As tarifas dos consumidores do país devem subir 4,6% neste ano para cobrir o deficit do setor elétrico na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) de onde saem os recursos para pagamentos de usinas térmicas e de programas do governo, como o "Luz para Todos" e a "Tarifa Social", voltados para a população de baixa renda do País.
Os cálculos foram apresentados ontem pela diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A proposta segue agora para audiência pública, que ocorrerá entre 13 de fevereiro e 16 de março.
O reajuste nas tarifas representa uma entrada de R$ 5,6 bilhões na conta do setor elétrico até o fim do ano. A estimativa da agência é de que o valor seja suficiente para cobrir as despesas planejadas até o fim do ano.
O valor será somado ao reforço já previsto pelo Tesouro de R$ 9 bilhões até o fim de dezembro. No ano passado, esse aporte do Tesouro foi de R$ 9,6 bilhões.
A proposta da Aneel é de que os aumentos sejam considerados por cada uma das distribuidoras de energia no momento de seus reajustes tarifários feitos anualmente e em datas específicas para cada empresa no País.