Malta

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Repubblika ta' Malta (maltês)
Republic of Malta (inglês)

República de Malta
Bandeira de Malta
Brasão de armas de Malta
Bandeira Brasão de armas
Hino nacional: L-Innu Malti
Gentílico: Maltês

Localização  Malta

Localização de Malta (em vermelho)
Localização na União Europeia (em branco)
Localização no continente europeu (em cinza)
Capital Valeta
Cidade mais populosa Birkirkara
Língua oficial maltês e inglês
Governo República parlamentarista
 - Presidente Marie Louise Coleiro Preca
 - Primeiro-ministro Joseph Muscat
Independência do Reino Unido 
 - Data 21 de setembro de 1964 
Entrada na UE 1º de maio de 2004
Área  
 - Total 316 km² (185.º)
 - Água (%) 0,001
População  
 - Estimativa de 2020 438 166[1] hab. (171.º)
 - Censo 2010 417 617[2] hab. 
 - Densidade 1 321,6 hab./km² (7.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 - Total US$ 9,3 bilhões (143.º)
 - Per capita US$ 23 200 (40.º)
IDH (2013) 0,829 (39.º) – muito elevado[3]
Moeda Euro (EUR)
Fuso horário CET (UTC+1)
 - Verão (DST) CEST (UTC+2)
Cód. Internet .mt
Cód. telef. +356

Malta, oficialmente República de Malta (em maltês: Repubblika ta' Malta [rɛˈpʊbb.lɪ.kɐ ˈtɐ ˈmɐl.tɐ]; em inglês: Republic of Malta [ɹɪˈpʌblɪk ɒv mɒltə] ( ouvir)), é um país desenvolvido no sul do continente europeu e consiste em um arquipélago situado no Mar Mediterrâneo, 93 km ao sul da ilha da Sicília (Itália) e 288 km a nordeste da Tunísia (África), 1 826 km a leste de Gibraltar e 1 510 quilômetros a oeste de Alexandria.[4]

Malta abrange uma área terrestre de 316 km², tornando-se um dos menores países da Europa, possuindo também a terceira maior densidade demográfica do continente.[5] [6] [7] Sua capital é Valeta e a maior cidade é Birkirkara. O Maltês é a língua nacional e o inglês é a língua cooficial.

Ao longo da história, a localização de Malta deu-lhe grande importância estratégica[8] e uma sucessão de potências, incluindo fenícios, romanos, árabes, normandos, aragoneses, a Espanha dos Habsburgos, os Cavaleiros de São João, franceses e britânicos governaram a ilha. Malta ganhou a sua indepedência do Reino Unido em 1964[9] e tornou-se uma república em 1974, mantendo associação na Commonwealth. É um membro das Nações Unidas (desde 1º de dezembro de 1964) e um membro da União Europeia desde 1º de maio de 2004. Malta é também parte do Acordo de Schengen (desde 2007)[10] e membro da Zona do Euro (desde 2008).

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A origem do termo "Malta" é incerta, e a variação moderna deriva do próprio maltês. A razão etimológica mais comum deriva da palavra grega μέλι (meli). Os gregos chamavam a de ilha Μελίτη (Melitē), que significa "mel doce", possivelmente devido à produção exclusiva de mel em Malta, por uma espécie endêmica de abelha que vive na ilha, dando-lhe o apelido popular de "terra de mel".[11] Os romanos passaram a chamar a ilha Melita. Outra etimologia é que a palavra venha do fenício Maleth, que significa "paraíso",[12] em referência a muitas baías enseadas em Malta.

História[editar | editar código-fonte]

Templo neolítico de Mnajdra.

Malta está habitada desde cerca de 5200 a.C., durante o Neolítico (Ġgantija, Mnajdra). Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 a.C. Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que batizaram a ilha principal de Malat, o que significa refúgio seguro. Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 a.C., desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Cíclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do sul da Itália.

Por volta do ano 1000 a.C., as ilhas eram uma colônia fenícia. Em 736 a.C., foram ocupadas pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 a.C.) e depois dos romanos (218 a.C.), quando recebeu o nome Melita. Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje.

Com a divisão do Império Romano em 395 d.C., a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A influência árabe pode ser encontrada na moderna língua maltesa, uma língua fortemente romantizada que originalmente deriva do árabe vernacular.

Em 1090, o conde Rogério (ou Roger) da Sicília conquistou Malta e submeteu-a às suas leis até ao século XVI. Foi nesta época que foi criada a nobreza maltesa. Esta ainda permanece hoje em dia, e há 32 títulos que ainda são usados, sendo o mais antigo: Barões de Djar il Bniet e Buqana. Após a conquista pelos normandos da Sicília, Malta voltou a ser cristã. Depois de ser anexada ao reino da Sicília, Malta foi recuperada por forças muçulmanas. Em 1245, Federico II de Hohenstaufen expulsou os árabes e em 1266 as ilhas, junto com a Sicília, passaram ao domínio de Carlos I de Anjou, que as cedeu em 1283 a Pedro III de Aragão.

Caindo em mãos dos reinos espanhóis de Aragão e Castela, foi submetida então à Espanha. Em 1518, sob o império de Carlos V, foi concedida aos cavaleiros de Rodes.

Em 1530, as ilhas foram cedidas pela Espanha à Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém - uma ordem religiosa e militar pertencente à Igreja Católica -, que tinham sido expulsos de Rodes pelo Império Otomano. Esta ordem monástica militante, hoje conhecida como "Ordem de Malta", foi sitiada pelos turcos otomanos em 1565, após o que acrescentaram as fortificações, especialmente na nova cidade de Valetta. Os Cavaleiros de São João de Jerusalém governaram as ilhas até o século XIX.

Em 1798, Napoleão Bonaparte invadiu e tomou Malta. A Grã-Bretanha retomou seu controle em 1800, a partir da rendição do comandante francês, general Claude-Henri Belgrand de Vaubois. Dentre os interventores que contribuíram para o domínio britânico destaca-se Sir Alexander Ball, que veio a se tornar o primeiro governador inglês de Malta.

Em 1814, como parte do Tratado de Paris, Malta tornou-se oficialmente parte do Império Britânico como colônia e passou a ser usada como porto de escala e quartel-general da frota até meados da década de 1930. Malta desempenhou um papel importante durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua proximidade às linhas de navegação do Eixo e a coragem do seu povo, que resistiu ao assédio de alemães e italianos durante o cerco do arquipélago, levou à atribuição da George Cross, que hoje pode ser vista na bandeira do país.

O arquipélago passou a ser autonomamente governado em 1947. Em 1955 Dom Mintoff (Dominic Mintoff), líder do Partido Trabalhista de Malta (PTM), tornou-se no primeiro-ministro. Em 1956 o PTM propôs uma nova integração no Reino Unido, proposta que viria a ser aceite em referendo, mas com a oposição do Partido Conservador, liderado por Giorgio Borg Olivier. Em 1959 revogaram a autonomia, mas voltaram a restaurá-la em 1962. Em 21 de setembro de 1964, Malta se tornou totalmente independente e se converteu em membro das Nações Unidas. A altura, se tornou membro da Commonwealth e celebrou uma aliança com o Reino Unido de ajuda económica e militar. Segundo a constituição de 1964, Malta manteve como soberana a rainha Elizabeth II, e um governador-geral exercia autoridade executiva em seu nome.

De 1964 a 1971 Malta foi governada pelo Partido Nacionalista. Adotou, em 13 de dezembro de 1974, o regime republicano dentro da Commonwealth, com o presidente como chefe de estado.

Embora Malta seja inteiramente independente desde 1964, os serviços britânicos permaneceram no país e mantiveram um controle total sobre os portos, aeroporto, correios, rádio e televisão. Em 1979, Malta rompeu a aliança com o Reino Unido e os britânicos evacuaram sua base militar, pondo fim a 179 anos de presença na ilha. Isso aconteceu depois de o governo britânico se ter recusado a pagar uma renda mais elevada, o que era pretendido pelo governo maltês do tempo (trabalhista), para permitir que as forças britânicas permanecessem no país. O primeiro-ministro era, então, Dominic Mintoff.Pela primeira vez em sua história Malta ficou nesse momento livre de bases militares estrangeiras. Este acontecimento é hoje celebrado como o Dia da Liberdade.

Em 1971, o Partido Trabalhista regressou ao Poder, mas com uma maioria reduzida sendo Dominic Mintoff o primeiro-ministro. Desenvolveu uma política de amizade com a China e com a Líbia. A década de 1970 caracterizou-se pelo enfraquecimento das relações com o Ocidente e pela aproximação com os regimes comunistas. Em 1984 Mintoff retirou-se e foi substituído por Mifsud Bonnici, novo líder do seu partido. A política de aproximação com os regimes comunistas sofreu mudança substancial em 1985, com o estabelecimento de um acordo com a Comunidade Econômica Europeia.

Em 1987, o Partido Nacionalista, mais voltado para o Ocidente e com uma política de aproximação à União Europeia, venceu as eleições para a Câmara de Representantes, pondo fim a 16 anos de domínio do Partido Trabalhista. Edward Fenech Adami foi eleito primeiro-ministro. Em Dezembro de 1989, Malta foi o local escolhido para um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, George H. W. Bush, e o presidente da ex-União Soviética, Mikhail Gorbachev. Em Outubro de 1990, o país solicitou formalmente a adesão à União Europeia. Nas eleições de 1992, os nacionalistas derrotaram novamente seus opositores. A política governamental continuou a ser de liberalização, e foram realizadas diversas reformas de ordem económica, com vistas a tornar o país um membro da União Europeia. Divergências de fundo entre o Partido Nacionalista, no poder desde 1987, e o Partido Trabalhista quanto à adesão de Malta à União Europeia conduzem a eleições antecipadas em 1996, o Partido Trabalhista de Alfred Sant ganhou as eleições. Após entrar em funções o novo governo anuncia que Malta deixava de ser candidata à adesão. Em 1998 ocorrem novas eleições em que o Partido Nacionalista e o seu líder Edward Fenech Adami obtém uma grande vitória e retomam o caminho europeu, que culminaram com a entrada de Malta no dia 1 de maio de 2004 na União Europeia.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Malta é um arquipélago no mar Mediterrâneo central (em sua bacia oriental), com 93 quilômetros (58 milhas) a sul da ilha italiana da Sicília através do Canal de Malta. Apenas as três maiores ilhas (Malta, Gozo e Comino) são habitadas. As ilhas menores são desabitadas. As ilhas do arquipélago foram formadas de pontos altos de uma ponte terrestre entre a Sicília e que se tornou isolada quando o nível do mar subiu após a última era glacial.[13] O arquipélago situa-se na borda da Placa da África, onde se reúne a Placa Euroasiática.[14]

Paisagem maltesa.

Inúmeras baías ao longo da costa maltesa oferecem bons portos. A paisagem é constituída por baixas colinas com campos. O ponto mais alto em Malta é o Ta'Dmejrek, com 253 metros de altitude (830 pés), perto de Dingli. Embora existam alguns rios pequenos de elevada pluviosidade, não há rios permanentes ou lagos no país. No entanto, alguns cursos de água têm água doce durante o ano inteiro, como Baħrija, l-Imtaħleb e San Martin e no vale do Lunzjata em Gozo.

Fitogeograficamente, Malta pertence à província Liguro-Tirreno, região do Mediterrâneo no Unido Boreal. De acordo com o WWF, o território de Malta pertencente às ecorregiões de florestas do Mediterrâneo, como Spring e Drymodes".[15] O sul maltês não é o ponto mais meridional da Europa. Essa distinção pertence à ilha grega de Gavdos, ao sul do país.

O arquipélago maltês[editar | editar código-fonte]

As ilhas menores que fazem parte do arquipélago são desabitadas e incluem:

  • Barbaganni Rock;
  • Cominotto, (Kemmunett);
  • Delmarva Island;
  • Filfla;
  • Fessej Rock;
  • Rocha Fungus, (Il-Ġebla tal-Ġeneral);
  • Għallis Rock;
  • Halfa Rock;
  • Large Blue Lagoon Rocks;
Blue Lagoon Bay entre as ilhas de Comino e Cominotto.
  • Ilha de São Paulo/Ilha Selmunett;
  • Gżira/
  • Mistra Rocks;
  • Tac-Cawl Rock;
  • Qawra Point/Ta` Fraben Island;
  • Small Blue Lagoon Rocks;
  • Sala Rock;
  • Xrobb l-Għaġin Rock;
  • Ta'taht il-Mazz Rock;

Demografia[editar | editar código-fonte]

Evolução da população do país entre 1961 e 2003.

A população de Malta está estimada em 419 285 habitantes (estimativa de 2008) onde 94% de seus habitantes residem nas áreas urbanas. Etnicamente, 95% são naturais de Malta e os restantes são ingleses ou descendentes de italianos, além de alguns italianos e espanhóis. Malta é um dos países com maior densidade populacional do mundo, e o maior dentre os países da União Europeia, com cerca de 1 265 habitantes por quilómetro quadrado. As línguas oficiais são o inglês e o maltês.

Os malteses são, em sua maioria, católicos. A influência da Igreja Católica é forte. É um dos vários países no mundo que não permitem o aborto.

São Jorge Preca, presbítero maltês, foi o fundador da Sociedade da Doutrina Cristã, para o apostolado catequético, beatificado em 9 de maio de 2001 por João Paulo II (papa daquela época) e canonizado por Bento XVI na Praça de São Pedro.

Línguas[editar | editar código-fonte]

Suas línguas oficiais são o maltês e o inglês, mas dois terços de sua população são capazes de entender o italiano, que foi o idioma oficial e cultural do país até 1934, quando tinha uma influência no passado, mas diminuiu devido à influência britânica. Sua política oficial ainda adversa o italiano. Desde os anos 60, Malta recebe por satélite o sinal de várias emissoras de televisão e rádios italianas, onde a língua trouxe consigo um "reaparecimento". Os festivais locais, similares aos do sul da Itália, são comuns, celebrando festas, batismos e dias homenageando santos.

Religião[editar | editar código-fonte]

Malta tem um longo legado cristão. De acordo com os Atos dos Apóstolos, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes.[16] O catolicismo continua a ser a religião oficial, como também a dominante no país.[17] [18] Malta é conhecida por seu patrimônio mundial, mais proeminente dos templos megalíticos muitos antigos.[19] [20] [21]

O santo padroeiro da ilha é, além de São Paulo, São Jorge Preca, conhecido localmente como "Segundo Apóstolo de Malta"[22] .

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Corte de Malta.

O sistema unicameral está representado em uma Câmara de Representantes, conhecido como "Kamra tar-Rappreżentanti" em maltês, eleita por um sufrágio universal direto mediante voto simples a cada cinco anos, a menos que a câmara seja dissolvida pelo presidente em consulta com o primeiro-ministro. A câmara possui 65 representantes. Quando um partido obtém a maioria absoluta de cadeiras, mas não de membros, pode-se obter o que lhe falta a uma maioria parlamentar.

A câmara de representantes elege o presidente do país a cada cinco anos.

Os principais partidos políticos são o Partido Nacionalista de Malta e o Partido Trabalhista de Malta, este último social-democrata. Há um "partido verde" (Alternattiva Demokratika) e um de extrema direita (Imperium Europa), que praticamente não existe. O atual governista do partido trabalhista é o primeiro-ministro do país, Joseph Muscat.

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Malta está subdividida desde 1993 em 68 conselhos locais ou localidades. Esta é a forma mais básica de divisão administrativa, não existindo níveis intermédios entre o nível nacional e os conselhos locais. A seguinte lista está dividida por ilha:

Economia[editar | editar código-fonte]

Zona industrial de Valeta.

Malta produz apenas 20% das reservas alimentares que consome, tem recursos de água potável limitados e nenhuma fonte de energia doméstica. É uma economia de dependência externa e de importações, sendo que a manufatura eletrônica e têxtil,além do turismo são as suas principais fontes de rendimento.

A economia maltesa é baseada na indústria, no comércio e nos serviços financeiros que melhoram significativamente a economia do país. Malta tem grandes recursos tecnológicos. Assim, por estar localizada entre África e Europa, possui comércio de alto nível, com joalherias, bancos e restaurantes. As principais indústrias de Malta são a alimentícia, a eletrônica, a naval, a calçadista, a têxtil e a pesqueira, além de haver serviços financeiros na capital e nas principais cidades.

A moeda oficial era a lira maltesa, até dezembro de 2007. O euro foi adotado como moeda oficial do país em 1 de janeiro de 2008. Estima-se que o Euro fará com que a economia maltesa cresça 12% ao ano, superando as taxas de crescimento da China, Coreia do Sul e Índia, além disso, o governo tenta liberar a exploração e o refino do petróleo. Devido ao seu limitado tamanho (316 km²) o país não tem espaço suficiente para a agricultura, sendo obrigado a importar vários produtos agrícolas. A previsão é de que a economia maltesa cresça 7,8% em 2007.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Forte de Santo Elmo, Malta: recriação histórica com uniformes do século XVI dos Cavaleiros de Malta (2005).

A cultura maltesa reflete as influências variadas das várias culturas que a dominaram até 1964, particularmente na Itália e no Reino Unido. Os costumes, lendas e folclores malteses são estudadas e categorizadas lentamente, como qualquer outra tradição europeia.

Na catedral de São João, construída em 1577, pode-se apreciar a tela A Decapitação de São João, de Caravaggio, que viveu alguns meses na ilha, mas foi expulso sob acusação de homicídio.

Na sede do Governo, localizado no antigo Palácio do Grão-Mestre do Armoria, podem-se apreciar mais de 5 mil quadros da Ordem Soberana e Militar de Malta. Em Valeta, a capital do país, localiza-se o Museu de Belas Artes, o Museu de Arqueologia, o Forte de Santo Elmo e Museu da Inquisição.

O Museu Marítimo e o Museu do Grande Sítio de 1565 revelam o passado turbulento das pequenas ilhas. O Museu Nacional da Guerra e do Refúgio, da Segunda Guerra Mundial apresenta as informações presentes em conflitos mais recentes.

As discotecas, restaurantes e clubes noturnos na cidade de St. Julian's estão abertas até as altas horas da madrugada.

Em Gozo, podem-se apreciar a maioria dos templos pré-históricos em Malta, considerados como patrimônios mundiais pela UNESCO.

Literatura[editar | editar código-fonte]

Calcula-se que a literatura maltesa tenha quase dois séculos de idade. Por um longo período, a literatura maltesa referiu-se à tradição literária, atingindo o seu apogeu com os trabalhos do sacerdote Dun Karm Psaila, um artista com um grande domínio de sua arte, que mais tarde foi declarado um poeta nacional.

Escritores como Ruzar Briffa e Karmenu Vassallo trataram, durante o século XX, a buscar novas alternativas para a rigidez temática e formal da versificação, mas apenas até os anos 60 a literatura maltesa sofreu sua transformação mais radical em todos os gêneros.

A ansiedade, crise identidária, protestos, rebeliões e o engajamento social marcaram o período literário e dramático. Alguns poetas pendentes do século passado foram Mario Azzopardi, Victor Fenech, Oliver Friggieri, Joe Friggieri, Carlos Flores, Maria Ganado, Lillian Sciberras e Akill Mizzi.

Na prosa destacam-se Frans Sammut e Joe Camilleri e entre os dramaturgos destacam-se Francis Ebejer, Alfred Sant e Oreste Calleja.

Os escritores da nova geração consolidaram-se na busca de seus antecessores. Guze'Stagno, Karl Schembri e Clare Azzopardi rapidamente impuseram seu nome no campo literário.

Entre os poetas contemporâneos incluem-se Adrian Grima, Immanuel Mifsud, Norbet Bugeja e Simone Inguanez.

Atividades acadêmicas[editar | editar código-fonte]

No campo acadêmico sobressaem os professores Peter Serracino Inglott, e Charles Briffa, da Universidade de Malta. o mesmo com o poeta Oliver Friggieri, que introduziu a perspectiva histórica e psicossocial e implicações filosóficas de um poder opressivo.

Por sua parte, o professor e escritor Edward de Bono é conhecido por cunhar o termo pensamento lateral.

As atividades culturais maltesas vão desde a aprendizagem mais pura do aramaico antigo até as classes de física mundialmente reconhecidas pelo professor Sr. Suarez.

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

A cozinha maltesa é nascida da relação de longo prazo entre malteses e espanhóis que têm governado o arquipélago. A fusão de sabores deu à cozinha de Malta um sabor distinto dentro da cozinha mediterrânica. Embora tenha muitos pratos originais, muitas receitas também têm uma forte influência da culinária italiana (especialmente da Sicília) e turca. Alguns pratos tipicamete malteses são o biz-fiir zejt, gbejniet, pastizzi e Ross il-Forn.

Desportos[editar | editar código-fonte]

Na década de 1990, os esportes em Malta renasceram graças à construção de várias instalações atléticas, incluindo um estádio nacional e uma arena multiuso em Ta' Qali, assim como uma pista adequada para a prática de tiro com arco, rugby e beisebol. Em competições internacionais, quando Malta não participa, os locais costumam torcer para equipes britânicas e italianas.

Em 1993 e 2003, Malta organizou os Jogos dos Pequenos Estados da Europa.

Ver também[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Malta

Referências

  1. Eurostat – Tables, Graphs and Maps Interface (TGM) tableEurostat, 2014
  2. Malta in Figures – National Statistics Office, Malta, 2011 ISBN 978-99957-29-23-3
  3. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): Human Development Report 2014 (em inglês) (24 de julho de 2014). Visitado em 2 de agosto de 2014.
  4. [1]
  5. European Microstates hotels, youth hostels, nightlife. European Microstates culture, tourist attractions, souvenirs. European Microstates travel tips, flights Traveltips24.com (22 de dezembro de 2008). Visitado em 31 de março de 2009.
  6. IngentaConnect Career guidance in Malta: A Mediterranean microstate in transitio Ingentaconnect.com (16 de junho de 2006). Visitado em 31 de março de 2009.
  7. The Microstate Environmental World Cup: Malta vs. San Marino Environmentalgraffiti.com (15 de dezembro de 2007). Visitado em 31 de março de 2009.
  8. Situation A History of Malta (6 de fevereiro de 2008).
  9. Malta gains Independence / 21st September 1964 (em inglês). Visitado em 28 de março de 2011.
  10. European Commission. Europe and you in 2007, Passport-free travel extended. Visitado em 21 de dezembro de 2007.
  11. Controversy over unique Maltese bee population Malta Today (6 de fevereiro de 2008).
  12. Pickles, Tim. Malta 1565: Last Battle of the Crusades Osprey Publishing.
  13. Island Landscape Dynamics: Examples from the Mediterranean.
  14. Commission for the Geological Map of the World. Geodynamic Map of the Mediterranean.
  15. Mediterranean Forests, Woodlands and Scrub - A Global Ecoregion Panda.org.
  16. http://www.doi.gov.mt/EN/islands/dates.asp
  17. Central Intelligence Agency (CIA). Malta The World Factbook. Visitado em 6 setembro de 2006.
  18. Catholic hierarchy.org, Adherents.com
  19. The Prehistoric Archaeology of the Temples of Malta Bradshawfoundation.com. Visitado em 31 de março de 2009.
  20. Malta Temples and The OTS Foundation Otsf.org. Visitado em 31 de março de 2009.
  21. David Trump et al., Malta Before History (2004: Miranda Publishers)
  22. "Gorg Preca is officially Malta's first Catholic Saint", MaltaStar, 23 de fevereiro de 2007. Página visitada em 2007-04-09.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bandeira de Malta Malta
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