Síria

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الجمهوريّة العربيّة السّوريّة
(Al-Jumhuriyah al-Arabiyah
as-Suriyah)

República Árabe Síria
Bandeira da Síria
Brasão de armas da Síria
Bandeira Brasão de Armas
Lema: "وحدة ، حرية ، اشتراكية" ("Wihdah, Hurriyyah, Ishtirākiyyah" - "Unidade, Liberdade, Socialismo")
Hino nacional: "حُمَاةَ الدِّيَار" ("Ħumāt ad-Diyār" - "Guardiões da Pátria")
Gentílico: siríaco(a), sírio(a)[1]

Localização  República Árabe da Síria

Capital Damasco
33° 30' N 36° 18' E
Língua oficial Árabe
Governo República unitária semipresidencial de partido dominante
 - Presidente Bashar al-Assad (Em disputa)
 - Primeiro-ministro Wael Nader al-Halqi
Independência da França 
 - Primeira declaração setembro de 1936 
 - Segunda declaração 1º de janeiro de 1944 
 - Reconhecida 17 de abril de 1946 
Área  
 - Total 185 1801 km² (86.º)
 - Água (%) 0,06
 Fronteira Turquia (N), Iraque (E e S), Jordânia (S),
Israel e Líbano (W)
População  
 - Estimativa de 2014 17 951 639[2] hab. (54.º)
 - Densidade 99 hab./km² (76.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2010
 - Total US$ 107,831 bilhões*[3]  
 - Per capita US$ 5 040[3]  
PIB (nominal) Estimativa de 2010
 - Total US$ 59,957 bilhões*[3]  
 - Per capita US$ 2 802[3]  
IDH (2013) 0,658 (118.º) – médio[4]
Gini (2004) 35,8[5]
Moeda Libra síria (SYP)
Fuso horário (UTC+2)
 - Verão (DST) (UTC+3)
Clima Mediterrânico e árido
Org. internacionais ONU, OCI, MNA, Liga Árabe, União para o Mediterrâneo
Cód. ISO SYR
Cód. Internet .sy
Cód. telef. +963
Website governamental http://www.parliament.gov.sy/
web/list_news.php#

Mapa  República Árabe da Síria

1Inclui as Colinas de Golã, invadidas por Israel.

Síria (em árabe: سورية sūriyyaħ ou سوريا sūriyā), oficialmente República Árabe da Síria[6] [7] (em árabe: الجمهورية العربية السورية al-jumhūriyyaħ al-ʕarabiyyaħ as-sūriyyaħ) é um país localizado na Ásia Ocidental. O território sírio de jure faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste; a Turquia ao norte; o Iraque a leste; a Jordânia ao sul e Israel ao sudoeste. No entanto, desde o início da guerra civil o controle real do governo sírio estende-se a apenas 30-40% da área do país e abrange menos de 60% da população.[8] Um país de planícies férteis, altas montanhas e desertos, é o lar de diversos grupos étnicos e religiosos, inclusive árabes, gregos, armênios, assírios, curdos, circassianos,[9] mandeus[10] e turcos. Os grupos religiosos incluem sunitas, cristãos, alauitas, drusos, mandeus e yazidis. Os árabes sunitas formam o maior grupo populacional do país.

Antigamente, o nome de "Síria" era sinônimo de Levante (conhecido em árabe como al-Sham), enquanto o Estado moderno abrange os sites de vários reinos e impérios antigos, como a civilização eblana, do terceiro milênio a.C. Sua capital, Damasco, está entre as mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.[11] Na era islâmica, a cidade se tornou a sede do Califado Omíada e um capital provincial do Sultanato Mameluco do Egito.

A Síria moderna foi estabelecida após a Primeira Guerra Mundial durante o Mandato Francês e era o maior Estado árabe a surgir na região do Levante, que antigamente era dominada pelo Império Otomano. O país conquistou a independência como uma república parlamentar em 24 de outubro de 1945, quando a Síria tornou-se membro fundador da Organização das Nações Unidas, um ato que legalmente pôs fim ao antigo domínio francês - embora as tropas francesas não tenham deixado o país até abril de 1946. O período pós-independência foi tumultuado e um vários golpes militares e tentativas de golpe abalaram a nação árabe no período entre 1949 e 1971. Entre 1958 e 1961, a Síria entrou em uma breve união com o Egito, que foi encerrada depois do golpe de Estado de 1961. A República Árabe da Síria surgiu no final de 1961 depois do referendo de 1 de dezembro, mas se tornou cada vez mais instável até que o o golpe de Estado de 1963, após o qual o Partido Baath assumiu o seu poder. A Síria esteve sob uma lei de emergência entre 1963 e 2011, o que efetivamente suspendeu a maioria das proteções constitucionais de seus cidadãos, além de seu sistema de governo ser amplamente considerado como autoritário.[12] Bashar al-Assad é o presidente do país desde 2000 e foi precedido por seu pai, Hafez al-Assad, que governou a Síria entre 1970 e 2000.[13]

O país é membro das Nações Unidas e do Movimento Não Alinhado, mas esta atualmente suspenso da Liga Árabe[14] e da Organização para a Cooperação Islâmica[15] e auto-suspenso da União para o Mediterrâneo.[16] Desde março de 2011, a forte repressão imposta a um levante contra Assad e o governo baathista, como parte da Primavera Árabe, contribuiu para a criação de uma grave guerra civil, o que tornou o país um dos menos pacíficos do mundo.[17] O governo provisório sírio foi formado pelo grupo da oposição Coalizão Nacional Síria, em março de 2013. Os representantes deste governo alternativo foram posteriormente convidados a assumir o assento da Síria na Liga Árabe.[18]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome Síria é derivado do termo do século VIII aC da língua luvita Sura/i e dos nomes derivados do grego antigo (Σύριοι, Sýrioi, Σύροι ou Sýroi), ambos originalmente derivados de Aššūrāyu (Assíria), no norte da Mesopotâmia.[19] [20] No entanto, desde o Império Selêucida (323-150 aC), este termo também tem sido aplicado ao Levante como um todo e, a partir deste ponto, os gregos passaram a aplicar o termo, sem distinção, para se referir aos assírios e sírios da Mesopotâmia do Levante.[21] [22] A opinião acadêmica mainstream favorece fortemente o argumento de que a palavra grega relacionada ao cognato Ἀσσυρία, em última análise, deriva do acadiano Aššur.[23] No passado, acreditava-se que o nome do país era derivado de Siryon, o nome que o sidônios davam ao Monte Hermon.[24]

A área designada pela palavra mudou ao longo do tempo. Classicamente, a Síria se encontra na extremidade oriental do Mediterrâneo, entre a Arábia, ao sul, e a Ásia Menor, ao norte, e se estende para o interior até incluir partes do Iraque, além de ter uma fronteira incerta a nordeste, que Plínio, o Velho descreveu como como incluindo, de oeste a leste, Comagena, Sofena e Adiabene.[25]

Na época de Plínio, no entanto, este Síria maior tinha sido dividida em uma série de províncias sob o domínio do Império Romano (mas politicamente independentes entre si): a Judeia, mais tarde renomeado Palaestina em 135 dC (a região correspondente ao atual Israel, a territórios palestinos e Jordânia), no extremo sudoeste; Phoenice (estabelecida em 194) correspondente a regiões modernas de Líbano, Damasco e Homs; Cele-Síria, ao sul do rio Eleutheris, e o Iraque.[26]

História[editar | editar código-fonte]

Antiguidade[editar | editar código-fonte]

Cidade antiga de Palmira

A Síria possui uma história muito antiga, desde os arameus e assírios, marcada fortemente pela influência e rivalidade de Mesopotâmia e Egito. Depois de ser ocupada pelos persas, a Síria foi conquistada por Alexandre III da Macedónia.

No período helenístico passou a ser centro do reino dos selêucidas e se converteu em uma província romana no século I a.C.. Grandes cidades se desenvolveram nessa região como a mítica Palmira, uma das mais originais e descanso de caravanas.

Com a ascensão do islamismo, a Síria foi um dos focos mais importantes da Civilização Árabe, sobretudo na época do califado omíada (661-750), centrado em Damasco, e da dinastia hamdanida (905-1004), centrado em Alepo. Porém, pela sua situação, foi objeto de ambição estrangeira o que conduziu a divisão do seu território. Os cruzados se estabeleceram na Síria durante algum tempo e construíram importantes fortificações, como o Krak dos Cavaleiros. Finalmente, em 1516, Síria passou a formar parte do Império Otomano.

Síria otomana[editar | editar código-fonte]

Mapa de 1851 da Síria otomana

Em 1516, o Império Otomano invadiu a Sultanato Mameluco do Egito, conquistando a Síria e incorporando-a ao seu império. O sistema otomano não era rígido com os sírios porque os turcos respeitavam a língua árabe como o idioma do Alcorão e aceitavam o manto de defensores da fé. Damasco foi transformada no maior entreposto para Meca e, como tal, adquiriu um caráter sagrado para os muçulmanos por causa dos resultados benéficos dos inúmeros peregrinos que passavam para o Hajj, a peregrinação para Meca.[27]

A administração otomana seguia um sistema que levou à coexistência pacífica. Cada minoria étnico-religiosa — árabes xiitas, árabes sunitas, arameus-ortodoxos siríacos, ortodoxos gregos, cristãos maronitas, cristãos assírios, armênios, curdos e judeus - constituia um millet.[28] Os chefes religiosos de cada comunidade administravam-nas e também realizavam algumas funções civis.[27]

Durante a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano entrou no conflito no lado do Império Alemão e da Áustria-Hungria, mas foi derrotado e perdeu de controle de todo o Oriente Próximo para o Império Britânico e o Império Francês. Durante o conflito, um processo de genocídio contra os povos cristãos nativos foi realizado pelos otomanos e seus aliados na forma do Genocídio Armênio e do Genocídio Assírio, dos quais Deir ez-Zor, na Síria otomana, era o destino final dessas marchas da morte.[29] Np meio da Primeira Guerra, dois diplomatas aliados (o francês François Georges-Picot e o britânico Mark Sykes) secretamente concordaram com a divisão pós-guerra do Império Otomano nas respectivas zonas de influência determinadas pelo Acordo Sykes-Picot de 1916. Inicialmente, os dois territórios foram separados por uma fronteira que corria por uma linha quase reta da Jordânia ao Irã. No entanto, a descoberta de petróleo na região de Mosul, no atual Iraque, pouco antes do fim da guerra levou a mais uma negociação com a França em 1918 para ceder esta região para "Zona B", ou a zona de influência britânica. Esta fronteira foi mais tarde reconhecida internacionalmente quando a Síria tornou-se um mandato da Liga das Nações em 1920 e não mudou até os dias atuais.[30]

Mandato Francês[editar | editar código-fonte]

Posse do presidente Hashim Atassi em 1936

Em 1920, um reino sírio independente de curta duração foi estabelecido sob o governo de Faisal I, da família hachemita. No entanto, seu domínio sobre a Síria terminou depois de apenas alguns meses, após a Batalha de Maysalun. As tropas francesas ocuparam o país no final daquele ano, após a Conferência de San Remo propor que a Liga das Nações colocasse a Síria sob mandato francês.[31]

Síria e França negociaram um tratado de independência em setembro de 1936 e Hashim al-Atassi foi o primeiro presidente a ser eleito na primeira república moderna da Síria. No entanto, o tratado nunca entrou em vigor porque o legislador francês se recusou a ratificá-lo. Com a queda da França em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, a Síria ficou sob o controle da França de Vichy, que era um Estado fantoche da Alemanha nazista, até que franceses livres e britânicos ocuparam o país na Campanha da Síria (1941), em julho de 1941.[32]

A contínua pressão de nacionalistas sírios e de britânicos forçou o governo francês a evacuar suas tropas em abril de 1946, deixando o país nas mãos de um governo republicano que tinha sido formados durante o mandato.[32]

Independência e baathismo[editar | editar código-fonte]

O país conseguiu a independência em 1946. Em 1948, entrou em guerra com Israel, saindo desta perdedora. Sofreu ainda numerosos golpes militares. Em 1958, uniu-se ao Egito para formar a República Árabe Unida (R.A.U.), da qual se separou depois do levantamento militar de 28 de setembro de 1961, convertendo-se em República Síria.[33]

Hafez al-Assad recebe Richard Nixon em seu desembarque em Damasco em 1974

Em 1964, depois da tomada de poder em 1963 pelo Partido Baath, socialista e nacionalista, que empreendeu uma série de profundas reformas sociais e econômicas, ficando constituída como República Popular da Síria. Em 1966, o país aliou-se de novo ao Egito e, em 1967, viu-se envolvido na Guerra dos Seis Dias. Mais tarde, em 1973, atacou Israel, na chamada Guerra do Yom Kippur; em maio de 1974 foi feito o acordo de retirada das tropas. Interferiu na defesa do Líbano contra Israel, em 1978. Partidária da causa palestina, mostrando-se contra as negociações de paz egípcio-israelitas, que ocorreram depois da viagem de Anwar Sadat a Jerusalém. As negociações empreendidas em 1979 com o Iraque, encaminhadas a uma fusão de ambos os países não prosperaram (naquele mesmo ano romperam-se as relações entre ambos devido à implicação do Baath iraquiano num atentado em Damasco). Em 1980, realizou-se uma outra tentativa de união, desta vez com a Líbia, que também faliu.[carece de fontes?]

O conjunto de comunidades étnicas e religiosas que constituem o país, tanto muçulmanas como cristãs, assim como o ressurgimento do integralismo islâmico, criaram situações difíceis ao presidente Hafez al-Assad, de orientação laica e socialista. Não obstante, foi reeleito em 1980 como secretário-geral do Baath, o que reforçou seu poder. No mesmo ano, um tratado de cooperação com a União Soviética deu a al-Asad o papel de representante dos interesses soviéticos na região e lhe permitiu contar com sofisticado armamento de origem soviética. Os laços entre Síria e Irã começaram nos anos 1980, quando a Síria foi o único país árabe a apoiar o Irã na sua guerra de oito anos contra o Iraque. Simultaneamente à crescente deterioração das relações com Israel, a Síria passou a controlar militarmente o norte do Líbano, onde sustentou encontros com as forças de Israel e se opôs a presença de forças estadunidenses. A Síria se caracterizou, durante a permanência de suas tropas no Líbano, pela sua oposição a todos os planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio, e por proteger Damasco das facções da OLP opostas a Yasser Arafat, enquanto no Líbano a figura de al-Asad aparecia a princípios de 1986 como a do inevitável mediador para qualquer solução de fundo nos assuntos político-religiosos daquele país. Em 1992 foi reeleito. Na primeira Guerra do Golfo se opôs ao Iraque, participou de processo de paz em Madri, no ano de 1991. Atualmente a Síria está passando por uma guerra civil que faz parte da Primavera Árabe.[carece de fontes?]

Guerra civil (2011-presente)[editar | editar código-fonte]

Ruínas da praça Saadallah al-Jabiri durante a Batalha de Alepo

A contínua guerra civil síria foi inspirada pelas revoluções da Primavera Árabe. Tudo começou em 2011 como uma cadeia de protestos pacíficos, seguido por uma forte repressão do exército sírio.[34] Em julho de 2011, desertores do exército declararam a formação do Exército Sírio Livre e começaram a formar unidades de combate. A oposição é dominada por muçulmanos sunitas, enquanto as principais figuras do governo são alauítas.[35]

A partir de 2013, aproveitando-se do caos da guerra civil na Síria e no Iraque, um grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI, ou ad-Dawlah al-Islāmīyah) começou a reivindicar territórios na região. Lutando inicialmente ao lado da oposição síria, as forças desta organização passaram a atacar qualquer uma das facções (sejam apoiadoras ou contrárias a Assad) envolvidas no conflito, buscando hegemonia total. Em junho de 2014, militantes deste grupo proclamaram um Califado na região, com seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, como o califa. Eles rapidamente iniciaram uma grande expansão militar, sobrepujando rivais e impondo a sharia (lei islâmica) nos territórios que controlavam. Então, diversas nações ocidentais, como os Estados Unidos, as nações da OTAN na Europa, e países do mundo árabe, temendo que o fortalecimento do EI representasse uma ameaça a sua própria segurança e a estabilidade da região, iniciaram uma intervenção armada contra os extremistas.[36]

Segundo informações de ativistas de direitos humanos dentro e fora da Síria, o número de mortos no conflito passa das 220 mil pessoas, sendo mais da metade de civis. Outras 130 mil pessoas teriam sido detidas pelas forças de segurança do governo. Mais de quatro milhões de sírios já teriam buscado refúgio no exterior para fugir dos combates, com a maioria destes tomando abrigo no vizinho Líbano.[37]

Segundo a ONU e outras organizações internacionais, crimes de guerra e contra a humanidade vêm sendo perpetrados pelo país por ambos os lados de forma desenfreada.[38] Na fase inicial da guerra, as forças leais ao governo foram as principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por incontáveis massacres de civis.[39] Milícias leais ao presidente Assad e integrantes do exército sírio foram acusadas de perpetrarem vários assassinatos e cometerem inúmeros abusos contra a população.[40] Contudo, durante o decorrer das hostilidades, as forças opositoras também passaram a ser acusadas, por organizações de direitos humanos, de crimes de guerra.[41] O Estado Islâmico, desde 2013, passou então a chamar a atenção pelos requintes de violência e crueldade nas inúmeras atrocidades que cometiam pelo país.[42]

Para escapar da violência, mais de 2,1 milhões de refugiados sírios fugiram para os países vizinhos, como Jordânia,[43] Iraque,[44] Líbano e Turquia.[45] [46] Estima-se que 450 mil cristãos sírios fugiram de suas casas.[47] Como a guerra civil se arrasta há anos, existem fortes preocupações de que o país possa fragmentar-se e deixe de funcionar como um Estado único.[48]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Imagem de satélite do território sírio

A Síria tem uma área de 185.000 quilômetros quadrados. A oeste faz limites com Mar Mediterrâneo, Líbano, e Israel, ao sul com Jordânia a leste com Iraque e Turquia. A faixa costeira, fértil, com 180 km de costa abrupta e rochosa, que se estende entre o Líbano e Turquia. As colinas Ansariyah (Jebel an-Nusariyah) formam praticamente a costa norte, e servem de base ao Sahl Akkar (planalto Akkal) ao sul. Os planos aluviais férteis são intensamente cultivados durante todo ano. Os portos mais importantes são Lataquia e Tartesos. Em Baniyas existe uma refinaria de petróleo.

As montanhas Jebel an-Nusariyah formam uma cordilheira que se estende de norte a sul no interior da faixa costeira. A altura media é de 1.000 m. São freqüentes as nevadas em seus picos no inverno. A faixa dos montes do planalto marcam a fronteira entre Síria e Líbano com uma altura média de 2.000 m. A montanha mais alta da Síria é Jebel ash-Sheikh, conhecido na Bíblia como Monte Hermon, com 2.814 m. O maior rio que nasce nessa cordilheira é o Barada. Outras regiões menores incluem o Jebel Druso, ao sul perto da fronteira com Jordânia e o Jebel Abu Rujmayn ao norte de Palmira.[carece de fontes?]

Exceto na costa de clima mediterrâneo, nas montanhas e nas regiões banhadas pelos rios predomina a estepe. Nesta região se encontra Damasco, Homs, Hama, Alepo, Deir ez-Zor, Hassake e Qamishle, banhada pelo Orontes, o Eufrates e o Khabour. O deserto conta com alguns grandes oásis como o de Palmira e ocupa o sudoeste do país, onde acampam os beduínos com seus milhões de cabeças de gado bovino. Sua privilegiada situação no meio de ricas terras produtoras de cereais, algodão, e leguminosas, lhe confere papel de importante mercado agrícola.[carece de fontes?]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Crianças em Alepo

A maioria da população vive no vale do rio Eufrates e ao longo da planície costeira, uma faixa fértil entre as montanhas e o deserto. A densidade populacional é de cerca de 99 pessoas por quilômetro quadrado. De acordo com a Pesquisa Mundial de Refugiados de 2008, publicada pelo Comitê dos Estados Unidos para Refugiados e Imigrantes, a Síria abrigava uma população de refugiados e requerentes de asilo que somava aproximadamente 1 852 300 pessoas. A grande maioria desta população era do Iraque (1,3 milhão), mas populações consideráveis ​​da antiga Palestina (543.400) e da Somália (5200) também vivem no país.[49]

Cerca de 9,5 milhões de sírios, ou metade da população do país, saíram do território desde a eclosão da Guerra Civil Síria, em março 2011, o que a ONU classificou como "a maior emergência humanitária da nossa era";[50] 4 milhões sírios estão fora do país como refugiados.[51]

Grupos étnicos[editar | editar código-fonte]

Os sírios são um povo levantinos nativo, estreitamente relacionado com os seus vizinhos imediatos, como libaneses, palestinos, iraquianos, malteses e jordanianos.[52] [53] A Síria tem uma população de aproximadamente 17 951 639 (2014 est.)[2] Os árabes sírios, juntamente com cerca de 600 mil árabes palestinos, representam cerca de 74% da população (se os cristãos siríacos são excluídos).[54]

Composição etno-religiosa do território sírio

Os cristão falantes da língua neoaramaica ocidental e assírios são estimados em cerca de 400 mil pessoas,[55] Pessoas que falam neoaramaico ocidental vivem em todo o país, particularmente nos grandes centros urbanos, enquanto os assírios residem principalmente no norte e nordeste (Homs, Alepo, Qamishli e Hasakah). Muitos (particularmente o grupo assírio) ainda mantêm vários dialetos neoaramaicos como línguas faladas e escritas, enquanto os moradores de vilas como Maalula, Jubb'adin e Bakh'a ainda utilizam o aramaico ocidental.[56]

O segundo maior grupo étnico na Síria são os curdos. Eles constituem cerca de 9% da população, ou cerca de 2 milhões de pessoas.[57] A maioria dos curdos residem na região nordeste e a maioria fala a variante Curmânji da língua curda. O país também é o lar de vários outros grupos étnicos, principalmente os turcomanos (cerca de 500.000-1.000.000),[58] circassianos (cerca de 100 mil),[59] gregos[60] e armênios (aproximadamente 100 mil), sendo que a maioria chegou durante o período do Genocídio Armênio. A Síria detém a sétima maior população armênia no mundo. Eles estão principalmente reunidos em Alepo, Qamishli, Damasco e Kesab. A nação árabe também abriga uma população substancial de judeus, com grandes comunidades em Damasco, Alepo e Qamishii. Devido a uma combinação de perseguição e de oportunidades em outros lugares, os judeus começaram a emigrar na segunda metade do século XIX para países como Reino Unido, Estados Unidos e Israel. O processo foi concluído com a criação do Estado de Israel em 1948. Hoje apenas alguns judeus permanecem na Síria.[61]

A maior concentração da diáspora síria fora do mundo árabe está no Brasil, que tem milhões de pessoas de ascendências árabe e de outros povos do Oriente Próximo.[62] O Brasil foi o primeiro país da América a oferecer vistos humanitários aos refugiados sírios.[63] A maioria dos argentinos árabes também tem origem libanesa ou síria.[64]

Religião[editar | editar código-fonte]

Os árabes sunitas representam 59-60% da população, a maioria dos curdos (9%) e turcomanos (3%) também são sunitas, enquanto 13% são xiitas (alauítas, duodecimanos e ismaelitas combinados),[65] 10% são cristãos[65] e 3% drusos.[65] A população drusa é estimada em cerca de 500 mil e vive principalmente em Jabal al-Druze.[66]

A família do presidente Bashar al-Assad é alauíta, grupo que domina o governo e ocupa os principais cargos militares.[67] Em maio de 2013, o Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que ao menos 41 mil alauítas foram mortos durante a guerra civil.[68]

Os cristãos (2,5 milhões de pessoas) estão divididos em várias denominações. A Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia da Calcedônia compõem 35,7% da população cristã do país; os católicos (seguidores da Igreja Greco-Católica Melquita, Igreja Católica Arménia, Igreja Católica Siríaca, Igreja Maronita, Igreja Católica Caldeia e do catolicismo latino) compõem 26,2%; a Igreja Apostólica Armênia conta com 10,9%; a Igreja Ortodoxa Síria compõem 22,4%; a Igreja Assíria do Oriente e várias outras denominações cristãs menores representam o restante. Muitos dos sírios cristãos pertencem a uma classe socioeconômica alta dentro da sociedade local.[69]

Idiomas[editar | editar código-fonte]

O árabe é a língua oficial do país. Vários dialetos árabes modernos são utilizados na vida cotidiana, mais notavelmente o levantino, no oeste, e o mesopotâmico, no nordeste. A língua curda (na sua forma Curmânji) é amplamente falado nas regiões curdas da Síria. O armênia e o turco (dialeto do azeri) são falados entre as minorias de armênios e turcomanos.

O aramaico era a língua franca da região antes do advento do árabe e ainda é falado entre os assírios. O siríaco clássico ainda é usado como língua litúrgica de várias denominações cristãs siríacas. Mais notavelmente, neoaramaico ocidental ainda é falado na aldeia de Maalula, bem como duas aldeias vizinhas, a 56 km a nordeste de Damasco. Muitos sírios educados também falam inglês e francês.

Cidades mais populosas[editar | editar código-fonte]

Governo e política[editar | editar código-fonte]

A Síria é formalmente uma república unitária. A constituição adotada em 2012 efetivamente transformou a Síria em uma república semipresidencial devido ao direito constitucional dos indivíduos que não fazem parte da Frente Progressista Nacional de serem eleitos.[70] O presidente é o chefe de Estado e o primeiro-ministro é o chefe de Governo.[71]

O poder legislativo é representado pelo Conselho dos Povos, o órgão responsável pela aprovação de leis, aprovando dotações do governo e debater políticas.[72] No caso de uma moção de censura por uma maioria simples, o primeiro-ministro é obrigado a apresentação propostas de renúncia de seu governo ao presidente.[73]

No entanto, como resultado da guerra civil, vários governos alternativos foram formados, incluindo o Governo Provisório da Síria, o Partido de União Democrática e regiões legisladas pela sharia. Representantes do governo provisório sírio foram convidados a assumir o assento do país na Liga Árabe em 28 de março de 2013[18] e foram reconhecidos como os "únicos representantes do povo sírio" por vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França.[74] [75] [76]

Direitos humanos[editar | editar código-fonte]

A situação dos direitos humanos na Síria tem sido uma preocupação significativa entre organizações independentes, como a Human Rights Watch, que em 2010 se referiu o caso do país como "entre os piores do mundo".[77] A Freedom House, financiada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos,[78] classificou Síria "não livres" na sua liberdade anual no inquérito Mundial.[79]

Civis feridos são levados para um hospital em Alepo

As autoridades são acusadas de prender ativistas pela democracia e os direitos humanos, além de censurar a internet, através da prisão de bloggers. Detenções arbitrárias, torturas e desaparecimentos são situações crimes generalizados pelo país.[80] Embora a Constituição garanta a igualdade de gênero, algumas leis e o código penal acabam por discriminar mulheres e meninas. Além disso, também concede clemência para o chamado "crime de honra".[80] Em 9 de novembro de 2011, durante o levante contra o presidente Bashar al-Assad, a Organização das Nações Unidas informou que das mais de 3.500 mortes, cerca de 250 eram crianças, algumas de apenas 2 anos de idade. Além disso, meninos tão jovens quanto 11 anos de idade têm sido estuprados coletivamente por oficiais dos serviços de segurança.[81] [82]

Em agosto de 2014, a então Alto Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos Direitos, Navi Pillay, criticou a comunidade internacional por sua "paralisia" em lidar com os mais violenta guerra civil do país, que já matou mais de 200 mil pessoas em crimes de guerra, de acordo com Pillay, sendo cometidos com total impunidade por todos os lados do conflito. As minorias de alauítas e cristãos estão sendo cada vez mais atacadas por islâmicos e outros grupos que lutam na guerra civil síria.[83] [84]

Forças Armadas[editar | editar código-fonte]

O Presidente da Síria é o comandante em chefe das forças armadas, que conta com mais de 250 000 soldados profissionais e mais milhares de milicianos.[85] Sua força é formada por conscritos; o recrutamento é obrigatório para todos os homens quando completam 18 anos.[86]

Grande parte dos equipamentos militares sírios tem origem soviética (e posteriormente russa). Além de armas, material e dinheiro, os russos também ajudam as forças sírias com treinamento e especialistas. Com o passar dos anos, o país também buscou laços militares com Irã e Coreia do Norte. Recentes crises econômicas diminuiu o fluxo financeiro para as forças armadas.[87]

Durante a recente guerra civil (iniciada em 2011), o exército perdeu enormes quantidades de equipamento e muitos soldados morreram. Outros 40 000 militares teriam passado para o lado dos rebeldes e centenas de outros simplesmente desertaram.[88] Durante o conflito, o governo russo enviou várias novas armas e materiais para as forças do regime Assad.[89]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

A Síria está dividida em catorze províncias:

No. Província Capital
Governorates of Syria
1 Latakia Latakia
2 Idlib Idlib
3 Alepo Alepo
4 Al-Raqqah Al-Raqqah
5 Al-Hasakah Al Hasakah
6 Tartus Tartus
7 Hama Hama
8 Deir ez-Zor Deir ez-Zor
9 Homs Homs
10 Damasco
11 Rif Dimashq
12 Quneitra Quneitra
13 Daraa Daraa
14 Al-Suwayda Al-Suwayda

Economia[editar | editar código-fonte]

Principais exportações da Síria (em inglês)
Edificíos comerciais em Damasco

Em 2015, a economia síria dependia de fontes de receitas inerentemente incertas, devido a drástica diminuição da arrecadação devido a guerra civil, e o governo se mantinha com graças a linhas de crédito oferecidas pelo governo iraniano.[90] Estima-se que o Irã gaste entre 6 bilhões e 20 bilhões de dólares por ano com a Síria durante a guerra civil.[91] Desde o início do conflito, a economia síria contraiu 60% e a libra síria perdeu 80% do seu valor, sendo que o país tornou-se uma economia estatizada e de guerra.[92] No início da guerra civil, o país era classificado pelo Banco Mundial como um de renda "média-baixa".[93]

Em 2010, a Síria mantinha-se dependente dos setores petrolífero e agrícola.[94] O setor de petróleo responde por cerca de 40% das receitas de exportação.[94] Expedições marítimas comprovaram que grandes reservas de petróleo existem no fundo do mar Mediterrâneo, entre a Síria e o Chipre.[95] O setor agrícola contribui para cerca de 20% do PIB e 20% do mercado de trabalho. No entanto, as reservas de petróleo deverão diminuir nos próximos anos e a Síria já se tornou um importador líquido deste recurso.[94] O governo depende cada vez mais crédito da Rússia e China, além do já mencionado Irã.[96]

A economia é altamente regulada pelo governo, que aumentou os subsídios e apertou os controles de comércio para amenizar os efeitos das manifestações populares e proteger as reservas de moeda estrangeira.[54] Entre os problemas econômicos de longo prazo estão barreiras ao comércio exterior, o declínio da produção de petróleo, o elevado desemprego, o aumento dos défices orçamentais e da pressão sobre o abastecimento de água, causada pelo pesado uso hídrico na agricultura, o rápido crescimento populacional, a expansão industrial e a poluição da água.[54] O PNUD anunciou em 2005 que 30% da população síria vivia em situação de pobreza e 11,4% vivem abaixo da linha da miséria.[32]

A participação do país nas exportações mundiais erodiu gradualmente desde 2001.[97] O crescimento real do PIB per capita foi de apenas 2,5% ao ano no período entre 2000 e 2008.[97] O desemprego é elevado, acima de 10%. A taxa de pobreza aumentou de 11% em 2004 para 12,3% em 2007.[97] Entre os principais produtos de exportação da Síria estão petróleo bruto e refinado, algodão cru, têxteis, frutas e grãos. A maior parte das importações sírias são matérias-primas essenciais para a indústria, veículos, equipamentos agrícolas e máquinas pesadas (dados de 2007). O lucro das exportações de petróleo, bem como as remessas de trabalhadores sírios que vivem no exterior são as fontes mais importantes do governo.[32]

A instabilidade política representa uma ameaça significativa para o desenvolvimento econômico futuro.[98] O investimento estrangeiro é limitado por violência, restrições do governo, sanções econômicas e isolamento internacional. A economia local também continua a ser prejudicada pela burocracia estatal, pela queda na produção de petróleo, pelo aumento dos défices orçamentais e pela inflação.[98]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

A educação é gratuita e obrigatória a partir dos 6 e 12 anos de idade. O sistema de ensino é composto por 6 anos de escolaridade primária, seguido por um período de treinamento geral ou vocacional de 3 anos e um programa acadêmico ou profissional de 3 anos. É necessário o segundo período de formação acadêmica de 3 anos para admissão na universidade. O total de matrículas em escolas pós-secundário é superior a 150 mil. A taxa de alfabetização de sírios com 15 anos ou mais é de 90,7% para o sexo masculino e de 82,2% para o sexo feminino.[99] [100] Desde 1967, todas as escolas, faculdades e universidades têm estado sob estreita supervisão do governo do Partido Baath.[101]

Há seis universidades públicas[102] e 15 universidades privadas[103] no país. As duas principais universidades públicas são a Universidade de Damasco (180 mil alunos)[104] e a Universidade de Alepo. Há também muitos institutos superiores na Síria, como o Instituto Superior de Administração de Empresas, que oferece programas de graduação e pós-graduação em negócios.[105]

De acordo com o Webometrics Ranking of World Universities, as universidades mais conceituadas do país são as de Damasco (3540ª posição), de Alepo (7176ª) e de Tishreen (7968ª).[106]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Autoestrada M5, perto de Al-Rastan

A Síria tem quatro aeroportos internacionais (Damasco, Alepo, Latakia e Al-Qamishli), que servem como hubs para a Syrian Arab Airlines e também são servidos por uma variedade de companhias estrangeiras.

A maioria das mercadorias é transportada pela Chemins de Fer Syriens (a companhia ferroviária síria), que vincula-se com a Turkish State Railways (a homóloga turca). Para um país relativamente subdesenvolvido, a infraestrutura ferroviária está bem conservada com muitos serviços expressos e trens modernos.[107]

A rede rodoviária da Síria se estende por 69 873 quilômetros, sendo que 1.103 km são de vias expressas, o país também tem 900 km de vias navegáveis navegáveis, mas economicamente pouco significativas.[108]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Artes populares[editar | editar código-fonte]

Galeria de arte em Damasco

A Síria conserva atividades artesanais tradicionais, como o trabalho em metal, tafiletería e trabalhos em seda. Ainda se pode encontrar em Damasco, Hama e Aleppo tecedores de seda trabalhando em seus teares de madeira, como faziam seus ancestrais em Ebla tempos atrás. Sopradores de vidro em fornos de cerâmica recordam a seus antepassados que inventaram como colorir o vidro há 3 mil anos. Os artistas ainda desenham heróis épicos quase idênticos aos gravados nas pedras por seus antepassados em 3.000 a.C.[carece de fontes?]

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

No terreno arqueológico Síria conta com uma importante história. Entre 661 e 750, Damasco viveu uma idade de ouro com a Dinastia dos Omíadas que determinou a aparição de um grandioso estilo arquitetónico composto, que combinava influências antigas e bizantinas com tradições sírias e mesopotâmicas.[carece de fontes?]

A arquitetura civil atingiu um refinamento inigualado quando os turcos estenderam sua hegemonia sobre Síria no século XVI. A arte da corte otomana outorga preponderância a decoração, que mistura delicados motivos vegetais com caligrafias sutis.[carece de fontes?]

Festivais[editar | editar código-fonte]

Durante todo ano se celebram na Síria acontecimentos culturais interessantes. Exposições, leituras e seminários são propostos nas Universidades, museus e centros culturais. A pintura e escultura dos artistas locais são expostos em galerias privadas em todo país. Entre os artistas de renome figura o pintor Fateh Mudarress, Turki Mahmud Beyk, Naim Ismail, Maysoun al-Jazairi, Mahmud Hammad y Abd al-Qader Arnaout entre outros.[carece de fontes?]

A repressão política manteve a produção literária quase morta. Com exceção ao autodidata Zakariya Tamir, que viveu em exílio em Londres desde 1978. Sua obra gira em torno da vida diária na cidade, marcada pela frustração e desespero nascidas da opressão social.[carece de fontes?]

Um grande número de festivais musicais ocorrem regularmente na Síria. Destaca-se o Festival de Música de Câmara de Palmira. A televisão conta com dois canais, um em árabe e outro inglês e francês. Além de jornais em árabe, existem jornais locais em inglês.[carece de fontes?]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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