Domingo, Novembro 28, 2004
Mediocridades Elevadas à 5ª (*)
De formato sueco e experimentado em França, Itália, Alemanha, Espanha e EUA (onde era visto por uma média de 8 milhões de espectadores), “Quinta das Celebridades” foi agora adaptado a Portugal. Neste novo concurso pretende-se que 12 concorrentes, as supostas celebridades, fiquem confinados dentro de uma herdade durante 3 meses, sujeitando-se a viver, grosso modo, segundo os moldes do final do século XIX. Como seria de esperar, não falta o toque orwelliano, o que significa que para além de estarem privadas de muitos confortos, as celebridades estão a ser vigiadas 24 horas por dia. Mas nem tudo são desvantagens. Para obter um bom elenco na “Novela da Vida Rural”, a Endemol dispôs-se a pagar regiamente: entre 5 mil e 25 mil euros semanais, consoante a celebridade.
Agora vejamos: se existem pessoas no mundo que são obrigadas a subsistir com apenas 2 euros diários, será justo que pseudo-estrelas recebam contas exorbitantes lá por estarem a mungir vacas e plantar couves para um país inteiro ver?
Por outro lado, o próprio nome do programa induz num grave erro. De facto, serão os concorrentes verdadeiras vedetas, personalidades com obra feita ou pessoas que alcançaram alguma notoriedade por motivos um pouco dúbios? Celebridades porque foram acusadas de tráfico de jóias, ofereceram um espectáculo deprimente de pontapés durante um jogo de futebol, protagonizaram filmes pornográficos ou apresentaram um programa televisivo nuas? Na minha opinião, só o facto destas pessoas serem consideradas célebres mostra quão baixo é o nível cultural da nossa sociedade. Não é celebridade aquele que se destaca nos campos literários, da música ou da política, mas sim aqueles que fazem as delícias das massas, são veteranos nas revistas “cor-de-rosa” ou já surgiram por entre as luzes da ribalta social.
Na minha óptica, é a atracção irresistível pelo exibicionismo, pelo “show off”, que leva estas celebridades decadentes a venderem a sua privacidade. É também impressionante a sua futilidade: que dizer de uma pessoa que perde meia hora do seu dia a filosofar se veste Armani ou Channel?
Apesar de tudo, é esse género de programas que ganha a guerra das audiências. Foi com “Quinta das Celebridades” que a TVI conseguiu pôr termo à liderança da SIC, liderança essa que já se arrastava há sete meses consecutivos. Em termos éticos, este facto levanta-nos outra questão. Apesar de os concorrentes não serem obrigados a participar, ao assinarem o contrato estão a tornar-se fantoches numa farsa improvisada e medíocre. Basta ver o que sucedeu a Zé Maria, vencedor da primeira edição de “Big Brother”, que sofre agora de graves perturbações, as quais, inclusive, já o levaram à beira do suicídio.
Quando o porta-voz da TVI afirmou: “Acreditamos (…) no gosto que os portugueses têm neste género de programas.” - sabia decerto que “Quinta das Celebridades” seria um sucesso. De facto, a maioria dos portugueses, com todos os problemas que o país e o mundo atravessam, parece estar apenas interessada em conhecer os pormenores sórdidos da vida quotidiana dos concorrentes e prefere viver nesta doce alienação.
* Gentilmente enviado por Carolina Almeida
Domingo, Novembro 07, 2004
Vaticanices
O culto cristão ramificou-se segundo várias interpretações, sendo, actualmente, maioritária a facção católica, a qual se verga à irracionalidade do Vaticano.
Este lugar, apesar de ser a morada dos Papas desde o século V, só no século XX se tornou Estado independente como recompensa pelo reconhecimento do regime sanguinário de Mussolini, uma perfeita simbiose entre o Fascismo e o Catolicismo selada no Tratado de Latrão (1929).
Hoje em dia, o Vaticano é um Estado juridicamente soberano, tem representações diplomáticas em 179 países do mundo. Possui observadores permanentes no Concelho da Europa, na Organização dos Estados Americanos, na Organização de Segurança e Cooperação da Europa, nas Nações Unidas, na Agência Internacional de Energia Atómica e, em 1997, passou a integrar a Organização Mundial de Comércio.
A nível interno, o Papa concentra o poder legislativo, executivo e judicial, sem limitação temporal definida, situação que noutro Estado se chamaria ditadura.
Em tempos, perguntaram a Cristo que reino era o dele. Em tempos, a resposta foi: “o meu reino não é deste mundo”.
Por outro lado, a acção histórica da máxima autoridade católica é uma panóplia de hipocrisia e canalhice.
O Vaticano, desde sempre, se conluiou com a selvajaria e abençoou o sangue vertido em nome de Deus.
O Papa Urbano II aprovou as Cruzadas e a “guerra santa” contra os muçulmanos; o Papa Gregório IX criou a Santa Inquisição, tribunal religioso que cometeu as maiores atrocidades, desde processos torcionários de confissão, até às execuções capitais com requintes de sadismo; o Papa Alexandre VI, através da Bula Inter Caeteras, dividiu o mundo em duas áreas de colonização, ou, como lhe chamaram, “evangelização”: uma a cargo dos brutais portugueses, outra a cargo dos não menos brutais espanhóis , como denuncia Frei Bartolomeu de las Casas. «Deram-se alguns índios a cada cristão sob o pretexto que ele os instruiria nas coisas da fé católica. O cuidado que eles tiveram com esses índios foi enviar os homens para as minas para extrair ouro(...), e as mulheres para os campos(...)»), diz aquele escritor.
Já no século XX, a Igreja Católica Apostólica Romana condenou a indubitável barbaridade do comunismo, aconchegando-se, no entanto, cobardemente, no seio do fascismo.
Em 1933, o cardeal secretário de estado Pacelli delineou uma concordada que seria ratificada com o III Reich, estabelecendo, assim, laços diplomáticos entre a Santa Sé e o Nazismo.
Este cardeal viria a ser mais tarde o Papa Pio XII, o qual sempre foi eufémico e, silenciosamente, consentidor da acção de Hitler.
Outras questões geram polémica, como o eventual encaixe de ouro proveniente de Judeus expropriados pelos Nazis nos cofres do Vaticano, ou a ajuda a nazis em fuga, após a invasão aliada, através da “rota dos mosteiros”, ou a própria beatificação de José Maria Escrivá, o qual via Hitler como o salvador do cristianismo.
A Igreja esteve do lado de Salazar, de Franco e de Mussolini, sendo, particularmente, lucrativa a última sinergia, a qual rendeu milhões de dólares.
Judas entregou Cristo por trinta moedas de prata. A Santa Sé por mais algumas.
Não obstante alguma evolução recente, principalmente no papado do Papa João XXIII, o Vaticano mantem-se paralisado no tempo. Vive no seu cubículo ideológico, emana moralidade com reaccionarismo, com estupidez.
Alimenta-se mais do fundamentalismo bíblico do que de humanismo cristão; empenha-se na conservação do arcaico, seja, internamente, o machismo que veda a presença da mulher na hierarquia religiosa ou perpetua o celibatarismo, seja a exprobação da homossexualidade, da eutanásia, do uso de contraceptivos.
Ainda há dias saiu um novo “Catecismo Social da Igreja”. Mais uma encíclica que condena o uso de preservativo, mais um crime contra a humanidade.
Até quando?
Quinta-feira, Outubro 28, 2004
1984
«O Estado assegura a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social perante o poder político e o poder económico (...).»
(Constituição da República Portuguesa, Parte I, Título II, Capítulo I, Artigo 38.º, Ponto Quarto)
Se graves são as pressões do poder económico sobre a comunicação social, mais graves se tornam quando estas são potenciadas pelo poder político.
O último ao urdir condicionamentos e pressões direccionadas sobre o conteúdo editorial dos meios de comunicação social excede largamente as suas incumbências, perpetrando verdadeiros atropelos ao Estado de Direito.
A pluralidade não abarca amordaçamentos ideológicos. Democracia é pluralidade. Urge garantir a sua genuinidade, nomeadamente, saneando quem em posse de poder se mostre inidóneo na demanda da mesma.
Sábado, Outubro 23, 2004
"A Estratégia da Aranha"
Quarta-feira, Outubro 13, 2004
A propósito da morte de Christopher Reeve...
Christopher Reeve Paralysis Foundation
Terça-feira, Outubro 12, 2004
"Tribunal Europeu condena Portugal - Em causa o novo Código de Trabalho"
Domingo, Setembro 19, 2004
O "Espírito Democrático" dos Estados Unidos
«O Senado rejeitou o Tratado de Proibição Total das Experiências Nucleares, a 13 de Outubro de 1999. Mas já antes os EUA tinham rejeitado a Convenção de Direitos da Criança de 1994, pela simples e extraordinária razão de que este tratado proíbe o recrutamento antes dos 18, e os EUA querem manter o recrutamento aos 17 – só os EUA e a Somália rejeitam ratificar a convenção. (...) Rejeitaram os protocolos adicionais à Convenção de Genebra, de 1949, que alargam os direitos da população civil em caso de guerra, como rejeitaram a Convenção sobre Económicos e Sociais (1966), a Convenção sobre os Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (1969), A Convenção Sobre os Direitos das Mulheres (1979), a Convenção sobre o Direito do Mar(1982) porque punha em causa os interesses da sua marinha, ou ainda o Tratado de Ottawa que proíbe minha antipessoais (1997).»
«(...) seria terrorismo ter imposto e apoiado Pinochet, Bokassa, Videla, Galtieri, Strossner, Mobutu, os generais brasileiros, os coronéis gregos, Sukarno, Somoza, Baptista, Papa Doc, a ocupação de Timor, Saddam Hussein, o Xá da Pérsia, o general Zia no Paquistão, os Saudis na Arábia Saudita. E quantos mais, impostos de modo calculado através da violência para coagir governos ou sociedades na prossecução de objectivos políticos?»
Francisco Louça e Jorge Costa, in A Guerra Infinita, Edições Afrontamento
Sexta-feira, Agosto 13, 2004
O Triunfo de Fidel e dos Porcos
«Creíamos en los derechos de los pueblos, entre ellos el derecho (...) a rebelarse contra la tiranía.»
Fidel Castro, discurso proferido a 3 de Janeiro de 2004 no teatro "Carlos Marx” por ocasião do 45º aniversário da Revolução Cubana
No primeiro de Janeiro de 1959, Fidel Castro entrava em Havana triunfante.
Era a vitória do idealismo face à corrupção, tirania e totalitarismo da governação de Fulgêncio Batista, muito sustentada pela subserviência aos Estados Unidos.
Esse “idealismo”, no entanto, degenera.
A submissão aos Estados Unidos é, depois, a submissão à União Soviética e seus obscuros interesses económicos e geo-estratégicos.
As antigas tirania e repressão são renovadas: uma sórdida polícia política é instaurada, assim como a censura; obliteram-se direitos como as liberdades de expressão, de impressa e de associação e ilegalizaram-se todos os partidos, excepto o comunista; os dissidentes são altamente reprimidos podendo ser detidos ou enviados para campos de trabalhos forçados; no viciado sistema judicial cubano acumulam-se práticas de tortura como meio de extorsão, o aprisionamento arbitrário e as execuções extrajudiciais.
A Revolução Cubana “comemorou” este ano o quadragésimo quinto aniversário. Nesta sua “longa” existência, Fidel quer, pode e manda, sem para isso estar, verdadeiramente, lidimado. Tal como Fulgêncio Batista.
O poder não é um eterno honorário do povo ao Fidel revolucionário. O poder não é propriedade do partido comunista. É, sim, do governo que o povo cubano legitimar em plebiscito verdadeiramente livre e democrático.
Fidel, o déspota recordista em anos no activo, teve grandes oportunidades para democratizar Cuba. Seria, certamente, lembrado de outra forma: como um redentor e não como um ditador.
Se totalitária era, totalitária ficou.
Cuba continua a ser o país iníquo que era.
Domingo, Agosto 08, 2004
!
Segunda-feira, Agosto 02, 2004
Shame On You, Mr Bush
Amnesty International, Bring justice to thousands still illegally detained in Iraq
Quarta-feira, Julho 21, 2004
O Machismo: A Manifestação da Pequenez
É uma realidade maximamente abrangente que se perpetua em sistemas políticos, sociais, económicos e interpessoais.
Também, o homem (ser humano masculino), historicamente, apresenta uma doentia superlativação do seu sexo, com vista à secundarização e instrumentalização da mulher.
A prepotência e tirania com que coagem é o resultado primário da assimilação de uma ideologia retrograda, reaccionária e obsoleta.
Tão de direito e tão capazes, as mulheres foram julgadas axiomaticamente como seres fracos, dependentes, menos racionais, ao serviço do homem como instrumentos reprodutivos e de prazer.
Essa vil e ignorante discriminação é tão antiga quanto a divisão de tarefas nos tempos primitivos, a qual forçosamente subordinava a mulher ao homem, o qual por ser, geralmente, mais robusto, tornar-se-ia o responsável pela obtenção da caça.
Com a sedentarização, surge o conceito de propriedade privada, conjuntura a qual acentua a dependência económica do sexo feminino que é impelido para o papel procriador dos futuros herdeiros das pertences familiares.
Começa aqui a efectivação do patriarcado, com a concentração do poder e da propriedade nas mãos de descendentes do género masculino, o qual foi, progressivamente, ceifando os direitos inalienáveis das mulheres.
O sexismo foi ideologicamente justificado por doutrinas fundamentalistas e exíguas, embora eloquentemente sofismadas com raciocínios.
Diversos filósofos como Confúcio («A mulher é o que há de mais corrupto e corruptível no mundo»), Aristóteles, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e Hegel muito contribuíram para o retrocesso e implantação de abjecções ideológicas.
Por outro lado, certas religiões, em contradição, muitas vezes, com a matriz doutrinária de bem que proclamavam, tiveram um papel conivente com a exploração da mulher, e, até, potenciador.
O Cristianismo, nomeadamente, na forma da igreja Católica, foi, durante séculos, uma instituição corrupta e atrofiadora do pensamento livre.
Em termos dos direitos da mulher, promoveu a sua subjugação e a apoteose masculina, aversões alicerçadas no retrogrado livro sagrado cristão, a Bíblia: (...) «mulheres sejam submissas a seus maridos (...)» (Efésios, 5, 22); "(...) «o homem é o chefe da mulher» (I Coríntios, 11, 3); «Quanto ao homem (...) é imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem.» (I Coríntios, 11, 7).
Também o Hinduísmo fomenta a discriminação da mulher. Esta é vista como um ser erótico que tem de ser dominado como forma de não intervir na busca de espiritualidade por parte do sexo masculino.
Como no Hinduísmo, o Islão concebe a mulher como a encarnação da sedução sexual. Não é considerado um ser íntegro, e, como tal, pertença do seu marido, “direito” assegurado pelo Alcorão: «Vossas mulheres são vossas semeaduras. Desfrutai, pois, da vossa semeadura, como vos apraz»(Segunda Surata, versículo 223).
Hoje em dia, assistimos ao desrespeito da mulher nas “repúblicas” islâmicas, doentias e fundamentalistas, onde se legislam barbaridades como o uso obrigatório de véu ou a proibição do uso de maquilhagem e de qualquer enfeite, transgressões passíveis de prisão ou chicotadas.
Do mesmo modo, diversos sistemas políticos inferiorizavam as mulheres.
Na famigerada “democracia” grega, pioneira ao que consta, todos os cidadãos votavam, independentemente da sua riqueza. Todavia, o conceito de cidadão excluía escravos, metecos (estrangeiros) e mulheres.
Até a inovadora e revolucionária Constituição dos Estados Unidos da América, fundado sobre valores “liberais e democráticos”, não só neglicenciava os direitos dos indígenas, como os das mulheres. Só em 1919, foi aprovado pelo Congresso, uma emenda à constituição, onde se universalizava o voto, a todos os brancos, independentemente do sexo (e só em 1965 foi concedido o direito de voto aos negros).
Em pleno século XX, na Europa, com a “benção” da igreja Católica, o fascismo expande-se, e, com ele, o autocracismo, o racismo e o imperialismo tomam palco.
Sofisma-se a rígida estereotipação da “família tradicional”, um verdadeiro hino ao fossilismo, onde a secundarização da mulher é patente no servilismo ao marido “protector” e na circunscrição do seu papel à função reprodutiva e ao serviço da casa.
O Portugal dos Pequenitos
Inacreditavelmente, num Portugal de século XXI, a discriminação sexista chega aos meandros justiciais.
Após recurso, foi concedido pelo Supremo Tribunal, a um homem homicida da sua esposa, uma atenuação de pena em 4 anos, alegando-se o facto do infractor ser «analfabeto» e de ter «havido violação dos deveres conjugais» por parte da vítima ao «não querer manter relações sexuais com» o indivíduo.
È, certamente, um perverso retrocesso ao Portugalito conspurcado pelo patriarquismo.
A recusa de relação sexuais por um conjugue agora é, surpreendentemente, passível de ser atenuante de um homicídio.
Ao ser reconhecida pela justiça como falta ao “dever matrimonial” apresenta-nos a deficitária inteligência de uma plêiade de “velhos do Restelo”, aparentemente regida pelos princípios esclavagistas da “sharia” de Khomeini.
Esse “dever”, em vez nenhuma, esteve assegurado pela lei, tanto é que a existência, por meios coercitivos, de relações sexuais num casal é considerada violação e é punida por lei.
Neste Portugalito de séculos XXI, uma sociedade alienada por onze macacos atrás de uma banana, cala-se à semi-amnistia de uma homicida por padecer de falta de servilismo e submissão da esposa.
A caravana passa e os cães não ladram.
Sábado, Julho 17, 2004
Rui Pimentel, Puro Veneno, in VISÃO nº 593
Terça-feira, Julho 06, 2004
Perspectivas... Ronald Reagan
«(...) I recall with deep gratitude the late president's unwavering commitment to the service of the nation and to the cause of freedom as well as his abiding faith in the human and spiritual values which ensure a future of solidarity, justice and peace in our world. (…) I commend his noble soul to the merciful love of god our heavenly father (...)»
Papa João Paulo II, Telegrama à viuva de Ronald Reagan
A verosímil:
«Reagan (…) financially supported the (right-wing security) forces’ murder of tens of thousands of people in El Salvador and Honduras; illegally transferred money from sales of missiles to Iran for arming Nicaraguan Contras against the country’s democratically elected president; and protected Contra drug traffickers.
Because of Reagan’s policies, the United States was convicted by the World Court of “unlawful use of force” for placing explosives in Nicaraguan harbors, and Reagan labeled Nelson Mandela’s African National Congress a notorious terrorist organization. (...)»
Sharon Scott, Statesman Journal
Um Vaticano laudatório e conluiado? Um Vaticano do século XV?
Quinta-feira, Julho 01, 2004
Perspectivas... O Colonialismo
Os homens morreram nas minas de esgotamento e de fome e as mulheres nas fazendas (...)»
Frei Bartolomeu de Las Casas (1474-1566), religioso dominicano que denunciou a selvajaria dos colonizadores da América do Sul.
«A Independência consolidada, com a disnatia de Avis no trono, é tempo de Portugal ir à descoberta de Novos Mundos.
A Senhora da Boa Esperança acompanha os descobridores e missionários, e a Boa Nova do Evangelho é anunciada, até aos confins da terra.»
Isabel de Herédia, Duquesa de Bragança.
Quarta-feira, Junho 30, 2004
Terça-feira, Junho 29, 2004
International Campaign for Justice for the Victims of Sabra & Shatila
Domingo, Junho 27, 2004
Eles Comem Tudo
Terça-feira, Junho 22, 2004
Perspectivas... Eleições Europeias
José Pacheco Pereira
"uma banhada, na linha europeia, para o governo português"
Marcelo Rebelo de Sousa
Sábado, Junho 12, 2004
Conjecturas acerca da existência de Deus
Feuerbach (1804-1872) produziu um conjunto de teses que tentam negar a existência de Deus - a crítica antropológica. Nesta afirma que Deus não é mais do que um paradigma criado pelo Homem, cujos valores e características são elevados ao expoente máximo, numa projecção antropormorfista idealizada. Desta forma, rejeita qualquer identidade ou desígnio divino, inferindo que o Homem concebeu uma representação perfeccionista da sua essência como forma de condicionar atitudes e valores morais. Na minha opinião, a crítica de Feuerbach, apresenta, à primeira vista, aspectos que a tornam convincente, nomeadamente correspondência na vida prática. Refiro, como exemplo, a tese de Karl Marx (1818-1883), apologista da filosofia de Feuerbach, que alerta para o condicionamento de atitudes por meio do temor do divino como factor de conformidade e resignação das classes mais desfavorecidas perante as injustiças sociais.