Jugoslávia
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Lema: -<> | |||
Língua oficial | Servo-croata, esloveno e macedónio | ||
Capital | Belgrado | ||
Área - Total - % água |
105º maior 255 804 km² 0,25% |
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População | 70º mais populoso
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Independência
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(do Império Otomano) | ||
Fuso horário | UTC +1 (CET) | ||
Domínio de topo | .yu | ||
Companhia aérea | Jat Airways | ||
Código telefónico | 381 |
Jugoslávia (português europeu) ou Iugoslávia (português brasileiro) (em todas as línguas eslavas meridionais: Jugoslavija; no alfabeto cirílico: Југославија) descrevia, até o ano de 2006, um conjunto de diversas entidades políticas (que variaram ao longo do tempo) situado nos Bálcãs. Traduzido, o nome significa "terra dos eslavos do Sul": o prefixo jug- (pronunciado "yug"-) designa "sul" em diversas línguas eslavas). O nome, porém, não é mais utilizado, já que o Estado não existe mais. Na internet, o domínio "yu" deixou de ser usado em março de 2010 e suas aproximadamente quatro mil páginas foram redirecionados para os domínios "rs" (Sérvia) e "me" (Montenegro), as duas últimas repúblicas a declarar independência[1].
Índice |
[editar] História
Primeiramente, existiu um reino formado em 1918: o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que passou a chamar-se Reino da Jugoslávia em 1929 e existiu com esse nome até ser invadido em 1941 pelas potências do Eixo.
Depois tornou-se um Estado comunista instituído imediatamente após a Segunda Guerra Mundial em 1945 chamado República Popular Federal da Jugoslávia (RPFJ) em 1946 e na República Socialista Federativa da Jugoslávia (RSFJ) a 7 de Abril de 1963. Esta versão do estado subsistiu até 1992, quando quatro das seis repúblicas que a compunham (Eslovénia, Croácia, Macedónia e Bósnia e Herzegovina) deixaram a federação para formar Estados completamente independentes.
E por fim chamou-se República Federal da Jugoslávia (RFJ) e foi formado em 1991 pelas repúblicas remanescentes da Sérvia e do Montenegro. Em 2003, o nome Jugoslávia foi oficialmente abolido quando o estado foi transformado numa comunidade pouco sólida chamada Sérvia e Montenegro.
A 21 de Maio de 2006 realizou-se um referendo para determinar a vontade do povo de Montenegro de se tornar independente ou de manter a união com a Sérvia. Os resultados indicaram que 55.5% dos eleitores haviam escolhido a independência, poucas décimas acima dos 55% requeridos pelo referendo. Em 3 de Junho de 2006 o parlamento montenegrino declarou oficialmente a independência do novo país.
Já a 17 de fevereiro de 2008, o parlamento de Kosovo aprovou, unilateralmente, a declaração da independência da província feita pelo primeiro-ministro Hashim Thaçi durante uma sessão especial na capital, Pristina. A sessão contou com a presença de 104 parlamentares.
[editar] União
Parte da série sobre a |
Iugoslávia |
A Sérvia estava dominada pelo Império Otomano desde 1463. Foi submetida ao domínio turco até 1830, quando começou a ter autonomia, e só em 1882 foi declarada independente com ajuda dos países da Europa.
Em 1912 e 1913, Sérvia e Montenegro se uniram em lutas contra os turcos, e juntos conseguiram territórios. Em 1914, ocorreu o assassinato de Sarajevo, que foi o estopim para a Primeira Guerra Mundial, quando o Império Austro-Húngaro (aliado da Alemanha, com o apoio do Império Otomano, que eram conhecidos como Tríplice Aliança) declarou guerra aos sérvios, que eram aliados do Império Russo, França e Reino Unido (conhecidos como Tríplice Entente).
Com a vitória da Tríplice Entente, foi fundado o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que era a união dos territórios eslavos do sul:
- Sérvia, com Voivodina e Kosovo;
- montenegro;
- Croácia, com Dalmácia e Eslavônia;
- Bósnia e Herzegovina;
- Macedônia; e
- Eslovênia.
Em todas estas regiões os povos eram eslavos, falavam línguas eslavas, com predominância do servo-croata, porém com religiões diferentes. Os sérvios representavam a maior parte da população, com maioria na Sérvia e minorias nas demais regiões do reino.
Em 1929, o rei Alexandre mudou o nome do país para Reino da Jugoslávia (que significa "eslavos do sul").
De 1941 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, italianos e alemães ocuparam a Jugoslávia, e Hitler e Mussolini impuseram regimes fascistas que resultaram em matanças e atrocidades. Assim surgiram movimentos de resistência, nos quais os "partizans" - guerrilheiros comunistas de Josip Broz Tito, primeiro-ministro jugoslavo de 1945 a 1953 e presidente de 1953 a 1980, nascido na Croácia - e soldados monarquistas conhecidos como chetniks lutaram contra a ocupação e conseguiram se libertar sem a ajuda do Exército Vermelho. Tito fundou a República Socialista Federativa da Jugoslávia, que agrupava seis repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro e Macedónia. Ele criou também um sistema rotativo para o governo, para as repúblicas não ficarem insatisfeitas, que consistia na indicação do presidente a cada período ser feita por cada uma das repúblicas. O regime iugoslavo sob Tito ficou conhecido como titoísmo.
Uma anedota que sintetizava o sistema político-étnico da Jugoslávia sob Tito era: "Seis repúblicas, cinco etnias, quatro línguas, três religiões, dois alfabetos e um Partido".
Tito seguiu uma linha de independência em relação às orientações de Moscovo, enfurecendo a liderança soviética. Em 1948, os dois países romperam oficialmente, a Jugoslávia foi expulsa do Comintern, dando início ao período do Informbiro nos Bálcãs. Durante a Guerra Fria, a Jugoslávia procurou ser neutra e não se uniu a nenhum dos lados, apesar de ter um governo socialista. Ela foi um dos países que fundaram o Movimento dos Países Não-Alinhados, e se encaixava no grupo do Terceiro Mundo.
Com a desestalinização, Nikita Khruschov restaurou e normalizou as relações entre os dois países, mas os iugoslavos mantiveram sua autonomia geopolítica. Isso permitiu a Tito liderar o Movimento Não-Alinhado, que se tornou uma força expressiva no Terceiro Mundo da década de 1950 à de 1980.
[editar] Desintegração
As repúblicas que formavam a antiga Jugoslávia começaram a demonstrar o desejo de maior autonomia, fim do partido único e instalação de uma democracia.
Em junho de 1991, Eslovênia e Croácia declararam independência e fizeram eleições presidenciais. Em 18 de setembro, seguindo o exemplo desses países, a Macedônia também declarou sua independência. Quase um mês depois, em 15 de outubro, a Bósnia e Herzegovina fez o mesmo, mas, neste último caso, ocorreu um grave conflito.
O governo da Bósnia foi entregue a um governante muçulmano, enquanto que um 1/3 da população do país era cristã-ortodoxa. A ONU (Organização das Nações Unidas) tentou intervir, mas de nada adiantou. O conflito só teve fim em 1995, quando os Estados Unidos intervieram, exigindo que Milosevic desse um fim ao maior conflito étnico-religioso ocorrido na região - com mais de 250 mil mortos.
No ano de 1992, a União Europeia reconheceu todas essas independências. No restante da Jugoslávia, através de um plebiscito, foi decidido que o país passaria a se chamar República Federal da Jugoslávia.
Na província do Kosovo, aproximadamente 90% da população era albanesa, e 10% era sérvia. Em 1998, os albaneses do Kosovo fizeram um movimento para que fossem separados da Jugoslávia, mas o exército reagiu violentamente. A Organização do Tratado do Atlântico Norte pressionou Milosevic para pôr fim aos ataques. Durante 78 dias, a OTAN (liderada pelos Estados Unidos) lançou ataques que causaram muita destruição. Milosevic foi submetido a julgamento em tribunal internacional. Por essa altura, toda a região estava com uma difícil situação econômica e o Kosovo passou a ser administrado pela ONU.
De toda a Jugoslávia só restaram Sérvia e Montenegro, que em 2003 fundaram a República Federal da Sérvia e Montenegro. Em 21 de maio de 2006 ocorreu um plebiscito, no qual 55,5% dos montenegrinos expressaram o desejo de separação. Em 3 de junho de 2006, o Montenegro declarou-se independente, e com isso ocorreu o fim da Jugoslávia. Apenas dois dias depois, a Sérvia declarou-se também independente.
[editar] Países que se formaram depois da separação
Após ser dividida em 1991, a antiga Jugoslávia deu origem aos seguintes Estados:
- República da Sérvia e Montenegro, dando origem, em 2006 à:
- Sérvia
- Montenegro
- Kosovo (independência não reconhecida pela Sérvia)
[editar] Ver também
[editar] Linha do tempo
Iugoslávia (1929–1941; 1945–2003) |
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Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Voivodina faziam parte da Áustria-Hungria |
Eslovênia partilhada entre a Alemanha Nazista, Itália fascista e Hungria |
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Croácia |
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Bósnia e Herzegovina |
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Bačka, Baranja, Međimurje, e Prekmurje para a Hungria |
Sérvia |
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Reino da Sérvia |
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Kosovo para a Albânia italiana |
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Reino de Montenegro |
Estado Independente de Montenegro (ocupado pela Itália) |
Montenegro |
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Moderna República da Macedônia era parte do Reino da Sérvia |
maior parte da moderna República da Macedônia para a Bulgária |
República da Macedônia |
Referências
- ↑ CAVALHEIRO, Rodrigo; DIAS, Cristina.(31 de março de 2010). Adeus à Iugoslávia, mas agora na internet. Caderno Internacional. Jornal O Estado de S.Paulo