Pedro de Cristo
Pedro de Cristo | |
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Retrato de Pedro de Cristo | |
Informação geral | |
Nascimento | 1545-1550 |
Origem | Coimbra |
País | Reino de Portugal (atual Portugal) |
Data de morte | 12 de dezembro de 1618, em Coimbra |
Gênero(s) | Renascentista |
Ocupação(ões) | Compositor |
Pedro de Cristo (Coimbra, 1545/1550 - Coimbra, 12 de Dezembro de 1618) foi um compositor português do Renascimento. Ele é um dos mais importantes polifonistas portugueses dos séculos XVI e XVII.
Vida[editar | editar código-fonte]
Dom Pedro de Cristo nasceu em Coimbra (Portugal) em c.1550. Passou a maior parte de sua vida em Coimbra, no Mosteiro de Santa Cruz, onde tomou hábito em 1571[1] , embora tivesse estado também no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, pertencente à mesma congregação.
Mestre de capela do mosteiro, cargo de que foi titular a partir de 1597, Dom Pedro de Cristo foi ao mesmo tempo professor de música, cantor e tangedor de vários instrumentos, nomeadamente de tecla, harpa e flauta. Morreu em Coimbra, em 16 de dezembro de 1618.
Dom Pedro de Cristo - cujo nome secular era Domingos - pode ser considerado um dos maiores polifonistas do século XVI no domínio da música religiosa. É como compositor que tem o seu lugar na história, com a sua vasta obra vocal polifônica de 3 a 6 vozes, compreendida por inúmeros motetos, responsórios, salmos, missas, hinos, paixões, lamentações, versos aleluiáticos, cânticos e vilancicos espirituais.
Pouco conhecido, em virtude da sua obra não ter sido ainda publicada na quase totalidade, é possível, todavia, avaliar da qualidade e número de suas obras através do que foi publicado sobre ele por Ernesto Gonçalves de Pinho em Santa Cruz de Coimbra - Centro de Atividade musical dos séculos XVI e XVII com alguns dados biográficos inéditos e uma informção valiosa sobre as obras, ainda manuscritas deste frade crúzio.
Das 220 peças que compõe a totalidade destas espécies, apenas uma dúzia e meia foi publicada em notação musical atual. Elaboradas com simplicidade e elegância, inspiradas ou não na temática gregoriana, mantendo, por um lado, aquela técnica rigorosa herdada da maneira de compor quatrocentista de influência flamenga, conseguiu, por outro lado, libertar-se dos apertados esquemas de imitação nas linhas melódicas, de forma a produzir um contraponto de construção sóbria afastada dos grandes efeitos, mas que realça com clareza a palavra do texto sagrado.
As obras de Dom Pedro de Cristo conservam todo o elevado sentido espiritual da oração cantada dirigida a Deus, em que a profunda religiosidade e o simbolismo cristão de inspiração humanista se moldam na perfeição formal da polifonia do Renascimento.
Obra[editar | editar código-fonte]
Eis algumas das suas obras:
- Ave Maria à 8
- Ave maris stella
- Ay mi Dios
- Beata viscera Mariae
- Beate martir
- Dum complerentur dies Pentecostes
- Es nascido
- Hodie nobis
- In manus tuas
- Magnificat à 8
- O magnum mysterium
- Osanna filio David
- Quaeramus cum pastoribus
- Regina coeli
- Salva nos Domine
- Sanctissimi quinque martires
- Sanctorum meritis
- Tristis est anima mea
Referências
- ↑ PINHO, Ernesto Gonçalves de, "Santa Cruz de Coimbra - Centro de Actividade Musical nos Séculos XVI e XVII", Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1981
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
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