29/12/2005 20:51

Acho que só no ano que vem...

Desconfio que nos próximos dias farei muitas coisas, menos atualizar o blog. Caso seja assim (nunca se sabe, posso ficar com saudades de mim mesmo...), deixo aqui como última tarefa de 2005 minha derradeira coluna da temporada.

Sou péssimo para enviar votos de feliz ano novo. Aliás, sou péssimo para muitas coisas.

Mas desejo a todos um bom 2006. Bom o bastante para que todos cheguem ao final dele, olhem para trás e se sintam felizes e digam "que pena que acabou", e não "já vai tarde".

****************

Minha lista

É tempo de fazer listas. Nós, colunistas, fazemos listas todo fim de ano porque não temos outro assunto, essa é a verdade. Tudo pára, e é assim que deve ser. Não há o que dizer sobre o que não se move. Ou talvez haja, nós é que não enxergamos, acostumados que estamos à velocidade da vida e das coisas.

Listas e retrospectivas, isso é tudo que nos resta na última semana do ano, como se fosse necessário relembrar ao menos o que se passou nos últimos 12 meses, organizar a história recente antes que uma nova comece a ser escrita.

É fácil e tentador fazer uma lista. Os dez mais da F-1 em 2005. Ou os dez menos. Ou os dez mais ou menos. Números redondos. Se der muito trabalho, fiquemos apenas no melhor e no pior. O melhor piloto, a pior corrida, o melhor carro, a pior batida, o melhor dirigente, o pior projetista, a melhor pista, o pior estreante, em algumas linhas tudo é ranqueado e classificado, como se fosse possível, em tão pouco tempo e espaço, resumir um ano do que quer que seja.

Um ano é muita coisa. Se tivesse optado pelo caminho fácil de cometer uma lista de alguma coisa ligada à F-1, como já fiz várias vezes, diga-se, já teria terminado este texto e estaria no mangue pegando caranguejos com meus filhos. Ou jogando bola. Mas resistirei.

Prefiro uma lista menos convencional, talvez algo mais pessoal e terreno, afinal há anos escrevo, escrevo, e desconfio que ninguém saiba direito quem ou como sou, o que representa uma total falta de delicadeza com quem lê.

Farei, sim, minha lista, minha pequena lista do que de mais importante aconteceu em 2005: passei o dia dos pais em casa, comi queijo mineiro com goiabada cascão, meu menino mais novo ficou banguela, o mais velho aprendeu a ler legendas de filmes e fazer conta de multiplicar, comprei um DKW, uma Kombi e um Passat, disputei uma corrida de rua, nasceu minha segunda sobrinha, minha mulher ficou mais linda do que já era, e como ainda falta um pouquinho para acabar, o ano, não o espaço, fico por aqui e vou pegar caranguejos no mangue porque ainda dá tempo.


enviada por Gomes



29/12/2005 17:41

"Dojão" nas pistas

Como seria o aumentativo de Dodge? Bom, a gente sempre disse "Dojão" e "Dodginho" para o simpático 1.800, depois Polara. As aplicações da letra G no idioma pátrio atrapalham um pouco. Em todo caso, pedi fotos de Dodges de corrida e o Carlos Trivellato, blogueiro assíduo, mandou essa dos anos 80, Turismo 5.000 em Interlagos.

Quem seriam esses audazes rapazes?


enviada por Gomes



29/12/2005 16:20

Cemitérios

Interessante o artigo que recebi do grupo ao qual pertenço no Yahoo! para falar de DKW na internet. (Aproveitando: farei uma breve pausa na campanha pró-Kombis, que acredito já ter cumprido sua missão. Mas voltarei a ela de quando em quando.)

Saiu no site americano Western Driver e é sobre um cemitério de carros velhos perto de Phoenix, no Arizona. Gozado, sempre que ouço "Arizona" me vem à cabeça uma bedéia do colégio onde estudei em Campinas. Não lembro o nome dela, e nem sei se a palavra "bedéia" pode ser usada como feminino de "bedel", e muito menos sei se ainda hoje a molecada chama de bedel àquele pessoal que cuida para que a vida numa escola seja minimamente civilizada pelos pátios e corredores. É que a bedéia em questão fumava cigarros Arizona, e a gente vivia atazanando a dita cuja, dizendo que ela fumava "ali na zona". Estranhas, determinadas lembranças. Acho que cigarros Arizona não existem mais.

Mas eu dizia que o artigo é interessante, é um baita ferro-velho no Arizona com mais de dez mil carros, e na porta do escritório do dono está pintada a advertência: "No sniveling". Algo como "não chore", seja pelos preços, seja pelo estado de alguns carros.

Me chamou a atenção o DKW da foto abaixo, citado pelo autor do texto como "an early version of the A4", antecessor do Audi A4. Americanos são mesmo muito engraçados. O sujeito viu quatro argolas, imediatamente associou aos Audi, e provavelmente só conhece o A4, que é o que mais vende por lá.

Bem, até que não errou tão feio. Para quem não sabe, as quatro argolas que hoje simbolizam a Audi eram na origem, 1932, o símbolo da Auto Union, uma fusão de quatro montadoras alemãs, a saber: Horch, Wanderer, Audi e DKW. Quem quiser saber mais e tiver saco para ler em inglês, é só clicar aqui.

Quando a VW comprou a Auto Union da Mercedes, em 1964, creio, resolveu descontinuar os motores dois tempos e os veículos DKW, ressuscitou a marca Audi, resolveu manter as quatro argolas e o resto todo mundo sabe no que deu.

Portanto, os DKWs são, de fato, antecessores de todos os Audi. Nos meus há muitas peças com as quatro argolas. E quem vai ao museu da Audi em Ingolstadt nota que tem DKW pacas em exposição.

Ah, os DKWs... Se teve gente que me achou chato com as Kombis, pode se preparar!


enviada por Gomes



28/12/2005 18:57

Parabéns pra você, velho amigo

O segundo maior carro de todos os tempos (o primeiro evidentemente é o DKW) fez aniversário ontem, me lembra o blogueiro Felipe. 60 velinhas para o Fusca, que tem várias datas de nascimento se forem levados em conta todos os marcos do pré-Guerra (primeiro protótipo, primeiro apresentado a Hitler, primeiros fabricados, etc.). Uma dessas datas é 27 de dezembro de 1945, quando a fábrica da VW foi reativada em Wolfsburg e o primeiro Fusca saiu da linha de montagem. A história está no Carsale. Deixo aqui meu beijo a todos os mais de 20 milhões de Fuscas fabricados no mundo. Inclusive ao meu 66 branco como um pote de chantili, companheiro querido das horas tristonhas.


enviada por Gomes



28/12/2005 16:43

Livro do Tiago

Tiago Monteiro acaba de ter sua primeira temporada na F-1 registrada em livro. O simpaticíssimo portuga, que detém o recorde de estreante que mais terminou corridas seguidas na história da F-1, será titular da MF1, a Midland, no ano que vem.

Tiago não tem nada de bobo. Fez um pódio em Indianápolis que não tem muito peso, é verdade, mas pontuou em Spa com quase todo mundo na pista. E isso é duro, ainda mais correndo com aquela carroça da Jordan.

Para comprar o livro e guardar para todo o sempre as aventuras de nosso colega d'além mar, entre no site do dito cujo.

enviada por Gomes



28/12/2005 16:28

Rodízio de pistas salvaria um monte delas

No momento em que surge a possibilidade de a Alemanha revezar circuitos para sua etapa da F-1, por conta de problemas em Hockenheim (não consigo entender como Hockenheim pode ter problemas, mas vá lá...), talvez seja hora de se começar a pensar nisso seriamente para vários países.

Sou totalmente favorável. Além de vitalizar pistas que entraram em decadência depois que perderam a F-1, é algo tecnicamente interessante. As equipes chegariam a algumas corridas com referências de dois anos antes, o que estimula a criatividade dos engenheiros e aguça a sensibilidade dos pilotos.

Alguns países que poderiam alternar seus GPs, na minha como sempre modestíssima opinião:

- Brasil: Interlagos e Jacarepaguá
- Inglaterra: Silverstone e Brands Hatch
- França: Magny-Cours e Paul Ricard
- Alemanha: Nürburgring e Hockenheim
- Austrália: Adelaide e Melbourne
- Japão: Suzuka e Fuji
- Estados Unidos: Indianápolis e Laguna Seca
- Espanha: Barcelona e Jerez
- Canadá: Montreal e Toronto
- "GP do Leste": Hungaroring e Brno
- "GP do Oriente": Xangai e Sepang
- "GP das Arábias": Bahrein e Istambul

Algumas pistas eu não tiraria nunca do calendário, como Mônaco, Monza e Spa, que para mim formam a tríplice coroa da F-1.

Bem, é uma idéia... Que jamais será colocada em prática porque os contratos da F-1 são feitos com os promotores de cada país, ligados aos autódromos dos quais tomam conta.

Esqueçam, era só uma idéia.

enviada por Gomes



28/12/2005 01:08

Cada país tem a polícia que merece

Curiosidade enviada pelo amigo José Mattos, de Brasília. Na Itália, a polícia usa um Lamborghini; na Hungria, um TT; aqui, o velho e bom Fusca!

Quer saber? Fico com o Fusca!





enviada por Gomes



26/12/2005 14:33

Ritmo de férias

Deu para perceber que estou num ritmo malemolente. Fim de ano é assim mesmo. Para encerrar o dia (isso lá é hora de encerrar o dia?), fotinho de Passat de corrida enviada pelo blogueiro Leandro Sanco de Porto Alegre. Na semana passada ele sugeriu a publicação de fotos dos anos 70 e 80 no Brasil.

Me parece que o carro é do Affonso Giaffone, foto de 79, talvez. Um dia ainda faço um desses para correr. Para esta semana, mandem fotos de Dodges, ok?

enviada por Gomes



26/12/2005 13:59

SOS Jacarepaguá

Está chegando ao fim, espero, a polêmica sobre o uso do terreno de Jacarepaguá para que se façam obras para o Pan/07. Não porque vai haver algum acordo, mas por decurso de prazo, mesmo. Em um mês, passa a ser simplesmente impossível construir o que queriam em tempo para que possa ser usado nos Jogos.

A melhor forma de acompanhar o quiproquó carioca é no blog SOS Autódromo do Rio, conduzido vigorosamente por André Buriti, piloto e ativista pró-Jacarepaguá.

Sem corporativismo nenhum, o que acho. Antes de mais nada, dá para fazer Jogos Panamericanos sem usar um saco de cimento no Rio. Há ginásios, piscinas, campos de futebol e pistas de atletismo prontos para a dimensão desse evento, que está longe de ser uma Olimpíada. Não é necessário torrar dinheiro público para obras faraônicas. Pombas, a saúde carioca está sob intervenção! A segurança na cidade é um caos! Como é que pode um prefeito querer torrar dinheiro público em obras idiotas numa cidade como o Rio?

Se o BNDES liberar verba para essa insanidade, será um absurdo. O problema não é o autódromo, é a cidade. É o uso de verba pública para coisas desnecessárias. Torço, e torço muito, para que o Rio perca o Pan. Porque esse negócio vai ser uma farra sem precedentes, vai ter gente morrendo de rir de tanta grana que vai ganhar para levantar arenas e velódromos que depois de 15 dias vão apodrecer como o Maracanã, Jacarepaguá etc, etc e etc.

Sou pelo esporte. Mas não pelo esporte traduzido numa competição mandraque de duas semanas para satisfazer a TV Globo e seu ufanismo besta e o narcisismo de um prefeito e do presidente do COB e seus lindos olhos azuis. Pan é picaretagem, o Brasil se enche de medalhas competindo contra Haiti e Trinidad-Tobago e mascara seu arcaísmo olímpico.

Jacarepaguá está largado porque a prefeitura não tem vergonha na cara para cortar o mato. É inadmissível gastar dinheiro para construir um velódromo, uma piscina e um ginásio enquanto tem gente morrendo em corredores de hospitais públicos. É o fim do mundo.

Quanto ao autódromo, é algo que já existe. Para que destruí-lo? Não seria melhor viabilizá-lo? O Rio não tem outro terreno, firme e desocupado, para fazer suas praças esportivas?

Esses Jogos Panamericanos, em resumo, são uma vergonha nacional.
enviada por Gomes



26/12/2005 12:07

828/2 e 012

Estão nos Estados Unidos as duas últimas do Anísio.

Anísio Campos é o principal designer de carros do Brasil. Foi piloto, fez protótipos para correr, criou um monte de coisas. A principal delas é o Puma, que todos conhecem.

Alguns anos atrás Anísio foi contratado por Ricardo Machado, empresário carioca, para desenhar um carro urbano. Ricardo é dono da Obvio!, uma nescente fábrica de carros que por enquanto tem pouco mais do que idéias.

Mas são boas idéias. A primeira é o 828/2, uma recriação do Mini-Dacon. A segunda é o 012, ou Zero Doze (nas fotos abaixo, Anísio no 828/2 e uma vista lateral do 012).

A Obvio! conseguiu um inesperado aporte financeiro de uma empresa americana chamada Zap. Com a grana, fez em tempo recorde, coisa de 60 dias, um carro inteiro saindo do nada, a primeira unidade do 828/2. Um protótipo do 012 também foi concluído. Um acordo com o governo do Rio foi fechado, para uso da antiga fábrica da FNM.

Os dois foram enviados para feiras americanas. A aceitação do público é medida nesse tipo de evento. A Obvio! pensa em exportar a maior parte de sua produção.

Os planos são ambiciosos e não dá para saber se vão dar certo. Machado, para muita gente, é um sonhador.

Bem, o que seria do mundo sem os sonhadores?



enviada por Gomes



23/12/2005 01:56

"Faster", um presente de Natal

Acabo de chegar do kart, arrebentado mas feliz. Abro os e-mails e lá está meu pacotinho de Natal, enviado pelo velho amigo Carlos Tocchio. Ele encontrou na internet o videoclipe de "Faster", a mais bela das canções, um presente de George Harrison ao mundo.

Foi gravado nos anos 70. Pelos carros, 75, 76. Aparecem Ken Tyrrell, Bernie Ecclestone, Gordon Murray, Jackie Stewart, Niki Lauda, e a abertura é uma imagem de Interlagos. Quando eu trabalhei na Jovem Pan, de 1994 a 2001, era a trilha musical da última volta de todos os GPs. No site Grande Prêmio, foi também tema de abertura do TVGP. Algumas músicas bastam para uma vida toda.

Quando George morreu, em 2001, rabisquei umas linhas. Se tiver paciência, leia aqui. Se não tiver, veja o clipe. E durma com os anjos ouvindo George, o beatle que parecia Jesus, o mais musical de todos, a maior guitarra que este planeta já ouviu.


enviada por Gomes



22/12/2005 18:04

Se é para mudar...

Bom, por hoje chega. Over de Kombi, mas valeu. E encerro o dia com duas fotos de um protótipo da VW para substituir a dita cuja. Se é para mudar, que se mude assim. Não enfiando um radiador ridículo numa frente clássica. Bye, vou andar de kart.



enviada por Gomes



22/12/2005 17:43

The end

Não vou dizer o nome de quem mandou, porque o pai dele trabalha na VW. Mas eis o que saiu no jornalzinho interno ontem na fábrica de São Bernardo do Campo:

Marque esta data: 23 de dezembro de 2005. Nesse dia, será produzido na Anchieta a última Kombi com o motor mais popular da história da indústria automobilística: o boxer4, refrigerado a ar. Desde 1957, foram manufaturados artesanalmente 6.282.284 unidades desse motor no Brasil. O presidente Hans-Christian Maegner e o vece-presidente de Operações, Joerg Mueller, fizeram questão de se integrar nesta foto aos empregados cujas vidas fazem parte da historia do boxer.

Como disse o blogueiro, quanto cinismo... Matam e vão ao velório! Argh. Bem, acabou.

enviada por Gomes



22/12/2005 17:15

Menção honrosa

Essa não é de família, mas não posso deixar de dividir com meus blogueiros que (admitam!) estão cada vez mais engajados na campanha pelas Kombis. Vai a menção honrosa para o Juliano Calliari, de Joaçaba (SC). Tuning é isso, o resto é brincadeira! E notem o detalhe do vasinho com flores no painel.

Uma dessas na minha garagem também cairia muito bem...






enviada por Gomes



22/12/2005 17:06

E mais um vencedor...

E quer saber? Foram tantas fotos e histórias legais que vou dar uma camiseta e um boné também ao Vinícius Monegatto, de São Paulo. O pai dele era feirante, e a Kombi fez parte de suas vidas.

Escreveu Vinícius:

Olá! Li a respeito da sua campanha a favor das Kombis e me sensibilizei. Para participar do sorteio da camisa da Renault e para mostrar a importância desse utilíssimo automóvel que é um marco na história dos automóveis no Brasil, resolvi mandar duas fotos de Kombi que achei aqui em casa.

Na primeira é possível ver as três Kombis que meu pai tinha em março/87. Ele era feirante e possuía uma azul ano 71, uma verde ano 72 e uma a diesel ano 82 (eu sei que a Kombi a diesel não prestava e nem tinha motor Porsche, mas não deixa de ser uma Kombi). Repare que no teto das três existe um "bagageiro" que era usado para carregar as barracas de feira.

Na segunda é possível ver a Kombi a diesel numa viagem que fizemos em família a Votuporanga-SP. Gastávamos mais de 6 horas para chegar lá. Somos de São Paulo, e a Kombi se mostrava um automóvel muito versátil. Em especial porque a viagem era longa, meu pai jogava um colchonete no chão na Kombi e eu e meu irmão dormíamos metade da viagem.
Ah! Eu já ia esquecendo! Eu sou o menino loirinho. O moreninho é meu irmão mais velho.

Abraços

Vinícius Monegatto


Valeu, Vinícius!




enviada por Gomes



22/12/2005 16:54

Promoção das Kombis encerrada

Muito legal a participação dos blogueiros na brincadeira de me mandar fotos de família em que aparecessem Kombis. Recebi muitas, e agradeço a todos. O vencedor é Felipe Santos Alves de Souza. Não só pelas fotos preciosas (algumas delas abaixo), mas pelo que escreveu, também. Com sua permissão, Felipe:

Desde que comecei a acompanhar o seu blog e a sua campanha pelas Kombi, eu estava pensando em te mandar algumas fotos antigas do meu avô que estão guardadas aqui em casa. Mas faltava coragem de procurá-las. Mas eis que hoje eu estou em casa, de folga, e aproveitando que você ofereceu um pequeno "mimo" pra quem mandasse a foto mais legal, resolvi sair um pouco da frente do micro e ir à caça das fotos.

Fui pro sótão à procura dessas fotos, num puta calor, vasculhar caixas e caixas empoeiradas. Achei um monte de coisas que nem lembrava que tinha mais. Vários LPs, livros escolares antigos, etc... mas nada das fotos.

No fim, já com dor nas costas de ficar todo torto entre a laje e o telhado, e espirrando por causa do pó, achei a caixa em que as fotos estavam.

Agora que elas já estão 'scaneadas', aproveite. Caso nenhuma delas seja eleita como a mais legal e você quiser colocar no seu blog, fique à vontade. Está autorizado.

Segue a descrição delas:

Kombi 0001 - Meu avô e a Kombosa... detalhe. No verso, a data escrita a mão: 17/09/65
Kombi 0002 - Típica foto em frente do carro. O Sr. mais "forte" da foto é o meu avô (Agostinho). Ao lado dele com uma bolsa no braço é a minha avó (Maria). E o menino sentado no chão à direita é o meu pai (Flávio). Não sei identificar quem são as outras pessoas.
Kombi 0003 - Passeio na praia. Ente as mulheres, minha avó é a que está usando o maiô preto e branco (nunca escrevi maiô, nem sei se está certo). Data no verso: 23/02/66


Bem ou mal, essa brincadeira serviu de pretexto para pessoas como o Felipe perderem algum tempinho atrás... do tempo perdido. Reencontraram objetos, sentiram saudades, mataram as saudades. Aqueles livros da escola que guardamos para nunca mais vê-los, e que a um toque despertam tantas memórias. Discos antigos que escutamos em bailinhos na garagem, relógios parados, lembranças e mais lembranças.

A brincadeira cumpriu sua função. O Felipe vai receber sua camiseta e seu boné da Renault. E mando junto meu abraço ao seu avô, Agostinho, onde quer que ele esteja. Essas fotos abaixo são um pouquinho de Brasil.




enviada por Gomes



22/12/2005 16:28

Indiscrições sobre a Stock

Bom, ninguém me pediu segredo, então lá vai. Cacá Bueno vai correr na equipe patrocinada pela Eurofarma no ano que vem, a RC do Meinha. Seu companheiro será Antonio Jorge Neto. Ele vai ocupar o lugar do Luciano Burti, que foi para a Action Power.

A idéia de uma equipe própria tendo o Popó como companheiro, com o Formigão no comando, gorou. Formigão, para quem não sabe, é o Augusto Cesário.

Outra: o Amir Nasr está tentando trazer o Max Wilson da Austrália para ser o companheiro do Hoover Orsi. E a Nasr-Castroneves vai ser uma das equipes a usar carroceria do Bora, da VW.



enviada por Gomes



22/12/2005 16:24

Aposto uma maria-mole

Com essa notícia de que a Mild Seven está indo embora da F-1, acho que fecha-se o ciclo. A Renault se manda mesmo no fim do ano que vem. Aposto uma maria-mole e uma paçoca.

Sim, eu sei que as marcas de cigarro estão todas tirando o time, etc. Mas é que é muita coisa ao mesmo tempo. Primeiro, Alonso avisa um ano antes que vai para a McLaren. Depois, ninguém na Renault se importa. Depois, começam a surgir especulações sobre sua saída e ninguém fala nada. Por fim, a Mild Seven.

Já vi esse filme.

enviada por Gomes



21/12/2005 19:46

O Anjo

Há 25 anos morreu Nelson Rodrigues. Existem alguns anos em que o mundo surta e começa a matar quem não devia. 1980 foi um desses, com Lennon e Nelson. 1994 foi outro, com Senna e Tom Jobim. Anos bestas.

Nelson era um reacionário de primeira e eu o odiaria, provavelmente, se tivesse 20 anos em 1970. Mas como tinha só seis, nem sabia quem era.

O tempo se encarrega do extermínio dos ódios, e por isso ler o que Nelson disse ou escreveu hoje só me causa admiração. Sua biografia, "O Anjo Pornográfico", de Ruy Castro, é uma obra-prima da literatura brasileira. Quando terminei de ler, anos atrás, estava apaixonado por Nelson.

Paixão estranha, porque assisti a algumas peças escritas por ele e não consegui gostar de nenhuma. Seu rancor com a esquerda, com figuras como dom Hélder, sua intolerância com a juventude e com as mudanças que o mundo viveu na virada dos anos 60 para os 70, seu mau-humor atávico, tudo compunha um perfil que me faria, fácil, detestá-lo. Ainda bem que não tinha idade para odiá-lo, quando vivo. Perderia a chance de conhecer e entender uma figura que jamais poderá ser entendida na estreiteza do maniqueísmo.

Nelson escrevia como poucos. E refletia como ninguém. Sua obra era a expressão da perplexidade diante de um mundo que se tornava a cada dia mais incompreensível.

Como hoje.

"Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca." Nelson Rodrigues (1912-1980)


enviada por Gomes



21/12/2005 17:02

Discutam à vontade - III

Finalmente as dez equipes aceitaram a inscrição da Super Aguri. Que, por sinal, já tem até logotipia definida.

Ótimo, 22 carros no grid, finalmente. Por mim, poderiam ser 26, como nos bons tempos da pré-classificação. Sato e outro japonês ao volante, patrocínio da Honda, temporada iniciada com os modelos da Arrows de 2002.

O que será desse time? Não sei, mas melhor com ele do que sem ele. 20 carros no grid é pobreza demais para a F-1.

enviada por Gomes



21/12/2005 16:59

Discutam à vontade - II

O velho Max disparou seu novo pacotão para reduzir os custos da F-1. Pelo que entendi, vai insistir na asa bipartida para 2008. E continua sua cruzada contra o controle das montadoras.

Em geral, simpatizo com as idéias de Mosley. Mas desconfio que os acontecimentos estão atropelando o cidadão. Ele queria proteger as equipes independentes, elas sumiram.

Do que mais gostei? Pneus slick, finalmente.

enviada por Gomes



21/12/2005 16:57

Discutam à vontade - I

Aconteceu muita coisa nesta quarta-feira e noto nesta blog certa ansiedade por discussões específicas sobre F-1. Então, uma mensagem por tema, para que vocês opinem à vontade.

Primeiro: Kimi vai para onde? Saiu hoje que ele tem quatro propostas para 2007.

Meu palpite: Ferrari na cabeça.


enviada por Gomes



21/12/2005 14:39

Boas idéias eu aproveito mesmo!

O Leandro Sanco, blogueiro de Porto Alegre, me deu uma idéia legal. A cada semana escolher um tema e pedir que todos mandem fotos. É uma boa forma de todos participarem. Algumas fotos vou publicar aqui.

Como foi o Leandro quem deu a idéia, e ele gosta das corridas brasileiras dos anos 70 e 80, mãos à obra. Quem tiver coisas legais desse período, pode mandar para flaviog@warmup.com.br. Podem mandar na linha "Desafio do Salomão" (o Fiat de alguns dias atrás, lembram?). Quem é o piloto? Qual é a pista? Mas mandem com a resposta, claro!

De hoje até quarta que vem, corridas brasileiras dos anos 70 e 80. E para não abrir demais o leque (e acabar a brincadeira em poucas semanas), nesta semana quero apenas fotos de Passat. Isso aí, Passat de corrida. Porque se vocês já estão cheios de minha campanha pelas Kombis, ainda não viram nada. Lançarei outras por Passat, Opala, Corcel e, claro, DKW. Essa última deixo para o ano que vem. DKW é coisa muito séria.

enviada por Gomes



21/12/2005 01:36

Atendendo a pedidos...

...vou dormir, sim. Mas antes deixo uma fotinho de uma série que me foi enviada por três blogueiros, o Carlos Augusto Coelho, o Roberto Maia (este de João Pessoa, Paraíba) e o Sérgio Sá (de Manaus).

Nenhum deles tinha fotos de Kombis da família, para concorrer à camiseta e ao boné da Renault, mas foram gentis o bastante para dar uma busca na net até chegarem ao mesmo destino: uma Kombi tunada.

Não tenho nada contra tuning, embora considere um certo exagero torrar 20 ou 30 paus para colocar DVD e luz néon em um Corsa, mas cada um faz com seu dinheiro, e com seu carro, o que quiser (com exceção dos engates e insulfilm, tolero a maioria das barbaridades que vejo por aí).

Essa Kombi é verdadeiramente um show. Se viesse parar na minha garagem, acho que não reclamaria. Mas não faria o mesmo na minha Joaninha, nome de batismo dado pelo meu filho mais novo. O mais velho, quando a viu pela primeira vez, disse que ela é linda porque tem "cara triste".

Mais fotos, cheias de detalhes, dessa kombosa vocês podem ver clicando aqui. Bye, por esta madrugada.



enviada por Gomes



21/12/2005 01:14

Sobre as Mil Milhas

Já que dei uma informação razoavelmente furada dias atrás (de que até o início da semana passada só cinco carros estavam inscritos para as Mil Milhas), é preciso que se registre: na pré-classificação, sexta e sábado, foram 22 carros treinando. A informação foi do próprio promotor da prova, Antonio Hermann, a quem entrevistamos na Rádio Bandeirantes.

A corrida é dia 21 de janeiro. Tem muita gente reclamando dos preços dos ingressos, 65 mangotes o mais barato.

Particularmente, estou curioso para ver como será a vistoria técnica aberta ao público no Ibirapuera. Se encher de gente, é possível que a corrida ganhe um gás popular que há tempos não tem.

enviada por Gomes



21/12/2005 01:12

Antes tarde

A Volkswagen oficializou ontem sua entrada na Stock Car. A carroceria escolhida foi a do Bora, que se não me engano é importado do México.

São três bolhas agora a decorar o chassi tubular feito na Argentina e empurrado por um V8 americano: Astra (GM), Lancer (Mitsubishi) e o sedã mexicano.

Alegra o grid, sem dúvida. Mas ainda acho que falta um bom Brasileiro de Marcas. GM, Mitsubishi e Volkswagen, da Stock, não extraem absolutamente nada, tecnicamente falando. Não fornecem componentes mecânicos, não desenvolvem picas. São patrocinadoras, apenas. Usam uma categoria para promover carrocerias. Em suas peças publicitárias, porém, não poderão jamais afirmar "VW ganha em Interlagos", ou "Astra dá show em Tarumã".

Mas é legal. Pelo menos teremos três caretas diferentes no ano que vem. É a "nascarização" da Stock brasileira. Veja o focinho do Bora clicando aqui.

enviada por Gomes



21/12/2005 00:53

Para ler nas férias

Recebi, e repasso, do grande Bob Sharp:

O livro "Alguns aspectos da história do automóvel no Brasil", bem como a versão "Some aspects of the history of the automobile in Brazil", do qual participei efetuando a revisão técnica e a traduzindo-o para o inglês, acabou de ser lançado sábado último (17/12).

Foi editado pela Tempo & Memória/ACT Comunicação Visual Ltda. e são 406 páginas em formato 278 x 210 mm, em papel couché e fartamente ilustrado com fotos de Cláudio Larangeira.

O livro versa sobre a nossa indústria automobilística e as casas que a ela deram origem, além de falar de outras marcas que influenciaram o mercado brasileiro mesmo sem serem produzidas aqui. É uma obra essencial para quem se interessa pelo mercado automobilístico brasileiro.

A parte do DKW-Vemag é muito boa, vale a pena.

Para adquiri-lo enquanto não é distribuído nas livrarias, entrar em contato com a secretária de Fabio Steinbruch, Débora G. Dias, telefone (11) 3255-1850, debby_g@terra.com.br. O preço é R$ 80,00 e o pagamento, mediante depósito bancário.

Bob


Hoje mesmo vou comprar o meu.

enviada por Gomes



21/12/2005 00:47

Sim, eles também choram

Sempre se disse de Peter Sauber que o homem era uma geladeira. Como seriam geladeiras os suíços. Nesta semana ele ganhou um prêmio qualquer em seu país. E chorou.

Peter Sauber não tem nada de geladeira. Deve-se respeitar um homem que batizou seus carros, a vida inteira, com a inicial de sua mulher, Christine. Em 2002, na Copa, assistimos a um jogo no motorhome dele. Acho que contra a Inglaterra. Ele roubou meu boné da seleção. Quando acabou o jogo, fui pedir de volta. Ele não deu. Passou o dia inteiro com aquele boné na careca.


enviada por Gomes



20/12/2005 23:57

Tá bom, eu acredito - II

Ron Dennis, ontem: quero ter dois campeões do mundo aqui em 2007. Referindo-se a Alonso e o piloto de sua equipe que for campeão no ano que vem.

Fico imaginando se for o Montoya...

enviada por Gomes



20/12/2005 23:55

Tá bom, eu acredito - I

Briatore, hoje: não me envolvi direta nem indiretamente em nada. Referindo-se às negociações de Alonso com a McLaren.

enviada por Gomes



19/12/2005 20:19

Pra acabar o dia, um pequeno mimo

E por estar feliz com meus blogueiros, todos eles, inclusive os que me acham um tonto (têm sua dose de razão), um pequeno mimo.

Mandem fotos, mas fotos de verdade, do álbum da família, da casa do avô, de onde for. Não vale dar busca no Google. Fotos em que apareçam... adivinhem: Kombis!

A foto mais bacana será publicada aqui, se o blogueiro permitir, e quem a enviar vai ganhar uma camisa e um boné da Renault. Que tal?

Fotos para flaviog@warmup.com.br. Boa sorte a todos.

enviada por Gomes



19/12/2005 20:15

É de nossa vida que se trata

Estou feliz de ver quanta gente entra aqui e como algumas coisas aparentemente banais, como minha campanha pelas Kombis (aparentemente, notem bem!), geram boas discussões.

Mesmo sem se dar conta, por causa de Kombis, ônibus de dois andares e motores a ar vários blogueiros têm exercitado seu poder de reflexão sobre diversos assuntos que aparentemente (aparentemente, notem bem!) não têm nada a ver com carros, mas muito com a vida.

O comentário abaixo, do William Takahashi, que desconfio ter descendência nipônica, é um desses exemplos:

Acho que o mais triste é o fim da produção em série de um carro com esse motor boxer à ar. Não tanto pela Kombi, podia ser qualquer outro que fosse o último no mundo vendido nessa configuração. Marca o fim de uma era, um mundo como o conhecemos, como tantas outras coisas que estão acabando e pouca gente dá importância. Faz com que nós que apreciamos essas coisas nos sentir velhos antes da hora. Parece que o mundo não está sendo mais feito para nós, pensando no que gostamos ou admiramos. O que pensamos pouco importa hoje em dia, somos irrelevantes para a maioria. Pode parecer bobagem, mas a nossa luta pela preservação das Kombis chega à ser o símbolo maior da luta contra tudo o que está mudando no mundo, e à meu ver, para pior...
E se as Kombis fossem tão ruins assim, não tinha alemão fazendo fila prá comprar as últimas por 50 paus!


É isso. O mundo, em muita coisa, está acabando do modo que o conhecemos. Não sou refratário à modernidade. Sou refratário ao fim.
enviada por Gomes



19/12/2005 12:25

Já dizia Max Mosley

Há anos Max Mosley vem dizendo que a F-1 não pode ficar nas mãos de montadoras. "Elas vêm e vão quando e como querem, quem toma as decisões são seus conselhos de acionistas", prega o presidente da FIA.

Levanto o tema diante da mais nova onda de boatos que se aproxima da costa, no rastro do anúncio da contratação de Alonso pela McLaren. A saber: a Renault estaria preparando sua saída da categoria. Por isso Fernandinho teria assinado com os rivais. E mais: por isso os franceses não ofereceram muita resistência diante do assédio de Ron Dennis.

Se a Renault se pirulitar, que ninguém se surpreenda. No final de 1997, depois de seis títulos consecutivos com Williams e Benetton, a montadora resolveu ir embora. Argumentava (com alguma razão) que dali para a frente notícia seria a Renault perder, não ganhar. Dessa forma, era melhor sair de fininho. Mas pela porta da frente, por cima, sem ter de amargar o sabor da derrota que, mais dia, menos dia, chegaria.

Na França, neste ano, o presidente brasileiro da Renault Carlos Ghosn foi a um GP pela primeira vez. Ficou admirado com o que viu e afirmou que enquanto tiver resultados, a empresa vai ficando. A questão é: resultados na pista ou financeiros?

Vá entender a cabeça dos executivos. No fim do ano que vem a gente vai saber se os resultados que Ghosn levará em consideração são medidos em troféus ou euros.
enviada por Gomes



19/12/2005 09:26

Alonso na McLaren. Será um longo dia...

Bom dia. Consegui passar dois dias sem ligar o computador. E hoje fui acordado com a bomba! bomba!, como diria Ibrahim Sued.

Alonso na McLaren em 2007.

Dá para acreditar?

Implicações: Kimi sai, já fechou com a Ferrari. Kovalainen será o novo Alonsinho de Briatore. Schumacher pára no fim do ano, ou vai se divertir na Red Bull.

Sei lá, mil coisas, diria alguém. Volto daqui a pouco.

enviada por Gomes



16/12/2005 15:34

Agora ninguém segura

O internauta Alexandre Alves criou uma comunidade no Orkut que encampa a apolítica, universal e incontrolável campanha "Salvem as Kombis".

Ganhamos o mundo! Para animar os que ainda não se comoveram, vejam a imagem abaixo. Tem coisa mais linda? Bauhaus puro, como escreveu um blogueiro em outro post.


enviada por Gomes



16/12/2005 14:57

Da série "O que eu vou colocar no meu release?"

Me divirto muito com o Ricardo Feltrin da coluna Ooops! (com três "ós") quando ele destaca notícias sem pé nem cabeça que pululam por aí em sites de celebridades (aliás, ô país para ter celebridades, este nosso). Coisa do tipo "Sheila Carvalho é vista de sandália nova" ou "Dado Dolabella toma sorvete de creme".

Mas não é privilégio do mundo de Caras esse tipo de coisa. Vejam o que recebi hoje: "Daniel Landi cai no samba com a Ituran".

Meu pai do céu... Será que alguém vai ser capaz de publicar isso? Em tempo: Landi é piloto da Stock Light e Ituran é sua patrocinadora.

enviada por Gomes



16/12/2005 14:44

Te cuida, Brasil

Daqui a pouco a notícia sai no Grande Prêmio, mais completinha. Mas o negócio é o seguinte: em janeiro colocam a pedra fundamental da construção de um autódromo de US$ 350 milhões na cidade de Barcelona, na Venezuela.

O projeto tem o apoio do presidente Hugo Chávez. O mais legal: o circuito vai se chamar Simón Bolívar. Dá-lhe, Libertador! Os objetivos são os mesmos de todo mundo que tem anunciado a construção de autódromos por aí: trazer a F-1 e a MotoGP. Considerando que a América Latina não tem um só autódromo do nível de Xangai, Sepang & cia. limitada, é bom o Brasil abrir o olho.

Como pontos favoráveis ao projeto venezuelano está o plano de desenvolvimento do leste do país, no Estado de Anzoátegui, com implantação de novo pólo petrolífero e modernização de sua rede ferroviária.

A Venezuela tem bastante gente correndo nos EUA e, na Europa, Pastor Maldonado e Ernesto Viso (o da foto aí embaixo) são seus principais nomes. O automobilismo caseiro se desenvolve em quatro pistas permanentes, nenhuma delas homologada para eventos internacionais.

Na FIA, o país tem em Enzo Spano, amigo de Max Mosley e membro do conselho da entidade, um bom cabo eleitoral.

Ah, quem mandou batizar o circuito com o nome de Bolívar foi Chávez. O cara não é fraco, não.


enviada por Gomes



16/12/2005 14:04

Mil Milhas começam hoje

Hoje e amanhã acontecem os primeiros treinos classificatórios para as Mil Milhas. Em tese, 20 carros deveriam sair dessa pré-classificação. Digo em tese porque ontem, jantando com um amigo bem informado, soube que apenas cinco (isso mesmo: cinco) carros estavam inscritos.

As inscrições muito caras e o negócio de tempo-limite de 30% da pole estão pegando. Como não se sabe de quanto será a pole, nem quando ela será definida (em janeiro, provavelmente), tem gente com medo de torrar R$ 12,5 mil para participar da pré correndo o risco de perder a vaga quando a pole for definida.

É algo para se pensar. Não sou totalmente contra nem totalmente a favor dessa elitização da prova que está sendo pretendida por Antonio Hermann, o novo promotor das Mil Milhas. O objetivo é incluí-la no calendário internacional da FIA, mas fica sempre no ar a pergunta: mesmo se a corrida fizer parte do Mundial de alguma coisa (FIA GT, Endurance, sei lá), o que garante que as equipes estrangeiras virão todos os anos para cá? O transporte é caro, as despesas com passagens e hospedagem, idem.

Talvez essa transição esteja sendo feita rápido demais. Mas só o tempo dirá. Vamos ver como estará o grid em 21 de janeiro. E as arquibancadas, também.

Ah, tem gente no mundinho que circula Interlagos apostando que no frigir dos ovos vão acabar liberando as inscrições para todo tipo de carro, e a preços mais, digamos, modestos. Tudo para dar grid e evitar o vexame de uma corrida com meia-dúzia de carros.

De longe, apenas observo e torço para que tudo dê certo. Mil Milhas é um negócio muito legal.

enviada por Gomes



16/12/2005 13:58

Pensam que sou só eu?

A legião de defensores dos motores VW a ar só cresce. E para vocês não pensarem que sou o único lúcido do mundo, aí vai matéria publicada hoje na capa do caderno Carroetc de O Globo, texto como sempre preciso e sensível do competente Jason Vogel, possivelmente o melhor jornalista de automóveis do Brasil — já há um bom tempo.

A boa notícia é que a VW vai continuar fabricando alguns motores, para o mercado de reposição. Numa quantidade minúscula, mas quem sabe suficiente para não nos deixar mais órfãos do que nos sentimos.



enviada por Gomes



15/12/2005 19:07

Grave denúncia. Cadê o Ibama????

Três dias sem falar das minhas queridas Kombis? Nem pensar! A notícia de hoje, pois: vi na internet um gaiato vendendo uma 0km dessa última série prata por 50 paus. E o preço oficial é 39! Já tem ágio, vejam vocês! É a última série equipada com os incomparáveis, inesquecíveis, intermináveis motores boxer a ar.

Já estou sabendo que tem neguinho na Inglaterra comprando nossas Kombis de baciada. E na Alemanha também. Recebi graves denúncias nesta semana, dando conta de que um lote de Kombis foi enviado para a Alemanha no início de novembro. Cadê o Ibama, que não faz nada e só fica perdendo tempo com periquitos e tamanduás?

A foto abaixo não me deixa mentir. Mais detalhes aqui.



enviada por Gomes



15/12/2005 18:18

Laranja mecânica - II

Mas o último totalmente laranja a correr no Mundial foi o M19, de 1970 e 1971 (foto abaixo). Depois a McLaren arrumou patrocínio da Yardley e foi aumentando a área branca nos seus carros, sempre com detalhes em laranja, até assinar com a Marlboro para 1974. De lá até 1996 vigorou o famoso vermelho & branco, que em 1997 virou prata, que no ano que vem volta a ser laranja, talvez.


enviada por Gomes



15/12/2005 18:08

Laranja mecânica

Se na entressafra de 2006, até chegar a Vodafone, a McLaren realmente correr com seus carros pintados de cor-de-laranja, nada mais fará do que voltar às origens. Bruce McLaren, o fundador, tinha adotado essa cor para seus carros nos anos 60, estivessem eles correndo na Europa ou na América do Norte.

Há alguns anos, 1997, acho, a McLaren fez alguns testes de pré-temporada com o carro laranja. Esse aí da foto abaixo. Mas por ser a Mercedes dona de 40% da equipe, acho melhor esperar para ver qual será o visual definitivo do time no ano que vem.


enviada por Gomes



15/12/2005 15:20

Ao batente, queixudo!

É, o trabalho enobrece o homem. Depois de anos passando as férias na Noruega, Schumacher teve de pegar no batente neste fim de ano. Interessantes seus tempos de hoje em Jerez, andando de V8 na frente de todos os outros, inclusive os V10 limitados.

Muito cedo para qualquer prognóstico, porém. A única certeza: o alemão está a fim de trabalho. O que para os outros pilotos é uma péssima notícia.

enviada por Gomes



14/12/2005 16:17

Dá para ser mais cínico que isso?

Comunicado da FIA sobre a saída da Michelin. Notem a última frase. É um show de cinismo...

MICHELIN WITHDRAWAL

The FIA has noted Michelin's announcement of its withdrawal from Formula One at the end of 2006.

Everyone in Formula One will be most grateful to Michelin for the efforts they have made and for their courtesy in giving the necessary full year's notice.

The competing teams have repeatedly and unanimously requested the FIA to impose a single tyre supplier in Formula One. This has been agreed for 2008, but Michelin's announcement makes it probable for 2007. The teams will certainly be glad of this.

A single tyre supplier will undoubtedly make Formula One fairer, safer and less expensive for the teams but, above all, it will avoid a repetition of the problem which arose at the 2005 US Grand Prix.

Paris, December 14, 2005


enviada por Gomes



14/12/2005 16:06

Bye, Bib

Dizer que a saída da Michelin da F-1 me surpreendeu seria mentira. Depois que Monsieur M., o próprio, saiu disparando cobras e lagartos em direção à FIA, e recebeu como resposta indelicadezas do tipo "o sr. Edouard Michelin tem dificuldades claras de compreensão" (é burro, em outras palavras, ou um pateta, como queiram), ficar seria suicídio.

Até por uma questão de honra, era melhor mesmo tirar o time de campo. Au revoir, Bibendum. Azar de quem ficar com seus pneus no ano que vem. Não que a Michelin vá se transformar numa borracharia de fundo de quintal. Há um nome e uma reputação a preservar, e por isso ninguém vai fazer corpo-mole. Ou borracha-mole. Mas é inevitável que se tire o pé. Um relaxamento é natural, não haverá mais objetivos, para que desenvolver pneus feito doidos, se no final do ano vai tudo para o lixo?

Não tenho opinião formada sobre o monopólio dos pneus. Conceitualmente, acho a concorrência saudável, entre outras coisas porque acrescenta uma variável às corridas. Vai ter pista em que o pneu X é melhor que o Y, etc., alternando favoritismos, combatendo a mesmice. Mas isso é teoria. Hoje já se sabe que pouca coisa muda de pista para pista, ainda mais com a quantidade de testes que fazem por aí. Aquelas surpresas do passado, a Pirelli enrabando a Goodyear calçando um time mequetrefe num circuito ou outro, já não rolam mais.

O que ocorre hoje em dia é que uma equipe que faz um carro bom pode ter sua temporada atirada no esgoto se escolher o fornecedor de pneu errado, como aconteceu com a Ferrari em 2005.

Pena da Ferrari? Nenhuma. O carro nem era tão bom assim. Mas está na cara que os Bridgestone tiraram Schumacher e Barrichello de combate neste ano. E seria muito melhor um campeonato com mais uma equipe na briga, além de Renault e McLaren.

Bom, o que eu penso, a essa altura, não importa, porque em 2007 vai ter um pneu só, mesmo. Bridgestone, claro. Eu preferiria que ficasse a Michelin. Pelo menos é uma marca que tem mascote. Qual é o mascote da Bridgestone? O Pokémon?

Meus sentimentos a Bibendum.


enviada por Gomes



14/12/2005 15:06

O melhor de todos os livros

Tem muita gente perguntando, principalmente depois que mencionei na TV, então lá vai. Para comprar o livro do Jan Balder (o primeiro na foto, à esquerda, com Anísio Campos no centro e Marinho na extremidade direita), o melhor que já li sobre histórias de corridas, é só ligar para a Tereza: (11) 5182-8244.

Jan foi piloto da Vemag no começo da carreira e entre outras façanhas tem no currículo uma quase vitória nas Mil Milhas correndo em dupla com Emerson Fittipaldi de Malzoni. O livro se chama "Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro — Por que tantas vezes campeão?".


enviada por Gomes



14/12/2005 11:40

Só mudou o vício

A McLaren fechou acordo de longa duração com a Vodafone. Começa a valer em 2007. Será o terceiro "title sponsor" do time, a saber: aquela marca que acaba sendo incluída no nome oficial da equipe (e que só serve para materiais impressos e publicidade, porque não sei de ninguém que chame a Ferrari de Malrboro Ferrari, ou a Renault de Mild Seven Renault).

No que diz respeito à McLaren, só mudou o vício, no fim das contas. Primeiro foi a Marlboro, por décadas, depois a West. Agora, celulares.

Que vício é pior, cigarro ou celular?
enviada por Gomes



14/12/2005 01:57

Falando em Orkut...

...sem ter muito o que escrever, fiz uma breve pesquisa no Orkut para saber o número de comunidades de fãs/desafetos de alguns pilotos brasileiros. Apenas escrevendo o nome de cada um, encontrei 15 de Rubens Barrichello, 40 de Felipe Massa, duas de Antonio Pizzonia e duas de Ricardo Zonta, para ficar nos caras que estiveram na F-1 neste ano.

Dos campeões, Ayrton Senna reina absoluto com 216, seguido por Nelson Piquet com 15 e Emerson Fittipaldi com quatro.

O mais engraçado é que a maior comunidade do Massa é a dos que acham o piloto da Ferrari parecido com o Zacarias dos Trapalhões. E é mesmo.


enviada por Gomes



14/12/2005 01:46

Um pouco de bom gosto, pra variar

Quer fugir do MMAB (Mar de Mediocridade que Assola o Brasil)? Anote aí na sua agenda: no 16 de dezembro (sexta-feira), vá ao Santa Esquina, r. Rua Bragança Paulista, 1.240, em frente ao Tom Brasil Nações Unidas. A partir das 22h, show da 4Free, banda que tem o grande Rodrigo Borges (ex-Grande Prêmio) na guitarra. Rock da melhor qualidade para quem é de SP. Seis mangos a entrada. Reservas: 5643-8882.

A 4Free, para quem não conhece, tem uma ativa comunidade no Orkut.


enviada por Gomes



14/12/2005 01:37

A cidade dos trailers

São Paulo é uma cidade muito besta em algumas coisas. Foi a conclusão a que chegamos eu e Silvio Lancellotti (dispensa apresentações) quando voltávamos da TV de noite. Um estrangeiro desavisado que desembarcasse aqui se espantaria: "Oh, como vocês viajam!", diria, olhando para a bunda dos carros. E ao espanto do interlocutor, justificaria: "Todo mundo aqui reboca trailers!".

Pois é. SP é a cidade com mais engates instalados em carros per capita do mundo. Qualquer ximbica tem engate. Para puxar nada, evidentemente. Quando comentávamos tal infantilidade dos motoristas paulistanos, passou por mim um Ka 1.0 com engate. Para puxar o quê? Carrinho de bebê? Um Ka 1.0 mal consegue puxar a si próprio, vai carregar o quê?

Li que são vendidos mais de 10 mil engates por mês na cidade. A maioria nem faz a ligação necessária para transferir a um eventual reboque a corrente elétrica para as luzes de lei. Na verdade, o paulistano coloca engate em seus potentes Kas, Palios, Fiestas, Corsas, Celtas e Gols para sacanear os outros. Não há outra motivação. É para amassar o pára-choque de quem estaciona perto.

Conheço um monte de gente que coloca engate no carro. Acho ridículo. Pode parecer uma besteira menor, mas neguinho que coloca engate no carro para puxar vento dá uma demonstração inequívoca de desvio de caráter.

É isso: os engates são um símbolo do desvio de caráter dos habitantes de nossas metrópoles. Um acessório que tem como única função estrepar outrém.

Ergo nova bandeira, pois: mostre a língua a quem tem engate no carro. E vibre quando algum amigo vier lhe contar que levou uma pancada por trás que entortou seu chassi por causa do engate.

enviada por Gomes



13/12/2005 16:58

Público voltando

Só hoje vi imagens do encerramento da F-Renault em Interlagos e notei que as arquibancadas tinham bastante gente. Em Salvador, algumas muitas dezenas de milhares de pessoas foram ver as corridas de rua da categoria. A Stock e a Truck vivem enchendo autódromos. Acho que existe uma boa chance de Interlagos ter um bom público nas Mil Milhas...

Não deve ser coincidência. O automobilismo está começando a atrair gente de novo no Brasil. Talvez por isso estejam pipocando por aí projetos de autódromos novos. Bons ventos. E quem deveria aproveitá-los eram as montadoras. Acho o fim da picada um país que tem instaladas fábricas da Ford, VW, GM, Fiat, Honda, Citroën, Renault, Toyota, Audi e algumas outras que devo estar esquecendo não ter um campeonato decente de marcas, como há na Argentina.
enviada por Gomes



13/12/2005 00:54

Acorde cedo (e depois me conte...)

A Audi apresenta hoje (hoje???? Cacete, já passou da meia-noite) em Paris o R10. É o sucessor do R8, o grande papa-títulos de Le Mans nos últimos anos. Ouvi boatos de todos os tipos, entre eles o de que seria um carro a diesel com motor V12. A conferir. A Audi promete transmitir a bagaça ao vivo pela internet. Começa às 9 da matina de Brasília, pelos meus cálculos.


enviada por Gomes



12/12/2005 23:08

É a minha cara

O Tuta, que é um recém-conquistado amigo/etc. e entra sempre aqui, ex-vocalista, ou guitarrista, ou sei-lá-o-quê da histórica banda Sapo de Plástico, mandou essa caricatura abaixo. É minha cara, véio Tuta. Digo véio porque você é dez dias mais idoso do que eu, e dez dias são dez dias, afinal. Até que você desenha bem. Saudações aos e às pampas.



enviada por Gomes



12/12/2005 22:51

E eu com isso?

Tá num texto explicativo sobre as novidades que a VW enfiou goela abaixo da Kombi, no UOL:

"O motor EA-111 1.4 8V Total Flex (arrefecido a água) é 25% mais potente que seu antecessor quando abastecido com álcool e 34% quando com gasolina. E, por ser mais moderno ele também é mais eficiente. Segundo o fabricante, ele é 30% mais econômico que o boxer 4 cilindros refrigerado a ar. A potência máxima com gasolina fica em 78 cv a 4800 rpm e com álcool em 80 cv (mesma rpm). O torque, o dado mais importante para o tipo de aplicação, também ganhou corpo: 12,5 kgfm a 3500 rpm (gasolina) e 12,7 kgfm a 3500 rpm (álcool). As acelerações e retomadas agradecem. O novo propulsor recebeu gerenciamento eletrônico (ECU), E-GAS (acelerador eletrônico), RSH (balanceiros roletados) e software sensor Flex Fuel (SFS) desenvolvido pela Magneti Marelli, amenidades hi-tech sem as quais as normas de emissões deixariam de ser atendidas".

Do alto de minha sabedoria e como defensor-mor das Kombis de verdade, mando meu recadinho para a VW: peguem o ECU, o E-GAS, o RSH e o SFS e enfiem no Fox.

Ridícula, essa Kombi nova.

enviada por Gomes



12/12/2005 22:45

London, London...

Tenho um amigo que vive me dizendo, e acho que vários concordam: o mundo está ficando mesmo muito chato. Chato, e com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que não nos damos conta daquilo que realmente importa. A história das Kombis é apenas uma delas. Relaxa, não falarei de Kombi agora. Não agora.

Falo de Londres. Parece que deu em todos os jornais, mas não vi e só fui alertado pelo amigo/internauta/etc. Aliandro Miranda, de Paracambi (o mesmo que me deu a dica do carro do Rubinho largado num galpão, que mostramos no Limite).

Londres acabou, semana passada, com um de seus símbolos: o doubledecker. Os ônibus de dois andares com cara de calhambeque, motorista e cobrador saíram das ruas. Foram mais de 50 anos de serviços prestados, desde 1954. A última viagem regular aconteceu entre Marble Arch e Streatham Hill na sexta-feira, linha 159.

Motivo? A pentelhação costumeira dos politicamente corretos: faz barulho, polui, não tem acesso adequado para deficientes, é pouco produtivo.

Ora, e daí? Tirando o acesso a deficientes, o resto não tem a menor importância. O mundo não ficará mais enfumaçado ou mais barulhento por causa de alguns ônibus. Quanto aos deficientes, Londres é uma cidade muito bem-servida de acessos em outros ônibus, nos táxis e até no seu metrô velho e encardido (mesmo assim, desafio alguém de cadeira de rodas a chegar a um trem em algumas estações; nem por isso vão fechar o metrô).

Aí tiram os Routemasters (é a marca deles) das ruas, e em seu lugar colocam outros ônibus de dois andares quadradões, sem charme ou história. Caixotes horrorosos. No mês passado, o "Evening Standard" fez uma pesquisa sobre a decisão de aposentá-los. 81% de seus leitores foram contra tal absurdo. Porra, para que serve o povo, senão para consultá-lo e atendê-lo? Cagaram para o povo.

Um dos grandes charmes de Londres era subir e descer nos doubledeckers em movimento, levar esporro do cobrador de vez em quando, ouvir a sinetinha, o ronco grave do motor, o barulhinho da máquina de bilhetes.

Os doubledeckers começaram a funcionar depois da Segunda Guerra para substituir os bondes de Londres. Foram projetados por engenheiros reaproveitados da indústria bélica especialmente para a cidade. Sua morte foi anunciada há 20 anos com a chegada dos quadradões sem cobrador. Em 1996 as autoridades londrinas estabeleceram uma carência de cinco anos para tirá-los de circulação alegando que muita gente se machucava ao sair deles em movimento. Pombas, azar de quem se machuca. Em ônibus nenhum está escrito que o sujeito tem de pular com o bicho andando. Quebrou a perna? Problema da senhora, mora?

Ken Livingstone, que assumiu a Prefeitura em 2000, resolveu reformar a frota e recusou-se a matar os doubledeckers. Eles ganhariam uma sobrevida pelo menos até 2016, data estabelecida pelos pentelhos da União Européia para que todos os ônibus do continente tenham acessos específicos para cadeiras de rodas.

Mas não rolou o prazo. Há dois anos, eram 500 Routemasters rodando alegremente pelas ruas londrinas. Agora, vão ficar apenas 16, fazendo uma rota turística sem grande importância.

Londres, Londres, não és mais a mesma. Quem viu, viu. Quem andou, andou.


enviada por Gomes



12/12/2005 22:11

Perca 7 minutinhos...

...assistindo a este vídeo espetacular do Supercar Challenge da Holanda. É de 2002, em Assen. O piloto se chama Rolf Van Os e corre de BMW. Ah, se meu DKW tivesse um câmbio que berra que nem esse! O Supercar Challenge, que eu não conhecia, parece ser bem animado, com carros de várias categorias largando no mesmo grid.

Nesse vídeo, um dos muitos que o site disponibiliza, nosso herói Rolf largou lá atrás por algum problema técnico e veio jantando todo mundo. Dura 7 minutinhos. Vale a pena ver. Quem me enviou a dica foi o Kiko Leão, da Beta.
enviada por Gomes



12/12/2005 19:01

Democrata, o nosso Tucker

Bem, não há necessidade de contar a história toda aqui, porque ela já está bastante bem documentada em publicações especializadas e, na internet, no BestCars. Mas faço questão de registrar as emoções que vivi hoje ao fazer uma matéria que deve ir ao ar no Limite, da ESPN Brasil, no comecinho do ano que vem.

Fui atrás do Democrata, o carro brasileiro feito em meados dos anos 60 que não vingou por sacanagem do governo militar e das montadoras instaladas no país na época. A fábrica foi fechada em 1968 e algumas carrocerias se salvaram. Um carro, um único, roda ainda, em Passo Fundo (RS). Outro está sendo restaurado pelos irmãos Finardi em São Bernardo do Campo e fará parte do acervo do museu de Roberto Nasser, jornalista e advogado de Brasília que trava uma comovente batalha pela preservação da memória da indústria automobilística brasileira. No ano que vem, aliás, Nasser lança um livro sobre o Democrata.

Vi o carro sendo restaurado, as carrocerias que ainda restam e o único motor de que se tem notícia. E fui à fábrica, ou ao que restou dela, no Riacho Grande, um distrito de São Bernardo. Sobrou uma parede e o piso. Ali nasceu e morreu um sonho. Vale a pena ler o texto do BestCars, para conhecer essa história. Ela é muito parecida com a do Tucker, que já foi levada ao cinema. Abaixo, a entrada da fábrica há 40 anos. Não vou exagerar e dizer que quase chorei ao ver o que foi feito dela. Mas deu muita pena. Pena do Brasil, por ser um país tão mambembe, aquele que poderia ter sido e não foi. A história do Democrata e da Ibap (Indústria Brasileira de Automóveis Presidente) é emblemática nesse sentido. O Brasil é um dos países que mais montam automóveis no mundo. E não tem nenhuma montadora nacional, por conta de putarias como as que fizeram com empresas como a Presidente, a Gurgel e tantas outras.

Dias desses esteve uma comitiva chinesa por aqui para fazer negócios. Quando informados da quantidade de montadoras instaladas no Brasil, os chineses escancararam os olhos e perguntaram quantas eram nacionais. Nenhuma, foi a resposta. Os caras não acreditaram.

enviada por Gomes



12/12/2005 18:47

Pistas por todos os lados

São alvissareiras as notícias sobre novos autódromos no Brasil. Neste ano saiu um, em Santa Cruz do Sul (RS). Há um projeto razoavelmente adiantado para Belo Horizonte e outro para Taubaté. Agora surge a possibilidade de um em Santa Catarina.

Se vierem pistas decentes e privadas, com estruturas auto-sustentáveis, sem que o automobilismo mame nas tetas públicas, como acontece em Interlagos, bato palmas. Mas nada de muito entusiasmo, ao menos por enquanto. Tem coisas em que só acredito vendo, e autódromo no Brasil é uma delas.
enviada por Gomes



12/12/2005 18:44

E o outro Nelson, vai?

Antes de mais nada, bom dia. Pega mal dizer bom dia quase às 7 da noite? Bem, creio que minha fiel meia-dúzia de leitores me perdoará pelo adiantado da hora. Passei o dia fazendo uma matéria para o Limite, que só deve ir ao ar no ano que vem. Sobre ela, a matéria, escrevo daqui a pouco.

Vi que o assunto Nelsinho deu certo ibope. Hoje, na sua coluna no Lance!, Piquet pai escreve que vai correr de F-Truck. Mas só a partir de 2007. É uma boa para ele? É uma boa para a Truck? Vão pensando e postando enquanto resolvo algumas pendências por aqui.
enviada por Gomes



10/12/2005 20:14

Às favas com os V8

Observando os testes deste fim de ano, fico me perguntando: por que a McLaren, por exemplo, gasta tempo e dinheiro andando com seu carro de 2005, motor V10, igualzinho ao que terminou a temporada? Só para comparar com o V8? Não precisa, os caras estão cansados de saber exatamente como se comporta esse carro.

O segredo é descobrir se esse V10 está andando com limitador de potência, para atender ao regulamento de 2006. Se estiver, vira de 2 a 3 segundos mais rápido que o V8. Portanto, meninos e meninas, não se surpreendam se algumas equipes começarem o Mundial do ano que vem com seus carros de 2005 com motores V10 limitados, até que os V8 estejam devidamente testados. O problema deles continua sendo a vibração excessiva do conjunto, que acaba mexendo em todo o equilíbrio do carro.
enviada por Gomes



10/12/2005 12:10

Chegou a traidora!

Foto enviada pelo amigo Pablo Vargas, de Santos. Eis aqui, senhoras e senhores, a traidora! A nova Kombi com motor a água. Vejam este radiador! Pode alguma coisa ser mais medonha e deprimente? Argh! Recusemos as imitações! Isso não é Kombi nem aqui, nem na China. É uma aberração genética.


enviada por Gomes



10/12/2005 12:00

Trégua com Feltrin

Ao receber, sensibilizado, mensagem do Ricardo Feltrin, da coluna Ooooops! (quantos "Os" teria Ooooops!?) do UOL, decidi eliminar de meu cardápio a carne de pato e informar ao célebre jornalista que será agendado um passeio pela cidade na minha Kombi, cujas laterais ostentarão faixas defendendo as simpáticas aves quaquarejantes.

É parte de uma trégua proposta: eu não como patos, ele não malha as Kombis. E estamos conversados.
enviada por Gomes



10/12/2005 11:56

Aderj informa: sai Nelsinho, entra Tony

Deu no Lance! de hoje, nota assinada por Dani Blaschkauer: Tony Kanaan corre pela equipe brasileira na A1GP em Monterrey (26/2) e Laguna Seca (19/3), porque Nelsinho estaria "preso a testes da GP2". Hummmm.... Sei, sei. Olha a chapinha do moço começando a esquentar.
enviada por Gomes



09/12/2005 15:55

Não adianta, não vou desistir!

Antes de minha breve saída, porém, um exemplo da mais pura arte! Não adianta, ninguém me fará desistir da campanha pelas Kombis. Teve gente que disse que eu vivo num museu, outros que insistem em chamar tal obra-prima de caixote sobre rodas ou pão Pullman, mas não estou nem aí. Vivam as Kombis! Até mais...


enviada por Gomes



09/12/2005 15:47

Nelsinho: vai ou não vai?

Hoje serei breve. Fim de ano, sacumé. Matrícula das crianças na escola, apresentação de fim de ano (marcaram para agora, 16h30, dá para acreditar???). Mas para não passar a tarde em branco (de noite prometo mais mensagens, ou "posts", como se diz), deixo a questão, que me fazem com frequência, também: e o Nelsinho? Vai ou não vai?

Vi várias corridas do rapaz, na GP2. Confesso que nenhuma me impressionou demais. Na verdade, o piloto que mais me impressionou nessa categoria foi o Heikki Kovalainen, mais até do que o campeão Nico Rosberg.

Nelsinho começou bem na A1 GP. Mas não nos esqueçamos que só venceu em Brands Hatch, pista que conhece de trás para a frente. Depois empacou.

Não gosto de fazer julgamentos precipitados. Aliás, não gosto de fazer julgamento algum. Deixo para vocês. Nelsinho vai ou não vai?
enviada por Gomes



08/12/2005 18:00

Lindo, lindo, lindo...

Indicação do leitor/ouvinte/etc Carlos Trivellato, o comercial da Honda feito pela Wieden + Kennedy para uma campanha na Inglaterra é uma das peças mais belas que já vi na vida.

O Trivellato pescou o filme no Brainstorm9, um site que fala sobre publicidade.

O comercial se chama "Impossible Dreams". Reproduzo do Brainstorm9: "Mostra a evolução dos veículos Honda em encarnações passadas e presentes. Um piloto sai de casa numa Honda Monkey, passa pelo carro de F-1 da marca de 1965 e dirige ainda o novo modelo da BAR e até lanchas. A trilha sonora, claro, é uma versão de Andy Morris para o clássico 'The Impossible Dream'. A assinatura 'The power of dreams' continua nessa nova campanha, em que a Honda quer mostrar que sua missão é tornar realidade sonhos impossíveis."

Como perco o amigo, mas não a piada, slogan apropriado para Barrichello.

Mas esqueçam a gracinha e curtam o vídeo.


enviada por Gomes



08/12/2005 17:22

E o amarelo da Jordan se foi...

...para o cinza, preto e vermelho da Midland, ou MF1 (depois a gente resolve como chamar essa equipe). Que já veio com patrocínio forte, da JVC. A foto é do Tiago Monteiro, de hoje. O carro é o mesmo da Jordan do ano passado, o EJ15, adaptado para levar o motor V8 da Toyota. Vale pela curiosidade da pintura e para a gente já ir se acostumando com a ausência dos carros-omelete no grid.


enviada por Gomes



08/12/2005 16:29

Desculpem, mas não resisti...

Colorados e torcedores do Rubinho... Essa é engraçada, vai, reconheçam!

enviada por Gomes



08/12/2005 11:51

Medley fora das Mil Milhas

Acabo de saber que o Audi TT DTM dos Negrão está fora das Mil Milhas. Parece que seria preciso um lastro de 80 kg para adequar o carro ao regulamento. A equipe Medley argumenta que a estrutura poderia ser afetada e não vai colocar lastro algum.

Hummmmm... Posso estar redondamente enganado, mas 80 kg em lastro, bem distribuídos, não afetam carro algum no mundo. É como colocar uma pessoa a mais no banco do carona.

Os "medleyanos" vão querer me matar, mas estou achando que esse filme poderia se chamar "O medo do Audi diante do Jaguar".

enviada por Gomes



08/12/2005 11:40

Pra não dizer que não falei dos fuscas...

...nesta quinta-feira luminosa e outonal em SP, no dia dos 25 anos da morte de Lennon, eis a preciosidade. Note lá no fundo, a calotinha... Aliás, tem um Fusca também, se não me engano, na foto de "Abbey Road".


enviada por Gomes



08/12/2005 11:38

Lennon e nós

Onde você estava quando John Lennon morreu? Bem, boa parte dos que me lêem nem era nascida. Talvez não tenha a dimensão real de quem foi John, menos ainda na era musical em que vivemos, repleta de lixo de todas as espécies.

Desliguei-me de música há algum tempo. Para mim, música parou de ser feita nos anos 80. O que veio depois é puro lixo. No Brasil, então... Semana passada teve apresentação de fim de ano na escola dos meus filhos. Escolheram três músicas. Duas de Ivete Sangalo.

Vão mudar de escola.

Voltando a Lennon. Eu tinha 16 anos quando ele foi morto em NY. Logo depois, ou pouco antes, saiu "Double Fantasy", um LP antológico. LP = Long Play. Será mesmo que é preciso explicar o que era um disco?

A "Veja", uma revista desprezível (hoje, pelo menos; acho que sempre foi, enfim...), colocou John na capa com o título que está lá em cima: Lennon e nós.

Não chega a ser um primor de capa, ao contrário. Mas guardei em algum baú e vez por outra me pego repetindo esse título, como se fosse um mantra. O que Lennon tem a ver conosco?

Comigo, muito. Mas é inútil explicar demais.

Segue uma letra, das que mais gosto, uma que neste último quarto de século cantarolei muito, pensando sozinho, vendo a grande roda girar.

Watching The Wheels

People say I'm crazy doing what I'm doing
Well they give me all kinds of warnings to save me from ruin
When I say that I'm o.k. well they look at me kind of strange
Surely you're not happy now you no longer play the game

People say I'm lazy dreaming my life away
Well they give me all kinds of advice designed to enlighten me
When I tell them that I'm doing fine watching shadows on the wall
Don't you miss the big time boy you're no longer on the ball

I'm just sitting here watching the wheels go round and round
I really love to watch them roll
No longer riding on the merry-go-round
I just had to let it go

Ah, people asking questions lost in confusion
Well I tell them there's no problem, only solutions
Well they shake their heads and they look at me as if I've lost my mind
I tell them there's no hurry
I'm just sitting here doing time

I'm just sitting here watching the wheels go round and round
I really love to watch them roll
No longer riding on the merry-go-round
I just had to let it go
I just had to let it go
I just had to let it go


enviada por Gomes



07/12/2005 20:43

Monte a sua Kombi

Por hoje chega. Para vocês passarem a noite se divertindo, acessem o Bus Selecta, vigoroso divulgador dos motores VW a ar. Nele você pode montar sua própria Kombi, ou ainda seu Porsche, ou seu Fusca, ou ainda sua Variant. Dá para escolher os modelos, as cores, as rodas, a altura das suspensões, os pneus, os acessórios... Diversão garantida, muito melhor do que ficar batendo perna no Orkut. A minha kombosa ficou do jeito que está aí embaixo. Até amanhã.


enviada por Gomes



07/12/2005 19:23

Torre de lata

Falta de espaço é phoda. A Volkswagen tem uma maneira bem peculiar de estocar seus carros novos. Pátio? Coisa de Terceiro Mundo. Toma chuva e pó. A foto foi enviada pelo amigo Rafael Costa. A torre de carros fica em Wolfsburg, na Alemanha, a principal fábrica da VW. Por onde passei este ano voltando de Berlim e não tive a manha de pular do trem para visitar, porque precisava chegar a Spa...


enviada por Gomes



07/12/2005 17:48

Ainda as lambretas...

Lambretta era um negócio tão sério que os dicionários registram o termo "lambreta" como sinônimo de motoneta. A foto abaixo mostra a Lambretta do Carlos Murari em plena ação em Jaú. É a mesma que foi restaurada e que vou mostrar no Limite semana que vem.



enviada por Gomes



07/12/2005 17:08

Mil Milhas: durangos ou ricaços?

Reproduzo abaixo texto enviado pelo diretor-técnico das Mil Milhas Brasileiras, Ivo Sznelwar, que vão mudar de cara em 2006. A idéia é elitizar e internacionalizar a prova. Aqui não vai nenhum juízo de valor. O texto é esclarecedor para os defensores e para os críticos da corrida, que no ano que vem completa 50 anos:

*****************

A Mil Milhas de todos os pilotos brasileiros

Caros amigos pilotos e donos de equipes.

A tradicional Mil Milhas Brasileiras, a partir de 2006, busca uma nova filosofia para inseri-la no contexto internacional. Para isto foi necessária uma grande dose de ousadia e algumas mudanças profundas. Como em todas as mudanças, a primeira reação é de desconfiança e descrédito, inflamadas por boatos difundidos por pessoas que não entenderam o espírito do novo projeto.

Com a finalidade de elucidar as principais dúvidas, queremos manter um canal permanente de comunicação com os pilotos e competidores. Desde já, no entanto, gostaríamos de nos adiantar e esclarecer algumas questões.

A MIL MILHAS 2006 PRIVILEGIARÁ AS EQUIPES ESTRANGEIRAS DEIXANDO POUCAS VAGAS PARA OS TRADICIONAIS COMPETIDORES BRASILEIROS?

Não A Mil Milhas 2006 comportará um grid de 54 carros no máximo, número este limitado por questões de conforto nos boxes e segurança. Destas 54 vagas, apenas 14 são asseguradas para convidados, sendo que 40 vagas estão abertas para todos os competidores. A internacionalização da corrida e o seu novo plano de mídia são motivos para esta reserva, pois a migração para uma grande rede de TV só é possível assegurando-se a participação de destaques internacionais.

EM 2007 O CAMPEONATO PASSARÁ A SER UMA PROVA DO FIA GT. OS CARROS NACIONAIS SERÃO PROIBIDOS DE PARTICIPAR?

Em provas de longa duração o campeonato FIA GT admite categorias locais junto de seus carros, com classificação separada, como é o caso de SPA-Francorchamps. A exigência é que estes carros enquadrem-se nos regulamentos e padrões de segurança da FIA. Além disso, a internacionalização da prova será benéfica para os participantes brasileiros, que além de exposição de mídia ganharão visibilidade perante as principais equipes de GT do mundo.

DESEMPENHO MÍNIMO – OS PEQUENOS CONCORRENTES FICARÃO DE FORA ?

Não. O desempenho mínimo tem por objetivo limitar a participação de carros muito lentos – NÃO O SEU! Com limite máximo de 30% sobre o tempo da pole-position, apenas DOIS carros do grid de 2005 não largariam. Para 2006 esperamos que o tempo da pole-position baixe, assim como todos os competidores, esperam evoluir. Se a pole-position de 2006 ficar em torno de 1m28s, serão admitidos carros até 1m54,4s.

MEU CARRO ESTÁ DENTRO DO REGULAMENTO 2005 E NÃO DE 2006. ALÉM DO PESO EXTRA, TENHO QUE MODIFICAR O CHASSI?

Não. Para carros dentro do regulamento 2005 e que participaram em 2005 da Mil Milhas ou do Brasileiro de Endurance, basta a adequação ao peso da categoria e o peso extra como penalty por não estar adequado ao regulamento 2006. Mais nada.

OS PROTÓTIPOS MM P2 PODEM TER MOTOR ATÉ 3,0 LITROS. OS QUE SEMPRE COMPETIRAM COM MOTORES 2,0 LITROS ESTARÃO EM DESVANTAGEM?

Não. O novo regulamento prevê diferença de peso de 100 kg entre estas duas classes de motores.

A TAXA DE INSCRIÇÃO FICOU MAIS CARA?

Não. Para 2006 foi modificado o critério de cobrança do valor das inscrições dos carros e pilotos. Ele agora é um valor determinado em regulamento, e os concorrentes não pagarão taxas extras para montagem dos boxes e nem pelo combustível utilizado. Isso mesmo: o box montado com uma estrutura básica e todo o combustível necessário para o evento não custarão um centavo a mais para os competidores. Além disso a Mil Milhas 2006 terá divulgação e transmissão pela TV Globo e pelo SporTV, dos jornais Estado de São Paulo e Jornal da Tarde, das Rádios Jovem Pan AM/Fm e Eldorado AM/FM além de outras ações de divulgação e promoção do evento tornando a corrida mais atrativa para os seus patrocinadores e transformando em ganho qualquer diferença no custo de participação. É a hora de perceber esta nova oportunidade e iniciar os contatos publicitários.

QUAL A VANTAGEM DE INSCREVER-SE PARA A PRÉ-CLASSIFICAÇÃO DE 17 E 18 DE DEZEMBRO DE 2005?

Os carros pré-classificados em dezembro (até 20 carros), além de um desconto substancial no valor das inscrições, terão prioridade de lugar no grid de largada, mesmo que sejam superados por outros competidores nos treinos classificatórios.

COMO ASSIM?

Desde que os pilotos do carro pré-classificado cumpram os requisitos mínimos de desempenho estabelecidos no Regulamento Desportivo da prova (10% entre os pilotos do mesmo carro no máximo), ele largará mesmo que não esteja entre os 54 carros mais rápidos dos treinos classificatórios.

OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA EXIGIDOS PARA PARTICIPAR DA MIL MILHAS 2006 ELEVAM O CUSTO DE PARTICIPAÇÃO?.

Não. Uma das preocupações dos novos promotores da Mil Milhas é com a segurança de todos os pilotos e participantes do evento de um modo geral. Os equipamentos de segurança evoluíram no mundo do automobilismo e graças a isto foram evitadas graves conseqüências. Possuir equipamentos de segurança de boa qualidade com prazo de validade em dia deverá ser sempre o objetivo daqueles que participam de provas de velocidade. O investimento nestes equipamentos não é custo da Mil Milhas, e sim investimento em vida e segurança, prioridade de todos nós.

Consulte o site www.milmilhasbrasil.com.br - inscrições abertas

Ivo Sznelwar
Diretor Técnico
Mil Milhas do Brasil
enviada por Gomes



07/12/2005 17:00

O que se fazia neste país...

Acabei de chegar de Campinas onde fui gravar matéria para o quadro "Indiana Gomes" do Limite, da ESPN Brasil. Para quem não sabe, é um personagem criado para caçar carros perdidos por aí. Tem sido legal fazer. Graças principalmente à ajuda de assinantes do canal, que me enviam dicas, já mostramos um Jordan em Paracambi (RJ), uma McLaren M23 num museu de Curitiba, o protótipo AC também em Curitiba e agora foi a vez de uma Lambretta.

Sim, uma Lambretta de corrida. Na década de 60, corrida de Lambretta era uma febre, especialmente em cidades do interior. Circuitos de rua, claro. Milhares de pessoas assistindo, pegas impressionantes, ídolos locais, o maior barato.

Essa de Campinas é de Carlos Murari, que corria por Jaú. O pessoal defendia suas cidades em provas com mais de 50 participantes, e a rivalidade entre elas era impressionante. Foi o filho dele, Carlos Murari Jr., que corre de kart, que entrou em contato para falar da Lambretta, que ele restaurou e deu de presente ao pai.

A matéria vai ao ar na terça-feira que vem no Limite. Por enquanto, um aperitivo da bichinha, que eu guiei e é o capeta.


enviada por Gomes



07/12/2005 16:33

Ligeiramente melancólico

Deu hoje no Redação Sportv: Alexandre Barros não deve mesmo ter vaga na MotoGP no ano que vem. Foi ele quem admitiu, em entrevista. Por ser o cara que mais corridas disputou na categoria, o nosso Riccardo Patrese, é uma saída meio melancólica, sem festa de despedida.

Alex não disse, mas me contaram que ele deve correr de Superbike no ano que vem. Não é um campeonato que tenha o mesmo prestígio da MotoGP, mas pode ser uma boa opção.

enviada por Gomes



07/12/2005 16:30

O Feltrin entrou aqui!

É inacreditável, mas parece que nosso Ricardo Feltrin, da coluna Ooops!, do UOL, entrou aqui e já me chamou de patocida. Para quem não sabe, Feltrin é um defensor dos patos tão combativo quanto eu das Kombis. Na verdade, quando eu disse que adoro comer patos, estava fazendo uma provocação besta sem ter a menor pretensão de ser lido pelo Feltrin. Só como pato uma vez por ano quando vou a Silverstone, porque lá o único restaurante que presta é o Rice Bowl de Towcester, um chinês cujo único prato que presta é o pato.

OK, Feltrin, vou aderir à sua campanha patótica deixando de comer patos. Desde que você não saia por aí atacando as Kombis!
enviada por Gomes



07/12/2005 08:54

Toro Rosso com carro próprio

Antes de ir, notícia que será publicada daqui a pouco no Grande Prêmio: a Toro Rosso vai fazer um carro próprio em Faenza. A idéia inicial era usar o modelo da Red Bull deste ano, o RB1, antigo Jaguar, com Cosworth V10. Mas se a Super Aguri não pode usar o último BAR, por que a Toro Rosso poderia?

O fato é que o Pacto da Concórdia diz que cada equipe tem de ser responsável pela construção de seu próprio chassi. Usar carros velhos, feitos por outros, não pode. O que crava um punhal nas costas da Super Aguri de novo, na sua anunciada intenção de usar os chassis da Arrows de 2002.

Formidável frescura da F-1, essa história de não permitir o livre tráfego de chassis. Ainda mais agora que temos times A e B da Honda e da Red Bull. De qualquer forma, fica a pergunta: se a Toro Rosso pegar o chassi da Red Bull, der um tapinha aqui e ali, quem é que, na FIA, vai ter condições de afirmar que não é construção própria? Oras, é só arrancar o selo de homologação. Eu enganaria a FIA fácil, fácil.

O problema é que sempre tem um dedo-duro.
enviada por Gomes



07/12/2005 08:46

Quem cedo madruga...

...fica com sono o dia inteiro. E é com sono que estou seguindo para Campinas para fazer uma matéria para o Limite da ESPN Brasil. Portanto, divirtam-se com o que está no ar. De tarde volto a postar.

OK, OK, querem um tema? Vamos lá: qual será o melhor estreante de 2006? Nico Rosberg, na Williams, ou Scott Speed, na Toro Rosso?
enviada por Gomes



06/12/2005 20:57

Salvem os motores VW a ar!

Serei implacável e incansável na minha campanha pela preservação dos motores VW a ar. Sei que não comove ninguém defender algo que tem mais de 70 anos, é barulhento e polui, mas é pleito tão legítimo quanto defender os micos-leões dourados — animais que não me dizem nada, desconfio que se for dar uma banana a um deles levarei uma mordida no dedo.

Para encerrar o expediente, sugiro o site que Alexander Gromow criou. Ele é autor de livros sobre Fuscas e faz parte de uma reduzidíssima confraria de seres humanos sensatos que ainda insistem em viver neste mundo. Abaixo, um rascunho do boxer VW feito por Ferdinand Porsche em 1931. A VW nem existia na época.


enviada por Gomes



06/12/2005 20:30

De quem é a foto?

Ninguém me perguntou, mas antes que pergunte... A foto deste que vos escreve, essa aí do lado, foi tirada em Interlagos no GP do Brasil deste ano. É de autoria do grande amigo e batalhador Sérgio Sanderson. O cara que, ao lado do Miguel Costa Jr. e do Luca Bassani, passou mais horas em autódromos no Brasil do que qualquer piloto.

enviada por Gomes



06/12/2005 20:17

Valendo uma caixa de cerveja

Meu amigo Luiz Salomão, da revista Época, é cheio de chinfra e fica me mandando charadas. Pergunta quem é este piloto da foto abaixo, num miserável Fiat 147, disputando a terceira etapa do Torneio da Região Centro-Oeste. No Rio, em 1978. Consta que o sujeito chegou em segundo lugar.

Bem, jamais vou entender por que um torneio do Centro-Oeste foi correr no Sudeste, mas vá lá. Quem souber me ajude, porque vale uma caixa de Bohemia.




enviada por Gomes



06/12/2005 20:07

Da série "Me Engana que eu Gosto - II"

Pensa que é só no Brasil? Olha essa. Acabo de receber um release sobre um acordo de transmissão das provas de A1 GP para os EUA por uma tal de OLN, canal a cabo. Digo "tal de" sem saber se é a maior operadora de cabo do país. Como não conheço, é tal de. Enfim. Os caras vão passar as corridas, boa parte delas em VT. Mas no release o dono da equipe americana, um tal de Rick Weidinger (pode ser o maior dono de equipe do mundo, mas também não conheço; portanto, tal de) diz que graças a esse acordo 60 milhões de americanos vão ver sua equipe.

Vai levar isso a algum anunciante otário, claro.

Mas ele segue. "Se você é um 'race fan' (Nota do Blogueiro: lá eles usam muito esse negócio de "race fan", cuja tradução soa ridícula em português), vai poder se orgulhar de seu país. Quando o povo americano sintonizar na OLN, em qualquer lugar, poderá torcer para a mesma equipe. É uma questão de patriotismo e orgulho!"

Por que não mandam esse imbecil para o Iraque?

Ah, o cara diz também que a OLN tem potencial para levar a A1 GP a 80% da população mundial. Não sei de onde tirou o número, mas se alguém acreditar nesse palhaço e comprar um centímetro de propaganda no carro dele, merece o troféu de tonto do século.

enviada por Gomes



06/12/2005 18:29

Da série "Me Engana que eu Gosto"

Uma das (des)graças de se trabalhar com automobilismo é receber determinados press-releases. Hoje, qualquer piloto de autorama tem assessor de imprensa. E eles se esforçam para divulgar e perpetuar as façanhas de seus contratantes.

Coisa mais normal do mundo é receber textos dizendo que "fulano foi o destaque da prova de não-sei-o-quê em Tarumã: foi o piloto que fez mais ultrapassagens na corrida", etc. Lá no fim se informa que ele largou em quadragésimo e terminou em trigésimo. Sempre tem quem publique, ainda mais hoje na era do jornalismo copy-paste, também conhecido como ctrlC+crtlV, uma praga da internet.

Hoje recebi texto da assessoria de Nelsinho Piquet dando conta da importantíssima conquista de um prêmio internacional: "Piloto Interamericano de 2005". Eleito pela não menos importante Federação Interamericana de Jornalistas de Automóveis. Uau. Eleitores de 19 países.

Nelsinho derrotou figuras como o venezuelano Ernesto Viso e o porto-riquenho Edison Lluch. Deixou para trás também Carlos Fonseca, de Costa Rica. Felipe Massa ficou em sexto. Ainda bem que não faço parte dessa Federação Interamericana etc.

Ah, é bom que se diga: essa notícia emplacou inclusive no meu site. Bem, notícia é notícia. Mas que esse prêmio é chinfrim, isso é. Daqueles que às vezes é melhor esconder do que divulgar.




enviada por Gomes



06/12/2005 18:13

Acabou mesmo

"O sol nasce para os justos". Essa frase, segundo um internauta que me mandou um e-mail algumas semanas atrás, estava estampada no antigo site da Minardi. Bem, hoje tive a curiosidade de bater o olho e procurar. Mas a tentativa foi em vão. O site da Minardi já não existe mais. O endereço é redirecionado para o da Red Bull. Varreram a Minardi do mapa, inclusive do mapa virtual. Tentei Toro Rosso, também. Cai no mesmo lugar. Ciao, Minardi. Mas para não passar em branco, uma pequena homenagem: o carrinho de 1993 que fez um quarto lugar com o Christian Fittipaldi em Kyalami. Projeto de Aldo Costa e Gustav Brunner. Não era um carro risível, longe disso.


enviada por Gomes



06/12/2005 14:40

Audi e Red Bull: tudo a ver

Titulinho ridículo esse aí acima, mas é mesmo para chamar a atenção. Rola um papo aí, especialmente em sites portugueses, de que por trás da compra da Minardi está a Audi, numa parceria com a Red Bull.

A idéia seria colocar um pezinho na F-1 para ver como funciona, sem se expor demais. Se der certo, formar-se-ia (vão se acostumando, aprecio mesóclises) uma parceria no futuro.

Para turbinar a boataria, os colegas lusos não se cansam de lembrar que Audi e Red Bull andam juntas no DTM. É esperar para ver...



enviada por Gomes



06/12/2005 14:28

Vergonha nacional

Que vergonha, quase 3 da tarde e zero de mensagens. Mas como já disse, os dias para mim começam tarde. E hoje a terça começou bem, com boas risadas sobre o anúncio da Red Bull sobre a permanência de Christian Klien. Elvis Presley não será nosso piloto, diz o comunicado da equipe.

Olha, podem achar o que quiserem da Red Bull. Que não tem tradição de corridas, que não faz carros, que isso ou aquilo, como diz o Piquet. Mas que esses caras deram uma arejada na F-1, isso é fato. Algo parecido, só a Benetton dos anos 80, que chegou até a experimentar pneus coloridos.

enviada por Gomes



05/12/2005 22:06

Aos órfãos do blog antigo...

...não se apavorem. Eu nem sabia que o blog do Grande Prêmio tinha sido substituído pelo novo. Mas colocarei temas para vocês discutirem como a gente fazia durante a temporada. Por exemplo, a trepidante pergunta que oito em cada dez pessoas que me encontram fazem: "E o Rubinho na BAR, hein?". A maioria não sabe que não existe mais BAR. As outras duas querem saber do Massa na Ferrari, formulando a questão assim: "E o Massa? Esse moleque é bom, hein?". Pronto, eis dois temas emocionantes para quem quiser discutir. Quanto a mim, especular sobre isso dá sono.
enviada por Gomes



05/12/2005 18:07

Frase do dia

Para fechar o dia, porque vou para a TV. Ontem levei meus filhos e um amiguinho deles ao shopping para comer besteiras e ver presentes. O garoto é um barato. Tudo que meus filhos dizem que têm, ele diz que tem também. Tudo que eu digo que faço, ele diz que sabe fazer também. Um fenômeno de sete anos de idade.

Fomos de Karmann-Ghia. O carro está com a pintura meio encardida e eu disse que precisava polir o bichinho. O garoto: "Eu sei polir carro". Diante de tal habilidade, incomum para garotos de sete anos, perguntei: "Rapaz, você sabe tudo! Tem alguma coisa que você não sabe fazer?"

E ele: "Não sei domar leões".

Até amanhã.


enviada por Gomes



05/12/2005 17:58

Fumacinha vermelha...

Hummm... Newey sai da McLaren, vai para a Red Bull, que usa motor Ferrari, que quer Kimi, que vai ficar puto se a McLaren fizer um carro ruim no ano que vem, sem o Newey, que por sua vez vai ficar amiguinho da turma da Ferrari, que quer o Kimi... Anote aí: Raikkonen vai correr na Ferrari em 2007.
enviada por Gomes



05/12/2005 17:34

Ode aos calhambeques

Gosto desse texto, que escrevi para a "4 Rodas" uns meses atrás. Saiu com alguns cortes, então vai a íntegra...

Eles fazem sorrir

Por Flavio Gomes*

Não queira ter uma relação com seu carrão cheio de botões, reboque cromado para não puxar nada, flex powers, trios elétricos, fly by wire, e ABS igual à que eu tenho com os meus. Você vai perder.

Meus carros têm nome, eu converso com eles e entendo o que se passa no seu coração. Ninguém olha para você nesse esquife filmado com vidros escuros como o breu. Para mim, todos olham e acenam.

Se o seu carrão pifar no meio da rua, ou numa estrada no fim do mundo, ninguém vai parar para te ajudar. E se alguém se aproximar, você vai achar que é ladrão. Se um dos meus estancar no meio da avenida mais movimentada de São Paulo, vem um monte de gente para empurrar. E é o pai de um que teve um igual ao meu, o tio do outro que dirigia um táxi idêntico, a avó de um terceiro que ainda tem o seu guardado na garagem que só usa para ir à feira, e se eu não souber o que fazer para ele pegar de novo, alguém saberá.

Meu kit de sobrevivência nas ruas é barato. Um joguinho de ferramentas, desses que se compram em camelôs, com uma chave de fenda, um alicate, algumas chaves de boca. Um frasco com gasolina para jogar no carburador de vez em quando, um galão de água para refrescar o radiador. Oh, que coisa mais primitiva, dirá você.

OK. Tenha uma pane no seu carrão eletrônico para ver o que acontece. Nem tente abrir o capô. Você não sabe o que tem lá dentro. Cuidado, ele pode te engolir. Torça para o celular estar com o sinal pleno e chame um guincho, a seguradora, o papa. Sente e espere. Seu carrão só vai funcionar de novo quando conectarem um laptop nele. E prepare o talão de cheques.

Meus carros, não. Têm carburadores, distribuidores, diafragmas, bobinas e velas, tudo à vista. Sei quando o piripaque é na bomba de gasolina. Sei quando é sujeira da gasolina. Sei assoprar um giclê. Aliás, sei onde fica o giclê. Procure algo parecido na sua injeção eletrônica.

Seu carro é um emérito desconhecido sem história ou currículo. Os meus têm 40 anos ou mais, já passaram por muita coisa nessa vida, e quando saíram de uma concessionária, décadas atrás, estacionaram na garagem em forma de sonho realizado. Carro fazia parte da família, antigamente.

Ah, mas o meu tem ar-condicionado, disqueteira e controle de tração, dirá você. Sim, mas você nunca terá o prazer de dirigir de vidros abertos e cotovelo para fora da janela, meu rádio toca as mesmas músicas, e não me faça rir com o seu controle de tração. Quantas vezes ele foi necessário?

Além do mais, existe um negócio chamado prazer. Prazer de ter algo que lhe é caro e precioso, mesmo que não valha muita coisa. Carros iguais ao seu todo mundo tem. Vejo aos milhares todos os dias, e nenhum deles tem a cara do dono. Os meus têm. E quando eles quebram, eu mesmo conserto. E eles me agradecem andando de novo, fazendo com que as pessoas sorriam quando passam, fazendo barulho e soltando fumaça.

Não há nada como um automóvel que faça alguém sorrir.

* Flavio Gomes, 41, é jornalista, tem sete DKWs, cinco Volkwagens e uma Lambretta, todos fabricados entre 1958 e 1970. E mais umas coisinhas escondidas que não revela nem sob tortura, porque não está a fim de se divorciar.
enviada por Gomes



05/12/2005 17:29

Sugestão de presente de Natal

Meu livro, claro! "O Boto do Reno" anda meio encalhado e não se encontra em grandes livrarias. Por quê?, há de perguntar o infeliz do leitor. Porque para entrar em grandes livrarias e ficar do lado do Paulo Coelho, tem esquema. Portanto, comprem pela internet mesmo, é só entrar em www.gptotal.com.br e ficar clicando até te pedirem o número do cartão de crédito. É o meu melhor livro.


enviada por Gomes



05/12/2005 15:45

Escolha de boiola

A "Autosport" deu a Tiago Monteiro o título de melhor estreante do mundo. Em tudo, contando F-1, IRL, DTM, WTCC, WRC, GP2, A1GP e as letras mais que você quiser escolher. OK, o portuga não foi mal, claro que não. Mas isso é coisa típica de inglês, olhar apenas para o umbigo mais próximo. Na boa, a Danica Patrick foi uma "rookie" bem melhor. Deixou para trás o checo-jamaicano Tomas Enge e o australiano Ryan Briscoe, que pelo que me consta andaram bastante de F-1. A mocinha fez muito mais que o portuga. E não tem bigode.


enviada por Gomes



05/12/2005 15:23

A bênção, padinho

A Ferrari foi visitar Bento XVI. No ano passado, foram a João Paulo II, e não só a equipe não andou nada, como o coitado do papa morreu. Bem, não façamos associações indevidas. Pelo que ando vendo, só reza braba não vai resolver. Talvez o pessoal de Maranello deva se voltar mais para o Oriente. Mandar benzer a borracha, por exemplo, lá onde Buda perdeu as botas.
enviada por Gomes



05/12/2005 15:18
Para protestar, é bico: escreva para a Volkswagen esculhambando todo mundo.


enviada por Gomes



05/12/2005 15:17
Vejam só que graça... Como podem querer colocar um radiador numa belezura dessas? Proteste! Motor a ar não gasta água, o mundo está ficando sem água, li isso em algum lugar.



enviada por Gomes



05/12/2005 15:10

Mande seu currículo

Não para mim, por favor. Mas se quiser trabalhar numa equipezinha novata, cheia de amor para dar, boa sorte: http://www.superaguri-f1.com/. Pelo jeito estão precisando de gente para limpar o capacete do Sato, essas coisas. Se o local de trabalho for mesmo a fábrica antiga da Arrows, em Leafield, prepare-se. O que de mais emocionante há na região é ver carneirinhos e ovelhinhas comendo grama. O charme de Leafield é uma estação de rádio de onde, dizem, Marconi fez sua primeira transmissão. Acho que é mentira, mas foi o que os caras da Arrows contaram quando estive lá, alguns anos atrás.
enviada por Gomes



05/12/2005 14:59

Para saber sobre o fim da Kombi...

...como a conhecemos e como ela veio ao mundo, é só clicar nesta notícia publicada pelo Webmotors


enviada por Gomes



05/12/2005 14:58

Cheguei. Atrasado, mas cheguei.

Quando digo atrasado, é atrasado mesmo. Como o cara que esquece do casamento. Ou a noiva que falta. Cheguei atrasado à era dos blogs, em primeiro lugar. Embora meu guru Carlos Leonam, que escreveu o prefácio do meu livro, tenha dito que ele, o livro, nada mais é do que um precursor dos blogs. Em termos. Pelo que entendi, blog é coisa de todos os dias.

Anos atrás, na faculdade, acho que fiz um blog. Um professor não sei do quê nos pediu para escrever todos os dias. Qualquer coisa. Dia desses achei os escritos. Eu escrevia muito bem na época. Vou procurar de novo e se tiver paciência, coloco aqui.

Cheguei atrasado também no dia da estréia. É de bom tom começar o dia cedo, num blog. Mas meus dias nunca começam muito cedo, exceto quando tenho corrida em Interlagos. Sábado saí de casa às 6h30. De Kombi. Um vizinho me perguntou se eu tinha virado feirante.

Falando em Kombi, é uma das bandeiras que passarei a defender aqui. Preservem as Kombis! A Volkswagen vai acabar com os motores a ar. Lançaram uma série especial, 200 unidades, a 40 paus. Estou sem grana para comprar uma. Mas sei que na Inglaterra estão em polvorosa, os fãs dos motores a ar. Estão comprando todas. Farei uma campanha pelas Kombis igual à do Feltrin, do Ooooops!, pelos patos. Patos, que, a propósito, adoro devorar. Não tenho nada a aprender com os patos, nem com os gansos.

Bem, estamos no ar. Alea jacta est.
enviada por Gomes