Marxismo ocidental

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Marxismo ocidental um conjunto de análises marxistas produzidas por autores, primeira e especialmente europeus (mas não somente), críticos do marxismo produzido na antiga União Soviética e nos países, então socialistas, do leste europeu. A expressão aparece pela primeira vez no livro de Maurice Merleau-Ponty, Les Aventures de la Dialectique (As Aventuras da Dialética), publicado em 1955 [1] . Segundo Merleau-Ponty, essa variante do marxismo começa com a publicação do livro Geschichte und Klassbewusstsein (História e Consciência de Classe), escrito por Georg Lukács[2] , e Marxismus und Philosophie (Marxismo e Filosofia), escrito por Karl Korsch[3] , ambos publicados em 1923.

História[editar | editar código-fonte]

A partir dos anos 1920 alguns intelectuais marxistas introduziram novas maneira de pensar e refletir acerca do conceito central da filosofia marxista - a luta de classes -, que, para Marx, é o motor das mudanças sociais e econômicas através da história.

A análise marxista ortodoxa tinha como eixo o conceito de modo de produção, que se constitui, atinge seu ápice e, posteriormente, sua decadência, para ser substituído por outro que atenda às novas necessidades sociais e econômicas. Já os marxistas do ocidente consideravam outros elementos, tais como a cultura e a filosofia política, para identificar essas mudanças que as sociedades sofrem com o passar do tempo, e comprovar que não somente se davam através da substituição de um modo de produção obsoleto. Acreditavam que atrelar essas mudanças tão somente ao fator econômico, sem a análise de fatores externos diversos, aproximava demais essa teoria do positivismo.

Armados de suas novas teorias, esses pensadores observavam a evolução do comportamento social com base no homem, um ser mutante social, dotado de razão que transforma seu meio por inúmeras influências e necessidades. O princípio está no entendimento dos diversos níveis da sociedade e no homem como ser transformador. A Escola de Frankfurt fez parte desse movimento europeu de renovação do pensamento marxista, que foi chamado, Marxismo Ocidental. As novas teorias destes intelectuais não agradaram os partidos comunistas, que reagiram de maneira severa.

Nos anos 1960 nasce em Londres a revista política New Left Review, formada basicamente por historiadores e cientistas sociais. A revista dedicou-se à divulgação dessas novas idéias de diferentes escolas marxistas e circula até hoje, difundindo novas reflexões acerca de mudanças sociais de um modo geral. Seus principais representantes são: Christopher Hill, Eric Hobsbawm, Perry Anderson e E. P. Thompson. A NLR atravessou o Atlântico e influenciou historiadores e intelectuais que fizeram uma nova análise da historiografia americana. A nova esquerda conciliou a teoria do Marxismo Ocidental e a teoria crítica com a renovação historiográfica dos anos 1960, dando origem a uma nova reflexão sobre tempo, memória e história e criando uma nova visão dos fatos históricos.

Marxistas ocidentais[editar | editar código-fonte]

Em ordem cronológica, considerando o período em que cada pensador produziu suas principais obras:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Autores influenciados pelo marxismo ocidental no Brasil e em Portugal[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. MERLEAU-PONTY, Maurice. As Aventuras da Dialética. São Paulo: Martins Fontes.2006. (ISBN 8533622465)
  2. LUKÁCS, Georg. História e Consciência de Classe. São Paulo: Martins Fontes. (ISBN 8533619251)
  3. KORSCH, Karl. Marxismo e Filosofia. Rio de Janeiro:UFRJ.2008. (ISBN 9788571083295)
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