Indústria têxtil

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A indústria têxtil tem como objetivo a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário, artigos têxteis[nota 1] para o lar e uso doméstico (roupa de cama e mesa, tapetes, cortinas etc.) ou em artigos para aplicações técnicas (produtos geotêxteis, airbags, cintos de segurança etc.). As indústrias têxteis têm seu processo produtivo muito diversificado, ou seja, algumas podem possuir todas as etapas do processo têxtil (fiação, tecelagem e beneficiamento) outras podem ter apenas um dos processos .[1]

História[editar | editar código-fonte]

Industria têxtil no mundo[editar | editar código-fonte]

A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Desde o Antigo Egito, já se utilizava o tear antigo. Existiam dois tipos: o tear de Circe e o tear de Penelope, que pode ser vistos nas pinturas gregas. Naquela época, existia uma certa dificuldade em achar matéria prima, por este motivo existia um variado cultivo de fibras, como linho, algodão, seda e .
O cultivo do linho se desenvolveu nas costas da Suécia e simultaneamente, nas margens do Rio Nilo. Enquanto o algodão veio da India. A produção de seda foi descoberta por Aristóteles e levada a Europa por padres, já a lã veio dos estepes da Ásia Central e chegou até a Inglaterra. [2]

Indústria têxtil no Brasil[editar | editar código-fonte]

A indústria têxtil foi uma das pioneiras no processo de industrialização no Brasil. Porém antes mesmo da chegada dos portugueses, os índios já praticavam atividades artesanais, utilizando de técnicas bem primitivas, como o entrelaçamento de manual de fibras vegetais, o que tinha várias finalidades, uma delas era a proteção corporal.
No período colonial, todas as fábricas de tecidos foram fechadas, devido a um alvará de Dona Maria I, exceto as que produziam as roupas para escravos e embalagens. Este alvará tinha como objetivo evitar que agrícolas e extrativistas fossem para as industrias têxteis. O mesmo foi revogado com a chegada de Dom João VI. Porém devido a um tratado entre Portugal e Inglaterra, os tecidos brasileiros não conseguiam competir com os tecidos ingleses.[3]
A automação da indústria têxtil coincidiu com a Revolução Industrial, quando as máquinas, até então acionadas por força humana ou animal, passaram a ser acionadas por máquinas a vapor e, mais tarde, motores elétricos. É interessante observar também que a indústria têxtil foi pioneira no controle de máquinas por dispositivos binários, através dos cartões perfurados usados nos teares Jacquard. [4]

Produção[editar | editar código-fonte]

É dividida basicamente em fiação, tecelagem, malharia, beneficiamento de tecidos e confecção, podendo ser uma indústria verticalizada, com todos os processos, ou ainda ter somente uma ou algumas fases da produção. Outros processos intermediários como por exemplo: engomadeira ou engomagem. A indústria têxtil possui também setores administrativos, manutenção e apoio. A indústria têxtil pertence a cadeia produtiva têxtil, cujo início se encontra nos produtores de matérias-primas (algodão e demais fibras), insumos (corantes têxteis, pigmentos têxteis, produtos auxiliares etc), e nos fabricantes de máquinas e equipamentos têxteis. A mesma encerra-se no comércio de venda final ao consumidor ..

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. O adjetivo têxtil - na sua forma plural - têxteis é muitas vezes empregado, por economia de fala ou mesmo ignorância, sem o antecedente substantivo que este deve qualificar, mais usual e frequentemente qualifica o substantivo: artigo, cujo plural é artigos com o sentido de mercadoria ou produtos. Não há um substantivo com a forma plural têxteis, existe apenas o adjetivo têxtil no plural têxteis antecedido sempre pelo substantivo respectivo no plural que este adjetivo qualifica. Vide adjetivo têxtil

Referências

  1. The Textile Revolution History of the Textile Industry About. Visitado em 3 de novembro de 2013.
  2. http://www.cataguases.com.br/Pagina.aspx?105
  3. http://www.sindimalhas.com.br/estudos_conteudo,14,6.html
  4. MINAS AMBIENTE/CETEC. Controle Ambiental na Indústria Têxtil: Acabamento de malhas. Belo Horizonte, 2002.
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