“Desarrumar as coisas sossegadas” é o título da crónica de Eugénio Lisboa sobre Manuel Alegre publicada no passado dia 30 no Jornal de Letras. A pretexto da edição de “Poesia”, com toda a obra poética de Manuel Alegre, Eugénio Lisboa recorda a Praça da Canção para afirmar que Alegre depressa se tornou num poeta popular “no melhor sentido do termo”, “repleto de tradição, conteúdo e oficina”.
Veja a crónica de Eugénio Lisboa
AQUIPara Eugénio Lisboa, “Alegre assumiu-se desde o começo “como um eu que encarnava muitos outros – quiçá ambiciosamente a melhor parte de um povo espezinhado mas resistente”. E elogia o facto de “quarenta e tal anos depois” o autor de Praça da Canção e O Canto e as Armas poder “orgulhar-se de uma vasta e diversificada obra de grande lírico” a que presta sua homenagem “há muito devida e sempre adiada”.
Eugénio Lisboa comenta uma frase de Manuel Alegre: “Não sei se sei falar de poesia”: “É óbvio que sabe e que sabe que sabe”, conclui, “mas não é importante que saiba. O importante é que faça poesia e continue a fazê-la daquela espécie que nos mostra, afinal, como o poeta sabe falar de poesia”.