No dia 7 de dezembro de 1970, o chanceler Willy Brandt assinou em Varsóvia o acordo de normalização das relações entre
Alemanha e
Polônia. Willy Brandt se ajoelhou diante do memorial às vítimas do
nazismo, entrando para a história como símbolo da busca alemã pela reconciliação.
Filho de uma jovem solteira, Herbert Ernst Frahm não chegou a conhecer o pai. Foi criado pela mãe e pela avó, ambas social-democratas. Em 1930, ainda adolescente, Brandt ingressou no Partido Social Democrata da Alemanha (SPD), aderindo um ano mais tarde a uma ala mais radical do partido.
Em 1933 assumiu o codinome Willy Brandt, na clandestinidade, perseguido pela
Gestapo, a polícia secreta dos nazistas. Nesse mesmo ano, exilou-se na
Noruega, onde passou a trabalhar como jornalista. Em 1938 perdeu a cidadania alemã, cassada pelos nazistas.
Depois da
Segunda Guerra, Willy Brandt retornou à Alemanha e voltou a militar no Partido Social Democrata de Berlim. Em 1948 recuperou a cidadania alemã. No ano seguinte, foi eleito para o primeiro parlamento da Alemanha Ocidental. Ferrenho anticomunista e socialista pragmático, rapidamente cresceu dentro do Partido Social Democrata.
Em 1957, tornou-se prefeito de Berlim Ocidental. Nesse cargo, Willy Brandt teve atuação importante na crise entre 1958 e 1962, época em que foi construído o
Muro de Berlim. Foi o começo da assim chamada "Östpolitik", a tentativa de superar os efeitos da divisão da Alemanha e da
Europa, na base de um reconhecimento de sua realidade.
Brandt foi candidato do Partido Social Democrata para a presidência em 1961 e 1965. Em 1966 tornou-se ministro das Relações Exteriores da Alemanha, numa coalisão com os democratas cristãos.
Em 1969 Willy Brandt tornou-se chanceler da República Federativa da Alemanha, ou Alemanha Ocidental. Seu mandato caracterizou-se pela implementação da "Östpolitik" e pela abertura da Alemanha Ocidental para o exterior. Concluiu um tratado de não-agressão com a União Soviética e também se aproximou da
Polônia e da
Tchecoslováquia. Finalmente atuou na aproximação com a República Democrática da Alemanha, ou Alemanha Oriental, cujo regime comunista estava ligado ao
bloco soviético.
Em 1971 Willy Brandt ganhou o
Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, em 1974, um escândalo em seu gabinete envolvendo espionagem forçou-o a renunciar. Dois anos depois, foi eleito membro do Parlamento Europeu e, em 1977, assumiu a presidência da Internacional Socialista.
Até sua morte, aos 78 anos, Willy Brandt continuou participando ativamente da política alemã.
Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores.