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Mossoró, 23 de Março 2015 - 13:16hs

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Em carta, Snowden pede asilo permanente ao governo brasileiro

17 de Dezembro de 2013

Mensagem do ex-consultor da CIA foi publicada pela 'Folha de S.Paulo'.
Em troca do asilo, americano oferece ajuda para investigar espionagem.

O ex-consultor da CIA (Agência Central de Inteligência) Edward Snowden, acusado de espionagem por vazar informações sigilosas de segurança dos Estados Unidos, pediu asilo permanente ao Brasil em carta publicada nesta terça-feira (17) no jornal "Folha de S.Paulo". Atualmente, o americano vive na Rússia, com asilo temporário de um ano.
Em troca, o pivô do escândalo diplomático oferece ajuda ao Palácio do Planalto para investigar a espionagem de Washington a cidadãos, autoridades e empresas brasileiras.
Na mensagem divulgada pelo jornal, intitulada de Carta Aberta ao Povo do Brasil, Snowden se diz impressionado pelas críticas feitas pelo governo brasileiro ao programa de espionagem de internet e telecomunicações dos EUA em nível mundial. Ao G1, o Palácio do Itamaraty afirmou que o governo não irá se pronunciar sobre o assunto enquanto o norte-americano não oficializar o pedido de asilo.
O texto original da carta, em inglês, foi publicado nesta terça no Facebook do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista americano Glenn Greenwald, autor das reportagens que revelaram os documentos obtidos por Snowden.

Em setembro, o Fantástico revelou com exclusividade, em reportagem produzida em conjunto com Greenwald. documentos classificados como ultrassecretos que mostram que a presidente Dilma Rousseff e parte de seus assessores foram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O Fantástico também trouxe à tona documentos que comprovam que a Petrobras, a maior empresa brasileira, também foi espionada.
Irritada com a quebra de privacidade, Dilma exigiu que a Casa Branca pedisse “desculpas” pelo episódio. No entanto, apesar de ter prometido esclarecer as denúncias, o presidente Barack Obama se recusou a formalizar o pedido desculpas. Em contrapartida, a chefe do Executivo brasileiro suspendeu viagem a Washington, em outubro.
Dilma também aproveitou seu discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no final de setembro, para condenar a postura americana. Ela afirmou diante de uma plateia de chefes de Estado que as ações de espionagem dos Estados Unidos no Brasil “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países.
Ao lado da Alemanha, que também foi alvo de espionagem, o governo do Brasil apresentou à ONU, em novembro, uma proposta que prevê regras para garantir o “direito à privacidade” na era digital. Dilma também ordenou medidas para tentar "proteger" o Brasil da espionagem virtual, entre as quais a criação de um sistema de e-mails do governo federal.

Na mensagem em que pede asilo ao governo brasileiro, Snowden enfatizou que pode oferecer "ajuda legal" ao país se tiver garantido o benefício. O ex-funcionário da CIA também publicou uma petição no site Avaaz reivindicando apoio à iniciativa.
Senadores brasileiros pediram ajuda a Snowden para tentar esclarecer as denúncias de que o país foi monitorado pelas agências norte-americanas. Os primeiros documentos vazados por Snowden foram publicados em junho no diário britânico "Guardian", em reportagens assinadas por Glenn Greenwald, que mora no Rio de Janeiro.
Em agosto, David Miranda ficou retido por ordem do governo britânico por cerca de 9 horas no aeroporto de Heathrow, em Londres, quando voltava para o Rio. O brasileiro foi liberado, mas teve confiscados equipamentos eletrônicos, como celular, laptop, câmera, cartão de memória, DVDs e aparelhos de videogame.

Com informações do G1
Foto: Reprodução

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