China (civilização)

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Civilização Sínica
China map.png
Territórios administrados atualmente pelos dois Estados que formalmente usam o nome "China":
  República Popular da China (conhecida como "China")
  República da China (conhecida como "Taiwan")
Mapa China.svg
Civilização chinesa e regiões ligadas.
Língua dominante Mandarim
Estado-núcleo China
Calendário 4706, ano do javali
Religião Confucionismo, Taoísmo, Budismo
Dias importantes Chun Jie (Ano Novo), Chun Long Jie, Yuan Xiao, Qing Ming, Duan Wu Jie, Qi Xi, Zhong Qiu, Makkha Buchaa
Locais de destaque Xian, Chengdun, Tibete, Nanquim, Luoyang, Pequim, Muralha da China, Himalaia, A Cidade Proibida

China (中國 em chinês tradicional, 中国 em chinês simplificado, Zhōngguó; no sistema pinyin e Chung-kuo no sistema Wade-Giles[1] ), Civilização Chinesa ou Civilização Sínica é uma região cultural, uma antiga civilização e, dependendo da perspetiva, uma entidade nacional ou multinacional, situada na maior parte do leste asiático. É uma das grande oito civilizações contemporâneas e uma das mais antigas ainda existentes. Sua principal base é confuciana mas o taoísmo e o budismo também possuem papeis relativamente importantes na formação de uma identidade cultural.

A última Guerra Civil Chinesa (cujo maior combate terminou em 1949) resultou na formação de duas entidades políticas que usam o nome China:

A palavra China costuma referir-se a regiões que, em termos mais específicos não fazem parte dela, como é o caso da Manchúria, da Mongólia Interior, o Tibete e Xinjiang (ver mapa das divisões da China). Nos meios de comunicação ocidentais, "China" refere-se, normalmente, à "República Popular da China', enquanto que "Taiwan" se refere à "República da China". Muitas vezes, em termos informais, especialmente entre chineses e ingleses (no contexto do mundo dos negócios), "a Grande região da China" (大中华地區) refere-se ao sentido mais lato, tal como foi apresentado no parágrafo anterior.

Na sua história, as capitais da China situavam-se, essencialmente, no leste. As quatro capitais mais citadas são Nanquim (Nanjing), Pequim (Beijing), Xian, e Luoyang. As línguas oficiais foram mudando ao longo da sua extensa história, (incluindo línguas entretanto desaparecidas), incluindo o mongol, o manchu e os vários dialetos do chinês, entre os quais o mandarim (em chinês Hanyu, pronunciado haN ü, ou seja, /h/ como hat, em inglês, e /ü/ como o som do "u" francês) e o cantonês.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

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A palavra portuguesa "China", bem como o prefixo associado, "sino-", derivam, provavelmente, de “Qin” (pronúncia /t͡ɕʰiŋ˧˥/, onde o "q" é pronunciado como um alveopalatal, como o "ch" na palavra inglesa chest). Há quem defenda, no entanto, que China derive da palavra chinesa para chá (igual à palavra em português que, aliás, tem a sua origem etimológica no próprio mandarim) ou, mesmo, de "seda". Qualquer que seja, contudo, a origem da palavra "China" (que é uma palavra europeia, não existindo em qualquer das línguas sino-tibetanas) foi-se perdendo à medida que era filtrada pelos vários povos atravessados pela Rota da Seda, que fazia a primeira ligação histórica estável entre esta região asiática e a Europa.

História[editar | editar código-fonte]

A torre do canto da Cidade Proibida durante a noite, o palácio serviu de residência para a família imperial desde o reinado do Imperador Yongle da Dinastia Ming, no século XV, até a queda da Dinastia Qing, em 1912.

A República Popular da China situa-se na parte leste da Ásia. A China, quarto maior país do mundo depois da Rússia, dos Estados Unidos e do Canadá, é limitada a norte pela Mongólia e Rússia, a leste pelo Oceano Pacífico, Coreia do Sul e Mar da China; ao sul pelo mar da China do Sul, a sul pelo Vietnã, Laos, Birmânia, Índia, Butão, Nepal e Paquistão; a oeste pelo Cazaquistão; Quirguistão e Afeganistão.

Um terço da China é plana ou desertificada. A sua parte ocidental é formada por planícies férteis e deltas. Há ilhas, sendo que a maior delas, e menor província, é Hainan, na costa setentrional. Os rios principais são: Vermelho, Amery e Wuca.

A indústria é a base da economia. Os chineses plantam feijão, mandioca, cevada, painço, algodão, chá e tabaco. Há também grandes reservas de prata, ferro, cobre, ouro e outros minerais.

A história da China tem mais de dez mil anos. Ela teve uma das civilizações mais antigas do mundo e, durante a Idade Média, a ciência e as artes chinesas eram as mais avançadas dentre as asiáticas. Os chineses inventaram o papel, a impressão, a pólvora, e tinham grande talento para a música, carpintaria, teatro e cerâmica. Depois, sua grandeza cresceu mais ainda, e por muitos anos viveu na riqueza, as revoluções e as guerras. Até hoje é bastante desenvolvida.

Geografia[editar | editar código-fonte]

A China contém uma larga variedade de paisagens, sobretudo planaltos e montanhas a oeste e terras de menor altitude a leste. Como resultado, os rios principais correm de oeste para leste (Chang Jiang, o Huang He (do oriente-central), o Amur (do nordeste), etc), e, por vezes, em direção ao sul (rio das Pérolas, rio Mekong, rio Brahmaputra, etc.). Todos estes rios desaguam no oceano Pacífico. Tem uma área de 9 572 909 km².

No leste, ao longo da costa do Mar Amarelo e do Mar da China Oriental, encontramos uma extensa e densamente povoada planície aluvial. A Costa do Mar da China do Sul é mais montanhosa. O relevo da China meridional caracteriza-se por serras e cordilheiras não muito altas.

A oeste, há outra grande planície aluvial, a do norte. No sul ocidental, encontramos uma meseta calcária atravessada por cordilheiras montanhosas de altitude moderada onde, nos Himalaias, se situa o seu ponto mais elevado (monte Everest). O sudoeste é ainda caracterizado por altos planaltos cercados pela paisagem árida de alguns desertos, como o Takla-Makan e o deserto de Gobi, que está em expansão. Devido à seca prolongada e, provavelmente devido a práticas de uma agricultura empobrecedora dos solos, as tempestades de poeira tornaram-se comuns durante a primavera chinesa.

Durante muitas dinastias, a fronteira sudoeste da China foi delineada pelas altas montanhas de vales escavados de Yunnan, que, hoje, separam a China da Birmânia, Laos e Vietname.

Clima[editar | editar código-fonte]

Devido às suas grandes dimensões territoriais, a China apresenta diversos conjuntos climáticos. Porém destacam-se na definição geoclimática do país quatro climas: De Montanha: a sudoeste, ocasionado pela cordilheira do Himalaia; Continental Árido: na região central e abrangendo a maior parte do território do país, o que explica a baixa densidade demográfica e o pouco desenvolvimento urbano dessa região; Subtropical: a sudeste; Temperado Continental: a região nordeste, onde há cerca de 70% da concentração populacional do país.

Relevo[editar | editar código-fonte]

Mapa topográfico da China

China é também um país de grandes montanhas, zonas montanhosas, planícies e colinas que ocupam 65% da superfície continental. Segundo o alinhamento podemos distinguir cinco sistemas de montanhas. A cordilheira de Kunlun, a norte do Himalaia, separa a alta planície de Qinghai-Tibete do deserto de Taklamakan, três dos seus cumes superam os 7000 metros: Muztag, Muztagata e Kongur; a cordilheira Tianshan, mais a norte com as seus cumes nevados; a cordilheira Xingan, no noroeste da China; e por último a cordilheira Hengduam e Qilian. As montanhas atingem especial altitude no setor ocidental para descer progressivamente para a costa. Há montanhas de singular beleza como é a Montanha Huangshan, a única zona de paisagem exclusivamente montanhosa que se encontra no sul da província de Anhui. Trata-se de uma montanha conhecida pelos seus singulares pinhais e pedras estranhas. Tem mais de setenta afiados picos que estão permanentemente cobertos por nuvens e nevoeiro. Os aspetos a salientar são os pinhos, as rochas, as nuvens e as fontes termais.

Flora[editar | editar código-fonte]

A China oferece uma grande variedade de solos que correspondem-se aproximadamente com as regiões geográficas. Ao norte da China encontramos na Bacia do Tarim o cinzento desértico, os pardos e férteis loes da planície, o castanho terreno florestal da Manchúria e as produtivas terras aluviais da Grande Planície do norte. Na China Central a Bacia Vermelha caracteriza-se por um fértil solo florestal cinzento-castanho, e a planície e delta do Yangtsé pelos seus terrenos aluviais. Na China meridional o solo é vermelho com abundantes materiais lateríticos. No Tibete destacam os terrenos pedregosos, semelhantes aos montanhosos da tundra.

Dado o fato da China ser um enorme país, que abarca os mais variados climas, não é surpreendente que exista uma grande variedade de espécies vegetais e animais. Parece que a vegetação natural da China estava formada por bosques mistos descontínuos de caducas e coníferas próprios de zonas temperadas; mas devido ao cultivo intensivo, esta vegetação desapareceu há muitos séculos. Desgraçadamente o impacto humano chega a ser considerável, por isso a riqueza natural é rara ou está em perigo de extinção. O governo tem estabelecido mais de 300 reservas naturais, protegendo por volta de 1, 8 % do território. O maior problema é a destruição do habitat causado pela agricultura intensiva, a urbanização e a produção industrial.

A flora tem "progredido" bem, apesar da pressão de mais de 1000 milhões de pessoas, mas o desflorestamento, o pastoreio e o cultivo intensivo têm feito grandes estragos.

A última grande extensão florestal chinesa está na região sub ártica do nordeste, perto da fronteira russa. Pela sua diversidade de vegetação, a zona em redor de Xishuangbanna, no sul tropical, é a mais rica do país. Esta região também procura habitat para manadas de elefantes selvagens; porém, tanto os seres vivos como a floresta tropical estão sob a pressão da agricultura, da tala e da queimada.

Talvez a planta cultivada mais bela seja o bambu. Há muitas variedades e é cultivado no sudeste, para ser utilizado como material de construção e alimento. Outras plantas úteis incluem ervas, entre elas o ginseng, horquilha dourada, angélica e fritilaria. Uma das árvores mais raras é o abeto branco de Cathay na província de Guangxi.

Fauna[editar | editar código-fonte]

A variedade de animais selvagens e domésticos é muito ampla. Além de estar representadas a maior parte das aves canoras e de caça, existem 800 variedades nativas do país. Ao norte, no nordeste especialmente, habitam animais selvagens como o tigre, o antílope, o cervo, o goral (antílope cabra), a ovelha azul, o leopardo, o lobo e os mamíferos de peles. No Tibete pode-se ver ovelhas, iaques, pandas-gigantes e ursos selvagens. No sul proliferam tigres, gibones, macacos e caimões. Há que assinalar que o animal mais raro da Ásia Central é o urso formigueiro.

Talvez não exista na China animal mais representativo da beleza e luta pela vida selvagem do que o urso panda. Estes belos animais, atualmente em perigo de extinção devido à combinação da caça, a invasão do habitat e os desastres naturais, sobrevivem graças aos tímidos esforços do governo central. Com escassa densidade, povoam as regiões de Sichuan, Tibete e Xinjiang, que proveem de habitat a outras magníficas espécies, como o leopardo das neves e os iaques selvagens. O extremo noroeste da China está habitado por alguns interessantes mamíferos como renas, alces, veados-almiscarados, ursos e martas. Também há uma considerável ornitofauna como gansos, patos, abetardas, cisnes e garças.

A ilha Hainam também possui variada vegetação tropical e vida animal. Há sete reservas naturais na ilha, embora é justo dizer que ainda algumas espécies em perigo de extinção, terminam no prato da comida.

Entre os animais domésticos encontram-se cães, gatos, patos, gansos, frangos e porcos que abundam em todo o território da China. Os búfalos aquáticos são nativos da zona sul da Península de Shandong. O zebu habita no sul e nordeste da China; no noroeste criam cabras, ovelhas e cavalos. Os camelos e as vacas são importantes também no nordeste.

Há também variedade de peixes de água doce, sendo o mais comum a carpa. Também abundam lagartos, rãs, tartarugas e salamandras. Na costa destacam a lubina, arenque, cavalas, ostras, tubarões e enguias.

A observação de pássaros é algo do que poderá desfrutar o turista, especialmente na primavera, estação na qual há que dirigir-se à Reserva Natural de Zhalong, na província de Heilongjiang; ao Lago Qinghai, na província do mesmo nome; e ao Lago Poyang, ao norte da província de Jiangxi, o maior lago de água doce da China.

Geologia[editar | editar código-fonte]

As formações paleozoicas da China, excetuando as que se referem ao Carbonífero Superior (Pensilvaniano), têm características marinhas, enquanto que os depósitos referentes ao Mesozoico e ao Cenozoico são de origem lacustre ou continental. Existem grupos de cones vulcânicos ao longo da Grande Planície do norte da China. Nas penínsulas de Liaodong e Shandong existem planaltos basálticos.

Demografia[editar | editar código-fonte]

Grupos etnolinguísticos da China.

A população da China é a maior do mundo, somando mais de 1350 milhões de habitantes, distribuídos entre a República Popular da China, com mais de 1330 milhões de pessoas,[2] e Taiwan, com mais de 20 milhões de habitantes.[3] Trata-se da maior população do planeta e representa mais de um quinto do total mundial.

Com políticas rígidas para controle de natalidade, estima-se que a China seja ultrapassada populacionalmente pela Índia.[carece de fontes?]

A política de controle populacional da China tem como principal regra cada família possuir apenas um filho enquanto morar em centros urbanos, já no interior são permitidos dois filhos caso o primeiro seja mulher, revelando, assim, uma preferência dos chineses por filhos do sexo masculino, pois, segundo a tradição do país, são os filhos homens responsáveis por cuidar dos pais durante a 3ª idade e são eles também que carregam o sobrenome da família.[carece de fontes?]

Estrutura social[editar | editar código-fonte]

Já existiram na China mais de uma centena de grupos étnicos. Em termos numéricos, a etnia dominante é a dos Han. Ao longo da história, muitas etnias foram assimiladas às suas vizinhas ou, simplesmente, desapareceram sem deixar grandes testemunhos da sua existência. Muitas etnias distintas foram diluídas no grupo dos Han, o que explica o peso numérico desta etnia na China. Não obstante, os Han falam várias línguas muito diferentes. O governo da República Popular da China reconhece 56 etnias.

Política[editar | editar código-fonte]

Territórios ocupados por diferentes dinastias, bem como por e Estados modernos ao longo da história da China.

Depois da unificação sob o Império Qin, a China foi dominada por mais 10 dinastias, muitas das quais comportavam um complexo sistema de reinos, principados, ducados, condados e marquesados. Contudo, o poder era centralizado na figura do Imperador. Este era ainda coadjuvado por ministros civis e militares e, principalmente, por um primeiro-ministro. Aconteceu, por vezes, o poder político ser tomado por oficiais (eunucos), ou familiares.

As relações políticas com regiões dependentes do império (reinos tributários) eram mantidas à base de casamentos, coligações militares e ofertas.

Em 1911, o império caiu e foi proclamada a República da China, sob a liderança de Sun-Yatsen em seus primeiros anos. Após uma intensa guerra civil que durou de 1945 a 1949, o Partido Comunista Chinês tomou o poder do Partido Nacionalista, na época sob a liderança de Chiang-Kaishek.

Desde 1949, a China vem sendo governada pelo Partido Comunista Chinês, que em sua primeira fase realizou a planificação econômica chinesa, fundado por Mao Tsé-tung. Depois da morte de Mao em 1976, Deng Xiaoping assumiu o poder e foi o grande responsável pela abertura econômica da China, que porém se manteve politicamente fechada.[4]

Território[editar | editar código-fonte]

Originalmente na Dinastia Zhou, a China compreendia a região em torno do Rio Amarelo. Desde então que se expandiu para ocidente e para sul (até à Indochina), tendo atingido proporções máximas durante as dinastias Tang, Yuan e Qing. Do ponto de vista chinês, o Império Chinês teria, mesmo, incluído partes do Extremo Oriente Russo e da Ásia Central, durante as fases em que a Dinastia Yuan se mostrou no auge do seu poderio, ainda que a China fosse, nesse caso, meramente um dos vários territórios do Império Mongol.

Durante o Império Qing, o valor da Grande Muralha da China na defesa da integridade territorial do império diminuiu devido à sua expansão. Em 1683, Taiwan torna-se parte do Império Qing, originalmente como uma prefeitura da província de Fukien. As principais divisões administrativas da China foram sendo modificadas ao longo do tempo. No topo da hierarquia administrativa, encontramos os circuitos e as províncias (sheng). Abaixo destas divisões foram aparecendo prefeituras, subprefeituras, departamentos, comarcas (xiang), distritos (xian) e áreas metropolitanas. Existe alguma indefinição na tradução para português das divisões administrativas.

Economia[editar | editar código-fonte]

Ciência e tecnologia[editar | editar código-fonte]

Para além das contribuições culturais já mencionadas, outras quatro grandes invenções chinesas na área da tecnologia marcaram profundamente a história mundial:

Algumas outras importantes invenções chinesas:

Outras áreas científicas onde os chineses se distinguiram:

Cultura e religião[editar | editar código-fonte]

Estátua de Buda na ilha de Lantau, em Hong Kong
Símbolos da civilização chinesa.

A filosofia chinesa teve um impacto extremo na cultura, tanto a nível erudito quanto a nível popular. As raízes da filosofia (e perspetiva religiosa) chinesa estão no Confucionismo, Taoísmo e Budismo (segundo a ordem cronológica).

No território chinês podemos encontrar diversas tradições religiosas, muitas delas dissemelhantes. A veneração dos antepassados, o islamismo, e outras religiões populares chinesas ombreiam com outras crenças onde se misturam as correntes filosóficas atrás referidas. O cristianismo (catolicismo e protestantismo), apesar de minoritário por ser de certa forma reprimido pelo governo comunista, não deixa, por isso, de ser uma religião de referência. Segundo o governo chinês, há 21 milhões de cristãos no país (16 milhões de protestantes e cinco milhões de católicos). O China Aid Association revelou que o diretor do órgão do governo chinês que supervisiona todas as religiões no país declarou "em off" que o número de cristãos na China seria de fato 130 milhões no início de 2008.

A literatura chinesa tem uma antiguidade insuperável, em relação às outras civilizações. A invenção da impressão, atribuída aos chineses, não será alheia a este facto. Antes desta invenção, os Clássicos chineses e os textos religiosos (principalmente do Confucionismo, Taoísmo e Budismo) eram manuscritos a tinta, com pincéis. Com o objetivo de comentar e refletir sobre estas obras, os estudantes reuniam-se em várias academias ou escolas, muitas das quais eram apoiadas pelo império. A casa imperial participava, não raramente, nessas discussões filosóficas.

A cultura chinesa tem, tradicionalmente, uma grande reverência para com os filósofos, escritores e poetas clássicos. No entanto, os escritos deixados por muitos dos sábios clássicos são muitas vezes pontuados de descrições irreverentes, críticas e ousadas da vida cotidiana chinesa da época. (Ver Lista de escritores chineses e Lista de poetas de língua chinesa).

Os chineses criaram diversos instrumentos musicais, como o zheng, o xiao e o erhu, que se difundiram pelo leste e sudeste asiático. O sheng serviu de origem a muitos instrumentos de palheta livre ocidentais. Os caracteres chineses têm (e tiveram) diversas variantes e estilos ao longo da história da China, tendo sido convencionada uma forma simplificada, em meados do século XX, na China Continental.

A cultura dos bonsai, arte milenar nascida na China, foi adaptada posteriormente por outros países asiáticos, como o Japão e a Coreia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. O termo Zhōngguó significa literalmente "país" [guó] "do meio" [zhōng]. Em pinyin, sistema gráfico latino na língua chinesa, o "zh" tem o som de um "d" álveo-palatal (como o "j" na palavra inglesa "jest"), e o "g" é falado como um "k", donde a pronúncia [Djón küo].
  2. População da RPC no início de 2009.
  3. População da República da China estimada em 2000.
  4. Quagio, Ivan. [2009] (2009). Olhos Abertos - A História da Nova China. São Paulo: Editora Francis. ISBN 978-85-89362-95-5

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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