Entrevista: Frankie Rose

Entrevista a Frankie Rose

Frankie Rose

Introducción

Depois de actuar em papéis secundários em Vivian Girls, Crystal Stilts e Dum Dum Girls, Frankie Rose, de Brooklyn, decidiu tomar a iniciativa em 2010 com o seu álbum de estreia Frankie Rose and The Outs. Dois anos depois, os “The Outs” estão fora, e Frankie está se a preparar mais uma vez para impressionar os ouvintes com o seu dream-pop no Interstellar

Preguntas y respuestas

O teu último álbum foi lançado sob o nome de “Frankie Rose e The Outs”: por que decidiste abandonar os “The Outs”? E sentes ter progredido como artista desde esse disco?

Os The Outs foram a banda com quem fiz o meu primeiro álbum, e dois deles tocavam instrumentos em alguns álbuns, que foi gravado de forma muito semelhante ao Interstellar, com muitos músicos diferentes entrando e saindo do estudio, e a tocar partes diferentes até encontrar exactamente o som que queriam. Para realizar este álbum ao vivo são necessários diferentes músicos, por exemplo, um baterista que também sabia como usar sintetizadores. Assim, não tive outra escolha a não ser mudar a banda. Quanto à mudança de nome, é mais curto e mais directo.

Eu amadureci muito do primeiro álbum para o segundo. O primeiro é totalmente produção própria. Fiz o melhor que pude, sem qualquer tipo de ajuda externa. Depois de ouvir o meu primeiro álbum tantas vezes, que quando comecei o segundo sabia exactamente o que queria mudar e como melhorá-lo.

Quais foram as tuas principais fontes de inspiração para este álbum, tanto para a temática como musicalmente?

Eu sabia que queria um disco tipo banda sonora o que foi surpreendente. O que eu queria fazer com o meu último álbum era em grande medida recriar o estar no meio de um efeito electrónico e que as pessoas se sentisem envolvidas pelo som. Com Interstellar queria que cada música fosse grande, clara e massiva!

Quanto tempo demorou a escrever e a gravar Interstellar. Foi uma experiência divertida?

Demorou cerca de sessenta e cinco dias a gravar, aproximadamente quatro meses. Sou bastante amiga de Le Chev, que me ajudou a produzir o álbum, por isso foi uma das experiências musicais mais agradáveis que já tive. Rimo-nos muito!

O som é demasiado poderoso para um álbum a solo: És responsável por tudo o que ouvimos no álbum?

Eu toquei um pouco de tudo, o Le Chev também, e trouxe-mos diferentes músicos para obter exactamente o que queríamos para cada tema.

O que te levou a trabalhar com Le Chev e qual foi a contribuição que ele deu para o álbum?

É um produtor de música dance. Eu sabia que tinha que trabalhar com alguém que tivesse um bom conhecimento de tambores e de sintetizadores. Ele fez um remix incrível para o meu último álbum e eu pensei que apesar de ser uma combinação estranha, podería funcionar para o que eu queria atingir. E o resultado foi um disco muito maior e especial do que eu alguma vez sonhei em ter.

Se tivesses que escolher uma música do álbum Interstellar de que te sentes mais orgulhosa, qual seria e por quê?

“Know Me”, porque quando a escrevi pensei que o tema estava destinado ao caixote do lixo.

Acreditamos que os teus álbuns têm uma preciosa nostálgica, e a grande qualidade de Spector-esque, o que implica tomar referências musicais do passado. É verdade?

As pessoas parecem estar muito interessadas em saber a onde me inspiro. A maioria dos músicos que conheço inspiram-se na música do passado: Elvis, The Rolling Stones, etc. etc... Alguns dos grandes movimentos musicais iniciaram-se tomando o passado como referência. Eu acho que é importante não dar tanta importância às minhas referências , seria bom ter um som que fosse totalmente meu.

Nos teus inícios tocas-te em muitas bandas diferentes: Qual foi a mais divertida e por quê?

A minha primeira banda. Não sabia tocar nenhum instrumento, era apenas por diversão e também de forma gratuita. Eu não tinha nada a perder.

Sentes-te parte da comunidade musical de Brooklyn? Podes-nos aconselhar alguma boa banda de que ainda não se ouviu falar?

Hummm. Creio que sempre fui mais como um lobo solitário. Como a maioria dos meus amigos são músicos, então ai sim, sinto-me parte da comunidade. Gosto muito Light Asylum y Violens.

O que é que te leva a continuar a tua carreira a solo, pensas que seja permanente?

Sou muito mandona. Ninguém pode negar que sempre soube o que queria em todos os momentos. Significa muito para mim ter controlo sobre a minha gravação. Duvido que volte a fazer parte de uma banda, mas não o descarto radicalmente!

Qual tem sido até ao momento, a parte positiva e negativa de ser artista a solo?

Ser o único responsável pelo resultado é um grande fardo. Penso que foi mais difícil com o primeiro álbum, porque não tinha a certeza de como fazer as coisas. Desta vez é muito mais fácil, uma vez que tenho um pouco de ajuda!

Tens planos para viajar no Reino Unido? Onde estas a planear tocar ao vivo em breve?

Penso que vou estar por lá todo o mês de Julho! Vamos tocar no Camp Bestival. Seremos quatro pessoas, mas pelo menos duas delas vão tocar dois instrumentos ao mesmo tempo!

Onde esperas estar daqui a 12 meses e o que gostarias de alcançar?

Nessa altura, espero ter terminado o meu terceiro álbum! Eu gostaria realmente que alguém me propusesse fazer música para um filme, um de grande orçamento! Sempre me interessou as bandas sonoras.