda ao desenvolvimento, a maior parte destinada ao continente africano, fosse aprovada.
Jornal Notícias - 12.07.2005

13-07-2005

EUA apoia governação

Num esforço que visa o fortalecimento da governação local em Moçambique, 7 presidentes dos Conselhos Municipais da Matola, Vilanculos, Chimoio, Gurué, Monapo Beira e Nacala, estão desde a semana passada de visita aos Estados Unidos da América.

Trata-se de um programa organizado pela USAID, Agência Para o Desenvolvimento Internacional, e que se enquadra na missão americana de «ajudar Moçambique a desenvolver e reforçar a governação ao nível local, provincial, principalmente nos municípios».

O oficial das Relações Públicas na Embaixada dos Estados Unidos da América em Maputo, Gregory L. Garland, disse num contacto com o

IMPARCIAL

que a deslocação daqueles presidentes dos municípios moçambicanos reflecte a colaboração que existe entre os Governos da República de Moçambique e dos Estados Unidos da América.

Gregory Garland realçou que um aspecto crítico do programa em curso, é a capacitação que pode tomar várias formas.

«Uma forma chave, é conseguir uma prespectiva internacional. As tarefas dos municípios são locais, mas uma prespectiva internacional na governação local é fundamental principalmente no que toca a troca de experiências e contactos com municípios de outros país» defendeu o Oficial das Relações Públicas na Embaixada Americana em Maputo.

Garland, acrescentou que, o que se pretende, é que os presidentes dos municípios referidos, tenham uma visão geral da governação local nos Estados Unidos da América. «É um programa de intercâmbio cultural» indicou.

Além de visitar vários Estados americanos, o programa com a duração de 3 semanas, inclui uma visita a comunidade indígina americana (índios americanos) e vários encontros com representantes dos municípios americanos, OGN’s que lidam com a governação local e  outras entidades ligadas aos governos federais. Os presidentes dos municípios moçambicanos que se encontram de visita aos EUA, são nomeadamente, Carlos Filipe Tembe (Matola), Sulemane Amugy (Vilanculos), Alberto Manuel Sarande (Chimoio), João Bernardo, (Guruè), Daniel Bento (Monapo), Deviz Mbepo Simango (Beira), Manuel José Santos (Nacala).

Estes dois últimos presidentes, eleitos pela coligação Renamo-União Eleitoral e os restantes pelo partido Frelimo.JOSÉ CHITULA - IMPARCIAL - 13.07.2005

Portugal disponibiliza 1,4 milhões de euros para projectos sociais

O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social de Portugal vai disponibilizar 1,4 milhões de euros para projectos de protecção e reinserção social em Moçambique, no ano de 2006.
O apoio foi hoje anunciado em Maputo pela directora geral do Gabinete para a Cooperação no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social de Portugal, Maria Lucília da Costa Figueira, na assinatura do respectivo acordo, com o director nacional da cooperação no Ministério da Mulher e da Acção Social moçambicano, António Costa.
A verba destina-se ao financiamento das actividades do Infantário da Matola, na província de Maputo, sul de Moçambique, do Centro Juvenil Madre Maria Clara, em Gurué, província da Zambézia, centro do país, e do Instituto de Deficientes Visuais, na capital da província de Sofala, também no centro do país.
O financiamento destina-se também a um centro de acolhimento de crianças órfãos ou abandonadas nos arredores da capital moçambicana e ao reforço institucional do Ministério da Mulher e da Acção Social de Moçambique.
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social de Portugal, José Vieira da Silva, que visita Moçambique e assistiu à assinatura do acordo, afirmou que este "prolonga e consolida os bons resultados alcançados na cooperação entre Moçambique e Portugal no domínio da protecção e reinserção social".
Por seu turno, a ministra da Mulher e da Acção Social de Moçambique, Virgília Matabele, referiu-se ao "grande impacto" do apoio português na área social, frisando que tem permitido "a melhoria das condições de vida de pessoas com estatuto social frágil".
A assinatura do acordo marcou o fim da visita oficial de quatro dias do ministro Vieira da Silva a Moçambique.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 13.07.2005

Ministro português entrega 84 casas às vítimas das cheias de 2000

O ministro do Trabalho e Solidariedade Social português, José Vieira Silva, procedeu hoje a inauguração simbólica de 84 casas de um total de 100 no distrito de Marracuene, em Maputo, sul, destinadas às vítimas das cheias de 2000.
As habitações, que se enquadram num projecto social de reinstalação de mais de mil famílias afectadas pelas cheias no sul e centro de Moçambique, juntam-se a várias infra-estruturas sociais financiadas pelo governo português, nomeadamente um centro de apoio ao emprego e formação profissional.
As instalações, tuteladas pela congregação Irmãs Franciscanas de Portugal, localizam-se numa área de cerca de três hectares e albergam uma escola de artes e ofícios, com capacidade para 600 alunos, um infantário, mercado, apetrechado com equipamento de refrigeração, além de um centro hospitalar, que beneficia igualmente residentes de bairros próximos.
A atribuição das casas está a suscitar desentendimentos entre os actuais residentes do bairro Momemo, em Marracuene, a 30 quilómetros de Maputo, e a população nativa, que se diz "ludibriada" pela congregação das Irmãs Franciscanas e as autoridades locais neste processo.
Em declarações à Agência Lusa, alguns residentes queixaram-se de serem "relegados" para segundo plano no processo de distribuição de casas, embora tenham cedido as suas machambas (hortas) para a construção das referidas residências, a pedido daquela congregação religiosa.
Segundo os queixosos, aquando do início do projecto de construção do bairro, as Irmãs Franciscanas de Portugal "prometerem ceder algumas casas também aos nativos", só que, actualmente, a promessa não está a ser cumprida.
O administrador do distrito, André Wade, também denunciou à Lusa a existência de famílias, não afectadas pelas cheias de 2000, que "têm vindo a fazer o trespasse ilícito das casas para terceiros", uma atitude que, disse, "está a manchar o projecto".
"As pessoas não assumem o projecto como deles. Há famílias que tem vindo a fazer o trespasse ilícito destas casas. Alguns dos beneficiários não saíram do Chamanculo", um dos bairros periféricos da capital moçambicana, de onde foram retiradas as famílias hoje residentes em Marracuene, denunciou Wade.
O ministro do Trabalho e Solidariedade Social português, que hoje termina uma visita a Moçambique, disse que o projecto "está a dar resultados esperados", no âmbito da cooperação entre os dois países.
"Estes projectos sociais estão a fortificar a relação (entre Portugal e Moçambique), pois estão a dar resultados esperados", disse Vieira Silva, apontando também como exemplo o infantário" da Matola, capital provincial de Maputo.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 13.07.2005

12-07-2005

Ministro do Trabalho português quer cooperação para combate pobreza

O ministro do Trabalho e da Solidariedade português, José Vieira da Silva, defendeu hoje em Maputo que a cooperação com Moçambique no sector do trabalho deve "corresponder à prioridade de combate à pobreza" definida pelo governo moçambicano.Vieira da Silva, que cumpre hoje o terceiro dia de uma visita de trabalho a Moçambique, disse à Agência Lusa que o programa de cooperação entre os dois países na área laboral tem de ser "orientada para a criação de oportunidades que permitam à população activa do país envolver-se no combate à pobreza".
O ministro português congratulou-se com a "forte ligação" que existe entre Moçambique e Portugal no domínio do trabalho e apontou a formação técnico-profissional como um dos instrumentos essenciais nessa cooperação.
Nessa perspectiva, o ministro adiantou que o seu governo está interessado em desenvolver "um relacionamento mais dinâmico" na componente da formação técnico-profissional.
"Sei que a formação técnico-profissional dos que estão em condições de trabalhar não resolve por si só o problema da pobreza, mas é um importante contributo no qual merece a pena investir", sublinhou Vieira da Silva.
A previdência social é outro domínio que o governante português quer ver privilegiado, pois constitui um serviço a que recorrem segmentos mais vulneráveis da população.
No âmbito da sua visita a Moçambique, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social de Portugal já se reuniu com as ministras da Mulher e da Acção Social, Virgília Matabel, e do Trabalho, Helena Taipo, bem como com responsáveis do Instituto Nacional de Segurança Social de Moçambique (INSS), tendo ainda previstas visitas a várias instituições sociais financiadas pela cooperação portuguesa.

NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 11.07.2005

10-07-2005

Ministro Português Vieira da Silva inicia visita oficial a Moçambique

O ministro português do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, inicia hoje uma visita oficial de cinco dias a Moçambique, durante a qual serão assinados diversos protocolos de cooperação mútua.

Vieira da Silva vai manter durante o fim-de-semana encontros com a ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo, e com a comunidade portuguesa residente no país, participando, domingo, na inauguração da Casa Jardim do Gaiato, nos arredores de Maputo.

O dia de segunda-feira será preenchido com diversos encontros bilaterais e com uma reunião com a ministra moçambicana da Mulher e Acção Social, Virgília Matabele. No mesmo dia Vieira da Silva participa na inauguração do Infantário da Matola.

De Maputo, o ministro português parte para visitas à Beira, capital de Sofala, e a Gurué, na Zambézia, províncias do centro de Moçambique, para contactos com entidades locais e avaliação da cooperação do seu Ministério naquelas regiões.

Em Gurué Vieira da Silva participa na inaguração do Centro Juvenil Madre Maria Clara e na Beira o governante inaugura as novas instalações do Instituto de Deficientes Visuais.

Todos estes projectos estão integrados nos programas de cooperação para o trénio 2003-05 do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social com os seus homólogos moçambicanos, estando prevista a assinatura de idênticos protocolos para 2005 no último dia da visita de Vieira da Silva, que termina quarta-feira.

LUSA - 09.07.2005

05-07-2005

Bruxelas lança nova estratégia “Foco em África” em Outubro

“Foco em África” é o nome da nova estratégia europeia para o continente africano que será apresentada em Outubro próximo, revelou ontem José Manuel Durão Barroso, em Estrasburgo. Segundo o presidente da Comissão Europeia, que falava a um grupo de jornalistas, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, a construção de grandes infra-estruturas e redes transafricanas são algumas das orientações e medidas concretas que a estratégia vai incluir. Na sessão de abertura da V Cimeira da União Africana (UA), segunda-feira, em Sirte, na Líbia, o presidente da Comissão Europeia já tinha referido que os dirigentes europeus irão delinear uma estratégia a longo prazo para África.

O aumento esperado da ajuda ao desenvolvimento para 20 mil milhões de euros até 2010 e para 45 mil milhões de euros até 2015 prevê que pelo menos metade dessas verbas seja destinada ao continente africano.

Durão Barroso sublinhou que este aumento da ajuda ao desenvolvimento deve ser acompanhado de medidas para melhorar a governação dos países africanos e a luta contra a corrupção, entre outras.

O presidente da Comissão Europeia vai pedir hoje aos líderes dos países mais poderosos e ricos reunidos em Gleneagles (Escócia) que aumentem a ajuda-me luta contra a “pobreza absoluta” no mundo, em particular em África. "É essencial que os líderes do G8 entendam que esta [a luta contra a pobreza absoluta] é uma tarefa para a nossa geração", disse José Manuel Durão Barroso.

Os líderes dos países do Grupo dos Oito (G8) - que integra os países mais industrializados do mundo (França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão) e a Rússia - vão estar reunidos entre 06 e 08 de Julho, em Gleneagles, na Escócia.

IMPARCIAL – 06.07.2005

23-06-2005

Durão Barroso em África

Durao_barroso NUMA MISSÃO DA UNIÃO EUROPEIA

O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, inicia hoje, 24 de Junho, uma viagem de 4 dias ao Continente Africano, devendo escalar designadamente África do Sul, Moçambique e Republica Democrática do Congo.

Espera-se que a visita de Durão Barroso a alguns países Africanos sirva de alavanca impulsionadora para mais apoios da Europa a este continente que, segundo estatísticas oficiais, perde todos os dias centenas de pessoas por causa da fome.

O próprio presidente da comissão europeia é citado como tendo manifestado o seu optimismo na possibilidade de convencer os países mais industrializados a investir no continente africano de modo a melhorar a situação aos níveis comercial, segurança, educação e cultura.

O Presidente da Comissão Europeia visita três Estados com realidades politicas e económicas diferentes. Assim, começa a 24 de Junho uma visita à África do Sul, que se impôs como um dos actores principais no continente africano. Terá encontros com o Presidente Thabo Mbeki, bem como representantes da sociedade civil. A pandemia do SIDA e forma de prevenir e tratar esta doença estarão no centro dos debates.

A 26 e 27 de Junho, Durão Barroso visita Moçambique, um Estado africano que terá aplicado com sucesso a ajuda externa que recebe.

Efectuará uma visita à província da Zambézia a onde a União Europeia financia um programa de desenvolvimento (estradas, pontes, hospitais, agricultura) no valor de 185 milhões de euros. Está também previsto um encontro com o Presidente de Moçambique, Armando Guebuza.

Durão Barroso conclui o périplo com uma passagem pela República Democrática do Congo, com o objectivo de apoiar o processo eleitoral em curso e reiterar o apoio da Comissão Europeia à transição politica na RDC. A União Europeia é o maior doador do processo eleitoral.

Após encontrar o Presidente Joseph Kabila o Presidente da Comissão Europeia profere um discurso perante a Assembleia Nacional e o Senado reunidos em Kinshasa.

DA REDACÇÃO – IMPARCIAL – 24.06.2005

19-06-2005

Cristiano Ronaldo emocionado com recepção entusiástica em Dili

O futebolista português Cristiano Ronaldo, que visitou Díli durante  cinco horas, emocionou-se com a recepção entusiástica de que foi alvo  por mais de 20 mil pessoas no estádio municipal de Díli.
Este foi o ponto mais alto da curta estada do jovem futebolista  português do Manchester United, que arrastou atrás de si milhares de pessoas.
A entrada no Estádio foi feita na companhia do presidente Xanana Gusmão, que funcionou como um "livre-trânsito" que ajudou a vencer a barreira formada por centenas de pessoas aglomeradas junto ao portão de acesso à bancada, enquanto no interior mais de 20 mil pessoas gritavam o seu nome.
Na curta intervenção que se seguiu, Xanana Gusmão apelou aos jovens timorenses a que se revejam no exemplo de Cristiano Ronaldo, que disse ser, enquanto futebolista, diferente dos timorenses.
"Este não é como os nossos futebolistas, que bebem vinho e depois vão
dormir", afirmou Xanana.
Cristiano Ronaldo agradeceu a entusiástica recepção e prometeu continuar a trabalhar para merecer o apoio dos timorenses.
Pouco antes, no Palácio das Cinzas, depois de ter sido recebido por Xanana Gusmão, na única ocasião em que os jornalistas puderam colocar algumas perguntas ao jogador, este garantiu que "não iria esquecer nunca este dia".
"Ter sido recebido com tanta euforia por este povo é muito especial", acrescentou.
Xanana Gusmão, um fervoroso adepto do futebol, confessou sentir-se "rejuvenescido" com a visita de Ronaldo.
Depois da recepção no estádio municipal de Díli, Cristiano Ronaldo e comitiva dirigiram-se para o aeroporto, atravessando a capital timorense, com centenas de motociclistas a acompanharem a caravana automóvel.
Cristiano Ronaldo, que viajou com uma comitiva de mais pessoas, esteve em Díli a acompanhar a parte final da visita de trabalho de dois dias do secretário de Estado da Juventude e Desporto de Portugal, Laurentino Dias.
O governante português foi a Díli assinar um memorando de cooperação com o Ministério da Educação, Cultura, Juventude e Desporto de Timor-Leste, que prevê o intercâmbio de desportistas e, sobretudo, o apoio de Portugal à elaboração do edifício legislativo das áreas do desporto e da juventude.
Na intervenção que produziu, Laurentino Dias destacou a "absoluta disponibilidade" de Portugal para reforçar o apoio a Timor- Leste naquelas duas áreas e frisou a presença de Cristiano Ronaldo como testemunha dessa abertura das autoridades de Lisboa.
O documento foi assinado na presença do primeiro-ministro Mari Alkatiri, que confirmou o que há muito não passava de rumor: a autonomização da Secretaria de Estado da Juventude e Desporto do Ministério da Educação, no âmbito da reestruturação governamental que deverá ser anunciada nos próximos dias.
Agência LUSA - 18.06.2005

08-06-2005

AS “RESPONSABILIDADES MORAIS” DO ESTADO PORTUGUÊS

Retirado do meu baú:

Por Fernando Inácio Gil*

«Fontes portuguesas, con­tactadas em Bissau, destaca­ram também a responsabili­dade moral que cabe a Por­tugal na assistência aos anti­gos integrantes do seu Exército. Aliás, muitos deles re­cebem as respectivas pensões de invalidez, sendo esta ac­ção de assistência prevista no quadro da cooperação enca­rada como mais uma forma de contribuir para a sua re­cuperação social», lemos há dias no «Jornal Novo».

Concordamos plenamente que Portugal assim proceda, embora não por «responsa­bilidade moral», mas sim por imperativo de consciên­cia.

Só lastimamos que tal não aconteça com todos os mutilados de guerra, não só por­tugueses, como de todos os ex-Estados ultramarinos, to­dos guardiões da mesma bandeira, pois bastantes há a quem nada é dado. Aliás, para tal pagamento supomos não ser até necessário qual­quer acordo de cooperação, mas apenas a remessa aos beneficiários da respectiva pensão, questão facilmente ultrapassável como uma no­va lei da nacionalidade.

Assim mais parece uma forma de envio de divisas que o pagamento de uma mais que justa retribuição a quem por Portugal estava dando a vida e a quem Por­tugal nem sequer a naciona­lidade manteve.

E isto para não falarmos dos que, após as indepen­dências, têm sido vil e trai­çoeiramente assassinados pe­los regimes aos quais aqueles territórios foram entregues.

  Mas, se a «responsabilidade moral» leva Portugal a pagar uma pensão, o que é uma forma de indemniza­ção, a, embora não por decisão própria, cidadãos estran­geiros, porque será que tal «responsabilidade moral» não é também extensiva aos seus próprios cidadãos, mul­to em especial no que se refe­re aos bens perdidos no ex-Ultramar?

Tanto mais que até à data das respectivas independên­cias, ninguém poderá duvi­dar de que a Indemnização por expropriação, nacionali­zação ou qualquer outra for­ma de privação duradoura de posse ou fruição de bens sitos no ex-Ultramar, bem como os respectivos títulos de direitos, é da única res­ponsabilidade do Estado Português.

E, posteriormente à data das respectivas independên­cias, se o Estado da localiza­ção dos bens, conforme prescreve o art.° 40.° da lei 80/77 da nossa Assembleia da República não indemni­za, ninguém igualmente po­derá negar a «responsabili­dade moral» do Estado Por­tuguês em reparar tal «se­quela» duma guerra que al­guns fizeram perder.

É que, independentemente do aspecto moral, à sobrevi­vência do indivíduo, igual falta poderá fazer o braço de um Guinéu como a «enxa­da» ao Português vindo do ex-Ultramar.

Enxada essa que tanto po­derá ser um simples certifica­do de habilitações, um alva­rá, máquinas, um camião, quiçá a própria casa onde a si e aos seus se abrigue.

Ora a indemnização, con­dicionada a uma aplicação reprodutiva, irá não só resol­ver o problema dos próprios como, a nível mais lato e em grande medida, a gravíssima falta de postos de trabalho.

  É por isso que não enten­demos a que, por exemplo, não pague o Governo Portu­guês aos beneficiários do Ca­minho de Ferro de Benguela as pensões que têm direito ou aos restantes agentes da empresa não propicie um posto de trabalho.

É que, muito além de simples «responsabilidade moral», julgamos imperati­vo que o Estado Português garanta, nem que seja por adiantamento e a crédito com os novos Estados de ex­pressão portuguesa, o paga­mento, não a cidadãos es­trangeiros, mas aos seus próprios cidadãos, das pen­sões, qualquer seja a entida­de processadora a que têm direito.

E que pensar dos gover­nantes que temos quando, por «responsabilidade mo­ral» pagam pensões a cidadãos estrangeiros e exigem o estorno de 70% da pensão ou subsidio a quantos, viti­mas da «exemplar descolonização» e por carência com­provada, se encontram insta­lados por conta do Estado, não escapando sequer os aboletados nas barracas do Va­le do Jamor?

Além do mais não se po­derá indefinidamente conti­nuar a cooperar, nem que se­ja por «responsabilidade moral», quando os novos Estados de expressão portu­guesa garantias algumas dão a pessoas ou bens portugue­ses.

Veja-se o que Samora Machel afirmou há dias na FACIM, em Lourenço Mar­ques, quando da visita ao pavilhão português, nacio­nalizando quase de imediato mais seis empresas, evidente­mente que sem direito a qualquer Indemnização.

Hoje uma, amanhã outra, dia virá em que o mesmo acontecerá a Cabora Bassa.

E aí é que serão elas, pois são de uma assentada mais de 30 milhões de contos que Portugal, com ou sem «res­ponsabilidade moral», não poderá deixar de pagar à África do Sul, a Alemanha Federal, à Itália e à Inglater­ra, entre outros.

Será também por «respon­sabilidade moral» que o Es­tado Português irá pagar a cidadãos estrangeiros indem­nizações antes sequer de le­gislar sobre as que são devi­das aos seus cidadãos por bens sitos no ex-Ultramar?

Aproximam-se as eleições.

E vemos o PSD a falar de indemnizações dos bens sitos no ex-Ultramar. Isto recor­da-nos o CDS quando no seu Manifesto Eleitoral/ Alter­nativa 76 escreve que «tudo tentará — através de uma política externa e dos meca­nismos ao seu alcance na or­dem interna — para resolver os problemas específicos que atingem os desalojados, en­tre os quais avulta o direito de serem indemnizados pelos bens que perderam».

Resta-nos agora que Ma­ria de Lourdes Pintassilgo na penitência (não por si certa­mente, mas pelos governan­tes que a precederam), que fará ao ir a pé a Fátima, ele­ve uma prece por todos quantos, desalojados ou es­poliados, continuam aguar­dando alguém que lhes va­lha, já que no seu Plano de Governo apenas se lembrou dos possuidores de títulos FIDES e FIA.

Valha-nos pois, também a nós, Nossa Senhora de Fáti­ma!

*Membro directivo da As­sociação Projecto I

Jornal Novo – 03.09.1979

24-05-2005

António Guterres foi nomeado Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados

O antigo primeiro-ministro português António Guterres foi hoje escolhido para suceder ao holandês Ruud Lubers como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, anunciou em conferência de imprensa, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral.
Dirigiu o Governo de 1995 a 2000 e é desde Novembro de 1999 presidente da Internacional Socialista, organização mundial de partidos sociais-democratas, socialistas e trabalhistas.
No fim do ano 2000, o «Réseau Voltaire», biblioteca electrónica, publicou informações afirmando que António Guterres era membro supra-numerário da Opus Dei.  Guterres teria aderido à Opus Dei no fim da adolescência, muito antes de pensar sequer em entrar no Partido Socialista; mas este assunto nunca chegou a ser cabalmente esclarecido, apenas se sabendo que é um indivíduo de profunda formação cristã. Lubers demitiu-se do cargo depois de ter sido acusado por uma funcionária de lhe ter movido assédio sexual.

Jorge Heitor - 24.05.2005

17-05-2005

Gomes Cravinho diz que nunca existiu política de cooperação em Portugal

ANA DIAS CORDEIRO

Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros promete alterar o quadro da cooperação em Portugal.

A área da cooperação é geralmente muito criticada: acções dispersas, mal coordenadas que resultam muitas vezes no desperdício de meios e em resultados pouco visíveis no terreno. A percepção geral nos países de expressão portuguesa é a de que a política de cooperação dos governos de Lisboa (ou a falta dela) fica aquém das expectativas. Mas o que explica isso? E como pode a situação ser melhorada?

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, reconhece, em conversa com o PÚBLICO, que este é um problema de sempre, desde que existe cooperação, há 30 anos. Em sucessivos governos, utilizaram-se recursos do Orçamento do Estado "por parte de dezenas ou centenas de instituições públicas
portuguesas, que contribuíram para não se sabe bem o quê", exemplifica.

Mas responsabiliza sobretudo os dois executivos anteriores — de Durão Barroso e Santana Lopes — por terem "destruído" muito do que "começou a ser construído no fim dos anos 1990", pelo Governo de António Guterres, quando "houve uma tentativa para começar a enraizar" uma política de cooperação. "É consensual entre aqueles que trabalham ou têm conhecimento nesta área que Durão Barroso, apesar da sua fama, não foi um bom primeiro-ministro no que toca a cooperação".Esta foi uma das "raras áreas em que se registou uma melhoria na passagem de Durão Barroso para Santana Lopes", insiste.

"A minha missão é retomar o processo, pegar nos cacos do trabalho feito, juntar as diferentes pecas de que dispomos como instrumentos, pô-las todas a trabalhar no mesmo sentido e criar uma política de cooperação. É uma coisa que nunca existiu", explica. No retraio que traça dos últimos anos, Gomes Cravinho destaca a perda de influência de Portugal nos circuitos internacionais, e uma reforma institucional inacabada, que penalizou a internacionalização das empresas portuguesas nos PALOP, em "desvantagem" face às congéneres europeias.

Prejuízos para as empresas portuguesas

Na reforma institucional "mal feita e pouco aprofundada", criou-se o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), mas ficaram de fora parte das actividades que pertenciam à Agência Portuguesa de Apoio ao Desenvolvimento (APAD), sem que tivessem sido criadas alternativas. Resultado: parte da cooperação económica deixou de se fazer.

A extinção do organismo de acesso aos fundos comunitários para projectos de investimento nos países da África, Caraíbas e Pacífico(ACP), em Janeiro de 2003, é disso exemplo: empresas e instituições portuguesas não puderam, nos dois últimos anos, aceder a verbas disponíveis nas instâncias internacionais.

Com os organismos existentes noutros países europeus, as empresas estrangeiras têm "pontos de observação privilegiados", e entram mais facilmente nos mercados resultantes das acções de cooperação. "Existe [em Portugal] uma lacuna institucional forte à qual teremos agora de corresponder", promete. Por outro lado, a ajuda pública ao desenvolvimento, gerida pelo IPAD, passará a orientar-se para os grandes Objectivos de Desenvolvimento do Milénio definidos pela ONU em 2000 — de redução da pobreza, e melhoria dos serviços de saúde e ensino — a que se comprometeram os Estados doadores relativamente aos países em desenvolvimento e que foram até aqui "ignorados" por Portugal.

Portugal "deixou de fazer sentir a sua voz"

Nos últimos três anos, a relação com as instituições multilaterais e financeiras internacionais "definhou completamente", diz Gomes Cravinho, que dedicou muitos anos a trabalhos como consultor para instâncias internacionais. "Portugal deixou de fazer sentir a sua voz" na Comissão Europeia ou no Banco Mundial, em questões relacionadas com Moçambique ou com Timor-Leste. "Era algo de extremamente palpável Os interlocutores políticos não sabiam do que estavam a falar, nem tinham nenhuma ideia para a intervenção naquela área. Não havia uma lógica global."

Por fim, nova legislação introduzida "tornou extremamente difícil a utilização dos fundos por parte das ONG [organizações não governamentais]", levando a uma "diminuição radical" do seu grau de actividade nos países em desenvolvimento. A partir de agora, diz Cravinho, a prioridade será que a cooperação portuguesa siga "uma lógica concertada e uma estratégia bem delineada". "Não se faz de um dia para o outro, mas é isso que se pretende no espaço da legislatura."

PÚBLICO - 17.05.2005

20-04-2005

Portugal/Moçambique: Polícias

Elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Portugal estão a  treinar membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) nas especialidades de protecção marítima, lacustre e fluvial, na Escola Prática da corporação de Matalane, província de Maputo, no âmbito da cooperação entre os dois países. O curso, envolvendo 250 agentes da PRM, deverá terminar em Novembro próximo.

CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 20.04.2005

27-03-2005

43ª Edição do Curso de aperfeiçoamento em funções técnicas e directivas empresariais

Informa-se que o Consórcio para a Formação Internacional de Roma, CFI, em colaboração com a Direcção Geral de Cooperação para o Desenvolvimento do
Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano organizará a 43ª Edição do Curso de aperfeiçoamento em funções técnicas e directivas empresariais.A iniciativa é reservada a 30 licenciados integrados nos quadros institucionais de nível médio-alto e que operem em áreas direccionais, técnicas ou administrativas junto a Instituições Públicas ou privadas. Os custos de viagem, alojamento e estudos são cobertos por bolsa de estudo.O formulário de apresentação de candidatura e as informações detalhadas sobre a iniciativa estão disponíveis no sítio Web do CFI: www.cfiroma.org
ou podem ser retirados junto ao Gabinete de Cooperação italiana, na Rua Damião de Góis, 381 - Maputo (tel. 01 491782).O curso terá início aos 2 de Maio e terminará aos 8 de Julho de 2005.

A documentação para a candidatura deverá ser entregue a esta Embaixada até o dia 11 de Abril de 2005, junto ao Gabinete de Cooperação italiana, na Rua Damião de Góis (tel. 01 491782).

08-03-2005

Moçambique céptico sobre plano britânico

A primeira-ministra de Moçambique, Luísa Dias Diogo, afirmou ontem à BBC não acreditar que a Comissão para África, criada pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, seja capaz de ir ao encontro das preocupações específicas de cada país africano.
Luísa Diogo - mestre em Economia Financeira pela Universidade de Londres - disse que a comissão, que na sexta-feira vai divulgar oficialmente o seu plano de acção, de 400 páginas, não pode encarar África como um todo, uma vez que cada Estado tem as suas características próprias.
"Creio que o relatório da Comissão para África será um pouco generalista, porque não é fácil acomodar num documento como esse todas as preocupações e especificidades de cada país", afirmou a primeira-ministra, que em Janeiro recebeu a visita do responsável britânico pela pasta das Finanças, Gordon Brown, segundo o qual Londres vai perdoar tudo o que Moçambique lhe deve.
Em particular, Luísa Diogo declarou que é preciso haver um tratamento específico para o sector moçambicano do açúcar, no que diz respeito a barreiras alfandegárias e acesso a mercados.
Actualmente, o país pouco açúcar consegue exportar para a União Europeia, mas está convencido de que o êxito de semelhante indústria o poderia ajudar a desenvolver-se, depois do estado caótico em que ficou depois da guerra civil que a Renamo travou contra o Estado/Frelimo, após a descolonização; e que só terminou em Outubro de 1992, com o Acordo Geral de Paz assinado em Roma.
Blair vai pedir esta semana uma mudança radical na forma como o Ocidente encara o mais pobre dos continentes, quando a Comissão para África, criada há um ano, apresentar o relatório em que defende a duplicação do auxílio, o desmantelamento das barreiras alfandegárias e o perdão da dívida externa.
Naquela que o jornal The Guardian disse ser a mais importante análise dos problemas africanos feita numa geração, o Governo britânico proporá uma nova parceria entre os países desenvolvidos e os Estados considerados politicamente "frágeis", metade dos quais se situam na África subsariana. As recomendações incluem medidas duras para se combater o suborno praticado pelas multinacionais em relação aos países considerados corruptos. J.H.
PÚBLICO - 09.03.2005

17-02-2005

Portugal vai perdoar dívida de 395 milhões de euros de Moçambique

Portugal vai perdoar na totalidade a dívida pública de Moçambique, avaliada em 395 milhões de euros, no âmbito da minuta acordada com o Clube de Paris em 2001, disse hoje à Lusa o director do Tesouro moçambicano.
Segundo António Laíce, uma missão portuguesa do Ministério das Finanças desloca-se na próxima semana a Maputo para "avaliar os valores da verba a ser descontados anualmente na sequência de um acordo bilateral sobre o perdão da dívida".

Portugal é um dos 12 países que subscreveram a minuta do Clube de Paris e que se propõem a solucionar a dívida de Moçambique na totalidade ou a cancelar 95 por cento do valor, reescalonando os cinco por cento em 23 anos.

Segundo o responsável de Tesouro de Moçambique, "o actual ministro português da Finanças já manifestou a sua vontade de assinar um acordo da dívida antes da tomada de posse de novo governo", que sairá das eleições legislativas de 20 de Fevereiro.

"Falta-nos apenas fazer alguns acertos de ordem técnicas, sobretudo de âmbito contabilístico, porque o cancelamento não pode ser feito de uma só vez, pois pode ter um efeito maléfico para Portugal por não poder cumprir com o nível de défice orçamental estabelecido pela Comissão Europeia", sublinhou Laíce.

Pelo menos sete países europeus subscritores da minuta rubricada com o Clube de Paris - França, Alemanha, Reino Unido, Suécia, Itália, Áustria e Espanha - já perdoaram na totalidade a dívida de Moçambique, em valores que ascendem a mais de mil milhões de euros.

Os Estados Unidos da América também perdoaram os cerca de 55 milhões de euros da dívida total moçambicana, enquanto a Rússia e o Brasil decidiram pelo cancelamento de 95 por cento dos 650 milhões de euros, da dívida reclamada por ambos os países.

O Japão, outro credor com o qual Moçambique rubricou o acordo bilateral em Paris já perdoou cerca de 100 milhões de euros da sua dívida, estando neste momento a proceder os mecanismos para o cancelamento total do valor em causa.

Notícias Lusófonas - 17.02.2005

16-02-2005

Assinado protocolo com Portugal para reabilitação arquivo histórico

A Cooperação Portuguesa e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) assinaram, hoje, na capital moçambicana, um protocolo de colaboração destinado à reabilitação do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM), num projecto avaliado em mais de 600 mil euros.

A doação visa a adaptação de um edifício a oficinas de micrografia e restauro de três depósitos históricos do país, num projecto que será suportado por quatro instituições portuguesas, designadamente o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), Instituto do Livro e das Bibliotecas (IPLB), Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo (IAN/TT) e do Instituto do Património Arquitectónico (IPPAR).

O acordo pretende apoiar à revitalização do maior depósito histórico de Moçambique e um dos maiores do continente africano, numa extensão de 26 quilómetros de estantaria de documentos em três edifícios da UEM.

A iniciativa irá "permitir à recuperação de parte do acervo bibliográfico português ali instalado desde o tempo da dominação colonial", sobretudo aspectos ligados a Moçambique, antiga província ultramarina, disse aos jornalistas o responsável pelo IPLB, Rui Pereira.

O reitor da UEM, Brazão Mazula, mostrou-se "entusiasmado" com o gesto da Cooperação Portuguesa, destacando a importância de "melhorar as condições em que se encontra todo o acervo bibliográfico, com vista a permitir uma melhor flexibilidade de utilização por parte dos investigadores da história moçambicana e não só".

O director do AHM, Joel Tembe, disse segunda-feira à Agência Lusa que o valor se destina à execução de um projecto de arquitectura, de especialidade, fiscalização e adaptação de um edifício a oficinas de micrografia.

No âmbito da reabilitação do AHM, a UEM decidiu desactivar o edifício sede por não oferecer condições para o restauro e englobá-lo num dos três estabelecimentos a serem reabilitados com fundos portugueses e que passarão a funcionar como centro de investigação científica, referiu Joel Tembe.

Agência Lusa - 16.02.2005

31-01-2005

As Ajudas a África, Vinte Anos Depois

"Uma fome de proporções bíblicas": era assim que o repórter Michael Buerk descrevia há duas décadas, perante as câmaras da BBC, a tragédia então vivida na Etiópia. Uma vaga enorme de refugiados de guerra juntava-se então em Korem, descrito como "o lugar mais próximo do inferno na Terra". As imagens, fortíssimas, a recordar os dramas do Biafra (fruto de uma tentativa de secessão na Nigéria) ou do Bangladesh, anos antes, abalaram as consciências mundiais e deram origem a movimentos de solidariedade, dos quais o mais mediático foi o planetário "Live Aid", gigantesca resposta musical ao SOS que partia dessa legião de deserdados africanos a morrerem em directo pelas televisões.

Este ano, a 13 de Julho, cumprem-se exactamente vinte anos sobre tais concertos, que já tiveram direito a edição recente em DVD com a chancela "Still Saving Lives". Além disso, a velha "Do they know it's Christmas?" foi de novo gravada com o mesmo fim: continuar a angariar dinheiro para África, onde muitos continuam sem "saber o que é Natal" (parafraseando a letra e o sentido da canção) e, pior do que isso, continuam a morrer de fome, ainda e sempre sob a pressão de infames e intermináveis guerras.

Não por acaso, o Fórum Económico Mundial e Davos, que ontem terminou na Suíça, dedicou também grande parte das suas atenções a África, que Tony Blair ali descreveu como "uma cicatriz na consciência do mundo". Blair disse mais: "Se o que acontece em África hoje estivesse a acontecer em qualquer outro continente, haveria um escândalo tal que os governos se mobilizariam rapidamente." Bill Gates também lá estava e ofereceu dinheiro, muito (550 milhões de euros), para programas de vacinação e Bono, líder do grupo U2, que em 1985 participou nos megaconcertos do "Live Aid", disse que o combate à sida ou à malária em África não é uma causa mas sim "uma emergência".

Parece, assim, que as consciências voltam a olhar com alguma seriedade o continente mártir. Mártir não somente por casa da seca ou das muitas doenças que ali se propagam, mas por ser vítima continuada dos piores e mais primários instintos humanos. À custa deles vivem governos corruptos, encostados a silenciosos e oportunos aliados externos, que reinam por sobre a miséria dos respectivos povos, deixando a sorte destes para um qualquer fundo humanitários das Nações Unidas. Blair fala em duplicar as ajudas (de 40 para 80 mil milhões de euros anuais) e ninguém duvida da absoluta necessidade de tal medida; mas isso servirá de pouco se não houver, como também ele próprio diz, os necessários "mecanismos eficazes" de controlo. Não para que África continue na sua dependente submissão, sujeita a contínuas esmolas por fatalidade ou inépcia, mas para que se levante, aos poucos, como continente próspero que há muito merece ser. Talvez este tipo de ajuda desagrade a corruptos e "bondosos", mas é o único que faz sentido.

NUNO PACHECO - PÚBLICO - 31.01.2005

29-01-2005

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Portugal contribuiu muito para o esforço internacional que ajudou a pôr um fim à guerra civil neste país de língua portuguesa, guerra essa que custou a vida a mais de um milhão de vítimas indefesas.
Agora é necessário ajudar a construir um país onde metade dos mais de 18,5 milhões de habitantes  tem menos de 15 anos e onde 1 em cada 5 adultos está infectado com o vírus HIV/AIDS.
Aqui está o "Moçambique Team" que está pronto para partir para este país africano para trabalhar    em diversos projectos de carácter educativo (consoante a experiência de cada um dos seus membros faremos formação de professores primários, trabalharemos directamente com criancas orfãs e divulgaremos
informação sobre como evitar o contágio do vírus HIV/AIDS.
Pode ver a descrição do nosso projecto em :

Galante2

Já recebemos alguns donativos, eu pessoalmente já estou de malas aviadas, mas gostaria de ajudar os meus companheiros a alcançar os seus objectivos enquanto não parto para Moçambique. 

Para todos os que possam e tenham vontade de contribuir para esta causa, um modo muito simples de fazer um donativo para o nosso projecto educativo em Moçambique é este:

- na página da minha ONG http://www.iicd-volunteer.org/, em baixo 'a direita está um simbolo PayPal através do qual se pode doar qualquer valor via cartão de credito (na página sucessiva é favor escrever em "Payment for": Mozambique / Vasco)

Posteriormente o doador receberá uma carta do IICD (Institut for International Cooperation and Development) como recibo, "tax deductible" (nos Estados Unidos tenho a certeza, em Portugal não estou tão seguro) e agradecendo o donativo.
Melhores cumprimentos,

Vasco Galante

Galante1  IICD - MOZAMBIQUE TEAM

1117 Hancock Road
Williamstown
01267 MA
USA
Phone (+1) 413-458-8538

01-11-2004

Doadores estimulam corrupção

"A percepção que existe a nível Mundial é a de que Moçambique é um dos países mais corruptos e tem má classificação a nível da corrupção. O papel dos doadores em Moçambique é de aumentar os corruptos, dando-lhes cocaína verde", disse Jay Knott, representante da USAID em Moçambique, falando na 8ª conferência do Sector Privado em Maputo.

(Maputo) Moçambique registou, nos últimos seis anos, índices consideráveis de crescimento económico positivos. Este crescimento traduziu-se numa redução drástica da pobreza, que ronda em 54%. A redução da pobreza, como base de consumo, é equiparada à experiência do Vietmane, da Tânzania e
de Uganda, que também tiveram grande êxito na luta contra a pobreza nos seus programas, afirmou Channing Arndt, professor universitário no decorrer da 8ª Conferência Anual do Sector Privado, que terminou na quinta-feira, em Maputo.
Conforme Channing Arndt, "esta redução drástica da pobreza não é visível nas pessoas. O que vemos são más condições em que nelas se encontram e, por conseguinte, o número de pobres não está a crescer. Não existem pessoas que são caracterizadas por pobreza".
De acordo com o professor universitário, "as províncias de Nampula e Zambézia possuem maior densidade populacional e apresentam índices elevados de pobreza. Não se pode reduzir a pobreza no país, se Nampula e Zambézia continuarem a apresentar índices elevados. O país só nos dá a indicação de redução de pobreza no geral e não em regiões".
"É preciso atacar estas regiões para que os números possam corresponder à realdade", pois "a educação é o sector mais prioritário. E é neste sector que se devia efectuar mais cooperação com o Estado", sublinhou o orador, acrescentando que "estamos a ter mais crianças a frequentar as escolas,
de 1 a 5ª classes. Mas, na 7ª classse está-se a verificar mais desistências.
Quanto ao ensino secundário, o número tende a reduzir em relação ao ensino primário, devido às desistências que se verificam".
Segundo Channing, "o sector da agricultura é extremamente importante para o desenvolvimento sustentável. É neste que 4% da população recebe os seus rendimentos para sobrevivência. Queremos que a agricultura sirva de alavanca para o desenvolvimento. Há muito espaço para melhoria, pois, há
necessidade de a agricultura fazer mais em termos de procura".
Por seu turno, Jay Knott, director da Missão da USAID, disse que "Moçambique precisa de apoio para desenvolver a sua capacidade funcional. Não podemos ver Moçambique como dependente da ajuda internacional, ou seja, cocaína verde. A assistência financeira deve ser tratada como um apoio apenas. Não podemos ter uma ideia de que Moçambique poderá desenvolver com ajuda dos dinheiros doados".
"Gostaríamos que uma pequena quantia de ajuda dos doadores fosse canalizada ao sector privado. Não há garantias de que os dinheiros dos doadores serão desembolsados directamente para o sector privado. O que nós achamos é que o sector privado é a melhor opção para empreender projectos", pois "os dadores devem apoiar, na formação técnica, o sector financeiro para a concessão de créditos e que vai melhorar o ambiente de negócio nas empresas. Moçambique demonstra um crescimento económico, mas é preciso atingir um pouco mais do que se fez. Para desenvolvimento sustentável do país é preciso que os doadores, o Governo, a sociedade civil e o sector privado contribuam com a mesma determinação. O que os dadores podem fazer é apoiar a assistência técnica e políticas de desenvovimento".
Para Knott, "Moçambique alcançou o crescimento económico e a redução da pobreza. Mesmo assim, no contexto geral, Moçambique continua no grupo de países mais pobres do mundo, embora apresente bons índices de crescimento".
A propósito da globalização, a fonte afirmou que "a globalização é algo que afecta todos nós, em todos os níveis. Moçambique está a competir com países que estão a querer sair da mesma situação de pobreza. Esta concorrência surge nos países como Moçambique, onde os doadores colocam as suas ajudas". Por isso, "a percepção que existe a nível mundial é a de que Moçambique é um dos países mais corruptos e tem má classificação a nível da corrupção. O papel de doadores em Moçambique é de aumentar os corruptos, dando-lhes cocaína verde".
Sobre a burocracia e seus custos, bem como clima de negócio, Knott afirmou que "os doadores não podem mudar regulamentos existentes no país. Estas mudanças devem vir por dentro (de Moçambique) e não pode ser papel dos doadores. O que pode acontecer é trazer experiências de outros países
nesta matéria. Queremos ver mudanças rápidas, vamos apoiar estas mudanças".
Pedro Couto, Chefe do gabinete de Estudos do Ministério do Plano e Finanças (MPF), disse que "o melhor ambiente de negócios está ligado à componente remoção de barreiras administrativas, infra-estruturas
básicas; isto é, à formação humana e saúde. Há necessidade de dar um suporte aos investimentos como forma de impulsionar o sector privado. O suporte deve revestir em formação técnica, procurement e elaboração de projectos".
Para Couto, "a reforma instituicional deve acontecer ao nível de uma das partes, com enfoque ao nível organizacional, como mecanismo de desenvolvimento". Sublinhando a importância de Millennium Challenge Country (MCC), como impulsionador de negócios, referiu que "é importante que ao nível de regiões se desenvolvam parcerias com o sector privado e o público, para que haja concessões vindas daquelas zonas".
Segundo este projecto, a selecção de infra-estruturas será desenvolvida de acordo com as regiões. Para o efeito, já foram seleccionadas algumas infra-estruturas, nomeadamente, estradas, água, aeródromos, como referência de relevo, o Aeroporto de Nacala. A selecção de infra-estruturas é feita com base nos interesses das partes envolvidas.
(Adérito Nhantumbo) - VERTICAL - 01.11.2004

Receba por email informação diária das entradas


Your email address:


Powered by FeedBlitz

jogue no euromilhões e no loto inglês


INQUÉRITOS DO MOÇAMBIQUE PARA TODOS

O MOÇAMBIQUE PARA TODOS NA SUA PÁGINA OU BLOG

VIDEOS RENAMO 1986/1987

  • Veja aqui
    Para melhor conhecer a HISTÓRIA de Moçambique

Ilha de Moçambique - Tesouros

CLASSIFICADOS DO MACUA - GRÁTIS

  • Classificados do Macua grátis
    Coloque aqui o seu anúncio grátis! Compre, venda, alugue, peça ou ofereça emprego, procure pessoas! Não se esqueça de colocar a categoria correcta.

CONVERSE (CHAT)

contador


ORFÃOS DE PÁTRIA - GUINÉ

ÉTICA MOÇAMBIQUE

MOÇAMBIQUE - CRÓNICAS DE ONTEM E DE HOJE

Entrevista de João Craveirinha à TVI

AFRICA RADIO MOÇAMBIQUE


  • Para ouvir click em >>

VAMOS APOIAR!

outubro 2007

dom seg ter qua qui sex sáb
  1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31      
My Photo

MAPAS DE MOÇAMBIQUE



  • Mapa de estradas de Moçambique e plantas das cidades da Beira e Maputo

O TEMPO EM MOÇAMBIQUE

  • Click for Lichinga, Mozambique Forecast
    Lichinga
  • Click for Tete, Mozambique Forecast
    Tete

  • NAMPULA
  • Click for Beira, Mozambique Forecast
    BEIRA
  • Click for Maputo, Mozambique Forecast
    MAPUTO

ACORDO GERAL DE PAZ

Photo Albums

Powered by TypePad
Member since 04/2004
Skypecasts

My Skypecasts