Conflito no Líbano (2011–presente)
Conflito no Líbano | ||||||||
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Parte da(o) Guerra Civil Síria | ||||||||
Situação militar atual
Controlado pelo governo libanês
Controlado pelo Hezbollah
Controlado pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL)
Controlado pela al-Nusra e militantes sunitas
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Combatentes | ||||||||
Militantes anti-governo sírio: Frente al-Nusra Estado Islâmico do Iraque e do Levante |
Militantes pró-governo sírio: ADP[5] |
Governo do Líbano:
Apoiados por: |
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Principais líderes | ||||||||
Ahmed Al-Assir Islam al-Shahal Majed al-Majed † Ziad Alloukeh |
Rifaat Eid Osama Saad Fayez Shukr Assaad Hardan Hassan Nasrallah Hassan al-Laqqis † | Jean Kahwaji Ashraf Rifi | ||||||
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O Conflito no Líbano foi renovado na sequência do conflito entre opositores e partidários do governo sírio.
Os combates da guerra civil síria se alastraram ao Líbano uma vez que opositores e partidários libaneses do governo sírio se deslocam para a Síria para lutar e atacar uns aos outros em solo libanês. O conflito sírio tem sido descrito como tendo alimentado um "ressurgimento da violência sectária no Líbano", [10] com muçulmanos sunitas do Líbano apoiando principalmente os rebeldes na Síria, enquanto os xiitas em grande parte apoiando Assad, cuja minoria alauíta é geralmente descrita como um ramificação do islamismo xiita.[11] O conflito resultou no alastramento de distúrbios violentos, assassinatos e sequestros de cidadãos estrangeiros em todo o Líbano.
Os islamistas no norte do Líbano organizaram sit-ins e bloquearam estradas para protestar contra a prisão de um islamita libanês vinculado à revolta síria. O conflito escalou de anteriores confrontos sectários entre alauítas pró-Síria e militantes sunitas anti-sírios em Trípoli em junho de 2011 e fevereiro de 2012. Os sit-ins também foram realizados no sul do Líbano por salafistas anti-Hezbollah, o que acentuou ainda mais as tensões. Em maio de 2012, o conflito se espalhou para Beirute, embora as Forças Armadas Libanesas fossem implantadas no norte do Líbano e Beirute. Desde de maio de 2012, dezenas de pessoas morreram e mais centenas foram feridas em confrontos. Em agosto de 2012 ocorre uma nova escalada do conflito, com um confronto sectário irrompendo em Trípoli, mas também entre os sunitas simpatizantes e opositores ao governo sírio. Os militantes sunitas e xiitas se enfrentam em Sídon em novembro.
Desde a eclosão da Guerra Civil Síria em março de 2011, um efeito de alastramento foi antecipado no Líbano. O governo é dominado pela Aliança 8 de Março, que é considerada como sendo solidária a Bashar al-Assad.[12]
No ano de 2013, com a intensificação no conflito na Síria, houve um considerável aumento na violência sectária no Líbano entre salafistas e sunitas, que apoiam os rebeldes sírios, e xiitas que apoiam o governo de Bashar al-Assad e o envolvimento do Hezbollah na guerra civil do país vizinho.[13] Em cidades como Trípoli, Saida, Akkar, Arsal e Beirute, foram registrados enfrentamentos entre manifestantes de variadas etnias, com o exército libanês tentando garantir a ordem. Estes confrontos já causaram a morte de dezenas de pessoas, segundo autoridades e ativistas locais.[14] Foi reportado também que rebeldes da oposição síria estariam usando o Líbano como refúgio e rota de contrabando de armas, além de vários voluntários libaneses sunitas também estarem ajudando os rebeldes. Com uma maior participação do Hezbollah no conflito, militantes sírios anti-Assad lançaram algumas incursões e também ataques contra alvos na fronteira libanesa sobre cidades onde a maioria da população fosse notavelmente formada de simpatizantes do governo sírio ou do próprio Hezbollah.[15] O regime Assad retaliou várias vezes e, a fim de enfraquecer os militantes da oposição de seu país na região, conduziu bombardeios contra a fronteira libanesa, utilizando aeronaves, artilharia e foguetes.[16] [17] No dia 19 de novembro de 2013, o grupo ligado a Al Qaeda denominado Brigadas Abdullah Azzam atacou a embaixada iraniana no Líbano, deixando 22 pessoas mortas até o momento.[18] Estima-se que cerca de 20% da população libanesa é de refugiados sírios.[19] Em 30 de dezembro, o exército libanês atirou pela primeira vez em helicópteros sírios.[20]
Referências
- ↑ a b c Saudis give $1bn to Lebanon amid fighting - Middle East Al Jazeera English.
- ↑ Machnouk discusses security cooperation in Russia The Daily Star (20 September 2014).
- ↑ The British watchtowers beating back jihadists The Telegraph (30 November 2014).
- ↑ Islamic State crisis: UK gives £20m to keep Lebanon safe BBC (1 December 2014).
- ↑ Tripoli Clashes Intensify as Eid Declares All-Out Battle and Kabbara Demands His Arrest Naharnet.com (21 May 2013).
- ↑ Clashes resume in Tripoli, several wounded Al Akhbar (16 May 2012). Visitado em 20 de Outubro de 2012.
- ↑ Hezbollah Increases Support for Syrian Regime, U.S. and Lebanese Officials Say (Beirut)
- ↑ Syrian air strikes kill three near Lebanese border - reuters
- ↑ Hezbollah says gets support, not orders, from Iran Reuters (7 February 2012).
- ↑ Holmes, Oliver. "Bombs kill 42 outside mosques in Lebanon's Tripoli", Reuters, 23 August 2013.
- ↑ Bassam, Laila. "Car bomb kills 20 in Hezbollah's Beirut stronghold", Reuters, 15 August 2013.
- ↑ Death toll in Lebanon’s Tripoli rises amid sectarian clashes NOW lebanon, 14 de Maio de 2012
- ↑ Two Soldiers Killed as Army Seeks to Contain Tripoli Clashes
- ↑ Army Deploys in Some Tripoli Flashpoints, Fighting Frontiers Leaders Still Reluctant
- ↑ Hezbollah sends new fighters to bloody Syria battle
- ↑ Rockets in Lebanon signal Syrian conflict spillover
- ↑ Lebanon warns Syria over helicopter raid Al Jazira. Visitado em 15 de junho de 2013.
- ↑ Lebanon blasts hit Iran's embassy in Beirut BBC. Visitado em 19 de setembro de 2013.
- ↑ UN: Syrian refugees will constitute about 20% of Lebanese population Al Sumaria. Visitado em 19 de dezembro de 2013.
- ↑ Lebanon says army fired on Syrian helicopters Al Jazeera. Visitado em 31 de dezembro de 2013.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- RTP: Conflito da Síria estendeu-se ao Líbano
- Gazeta Online: Guerra síria se espalha ao Líbano: 8 mortos e 75 feridos
AFONOX dos gatasso em Malanje