Grécia

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Ελληνική Δημοκρατία
Ellīnikī́ Dīmokratía

República Helênica / Helénica
Bandeira da Grécia
Brasão de armas da Grécia
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional: (Ύμνος πρός την Ελευθερίαν)
("Hino da Liberdade")
Gentílico: grego

Localização da Grécia

Localização da Grécia (em vermelho)
No continente europeu (em cinza)
Na União Europeia (em branco)
Capital Atenas
Cidade mais populosa Atenas
Língua oficial Grego ¹
Governo República parlamentarista
 - Presidente Prokopis Pavlopoulos
 - Primeiro-ministro Alexis Tsipras
Independência do Império Otomano 
 - Data 25 de Março de 1821 
 - Reconhecida 3 de fevereiro de 1830 
Área  
 - Total 131 990 km² (96.º)
 - Água (%) 0,8669
População  
 - Estimativa de 2009 11 260 402[1] hab. (74.º)
 - Censo 2011 10 787 690 hab. 
 - Densidade 84 hab./km² (88.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
 - Total US$ 284,318 bilhões*[2]  
 - Per capita US$ 25 752[2]  
PIB (nominal) Estimativa de 2014
 - Total US$ 246,397 bilhões*[2]  
 - Per capita US$ 22 317[2]  
IDH (2013) 0,853 (29.º) – muito elevado[3]
Gini (2000) 34,3
Moeda Euro² (EUR)
Fuso horário CET (UTC+2)
 - Verão (DST) CEST (UTC+3)
Clima Mediterrâneo
Org. internacionais ONU UE, CE, OCDE, UEO, G8
Cód. ISO GRC
Cód. Internet .gr 3
Cód. telef. +30

Mapa da Grécia

Grécia (em grego: Ελλάδα; transl.: Elláda pronunciado: [eˈlaða] ( ouvir)), oficialmente República Helênica (português brasileiro) ou Helénica (português europeu) (em grego: Ελληνική Δημοκρατία; transl.: Ellīnikī́ Dīmokratía pronunciado: [eliniˈci ðimokraˈti.a]) e conhecida desde a antiguidade como Hélade (em grego: Ἑλλάς; transl.: Hellás), é um país localizado no sul da Europa.[4] De acordo com dados do censo de 2011, a população grega é de cerca de 11 milhões de pessoas. Atenas é a capital e a maior cidade do país.

O país está estrategicamente localizado no cruzamento entre a Europa, a Ásia, o Oriente Médio e a África.[5] [6] [7] Tem fronteiras terrestres com a Albânia a noroeste, com a República da Macedônia e a Bulgária ao norte e com a Turquia no nordeste. O país é composto por nove regiões geográficas: Macedônia, Grécia Central, Peloponeso, Tessália, Épiro, Ilhas Egeias (incluindo o Dodecaneso e Cíclades), Trácia, Creta e Ilhas Jônicas. O Mar Egeu fica a leste do continente, o Mar Jônico a oeste e o Mar Mediterrâneo ao sul. A Grécia tem a 11ª maior costa do mundo, com 13 676 quilômetros de comprimento, com um grande número de ilhas (cerca de 1 400, das quais 227 são habitadas). Oitenta por cento do país é composto por montanhas, das quais o Monte Olimpo é a mais elevada, a 2 917 metros de altitude.

A Grécia moderna tem suas raízes na civilização da Grécia Antiga, considerada o berço de toda a civilização ocidental. Como tal, é o local de origem da democracia,[8] da filosofia ocidental,[9] dos Jogos Olímpicos, da literatura ocidental, da historiografia, da ciência política, de grandes princípios científicos e matemáticos,[10] das artes cênicas ocidentais,[11] incluindo a tragédia e a comédia. As conquistas culturais e tecnológicas gregas influenciaram grandemente o mundo, sendo que muitos aspectos da civilização grega foram transmitidos para o Oriente através de campanhas de Alexandre, o Grande, e para o Ocidente, através do Império Romano. Este rico legado é parcialmente refletido nos 17 locais considerados pela UNESCO como Patrimônio Mundial no território grego, o sétimo maior número da Europa e o 13º do mundo. O Estado grego moderno, que engloba a maior parte do núcleo histórico da civilização grega antiga, foi criado em 1830, após a Guerra da Independência Grega contra o antigo Império Otomano.

Atualmente, a Grécia é um país democrático[12] e desenvolvido[13] [14] com uma economia avançada e de alta renda,[15] um alto padrão de vida[16] [17] e um índice de desenvolvimento humano (IDH) considerado muito alto pelas Nações Unidas.[3] A Grécia é um membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), é membro do que é hoje a União Europeia desde 1981 (e da Zona Euro desde 2001),[18] além de ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 1952. A economia grega é também a maior dos Balcãs, onde a Grécia é um importante investidor regional.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Grego é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos, habitantes da Hélade que ficou conhecida como Grécia. As formas portuguesa Grécia, castelhana, romena e italiana Grecia, francesa Grèce, inglesa Greece, alemã Griechenland são um eruditismo calcado sobre o latim Græcia (com o etnônimo respectivo grego, griego, grec, greco, grec, greek e griechisch, do latim græcus')'.

O geônimo latino se funda sobre o etnônimo, com sufixo (-ia), latim típico de nome de país ou região. O etnônimo latino é empréstimo ao grego graikós ("grego"), que sob a forma plural graikoí, principiou a ser episodicamente empregado em lugar do grego ΄ελληνες (helenos) somente depois de Aristóteles. Mesmo o latim Græcia, antes de designar a totalidade do país, foi usado com epítetos (Græcia Ulterior, Magna Græcia), ou no plural, Græciæ ("Grécias"), quando abarcava o todo.

O todo em latim foi de início designado como Hellas, - adis, Hélade. Assim, por exemplo, em Plínio, o Velho. Em Cassiodoro já ocorre a forma latina Hellada. Esta, por sua vez, é empréstimo do gr. Hellás - ádos, que desde Ésquilo designa a totalidade das regiões habitadas pelos helenos.

História[editar | editar código-fonte]

Antiguidade[editar | editar código-fonte]

A antiga Grécia Continental fazia limites com a Ilíria a norte, a leste com o Egeu, a oeste com o mar Jónico, e a sul com o Mediterrâneo. Tinha mais de 100 000 km². Herdeira da Grécia Antiga, a nação grega moderna tem uma longa e rica história durante o qual estendeu sua influência ao longo de três continentes: Europa, Ásia e África. O litoral do Egeu foi o cenário do surgimento de algumas das primeiras civilizações da Europa, como a minoica (em memória do lendário Rei Minos) e a micênica.[19]

Foi nesse pequeno país que a civilização ocidental começou há mais de dois mil e oitocentos anos. Naquele tempo a civilização grega estava dividida em cidades-Estado (pólis) que dominavam grandes áreas das margens do Mediterrâneo e do mar Negro. Após seu desaparecimento, ressurgiu em torno de 700. a.C.,[20] até ser conquistada militarmente por Roma em 168 a.C.[21]

No entanto, a superioridade da cultura grega gerou uma profunda influência na cultura romana, por isso o filósofo Horácio fez a seguinte afirmação: Graecia capta ferum victorem cepit (em português: "A Grécia, embora capturada, manteve seu selvagem conquistador em cativeiro"). Na verdade, na parte oriental do império, a língua e a cultura gregas continuaram a ser muito influentes na sociedade.[22]

O Império Bizantino estabeleceu-se como um dos maiores impérios da história da Europa e abrangia um território que ia do Mar Adriático e o sul da Itália ao Oriente Médio. Constantinopla se destacou como uma segunda Roma como o centro herdeiro das civilizações da Grécia e da Roma antigas. O império grego de Bizâncio também foi um dos impérios mais longevos da história: existiu durante mais de 1000 anos, do século V ao XV.[23]

Período contemporâneo[editar | editar código-fonte]

Uma fragata otomana em chamas durante a Guerra da Independência Grega (1821–1829).

Após a Queda de Constantinopla, a capital do antigo Império, os otomanos invadiram a Grécia, assim como o resto da Península Balcânica. Os gregos viveram por 350 anos sob domínio turco, que terminou em 1821, com a Guerra da Independência Grega.[24]

Ao recuperar a independência em parte do seu território, a Grécia tornou-se um Estado europeu moderno, sendo o nobre Ioannis Kapodistrias o primeiro-ministro da Grécia moderna. No final do século XIX, os gregos continuaram a batalha contra os turcos para continuar liberando territórios anteriormente ocupados, como Tessália e Epiro. Durante as Guerras dos Balcãs, a Grécia conseguiu também recuperar a Trácia e a Macedônia. Em 1922, a invasão grega da Ásia Menor durante a Guerra Grego-Turca, no entanto, acabou com a derrota e expulsão de 1,5 milhão de gregos, terminando com 4000 anos de presença grega ininterrupta no leste do mar Egeu.[25]

A Entrada do Rei Oto I em Atenas, Peter von Hess, 1839

Durante a década de 1930, a Grécia foi arrastada ao fascismo através do ditador Ioánnis Metaxás. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi ocupado pelas Potências do Eixo (Alemanha nazista e Itália fascista) e nele estabeleceu-se um governo colaboracionista.[26] A ocupação nazista foi seguida pela Guerra Civil Grega, que terminou em 1949.[27]

Em 1952, o país aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN ou NATO) e, em 1981, à União Europeia (UE).[28] Atualmente, a nação grega é definida como uma república parlamentar democrática, que alcançou um desenvolvimento econômico e social considerável.

Em 2010 a Grécia, já castigada pela crise financeira de 2008-2009, foi o protagonista de uma crise de confiança que se espalhou por toda a União Europeia. O país então viu o crescente interesse que os investidores exigiram para comprar sua dívida e foi forçado a realizar reformas fiscais destinadas a reduzir o seu défice à custa do crescimento econômico e do perigo de uma recaída na recessão, correndo o risco de ter que sair da zona euro.[29]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Imagem de satélite do território grego.

O país consiste de um território continental na extremidade sul dos Bálcãs, da península do Peloponeso, separada do continente pelo canal de Corinto, e de numerosas ilhas, incluindo Creta, Rodes, Eubeia e os arquipélagos do Dodecaneso e das Cíclades no mar Egeu, e das Ilhas Jónicas no mar Jónico. A Grécia tem mais de 14880 km de costas e uma fronteira terrestre de 1160 km.

Cerca de 80% da Grécia é território montanhoso ou, pelo menos, acidentado. A maior parte do país é seco e rochoso. Só 28% da terra é arável. A Grécia Ocidental contém lagos e zonas húmidas. O Pindo, a cadeia montanhosa central, tem uma altitude média de 2650 m. O lendário monte Olimpo (Macedônia) é o ponto mais alto da Grécia, atingindo 2917 m de altitude.

Clima[editar | editar código-fonte]

Praia Navagio, em Zaquintos.

O clima da Grécia pode ser classificado em três tipos (mediterrânico, a alpino e o temperado) que influenciam regiões bem definidas do seu território. A cadeia de montanhas de Pindo afeta fortemente o clima do país, tornando o lado ocidental dela (áreas propensas a ventos do sul), em média, mais húmidas do que as áreas situadas a leste da mesma (sotavento das montanhas). O tipo de clima mediterrâneo apresenta invernos suaves e húmidos e verões quentes e secos. As regiões das Cíclades, Dodecaneso e Creta, no Peloponeso Oriental e partes da Grécia Central, são as regiões mais afetadas por este tipo de clima. Temperaturas raramente atingem valores extremos ao longo das costas, embora, como a Grécia é um país altamente montanhoso, nevascas ocorram com frequência no inverno. Às vezes neva mesmo nas Cíclades ou no Dodecaneso.

O clima alpino é dominante, principalmente nas áreas montanhosas do noroeste da Grécia (partes do Épiro, na Grécia central, Tessália, Macedônia Ocidental), bem como na parte central do Peloponeso, incluindo partes das prefeituras da Acaia, Arcádia e Lacônia, onde a cadeia de montanhas do Pindo passa. Finalmente, o clima temperado afeta a Macedônia Central e a Macedônia Oriental e Trácia, que apresentam invernos frios e húmidos e verões quentes e secos com tempestades frequentes. Atenas está localizada em uma área de transição que caracteriza os climas mediterrânico e temperado. Os subúrbios ao norte da cidade são dominados pelo clima temperado, enquanto o centro da cidade e os subúrbios ao sul desfrutam de um clima mediterrânico típico.

Demografia[editar | editar código-fonte]

Hermópolis, capital da ilha de Siro e das Cíclades.

O órgão de estatística oficial da Grécia é o Instituto Nacional de Estatística da Grécia (INEG). De acordo com o INEG, a população total da Grécia em 2001 era de 10.964.020.[30] Esse número é dividido em 5.427.682 homens e 5.536.338 mulheres.[30] Como as estatísticas de 1971, 1981 e 2001 demonstram, a população grega sofreu envelhecimento ao longo de décadas.[30]

A taxa de natalidade em 2003 situou-se em 9,5 por mil habitantes (14,5 por 1.000 em 1981). Ao mesmo tempo, a taxa de mortalidade aumentou ligeiramente, de 8,9 por mil habitantes em 1981 para 9,6 por mil habitantes em 2003. Em 2001, 16,71% da população tinha 65 anos ou mais, 68,12% entre as idades de 15 e 64 anos, e 15,18% tinham 14 anos ou menos.[30]

A sociedade grega também mudou rapidamente com o passar do tempo. As taxas de casamento continuavam a cair de quase 71 por mil habitantes em 1981 até 2002, para 51 em 2004.[30] As taxas de divórcio, por outro lado, têm aumentado - de 191,2 por mil casamentos em 1991, para 239,5 por 1000 casamentos em 2004.[30] Quase dois terços do povo grego vivem em áreas urbanas. Os maiores municípios da Grécia em 2001 foram: Atenas, Salónica, Pireu, Patras, Heraclião, Larissa e Volos.[31]

Ao longo do século XX, milhões de gregos emigraram para os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá e Alemanha, criando um grande diáspora grega. A tendência de migração, no entanto, foi revertida após importantes melhoramentos da economia grega desde os anos 1980.

Religião[editar | editar código-fonte]

Monastério da Santíssima Trindade, em Meteora, no norte do país.

A grande maioria dos gregos é cristã, sendo esta fé seguida por 92% da população.[33] A Igreja Ortodoxa Grega é a principal denominação religiosa do país e representa quase toda a população do país,[34] e que é constitucionalmente reconhecida como a "religião dominante" da Grécia. Outras religiões importantes incluem o catolicismo, o islamismo e o protestantismo.

De acordo com uma pesquisa de 2005 do Eurobarêmetro, 81% dos cidadãos gregos acreditam que existe um Deus, enquanto que 16% acreditam em algum tipo de espírito ou força vital e 3% responderam que não acreditam que haja algum tipo de Deus, espírito ou força vital.[35]

Línguas[editar | editar código-fonte]

A Grécia é hoje relativamente homogênea em termos linguísticos, com a grande maioria da população nativa usando o grego como sua língua materna. A minoria muçulmana da Trácia, o que equivale a aproximadamente 0,95% da população total, é composta de falantes de turco, búlgaro (Pomaca) e romani. O romani também é falado por cristãos roma em outras partes do país.

A língua grega remonta a 3 500 anos, e o grego moderno preserva muitos elementos de seu antecessor clássico. No século XIX, após a Guerra de Independência Grega, fez-se um esforço para eliminar da língua as expressões de origem turca e árabe. A versão resultante foi considerada próxima do koiné grego, e foi chamada de Katharevoussa. No entanto, o Katharevoussa nunca foi adotado pelos gregos na linguagem diária. O grego comumente falado é chamado demotiki, e se tornou a língua oficial em 1976.

Política[editar | editar código-fonte]

A Grécia é uma república parlamentar.[36] O chefe de Estado nominal é o presidente da república, que é eleito pelo parlamento para um mandato de cinco anos.[36] A atual constituição foi elaborada e aprovada pelo Quinto Parlamento Revisionista dos Helenos e entrou em vigor em 1975 após a queda da junta militar de 1967-1974. Ela foi revisada por duas vezes desde que entrou em vigor, em 1986 e em 2001. A Constituição, que consiste em 120 artigos, prevê a separação dos poderes em executivo, legislativo e judiciário, e concede extensas garantias específicas (reforçado em 2001), das liberdades civis e direitos sociais.[37] O sufrágio feminino foi garantido com uma emenda constitucional de 1952.

Segundo a Constituição, o poder executivo é exercido pelo presidente da república e pelo governo.[36] A partir de emenda à Constituição de 1986, as funções do presidente foram reduzidas de forma significativa, e agora elas são, em grande parte, cerimoniais; a maior parte do poder político, portanto, está nas mãos do primeiro-ministro.[38] A posição do primeiro-ministro, chefe de governo da Grécia, pertencente ao atual líder do partido político que possa obter um voto de confiança do Parlamento. O presidente da república nomeia formalmente o primeiro-ministro e, na sua recomendação, nomeia e exonera os restantes membros do Conselho de Ministros.[36]

Alexis Tsipras, actual primeiro-ministro, eleito em Janeiro de 2015.

O poder legislativo é exercido pelos 300 membros eletivos do parlamento unicameral.[36] As leis aprovadas pelo parlamento são promulgadas pelo presidente da república.[36] As eleições parlamentares são realizadas a cada quatro anos, mas o presidente da república é obrigado a dissolver o parlamento sobre a proposta anterior do Conselho de Ministros, tendo em vista lidar com um assunto nacional de excepcional importância.[36] O presidente é também obrigado a dissolver o parlamento no início, se a oposição conseguir aprovar uma moção de censura.[36]

O poder judiciário é independente do poder executivo e do legislativo e compreende três Tribunais Supremos: o Tribunal de Cassação (Άρειος Πάγος), o Conselho de Estado (Συμβούλιο της Επικρατείας) e o Tribunal de Contas (Ελεγκτικό Συνέδριο). O sistema judiciário é composto também por tribunais civis, que julgam processos cíveis e penais, e os tribunais administrativos, que julgam os litígios entre os cidadãos e as autoridades gregas administrativas.

Em 25 de janeiro de 2015, ocorreram as eleições legislativas no país e o partido de extrema esquerda, Syriza, venceu o pleito grego com 70% dos votos apurados. O partido conquistou 149 das 300 cadeiras do Parlamento, tornando Alexis Tsipras, de 40 anos, eventual primeiro-ministro.

Este resultado configura um marco na história do país, que há mais de 200 anos esculpe um Estado moderno grego. É a primeira vez que um partido de esquerda assume o poder.

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

As periferias (em grego περιφέρειες, singular: περιφέρεια) são as divisões nacionais da Grécia. Existem 13 periferias (nove no continente e quatro grupos de ilhas), que são ainda subdivididos em 51 prefeituras (ou departamentos; em grego: νομοί, singular: νομός ; transliterado: nomoi, singular: nomos):

Peripheries of Greece numbered.svg
Região Capital Área (km²) População[39] PIB (bi)[40]
1 Ática Atenas 3.808 3.812.330 €103,334
2 Grécia Central Lâmia 15.549 546.870 €12,530
3 Macedônia Central Tessalônica 18.811 1.874.590 €34,458
4 Creta Heraclião 8.259 621.340 €12,854
5 Macedônia Oriental e Trácia Comotini 14.157 606.170 €9,054
6 Épiro Janina 9.203 336.650 €5,827
7 Ilhas Jônicas Corfu 2.307 206.470 €4,464
8 Egeu Setentrional Mitilene 3.836 197.810 €3,579
9 Peloponeso Trípoli 15.490 581.980 €11,230
10 Egeu Meridional Hermópolis 5.286 308.610 €7,816
11 Tessália Lárissa 14.037 730.730 €12,905
12 Grécia Ocidental Patras 11.350 680.190 €12,122
13 Macedônia Ocidental Cozani 9.451 282.120 €5,564
Estado autônomo Capital Área (km²) População[39] PIB (bi)[40]
(14) Monte Atos Cariés 390 1.830 Desconhecido

Economia[editar | editar código-fonte]

A Grécia controla 16,2% da frota mercante mundial total, tornando-a a maior do mundo. O país está classificado entre os cinco primeiros lugares entre todos os tipos de navios, incluindo petroleiros e graneleiros.

O crescimento anual do PIB grego tem ultrapassado os respectivos níveis da maioria dos seus parceiros da UE.[41] A indústria do turismo é uma importante fonte de divisas e receitas, respondendo por 15% do total do PIB da Grécia[42] e empregando, direta ou indirectamente, 16,5% da força de trabalho total.

A força de trabalho grega totaliza 4,9 milhões de pessoas e é a segunda mais produtiva entre os países da OCDE, atrás apenas da Coreia do Sul. [36]. A Universidade de Groningen publicou uma pesquisa revelando que entre 1995 e 2005, a Grécia ficou em terceiro lugar no ranking de jornada de trabalho por ano entre as nações europeias; os gregos trabalhavam uma média de 1.811 horas por ano.[43] Em 2007, o trabalhador médio produzia cerca de 20 dólares por hora, semelhante ao da Espanha e um pouco mais da metade da produção por hora de um trabalhor médio dos Estados Unidos. Os imigrantes constituem quase um quinto da força de trabalho, ocupados principalmente em trabalhos agrícolas e de construção.

O PIB per capita da Grécia, em paridade do poder de compra, é 25º maior do mundo. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o país tinha uma renda média per capita' estimada em 29.882 de dólares para o ano de 2009,[44] um valor comparável ao de Itália e Espanha. De acordo com uma pesquisa realizada pela The Economist, o custo de vida em Atenas está perto de 90% do custo de vida em Nova York; nas regiões rurais é menor.[45]

Na Grécia, o euro foi introduzido em 2002. Como preparação para esta data, a cunhagem de novas moedas em euros foi iniciada em 2001, porém todas as moedas de euro gregas foram introduzidas na economia em 2002. Antes de adotar o euro em 2002, a Grécia mantinha o uso do dracma grego desde 1832.

No entanto, a economia grega também enfrenta problemas significativos, incluindo os níveis de desemprego em elevação, uma burocracia ineficiente e a corrupção generalizada.[46] Em 2009, a Grécia tinha o segundo menor índice Índice de Liberdade Econômica da UE (após a Polônia), 81º do ranking mundial.[47] O país sofre de altos níveis de corrupção política e econômica e de baixa competitividade global em relação aos seus parceiros da UE.[48] [49]

Embora continuando acima da média da zona euro, o crescimento econômico passou a ser negativo em 2009 pela primeira vez desde 1993.[50]

Crise econômica (2008-atualmente)[editar | editar código-fonte]

Protesto em Atenas em 2011 com cem mil pessoas por conta da crise que o país enfrenta.

Até o final de 2009, como resultado de uma combinação de fatores locais e internacionais (respectivamente, a crise financeira mundial e os gastos descontrolados do governo), a economia grega enfrentou sua crise mais grave desde a restauração da democracia em 1974, quando o governo grego revisou o seu déficit a partir de uma estimativa de 6% para 12,7% do produto interno bruto (PIB).[51] [52]

No início de 2010, foi revelado que os sucessivos governos gregos tinham sido responsáveis por ter consistente e deliberadamente deturpado as estatísticas econômicas oficiais do país para mantê-lo dentro das diretrizes da união monetária.[53] [54] Isto tinha permitido que os governos do país gastassem além de suas possibilidades, ao esconder o défice real de supervisores da União Europeia (UE).[55] Em maio de 2010, o défice orçamental grego foi novamente revisto para uma previsão de 13,6%,[56] um dos mais altos do mundo em relação ao PIB[57] e a previsão da dívida pública foi, de acordo com algumas estimativas, para 120% do PIB em 2010, uma das mais altas taxas do mundo.[29]

Como consequência, houve uma crise de confiança internacional na capacidade da Grécia de pagar sua dívida soberana. Com o objetivo de evitar tal padrão, em maio de 2010, os outros países membros da Zona Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), concordaram com um pacote financeiro de resgate que envolveu a Grécia, dando um empréstimo imediato de 45 bilhões de euros, com mais fundos em seguir, num total de 110 bilhões de euros.[58] [59] A fim de garantir o financiamento, a Grécia foi convocada a tomar duras medidas de austeridade para controlar seu déficit.[60] A sua execução será acompanhada e avaliada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI.[61] [62]

Turismo[editar | editar código-fonte]

Vista da vila de Oia, na ilha de Santorini, um dos principais pontos turísticos do país.

Uma porcentagem importante do produto interno bruto (PIB) da Grécia vem do turismo. De acordo com estatísticas do Eurostat, a Grécia recebeu mais de 19,5 milhões de turistas em 2009,[63] o que significa um aumento em relação aos 17,7 milhões de turistas que visitaram o país em 2007.[64] A grande maioria dos visitantes na Grécia em 2007 vieram do continente europeu, alcançando 12,7 milhões de turistas,[65] enquanto a maioria dos visitantes vindos de uma única nacionalidade foram os do Reino Unido (2,6 milhões), seguidos de perto por aqueles da Alemanha (2,3 milhões).[65]

Em 2010, a periferia mais visitada da Grécia foi a da Macedônia Central, com 18% do fluxo turístico do país total (atingindo 3,6 milhões de turistas), seguido de Attica, com 2,6 milhões, e do Peloponeso, com 1,8 milhão.[63] O Norte da Grécia é a região geográfica mais visitada do país, com 6,5 milhões de turistas, enquanto a Grécia Central é a segunda, com 6,3 milhões.[63]

Em 2010, a Lonely Planet considerou Salônica, a segunda maior cidade do país, como a quinta melhor cidade do mundo para festas, comparável a outras cidades como Dubai e Montreal.[66] Em 2011, Santorini foi votada como "melhor ilha do mundo" na Travel + Leisure.[67] A ilha vizinha de Míconos ficou em quinto lugar na categoria europeia.[67]

Vista panorâmica de partes da antiga cidade Corfu, um Patrimônio Mundial pela UNESCO, a partir de Palaio Frourio. A Baía de Garitsa pode ser vista à esquerda.

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Em 2009 a Grécia era o país da União Europeia com mais médicos por mil habitantes (6,17 por mil habitantes), muito mais do que a Romênia, o país da UE com menos médicos por mil habitantes (2,16), e com uma grande diferença para o segundo colocado, a Áustria, que tem 4,85 médicos por mil habitantes,[68] segundo os dados da OCDE o rácio médicos-habitantes era ligeiramente diferente, sendo de 6,1, o maior da OCDE, grupo de países em que a média era de 3,1.[69] .

A Grécia gastava em 2010 10,25% do seu PIB de 299, 1024 mil milhões de dólares[70] em despesas de saúde, o oitavo país da UE que em proporção do PIB mais gastava.[71] Ou seja, 12,12% das despesas totais do estado.[72]

Na Grécia havia em 2010 uma esperança média de vida de 80,39 anos, a sétima maior da UE.[73]

Transportes[editar | editar código-fonte]

A Ponte Rio-Antirio, perto da cidade de Patras, é a mais longa ponte estaiada da Europa e a segunda no mundo.

Desde os anos 1980, as estradas e a rede ferroviária da Grécia têm sido significativamente modernizadas. Importantes obras incluem a Estrada Egnácia que liga o noroeste da Grécia (Igumenitsa) com o norte e nordeste da Grécia (Kipoi). A Ponte Rio-Antirio (a maior ponte estaiada da Europa, com 2.250 metros de comprimento) conecta Rio (7 km de Patras), no Peloponeso ocidental, com Antirio, na Grécia Central.

Uma expansão da autoestrada nacional Patras-Atenas para Pírgos, no oeste do Peloponeso, está prevista para ser concluída até 2014. A maioria das rodovias de ligação de Atenas para Salônica também foram modernizadas.

A área metropolitana de Atenas tem um aeroporto internacional, a auto-estrada privada suburbana Estrada Ática e um sistema de metrô expandido. A maioria das ilhas gregas e muitas das principais cidades da Grécia estão conectadas por via aérea, principalmente das duas principais companhias aéreas da Grécia, a Air Olympic e a Aegean Airlines. As ligações marítimas foram melhoradas com embarcações de alta velocidade modernas, incluindo aerobarcos e catamarãs. As ligações ferroviárias desempenham um papel um pouco menor do que em muitos outros países europeus, mas também foram ampliadas, com novas ligações suburbanas em Atenas, uma ligação interurbana moderna entre Atenas e Salônica, e a atualização para linhas duplas em muitas partes dos 2500 km de rede. Linhas ferroviárias internacionais conectam cidades gregas com o resto da Europa, Bálcãs e Turquia.

Ciência e tecnologia[editar | editar código-fonte]

Centro e Museu Tessalônico de Ciência e Tecnologia.

Disponibilidade à internet de banda larga é muito comum na Grécia, sendo que havia um total de 2.105.076 ligações de banda larga no país em 2010. Isso se traduz em 18,6% de penetração de banda larga.[74] Cyber cafés que fornecem acesso à rede, aplicações de escritório e jogos multiplayer também são uma visão comum no país, enquanto a internet móvel em redes de celular 3G e hotspots públicos wi-fi são existentes, mas não tão extensos.

Devido à sua localização estratégica, mão-de-obra qualificada e estabilidade política e econômica, muitas empresas multinacionais como a Ericsson, Siemens, SAP, Motorola e Coca-Cola têm suas sedes regionais em P&D na Grécia.

A Secretaria-Geral de Pesquisa e Tecnologia do Ministério do Desenvolvimento Helênico é responsável pela concepção, execução e supervisão de pesquisas nacionais e da política tecnológica.

Em 2003, a despesa pública em P&D foi de 456.370.000 euros (12,6% de aumento a partir de 2002). O total de gastos em pesquisa e desenvolvimento (público e privado) em percentagem do PIB aumentou consideravelmente desde o início da década passada, de 0,38% em 1989, para 0,65% em 2001. P&D na Grécia continua a ser inferior à média da UE de 1,93%, mas, de acordo com Research DC, com base em dados da OCDE e do Eurostat, entre 1990 e 1998, houve o terceiro maior aumento de P&D na Grécia em toda a Europa, atrás apenas da Finlândia e da Irlanda.

Entre os Parques Tecnológicos da Grécia estão o Parque Científico e Tecnológico da ilha de Creta (Heraclião), a Parque Tecnológico da Salônica, o Parque Tecnológico de Lavrio e de Parque Científico de Patras. A Grécia é um dos membros da Agência Espacial Europeia (ESA) desde 2005.[75] A cooperação entre a ESA e a Comissão Helênica Espacial Nacional começou no início de 1990. Em 1994, a Grécia e a ESA assinaram seu primeiro acordo de cooperação. Tendo solicitado formalmente sua completa adesão em 2003, a Grécia tornou-se o décimo sexto membro da ESA, em 16 de março de 2005.

Educação[editar | editar código-fonte]

A Academia de Atenas é a academia nacional da Grécia e a maior instituição de pesquisa do país.

O ensino obrigatório na Grécia compreende as escolas primárias e o ensino secundário. Creches são populares, mas não obrigatórias. Os jardins de infância são agora obrigatórios para qualquer criança acima de 4 anos de idade. As crianças começam a escola primária com seis anos e permanecem lá por seis anos. A entrada ao ginásio começa aos 12 anos e tem a duração de três anos.

O ensino secundário pós-obrigatório consiste em dois tipos de escolas: as escolas secundárias unificadas e as escolas de ensino técnico-profissional. O ensino secundário pós-obrigatório também inclui institutos de formação profissional, que proporcionam um nível formal, mas não classificado, de educação. Como eles podem aceitar graduados do ensino secundário, esses institutos não são classificados para oferecer um determinado nível de educação.

De acordo com a Lei-Quadro (3549/2007), o ensino superior público consiste de dois setores paralelos: o setor "universidade" (universidades, institutos politécnicos, escolas de belas artes, universidade aberta) e o setor Tecnológico (instituições de educação tecnológica e escolas de formação pedagógica e tecnológica). Há também o ensino terciário não universitário, que oferece em institutos estatais cursos profissionalizantes de curta duração (2 a 3 anos), que operam sob a autoridade de outros Ministérios. Os alunos são admitidos a estes institutos de acordo com seu desempenho em exames nacionais que ocorrem após a conclusão do terceiro grau. Além disso, os alunos com mais de 22 anos de idade podem ser admitidos na Universidade Aberta Helênica através de um tipo de loteria. A Universidade Nacional Capodistriana de Atenas é a mais antiga universidade do Mediterrâneo oriental.

O sistema de educação grego também prevê creches especiais, escolas primárias e secundárias para pessoas com necessidades especiais ou dificuldades de aprendizagem. Especialistas em escolas de ensino secundários também oferecem educação musical, teológica e física.

Cultura[editar | editar código-fonte]

O antigo teatro de Epidauro é hoje utilizado para espetáculos de dramas gregos.

Os remanescentes físicos da cultura da Grécia clássica conservam-se principalmente em Atenas, Esparta, Micenas, Argos e outros sítios, enquanto as esculturas e outros objetos de arte exibidos nos museus gregos (Nacional, de Heracleia, da Acrópole, etc.), e dos principais centros culturais do mundo constituem uma lembrança permanente de copiosa herança cultural helênica, que ainda continua viva na educação dos gregos.

Na Grécia moderna destacaram-se sobretudo os poetas. Adquiriu fama internacional Konstantinos Kaváfis, grego de Alexandria que escreveu cerca de duas centenas de poemas, inéditos até sua morte. Comparado ao português Fernando Pessoa, seu contemporâneo e também marcado por uma nostalgia da antiga glória de seu país, Kaváfis é autor da frase "somos todos gregos". Destacam-se também Georgios Seferis, agraciado com o Nobel de Literatura de 1963; Angelos Sikelianos; Odysseus Elytis, que obteve o prêmio Nobel em 1979; e Yannis Ritsos. O romancista de maior sucesso é o cretense Nikos Kazantakis, autor de Zorba, o grego e A última tentação de Cristo.

Dentre os músicos gregos com fama internacional destacam-se Manos Hadjidakis e Mikis Theodorakis. A busca e a sistematização do patrimônio musical popular, que é o objetivo básico de famosos músicos e pesquisadores, tem incentivado a criação de grande número de corais que participam de concursos internacionais. Depois da independência política, a arte grega se inspirou inteiramente na arte ocidental. Entre os pintores figurativos destacam-se Iannis Moralis e Nicos Kontopulos; e entre os abstratos, Alexos Kontopulos e Iannis Spyrapulos. Na escultura devem ser mencionados Vassilakis Takis e Alex Mylona.

Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos da Antiguidade em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V (Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.

Arte[editar | editar código-fonte]

A arte e a arquitetura das sociedades gregas desde o início da Idade do Ferro (século XI a.C.) até o final do século I a.C. Antes disso (Idade do Bronze), a arte grega do continente e das ilhas (excetuando-se Creta, onde havia uma tradição diferente chamada arte minoica) é conhecida como arte micênica, e a arte grega mais tardia, chamada helenística, é considerada integrante da cultura do Império Romano (arte romana).

Os gregos, inicialmente um conjunto de tribos relativamente autônomas que apresentavam fatores culturais comuns, como a língua e a religião, instalaram-se no Peloponeso nos inícios do primeiro milênio antes de Cristo, dando início a uma das mais influentes culturas da Antiguidade.

Após a fase orientalizante (de 1100 a 650 a.C.), cujas manifestações artísticas foram inspiradas pela cultura mesopotâmica, a arte grega conheceu um primeiro momento de maturidade durante o período arcaico, que se prolongou até 475 a.C. Marcado pela expansão geográfica, pelo desenvolvimento econômico e pelo incremento das relações internacionais, assistiu-se nesta altura à definição dos fundamentos estéticos e formais que caracterizarão as posteriores produções artísticas gregas.

Após as guerras com os Persas, a arte grega adquiriu maior independência em relação às outras culturas mediterrânicas e expandiu-se para todas as suas colônias da Ásia Menor, da Sicília e de Itália (conjunto de territórios conhecidos por Magna Grécia).

Protagonizado pela cidade de Atenas, sob o forte patrocínio de Péricles, o último período artístico da Grécia, conhecido por Fase Clássica, estendeu-se desde 475 a.C. até 323 a.C., ano em que o macedônico Alexandre Magno conquistou as cidades-estados do Peloponeso.

As manifestações artísticas gregas, que conheceram grande unidade ideológica e morfológica, encontraram os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de sentido racionalista que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência para o idealismo traduzido na adoção de cânones ou regras fixas (análogas às leis da natureza) que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as produções artísticas, desde a arquitetura à escultura.

Desporto/Esporte[editar | editar código-fonte]

A Chama Olímpica durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2004 no Estádio Olímpico de Atenas.

A Grécia, que recebeu as primeiras Olimpíadas modernas, tem uma longa tradição desportiva. A Seleção Grega de Futebol venceu o Euro 2004 disputado em Portugal contra a Seleção Portuguesa de Futebol no jogo final. O Campeonato grego de futebol é o maior campeonato de futebol profissional no país composto por 16 equipes. O clubes mais bem sucedido são o Olympiacos, Panathinaikos e AEK Atenas.

Como o local de nascimento do Jogos Olímpicos, a Grécia recebeu recentemente as Olimpíadas de 2004 e os primeiros Jogos Olímpicos modernos em 1896.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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