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Mossoró, 21 de Março 2015 - 16:03hs

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“Henrique Alves e João Maia não viraram as costas só para mim, mas para todo o RN”

07 de Maio de 2014

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) acredita que o DEM exercerá papel protagonista nas eleições deste ano. “Eu acho que o DEM sempre teve uma posição na linha de frente. Eu não acredito, de forma nenhuma, que o partido queira, agora, ficar na retaguarda, como apêndice de qualquer coligação”, afirmou, durante entrevista ao Jornal da Cidade (94 FM), na manhã de hoje.

O presidente do DEM, José Agripino, já avisou: tem simpatia pela candidatura do presidente da Câmara, Henrique Alves, a governador do Estado. Para tanto, topa apoiar até a algoz política número 1 de Rosalba, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), para o Senado. Para tanto, o DEM teria que enterrar a possibilidade de Rosalba se candidatar à reeleição. Tal projeto do DEM teria como fundamento facilitar a reeleição dos atuais deputados estaduais e federal da legenda.

Rosalba, contudo, não aposta nisso. “O DEM sempre esteve à frente. O DEM realmente representa, no nosso estado, historicamente, uma parcela muito significativa da população. Mas está tudo muito cedo”, disse, ao ser abordada sobre a possibilidade de vir a ser candidata à reeleição ou não.

Instada a dizer se o DEM deve ter candidato próprio, Rosalba declarou se tratar de uma decisão que necessita contar com a participação do eleitorado. Segundo a governadora, a população está acompanhando o comportamento da classe política. Ela deixou nas entrelinhas que o povo poderá rejeitar eventual posição estranha do DEM.

“O DEM sempre teve essa posição. É algo que a população, de uma maneira geral, está analisando, ouvindo. Eles dizem: mas como é possível agora, o DEM que já teve tantos governadores, sempre presente de forma muito participativa, no Senado, agora como vai focar? É uma coisa a ser analisada”, disse.

Rosalba criticou o modo pelo qual os líderes políticos (DEM incluso?) estariam conduzindo a formalização de alianças políticas. “Não existe voto de cabresto”, afirmou. “O povo, hoje, é informado. Participa, chegam informações pela internet, pela TV, pelo rádio. Ele está muito mais participativo e muito mais independente”, ressaltou. “Este é um momento de amadurecimento da democracia e a população está começando realmente a participar”.

Rosalba criticou os que deram as costas a ela, politicamente. Segundo ela, estes deram as costas ao Rio Grande do Norte. A referência da governadora cabe especialmente ao PMDB do presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves e do ministro da Previdência Garibaldi Filho, que rompeu com o governo em setembro do ano passado, e o PR do deputado federal João Maia, que acompanhou o PMDB rompendo no início deste ano. “Eu acho que dar as costas à governadora é estar dando as costas para a solução de problemas do Rio Grande do Norte”, afirmou.

IMPEACHMENT

Sobre o pedido de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa, a governadora afirmou aguardar o desfecho “sem nenhum susto”. Para ela, “se tivesse tido um escândalo, como em governos passados, todo mundo teria tomado conhecimento e nós temos tido todo o cuidado de fazer com que no governo não haja nenhuma dúvida sobre essa determinação de transparência e honestidade”, destacou.

Rosalba afirmou que está “tomando medidas muito duras, antipáticas, antipolíticas, para tentar organizar o estado, tirá-lo da situação em que se encontra, inadimplente e incapaz de fazer qualquer empréstimo, de receber novos convênios, porque a ficha do estado estava suja, com problemas no Tribunal de Contas, de convênios e obras paralisadas”.

A governadora disse ainda acreditar “na maturidade e na responsabilidade que tem aqueles que representam o povo na Assembleia Legislativa”. Segundo ela: “Você não pode chegar e querer de toda forma incriminar quem não fez crime; aí é injustiça e eu não acredito que no Brasil de hoje e os políticos que estão na Assembleia, com a responsabilidade que eles têm de parlamentares, deixem-se levar, senão por aquilo que é de direito. E eu tenho certeza e a consciência tranquila de que realmente estamos trabalhando com seriedade”.

“População de Mossoró não aceitou acordão”

Sobre o resultado do pleito suplementar mossoroense, Rosalba disse que a população deu uma resposta, ao eleger Francisco José Júnior (PSD), candidato do vice-governador Robinson Faria (PSD), e derrotar a candidata Larissa Rosado (PSB), do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), da vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), e do deputado federal João Maia (PR).

Segundo Rosalba, o PMDB de Henrique e o PR de João Maia, há pouco mais de um ano, apoiou a candidata Claudia Regina (DEM), que nesta eleição foi impedida pela Justiça de se candidatar novamente. Agora, PMDB e PR mudaram completamente de posição e decidem apoiar a candidata adversária, Larissa Rosado.

“A população deu a sua resposta. Não aceitou o acordão que aconteceu na nossa cidade”, disse. “Na eleição de 2002, o PMDB indicou o vice na chapa de Cláudia; havia uma coligação com o DEM. Nesta eleição, o PMDB foi para o lado exatamente da adversária ferrenha de Cláudia, que é Larissa, se unindo ao PSB, com o PR, que também esteve com Cláudia na eleição passada, e Larissa, em vez de aumentar os votos, reduziu”, afirmou.

Rosalba disse não se sentir derrotada com a vitória de Francisco José Júnior. “De forma nenhuma. Porque nós sempre tivemos em Mossoró uma posição. Você sabe que lá o grupo ligado à deputada Larissa, Sandra, Laíre, sempre foram os nossos adversários, como agora quando Cláudia venceu a eleição venceu exatamente combatendo esse mesmo grupo, que foi o grupo que entrou com todas as ações que inviabilizaram a continuidade de Cláudia na administração”, declarou.

Migração

Para a governadora, com a orientação de votar nulo, muitos votos de Claudia Regina migraram para Francisco José Júnior. “Cláudia não foi mais candidata, migraram naturalmente para Francisco José, com quem nós sempre convivemos, tivemos um bom relacionamento, e que realmente eu já tive com ele em outras campanhas”, disse a governadora, destacando que terá postura de “parceria” com o prefeito.

“Francisco José pode esperar o trabalho, a união, isso não há nenhuma dificuldade. Pelo contrário. Acho que é o nosso dever, é dar as mãos para trabalhar por Mossoró. Na realidade, eu disse isso, que fosse quem fosse eleito, não haveria nenhuma dificuldade nas parcerias administrativas”, afirmou.

Rosalba evitou responder se houve desejo de mudança em Mossoró, conforme sugeriu o vice-governador Robinson Faria em entrevista ontem ao Jornal de Hoje. Para ela, esta eleição foi “atípica”. “Na realidade, acho que o eleitor de Mossoró, de 88 até 2012, quer quem trabalha e quem demonstra amor e já tem serviços prestados à cidade. O eleitor votou em um rapaz da terra, que é político há um certo tempo, filho de um ex-deputado também da terra e que depois de quatro mandatos de vereador agora é prefeito da cidade”.

A governadora lamentou o fato de Claudia Regina não ter obtido o registro na Justiça para se candidatar. “Eu vou dizer com toda a honestidade: minha candidata era Cláudia, eu realmente gostaria muito que ela tivesse tido a oportunidade de ser julgada pelo povo”.
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Fonte: O Jornal de Hoje

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