Foto: Acervo/Gazeta Press |
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Simplesmente Gilmar dos Santos
Neves
Por Bruno Chazan,
especial para GE.Net
Ser lembrado por todos os sobrenomes
é motivo de respeito para qualquer esportista. Que
o digam Edson Arantes do Nascimento, Diego Armando Maradona
ou Ayrton Senna da Silva. Pois um atleta em especial pode
se orgulhar de ser reconhecido por todas letras com as quais
seus pais o registraram. Ele é brasileiro e figura
intocável na memória do esporte mais popular
do país. Ele é, simplesmente, Gilmar dos Santos
Neves.
Esse paulista de Santos conseguiu se destacar na época
áurea do futebol mundial. Seu mérito, por mais
irônico que seja, foi parar grandes craques como Fontaine,
Eusébio, Spencer, Garrincha e Canhoteiro. Sua profissão,
a de goleiro, é a antítese da arte: evitar a
todo custo o momento máximo do esporte. Mas Gilmar
soube, com sua segurança e frieza peculiares, mostrar
que debaixo dos três paus também crescem heróis.
No entanto, mais do que palavras ou testemunhos de quem o
viu jogar, os números é que revelam sua obra-prima.
Gilmar levantou nada menos que 22 taças - só
para citar as mais importantes - em sua carreira, sendo, até
hoje, o goleiro mais vitorioso do esporte bretão. Se
não bastasse, foi personagem importante em pelo menos
dois times que pararam o mundo: a seleção brasileira
e o Santos, bicampeões mundiais. Provou que a máxima
de que "todo time começa por um grande goleiro"
tem motivos para ser até hoje repetida.
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