Sugestões minhas e da Lenise:

Animais na Pista – Martha Nowill dá a grande interpretação deste início de ano, na cortante comédia de Michelle Ferreira sobre um triângulo amoroso. Centro Cultural São Paulo. Sextas e sábados, 21h. Domingos, 20h

Beije Minha Lápide – Júlia Marini confirma ser a intérprete que se dá melhor com os textos de Jô Bilac. No caso, como filha de um fã de Oscar Wilde que vai parar na prisão. Sesc Consolação. Sextas e sábados, 21h. Domingos, 18h

Meu Deus! – Para quem ainda não viu, Irene Ravache é a atração desta comédia dramática, como uma psicóloga segura e amorosa para o Deus em depressão. Tuca. Sextas e sábados, 21h30. Domingos, 18h

O Comediante – A voz vibrante e o poder da presença do ator Ary Fontoura fazendo teatro dentro do teatro, ao se apresentar com sua trupe, charmosa e galhofeira. Teatro Raul Cortez. Sextas, 21h30. Sábados, 21h. Domingos, 19h

Os Monólogos da Vagina – Nomenclaturas variadas para o órgão sexual feminino, inspirando tratados filosóficos sobre a origem da vida humana. Teatro Fernando Torres. Sextas, 21h30. Sábados, 21h. Domingos, 19h

Stereo Franz – Embriaguez, música e narrativa rasgada pelas excrescências humanas servem de subtexto nesta montagem da [pH2]: estado de teatro. Sesc Santo Amaro, Espaço das Artes. Sexta, 21h. Sábado e domingo, 19h (Últimas apresentações da temporada)

Hoje às 20h tem debate sobre crítica no seminário organizado por Lígia Cortez no Teatro Célia Helena (r. Barão de Iguape, 113, próximo à estação Liberdade do metrô). Começa uma semana inteira voltada à Cena Contemporânea.

A crítica jornalística, que vive uma revolução junto com toda a mídia, volta a ser assunto de discussão. Adiantei um pouco da questão numa resenha do livro “A Função da Crítica” e, abordando o jornalismo de maneira geral, numa reportagem sobre o estudo “Journalism and PR” .

A seguir, críticas que publiquei nesta virada de ano, ainda não linkadas aqui no blog:

“Beije Minha Lápide” , de Jô Bilac, com Marco Nanini e Júlia Marini

“O Comediante” , co-direção de José Wilker, com Ary Fontoura

“As Criadas” , direção de Eduardo Tolentino, com Denise Weinberg e Clara Carvalho

“As Noviças Rebeldes” , direção de Wolf Maya, com Sabrina Korgut

“Fora do Normal” e “Meu Passado Me Condena” , com Fábio Porchat

“O Auto dos Palhaços Baixos” , texto e direção de Hugo Possolo

“Stand up do Mallandro” , com Sérgio Mallandro

“Hamlet Globe to Globe” , direção de Dominic Dromgoole

Outros links para críticas recentes, aqui.

Por fim, também nesta virada de ano, perfis de Maria Della Costa e Sara Sarres e uma análise da despedida da “Terça Insana” de Grace Gianoukas.

Texto Sara Stridsberg

Tradução Bim de Verdier e Nestor Correia

Direção Bim de Verdier

Atores André Guerreiro, Bim de Verdier,Daniel Costa, Daniel Ortega, Nicole Cordery, Renato Caldas e Rita Grillo

Cenários Birgitta Hallerstrom Wallin

Figurinos Birgitta Hallerstrom Wallin e Lena Hellesoy Annell

Iluminação Birgitta Hallerstrom Wallin e Tobias Hallgren

Trilha Sonora Original Leo Correia de Verdier

Violino Sara Parkman

Video Arte Eva Koch

Adereços Eliseu R. Weide

Ass de Direção Rita Grillo e Malú Bazán

Preparação Corporal Fuji Hoffmann e Vitor Vieira

Op de Áudio, Luz e Vídeo Igor Sane

Produção Executiva Anna Zèpa

Direção de Produção André Canto

Produção Canto e Cordery & Vianna Produções

Sesc Belenzinho – Sala 2 – SP

Quintas, Sextas e Sábados 19h30 Domingos 17h

Autor Jean Genet
Tradução: Pina Coco
Direção Eduardo Tolentino de Araújo
Atrizes Clara Carvalho e Denise Weinberg

Iluminação Nelson Ferreira

Produção César Bacan

Realização Grupo Tapa

Teatro da Aliança Francesa – SP

Quintas, Sextas e Sábados 20h30 Domingos 19h

Dicas da Lenise e minhas:

Insubmissas – O grupo Arte Ciência no Palco rompe seus limites didáticos e entrelaça, em peça muito bem construída, a emocionante trajetória de quatro mulheres cientistas ao longo da história. Teatro de Arena Eugênio Kusnet. Sextas e sábados, 21h. Domingos, 19h

Killer Joe – Trama e ritmo vertiginosos enredam elenco e a audiência. O diretor Mário Bortolotto funde todos os sentidos através das interpretações magistrais, tempos exatos e olhares furtivos. Teatro e Bar Cemitério de Automóveis. Sextas e sábados, 21h30. Domingos, 20h

O que o Mordomo Viu – Agora com Arlete Salles ao lado de Miguel Falabella e do impagável Marcelo Picchi, a comédia de Joe Orton é um redemoinho cortante de mal-entendidos. Teatro Procópio Ferreira. Sextas e sábados, 21h30. Domingos, 19h

Listening to the Sheep Sleeping – Alexandre D’Angeli faz performance teatral com lirismo, emprestando à cena linguagem e narrativa das histórias de Caco Galhardo. Casa das Rosas, Espaço Haroldo de Campos. Sexta, dia 30 de janeiro, 20h (Última apresentação da temporada)

Durante a semana:

Chorinho – Tratado sociológico de Fauzi Arap em que os laços entre os personagens de Claudia Mello e Denise Fraga transbordam afeto, encantamento e magia. Itaú Cultural. Terça, dia 3 de fevereiro, 20h (Única apresentação)

Luz Negra – Com grandes atores-cantores, o Pessoal do Faroeste conta uma outra história de São Paulo, sobre a Frente Negra dos anos 30. Sede Luz do Faroeste. Terças e quartas, 21h

1926 – 2015

Cenas do espetáculo Típico Romântico de Otavio Frias Filho

Teatro Ruth Escobar – SP – 1992

Texto  Oswaldo Mendes

Direção e Cenário Carlos Palma

Atrizes Adriana Dham, Leticia Olivares, Monika Plöger, Selma Luchesi e Vera Kowalska

Ator Rogério Romera

Iluminação Rubens Velloso

Figurinos Carolina Semiatzh e Beatriz Rivato

Piano Attilio Mastrogiovanni

Ass Direção André Falcão

Preparação Corporal Inês Aranha

Direção Técnica Antonio Rodrigues

Contrarregra e Montagem Gustavo Tovo

Op de Luz Cida Franco

Op de Som Danny Frazão

Produção Executiva Patrícia Gosrdo

Produção Núcleo Arte Ciência no Palco da Cooperativa Paulista de Teatro

Teatro De Arena Eugênio Kusnet – SP

Sextas e Sábados 21h Domingos 19h

Sugestões minhas e da Lenise:

O Homem de La Mancha – Melhor musical em SP, com Cleto Baccic e Sara Sarres voltando a emocionar com as músicas e os personagens que já foram de Paulo Autran e Bibi Ferreira. Teatro Sesi. Quartas a sextas, 21h. Sábádos, 17h e 21h. Domingos, 19h

Folias D’Arc – Períodos da vida da guerreira encenados pelos espaços do teatro e adjacências. Galpão Folias. Sábados e domingos, 17h (reestreia dia 25 de janeiro)

Salamaleque – Tradição na culinária árabe, ancestralidade e truques de teatro nos temperos da atriz Valéria Arbex. Instituto Cultural Capobianco – Teatro da Memória. Sábados e domingos, 16h

Fora do Normal – Sem rancor e humilhação, como outros de sua geração “stand-up”, Fabio Porchat confirma ser um “natural”: tudo o que fala e faz é engraçado, sem esforço. Teatro Shopping Frei Caneca. Sextas e sábados, 23h. Domingos, 21h

E duas para ver durante a semana:

Hiperativo – Naturalmente, o ator Paulo Gustavo esbanja graça por onde passa. Olhar, chama votiva e fleuma se fundem ao flechar a audiência. HSBC Brasil. Quinta (dia 29 janeiro), 18h30 e 21h30

A Alma Imoral – Clarice Niskier faz maravilhas com um tecido, um tablado e muita paixão. Teatro Eva Herz. Quartas e quintas, 16h

“Top 5″ do que vislumbro para o ano novo:

“As Criadas”
O diretor Eduardo Tolentino de Araújo encara a grande peça de Jean Genet, sobre o conflito entre Madame e suas empregadas, com o talento de Clara Carvalho e Denise Weinberg. Estreia em janeiro.

“S’Imbora, o Musical”
Nelson Motta, que escreveu os musicais sobre Tim Maia e Elis Regina, volta a se reunir com Patrícia Andrade para contar a trajetória bem-sucedida e controversa de Wilson Simonal. Estreia em janeiro no Rio e em junho em São Paulo.

“Fräulein Julie”
A diretora inglesa Katie Mitchell volta ao país com “Senhorita Júlia”, do sueco Strindberg, sobre uma jovem que se apaixona por um criado, em montagem com recursos multimídia do Schaubühne, de Berlim. Estreia em março.

“Um Bonde Chamado Desejo”
Uma das atrizes marcantes de sua geração, Maria Luisa Mendonça interpreta Blanche DuBois, a bela, vulnerável e decadente personagem criada por Tennessee Williams. Estreia em maio.

“Memórias de um Gigolô”
Com música de Josimar Carneiro, o autor e diretor Miguel Falabella, de “O Homem de La Mancha”, prepara um salto para os musicais brasileiros com o espetáculo inspirado no romance de Marcos Rey. Estreia em agosto.

E do que pude ver no ano velho:

“O Homem de La Mancha”
As produções musicais do Sesi alcançaram a maturidade com Cleto Baccic e Sara Sarre como protagonistas na principal montagem do gênero, no ano, ecoando versão histórica com Paulo Autran e Bibi Ferreira, de 1972.

“O Dia em que Sam Morreu”
O grupo carioca Armazém, do diretor Paulo de Moraes e da atriz Patrícia Selonk, encenou peça engenhosa e sem saídas fáceis sobre a corrupção, a falta de ética, a partir do cotidiano de um hospital.

“Pessoas Perfeitas”
O grupo Satyros, do diretor Rodolfo García Vázquez e do ator e autor Ivam Cabral, reencontrou seu melhor teatro na representação das personagens imperfeitas do centro de São Paulo, no entorno da praça Roosevelt.

“Caros Ouvintes”
Despretensiosa mas bem escrita, dirigida e interpretada, a comédia de Otávio Martins foi uma das surpresas do ano, com a história de decadência de uma rádio nos primeiros anos da ditadura de 1964.

“Walmor y Cacilda 64″
Nos 50 anos do golpe, Zé Celso fez um “entreato” na série sobre Cacilda Becker, com cenas como a visita da atriz ao Dops e a representação da carta-testamento de Getúlio Vargas por Walmor Chagas, marido de Cacilda.