Reino de Portugal

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Reino de Portugal
1139 – 1910 Flag of Portugal.svg
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Lema nacional
In hoc signo vinces (Por este sinal conquistarás)

Vis Unita Maior Nunc et Semper (A unidade é a maior força, agora e para sempre)

Hino nacional
Hymno Patriótico (1808-1826)

Hymno da Carta (1826-1910)
Localização de Portugal
O Reino de Portugal em 1910
Continente Europa
Capital Coimbra (1139-1255)
Lisboa[a] (1255-1808)
Rio de Janeiro (1808-1822)
Angra do Heroísmo(1830-1834)(Guerra Civil Portuguesa)
Lisboa (1822-1910)
Língua oficial Português
Religião Igreja Católica Romana
Governo Monarquia (1139-1668)
Monarquia Absoluta (1668-1820 / 1828-1834)
Monarquia Constitucional (1820-1828 / 1834-1910)
Monarca
 • 1139-1185 D. Afonso Henriques (primeiro)
 • 1908-1910 D. Manuel II (último)
Primeiro-ministro
 • 1834 - 1835 Pedro de Sousa Holstein (primeiro)
 • 1910 - 1910 António Teixeira de Sousa (último)
Legislatura Cortes (1826-1828 / 1834-1836 / 1842-1910)
 - Câmara Alta Câmara dos Pares
 - Câmara Baixa Câmara dos Deputados
História
 • 26 de Julho de 1139 Estabelecimento
 • 1 de Dezembro de 1640 Restauração da Independência
 • 24 de Agosto de 1820 Revolução Liberal
 • 7 de Setembro de 1822 Independência do Brasil
 • 5 de Outubro de 1910 Revolução de 5 de Outubro
Área
 • 1910 92 391 km2
População
 • 1910 est. 5 969 056 
     Dens. pop. 64,6/km²
Moeda Dinheiro português (1139–1433)
Real Português (1433–1910)
Precedido por
Sucedido por
PortugueseFlag1095.svg Condado Portucalense
Flag of the Couto Misto.svg Couto Misto
Blank.png Almorávidas
Flag of Almohad Dynasty.svg Califado Almóada
Flag of Morocco 1258 1659.svg Merínidas
Portugal Flag of Portugal.svg
a. Capital movida para Rio de Janeiro (1808-1815) e durante a primeira dinastia localizada em Coimbra de 1139 a 1255.

O Reino de Portugal era a denominação de Portugal sob a governação de um regime monárquico, e no início ainda sem o reino dos Algarves.

Este reino localizava-se no oeste da península Ibérica, Europa. Existiu de 1139 a 1910, tendo 771 anos de duração, 35 monarcas e 4 dinastias, tendo a primeira (Afonsina ou Borgonha): 9; a de Avis: 9; a Filipina: 3 e a de Bragança: 14.

Após a implantação da república portuguesa em 5 de outubro de 1910, foi substituído por uma república, pela Primeira República Portuguesa que tinha dado os primeiros passos para a sua implantação com o regicídio de 1908 e, definitivamente implantada, após a revolução de 5 de outubro de 1910.

Origens e fim[editar | editar código-fonte]

O Condado Portucalense (1093-1139) era um ducado integrante do reino da Galiza e, depois, do Reino de Leão (910-1230).

O procedimento da sua independência deu-se em três momentos fulcrais:

  • Mas só com a Bula Manifestis Probatum de 1179 é que é definitivamente reconhecida a independência de Portugal pelo Papado, a autoridade máxima nas relações internacionais na altura. Por esta bula, o Papa reconhece o rei de Portugal como seu vassalo directo.

Este é o início da dinastia Afonsina (ou de Borgonha), esta, por sua vez, originária da família ducal de Borgonha e ascendente da última família real portuguesa, a Casa de Bragança.

Por oitocentos anos, reis comandaram Portugal e conquistaram diversos territórios formando o vasto império ultramarino português. A classe dominante e abastada por todo este período, foi a nobreza portuguesa, que gozava de diversos privilégios.

Em 1908, o Rei Carlos I de Bragança foi morto (regicídio), em Lisboa. A monarquia portuguesa durou até 5 de outubro de 1910, quando através de uma revolução foi derrubada a monarquia e proclamada a república portuguesa. O derrube da monarquia em 1910 conduziu a dezesseis anos de luta para sustentar a democracia parlamentar no âmbito do republicanismo.

Os descobrimentos[editar | editar código-fonte]

A partir da conquista de Ceuta em 1415, iniciaram-se várias campanhas além-mar, na conquista de praças em África, como Ceuta e Tânger. Vendo a riqueza com que se vivia na região, os portugueses empenharam-se em descobrir mais e mais territórios. O pretexto inicial da conversão cristã começava a revelar-se agora um verdadeiro espírito aventureiro, o gosto por descobrir e, ao mesmo tempo, enriquecer. Portugal inicia uma longa caminhada pela costa Africana, redescobrindo a Madeira, Açores e descobrindo São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola e a Guiné até que D. João II, baseado em boatos que procurou esclarecer, inicia o planeamento de um projecto que iria lançar Portugal entre as potências mundiais: uma rota comercial marítima para a Índia. O projecto passa a empreendimento, e eis que Vasco da Gama, já no tempo de D. Manuel I, vê a luz ao oceano Índico e espalha a presença portuguesa pela costa oriental africana, até a Índia. Para alicerçar esse fundamento segue-se o Tratado de Tordesilhas, com a Espanha, que resolve a bem antecipadamente uma fricção que se antevia entre estas as duas super-potências em crescimento, para a partilha desse mundo que passava a ser alcançado por mar. Entretanto tomava-se conhecimento, através de Cristóvão Colombo, de novo território a oeste, as mais tarde chamadas Índias ocidentais, as Américas, portanto. E seria Pedro Álvares Cabral que traria, para o novo império ultramarino português, o Brasil(ver Brasil colônia), em 1500.

Com todas as suas colónias estabelecidas, Portugal tornou-se rapidamente um importante explorador comercial, tornando a península Ibérica a maior potência mundial da época.

O Império Português[editar | editar código-fonte]

Império Português
Descobrimentos portugueses de 1415-1543, principais rotas no oceano Índico (azul), territórios portugueses no reinado de D. João III (verde).
Descobrimentos portugueses de 1415-1543, principais rotas no oceano Índico (azul), territórios portugueses no reinado de D. João III (verde).
O Império Português
O Império Português

Através dos tempos, o reino de Portugal construiu o que era conhecido como o Império Português, desde 1415 com a conquista de Ceuta. Com o tempo algumas colônias foram conquistando a sua independência, como o Brasil, que desde 7 de setembro de 1822 tornou-se independente, formando o Império do Brasil, tendo sido governado pela família imperial brasileira, um ramo da Casa de Bragança.

Em 5 de outubro de 1910, com a proclamação da república em Portugal, o restante do império passou para o controle da atual República Portuguesa. Isso acaba nos finais do século XX, quando o último território ultramarino de Portugal foi entregue (Macau, (1999), ficando Portugal apenas com dois territórios ultramarinos (depois regiões autónomas).

Dinastia Filipina[editar | editar código-fonte]

Em 1580, com a morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, Portugal enfrenta uma crise dinástica cuja análise se mostrou complexa. Apesar dos esforços de D. António, o Prior do Crato, o trono caiu nas mãos dos reis de Espanha, sob a forma de monarquia dual - dois reinos, um rei.

Durante a dinastia Filipina, o império português sofreu grandes reveses ao ser envolvido nos conflitos de Espanha com a Inglaterra, a França e a Holanda. Os confrontos foram iniciados a pretexto da Guerra dos Oitenta Anos. Entre 1595 e 1663 foi travada a Guerra Luso-Holandesa com as Companhias Holandesas das Índias Ocidentais e Ocidentais, que tentavam tomar as redes de comércio portuguesas de especiarias asiáticas, escravos da áfrica ocidental e açúcar do Brasil. Portugal foi envolvido no conflito por estar unificado sob a coroa dos Habsburgos, mas os confrontos perduraram vinte anos após a Restauração da Independência em 1 de dezembro de 1640.

Face ao ocorrido, e à instabilidade social provocada pela quebra de promessas pelos reis castelhanos, Portugal vive um período de guerra interna pela restauração da Independência, até conseguir a Paz que elevaria D. João IV e a sua Casa de Bragança ao trono português.

Após 1640 (fim da dinastia filipina), a Coroa Portuguesa criou o Conselho Ultramarino, encarregado de uma nova política colonial, com o objetivo de superar a situação económica enfrentada pela Metrópole. Neste contexto, o Brasil, como a maior e a mais rica das colónias, foi alvo de um arrocho económico e administrativo, e ao mesmo tempo, estimulou-se a busca pelo ouro e pedras preciosas. Assim, procurou-se reduzir os poderes das câmaras municipais, caracterizados no localismo político dos “Homens Bons” da Colónia.

Era pombalina e iluminismo[editar | editar código-fonte]

Eventos
Aclamação de D. João IV
Aclamação de D. João IV
Marquês de Pombal e a reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1755
Marquês de Pombal e a reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1755
Embarque para o Brasil da família real e da nobreza portuguesa, no cais de Belém, em 27 de novembro de 1807. Gravura feita por Francisco Bartolozzi (1725 - 1815) a partir de óleo de Nicolas Delariva.
Embarque para o Brasil da família real e da nobreza portuguesa, no cais de Belém, em 27 de novembro de 1807. Gravura feita por Francisco Bartolozzi (1725 - 1815) a partir de óleo de Nicolas Delariva.
Batalha Naval do Cabo de São Vicente
Batalha Naval do Cabo de São Vicente

No princípio do século XVIII, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, assume o cargo de primeiro-ministro de Portugal, e torna-se responsável por reformas em várias áreas. Introduziu em Portugal a doutrina do "direito divino dos reis", revelando-se um déspota esclarecido ao serviço de um apagado rei absoluto, Dom José I. Os jesuítas, defensores do pacto de sujeição do rei à república, foram naturalmente expulsos. As cortes nunca se reuniram. Foi muito contestado pela sua crueldade e rigidez, evidente no processo dos Távora. A reconstrução da baixa de Lisboa, após o terramoto de 1755, expressa os conceitos urbanos e estéticos do iluminismo. Relativamente ao Brasil, o marquês considerava-o uma colónia estritamente dependente de Lisboa e ao serviço do enriquecimento do Reino de Portugal.

As invasões francesas[editar | editar código-fonte]

Com a derrota da Prússia em 1806 e a aliança franco-russa de 1807 (Tratado de Tilsit), Napoleão Bonaparte orienta a sua política para a Espanha, formalmente um país aliado, mas cuja dinastia Napoleão, à semelhança do que fizera noutros estados, pretende substituir pela dinastia Bonaparte. É neste contexto que se deve situar a invasão de Portugal, aliado da Inglaterra e, portanto, não aderente ao sistema do Bloqueio Continental decretado em 1806 (Decreto de Berlim).

Para conseguir os seus intentos, Napoleão celebra com a Espanha o Tratado de Fontainebleau (27 de outubro de 1807), no qual previa a divisão de Portugal em três reinos sob a influência da França. Ao mesmo tempo, Napoleão planeava já apoderar-se do Brasil e das colónias espanholas. O plano é executado logo no Outono de 1807, com a invasão de Portugal por um exército comandado pelo general Jean-Andoche Junot, que atingiria a fronteira portuguesa da Beira Baixa no final de novembro. Na invasão, as tropas francesas foram reforçadas por três corpos do exército espanhol. Porém, todos os planos de Napoleão fracassaram. A família real portuguesa, toda a corte e o governo, num total de cerca de 15 mil pessoas, partiram para o Brasil, de onde foi prosseguida, com inegável êxito, a política internacional portuguesa. Com a rebelião popular espanhola, as tropas espanholas abandonam Portugal, deixando margem para a revolta do Porto (7 de junho de 1808) e para a constituição da junta provisional, ao mesmo tempo que, em todo o território português alastra um movimento de resistência popular que nem a feroz repressão das forças francesas, em que se destacou especialmente o general Loison (o famigerado «maneta»), conseguiria debelar. O desembarque de uma força expedicionária britânica comandada por Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington, perto da Figueira da Foz (1 de agosto) deitará por terra os planos de ocupação e dissolução de Portugal. Derrotado em Roliça e Vimeiro (21 de agosto), Junot não tem outra alternativa senão assinar um armistício (Convenção de Sintra, de 30 de agosto de 1808), que, sob protesto português, lhe permitirá abandonar Portugal em navios britânicos, com as suas tropas e o seu saque. Estava concluído o fruste domínio de Napoleão Bonaparte sobre Portugal, ao mesmo tempo que a guerra alastrava a toda a península Ibérica, acabando por comprometer toda a política imperial da França.

Nas duas invasões subsequentes, a de Soult (1809) e a de Massena (1810), a resistência luso-britânica, que culminou nas batalhas do Buçaco (27 de setembro de 1810) e das Linhas de Torres Vedras, quebrou as asas à política imperial e aos sonhos de domínio sobre a península. No Rio de Janeiro, o governo português, chefiado por D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Conde de Linhares, obtinha da Inglaterra o cumprimento do Tratado de Londres de 1807, ao mesmo tempo que mandava tomar a Guiana Francesa, só restituída à França após o Congresso de Viena.

A Revolução Liberal de 1820[editar | editar código-fonte]

Nos inícios do século XIX Portugal vivia uma crise motivada pela partida da família real para o Brasil, pelas consequências destrutivas das Invasões Napoleónicas, pelo domínio dos ingleses sobre Portugal e pela abertura dos portos do Brasil ao comércio mundial, o que tinha provocado a ruína de muitos comerciantes portugueses. Ao mesmo tempo, a ideologia liberal implantava-se em pequenos grupos da burguesia.

No dia 24 de agosto de 1820 eclodiu no Porto uma revolução cujo objectivo imediato era convocar Cortes que dotassem Portugal de um texto constitucional.

Cortes portuguesas

Esta revolução não encontrou oposição. Tendo a cidade de Lisboa aderido ao movimento, formou-se uma junta provisória cujo objectivo era organizar as eleições para eleger as cortes. Os deputados eleitos, oriundos de todo o território controlado por Portugal (Brasil, Madeira, Açores, dependências da África e Ásia) formaram as cortes constituintes.

O rei D. João VI foi intimado pelas cortes a regressar a Portugal. Antes de voltar nomeia o seu filho, o príncipe D. Pedro de Alcântara, regente do reino do Brasil, o que desagradou às cortes constituintes que entendiam que a soberania só poderia residir em Portugal continental. As cortes ordenaram também que D. Pedro deixasse o Brasil para se educar na Europa. Estas atitudes geraram o descontentamento dos 65 deputados brasileiros nas cortes constituintes, que deixam o país em direcção ao Brasil. No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe D. Pedro recebe mais uma mensagem das cortes, que rasga diante dos seus companheiros, exclamando: "Independência ou morte!". Este acto, conhecido como o grito de Ipiranga, marcaria a data da independência do Brasil.

No mesmo ano, as cortes aprovaram a constituição. Inspirada na constituição francesa de 1791 e na Constituição de Cádis de 1812 , consagra a divisão tripartida dos poderes - legislativo, executivo e judicial, limita o poder do rei português, colocando a maior parte no governo e num parlamento unicamaral eleito por sufrágio directo. Isso mostra a forte influência iluminista na época.

Guerra Civil Portuguesa (1828-1834)[editar | editar código-fonte]

D. Pedro, como Duque de Bragança
D. Pedro, como Duque de Bragança
D. Miguel I
D. Miguel I

Com a morte de D. João VI, levantava-se um problema de sucessão. Após D. Pedro IV ter sido forçado a abdicar do trono de Portugal em favor do trono do Brasil, D. Maria II subia ao trono por legitimidade. Entretanto, D. Miguel, que já se revoltara pelo menos duas vezes e estava exilado em Viena, foi nomeado regente do reino, e o casamento com D. Maria seria arranjado. Em 1827, D. Miguel partiu de Viena e em dezembro chegou na Inglaterra, onde conheceu o Duque de Wellington, que na época era o primeiro-ministro do partido conservador e incentivara D. Miguel a restabelecer o antigo regime em Portugal, o regente conheceu o rei Jorge IV e também visitou alguns locais sendo bem recebidos pelos britânicos. Em 13 de janeiro de 1828, ele partiu de Londres rumo a Lisboa, em 22 de fevereiro, a fragata Pérola entrou no rio Tejo sendo recebida por salvas de canhão dos navios e das colinas, ao desembarcar uma multidão lhe esperava com aplausos, sinos de algumas igrejas tocando, hinos sendo cantados, flores sendo jogadas do alto das janelas, o povo gritava nas ruas: Viva o Senhor D. Miguel I nosso rei absoluto enquanto outros gritavam: Morte para D. Pedro e Morte para a constituição liberal. Esse apoio popular é explicado pelas décadas de guerras, invasões e revoltas que arruinaram o país que também perdeu o status de Métropole para o Brasil, o povo logo acreditou que somente um rei forte poderia salvar a nação, além disso os liberais eram maçônicos anticlericais e anticatólicos justo num país onde quase cem por cento da população era católica tendo um grande apreço pela Igreja Católica, pois esta era a principal instituição de caridade fornecendo alimento e abrigo aos mendigos e necessitados, também D. Miguel era um católico bastante devoto e via a Maçonaria como um dos sérios problemas do país.

Bandeira Liberal
Bandeira Liberal
Bandeira Absolutista
Bandeira Absolutista

Em 13 de março de 1828, D. Miguel dissolveu as cortes e nem convocou novas eleições. Em 7 de julho de 1828, as novas cortes aclamam D. Miguel I como legítimo rei de Portugal sendo reconhecido pela Santa Sé, Espanha e Estados Unidos, pouco tempo depois tropas liberais da cidade do Porto revoltaram-se e marcharam para Coimbra, mas D. Miguel reorganizou suas tropas que reprimiram os liberais, em Lagos, os liberais também se revoltam e novamente são derrotados e presos, muitos fogem para a Espanha e Inglaterra. Na tentativa de impor o seu regime absolutista, D. Miguel depôs o regime monárquico-constitucional de D. Maria dando início a seis anos de conflitos armados com intervenções da política internacional. As ilhas da Terceira e da Madeira juram fidelidade a D. Maria, tropas miguelistas tomam a Madeira, mas quando tentam desembarcar na Terceira, o Duque da Terceira que havia reconstruído as defesas da ilha, derrota os miguelistas em logo os Açores fica na mãos dos liberais. Para piorar, em 1830, o Duque de Wellington saiu do governo e o novo primeiro-ministro já não via D. Miguel I como rei preferindo ajudar os liberais, também o rei francês Carlos X foi deposto e o novo rei Luís Filipe I também não considerava-o como rei e com os ataques de portugueses aos estrangeiros franceses e ingleses que apoiavam os liberais, França e Inglaterra intervêm na guerra favorecendo os liberais, uma frota francesa entra no Tejo e captura oito navios portugueses.

Para resolver a situação, D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal abdica do trono brasileiro para o seu filho D. Pedro de Alcântara (futuro imperador Dom Pedro II do Brasil), e impõe-se pela força; viaja à Inglaterra, onde monta uma força militar e desembarca nos Açores, controlado pelos liberais de lá, apoiado pela Espanha e Inglaterra; em seguida D. Pedro junto com o Duque da Terceira e o Duque de Saldanha desembarca 12 000 soldados liberais na cidade do Porto, que era guarnecida por 60 000 absolutistas. Os liberais logo tomam os principais pontos da cidade, pegando os absolutistas de surpresa; após a conquista do Porto, as tropas liberais podem avançar pelo interior do país. Em 1833, o Duque da Terceira desembarca em Faro, no Algarves, apoiado por uma frota britânica, e marcha por todo o Alentejo até capturar Lisboa; enquanto isso, a frota britânica ataca e derrota a frota absolutista na Batalha do Cabo de São Vicente. D. Maria II é aclamada Rainha de Portugal e seu pai D. Pedro torna-se o regente. O exército miguelista retira-se para Santarém, onde D. Miguel I estabelece sua nova base de operações; entretanto, o seu antigo aliado o infante espanhol Carlos de Bourbon decide retirar-lhe o seu apoio, e o general espanhol José Ramón Rodil y Campillo entra em Portugal para perseguir D. Carlos de Bourbon e seu pequeno exército durante as Guerras Carlistas; enquanto isso, o Duque da Terceira derrota os miguelistas na Batalha de Asseiceira, em 16 de maio de 1834, D. Miguel fugiu de Santarém indo para Elvas, sendo que quando estava em Évora os seus generais aconselharam-lhe à se render na Convenção de Évora Monte, e permitir a restauração da Carta Constitucional de 1826 e do trono de D. Maria II. Assim, além de derrotar o irmão D. Miguel, colocar sua filha no trono e restaurar a constituição, D. Pedro ainda compôs a música do Hymno da Carta que se tornou, de certa forma, o hino português até 1911. Logo em seguida, D. Pedro falece vítima de tuberculose.

Monarquia constitucional[editar | editar código-fonte]

Monarquia constitucional
D. Maria II
D. Maria II
D. Pedro V
D. Pedro V
D. Luís I
D. Luís I
D. Carlos I
D. Carlos I
D. Manuel II
D. Manuel II

Durante o reinado de D. Maria II, Portugal experimentou um desenvolvimento educacional impulsionado pela rainha que construiu escolas e universidades, também reformulou o sistema educacional português, quando faleceu em 1853, foi sucedida pelo filho D. Pedro V, considerado como um grande monarca por sua generosidade e bondade visitando doentes, ajudando os necessitados, construindo hospitais e instituições de caridade, foi no seu reinado que em 1855, foi inaugurado o primeiro telégrafo elétrico do país e em 1856, a primeira ferrovia ligando Lisboa à Carregado.

Em 1861, a morte repentina, vítima de febre tifoide, de D. Pedro V aos 24 anos de idade fez com que seu irmão D. Luís I assumisse o trono, no seu reinado surgiram dois importantes partidos políticos, o Partido Regenerador e o Partido Progressista, que se revezavam no poder iniciando um período conhecido como Rotativismo, sob o comando do primeiro-ministro Fontes Pereira de Melo, um período de desenvolvimento foi impulsionado, ferrovias foram construídas, fábricas, portos, estradas, também ocorreu a abolição da escravatura em Portugal, o fim da pena de morte, a promulgação do primeiro código civil. Em 1884, Portugal propôs a criação da Conferência de Berlim para definir os territórios europeus na África, resultando no Mapa Cor-de-Rosa que pretendia unir as colônias portuguesas de Angola e Moçambique, entretanto a oposição britânica obrigou os portugueses à desistirem do seu projeto no Ultimato Britânico de 1890, pois os britânicos desejavam construir uma ferrovia que ligasse o Cairo à Cidade do Cabo. Foi também no reinado de Luís I que foi criado o Partido Republicano Português que era composto por membros da Maçonaria e da Carbonária, além disso surgiu movimentos intelectuais como o Realismo tendo Eça de Queiroz como grande escritor português do século XIX. O rei financiou expedições e pesquisas oceanográficas utilizando boa parte de sua fortuna nisso, além de construiu um dos primeiros aquários do mundo. O rei morreu em 19 de outubro 1889, sendo sucedido pelo filho D. Carlos I.

Ultimato britânico de 1890[editar | editar código-fonte]

O rei D. Carlos I assumiu o trono em 1889, no mesmo ano o imperador D. Pedro II do Brasil era deposto sendo padrinho de baptizado do infante D. Manuel nascido em 15 de novembro de 1889. Em 1890, os britânicos através do ultimato britânico de 1890 impedem a anexação portuguesa de territórios africanos que permitiria a ligação entre as colónias portuguesas de Angola e Moçambique, pois os britânicos desejavam construir uma linha férrea que ligaria suas colónias do Cairo à Cidade do Cabo.

Portugal não tinha forças terrestres e marítimas para uma eventual guerra contra a Inglaterra, o governo cede à pressão britânica desistindo dos novos territórios preferindo fortalecer e aumentar sua influência em suas antigas colónias expandindo-as para o interior.

Os territórios sob o interesse português em rosa.

As guerras na África criaram vários heróis nacionais como Paiva Couceiro, Mouzinho de Albuquerque, Aires de Ornelas, Caldas Xavier, permitindo a colonização do interior destas colónias assim como a pacificação delas combatendo líderes tribais que se opunham ao domínio português. Quando os portugueses aceitaram o ultimato britânico, o velho explorador português Silva Porto, que não conseguiu autorização de um líder tribal para a permanência de tropas de Paiva Couceiro em seu território, além disso foi humilhado pelo líder, ele então preferiu se enrolar numa bandeira portuguesa e em seguida detonou os barris de pólvora, morrendo no dia seguinte.

Revolta de 31 de janeiro de 1891[editar | editar código-fonte]

O ultimato britânico e a consequente morte de Silva Porto, exaltou os ânimos dos portugueses, uma canção patriótica conhecida como A Portuguesa foi composta, sendo inicialmente uma canção contra os britânicos tendo a letra um tom provocatório dizendo "contra os bretões, marchar, marchar!", mas o verso foi substituído em 1957, modificado para "contra os canhões, marchar, marchar!". Com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil, a canção logo se popularizou. Na madrugada de 31 de janeiro de 1891, vários republicanos e militares revoltam-se na cidade do Porto, os rebeldes tomam a câmara municipal e um dos líderes Alves da Veiga proclama a república, uma bandeira vermelha e verde é hasteada, A Portuguesa é utilizada como hino dos rebeldes e a multidão em festejo decide tomar a Estação de Correios e Telégrafos. Durante o caminho, tropas da guarda municipal, posicionados na Igreja de Santo Ildefonso no topo da rua, ouvindo tiros, provavelmente vindos da multidão, reagem fuzilando vários civis e militares. O povo corre em debandada, entretanto 300 rebeldes montam uma barricada em frente da câmara municipal, mas a guarda municipal com o apoio da artilharia, cavalaria e infantaria derrotam os últimos resistentes às dez horas da manhã. Alguns líderes conseguiram fugir, Alves da Veiga foi para França, o jornalista Sampaio Bruno e o advogado António Claro foram para Espanha e o alferes Augusto Malheiro fugiu para o Brasil. Centenas de envolvidos foram julgados e deportados para as colónias, enquanto A Portuguesa foi banida sendo proibida sua execução em qualquer local.

Enfraquecimento do regime[editar | editar código-fonte]

João Franco

Com o ultimato britânico e a Revolta de 1891, o regime fica desgastado, e para piorar o Rotativismo já não estava funcionando como antes, as despesas para manter a infra-estrutura do país ajudam para o esgotamento das finanças obrigando o governo à decretar falência em 1891. Em 1901, uma ala do Partido Regenerador se dissocia formando o Partido Regenerador Liberal sob a liderança de João Franco. Em 1905, ocorre uma ruptura no Partido Progressista formando um outro chamado Dissidência Progressista. No início do século XX, a situação estava complicada, a Questão dos Tabacos gerou confusão e a queda de dois gabinetes. Quando o primeiro-ministro Hintze Ribeiro caiu D. Carlos I nomeou João Franco como novo primeiro-ministro em maio de 1906. Franco resolveu a Questão dos Tabacos conseguindo o monopólio estatal sobre a Companhia dos Tabacos de Portugal. Em 1907, uma greve acadêmica na Universidade de Coimbra e as agitações sociais foram utilizadas como pretexto para Franco convencer o rei à dissolver o Parlamento e adiar as novas eleições, os progressistas que acreditavam que seriam chamados para governar após a queda de Franco ficaram irritados com as atitudes dele, a oposição acusou o governo de Franco de ditadura. Em 1907, o príncipe-herdeiro D. Luis Filipe de Bragança viaja para as colônias portuguesas africanas, onde reafirma a soberania portuguesa sobre estas impedindo que os britânicos as tomassem. Em 1908, o clima político estava tenso, os republicanos planejavam um novo golpe com o apoio dos dissidentes progressistas, não havia certeza sobre o objetivo do golpe, inicialmente era para obrigar o rei à abdicar, depois preferiram derrubar João Franco e depois assassiná-lo enquanto outros achavam que era para implantar a república. Entretanto um policial fica sabendo do golpe por meio de um amigo que tentou convencê-lo à participar, mas o policial avisou aos superiores e Franco ao saber do plano pôs as tropas leais em alerta assim como a guarda municipal em pontos estratégicos, também prendeu líderes golpistas desorganizando assim o movimento. Em 28 de janeiro de 1908, os golpistas se reuniram no Elevador da Biblioteca, onde pretendiam proclamar a república, vários republicanos se concentraram ali, entre eles estava Afonso Costa, houve algumas escaramuças em algumas partes da capital entre os golpistas e governistas, finalmente o golpe foi esmagado e vários golpistas foram presos. Franco aproveitou essa oportunidade para conseguir a autorização do rei para deportá-los para as colônias africanas.

O regicídio[editar | editar código-fonte]

Proclamação da República
Assassinato do rei e do príncipe herdeiro
Assassinato do rei e do príncipe herdeiro
Cruzador Adamastor
Cruzador Adamastor
Revoltosos nas barricadas na Rotunda, 5 de outubro
Revoltosos nas barricadas na Rotunda, 5 de outubro
Revoltosos carbonários defendendo uma barricada, 5 de outubro
Revoltosos carbonários defendendo uma barricada, 5 de outubro
José Relvas proclama a República Portuguesa
José Relvas proclama a República Portuguesa

Em 1 de fevereiro de 1908, o rei D. Carlos I, sua esposa D. Amélia de Orleães, os príncipes D. Luis Filipe de Bragança e D. Manuel regressaram a Lisboa após as suas férias em Vila Viçosa, antiga morada dos Bragança, depois de pegarem um comboio que descarrilou, chegaram na capital a bordo do vapor "D. Luís", desembarcando no Terreiro do Paço, de lá seguiram em carruagem aberta pela praça quando dois republicanos e membros da Carbonária, Manuel Buíça e Alfredo Costa assassinaram o rei, o príncipe D. Luís Filipe tentou reagir, mas foi ferido no peito, entretanto conseguiu dar quatro tiros em Alfredo Costa quando a rainha D. Amélia estava batendo nele com o seu ramalhete de flores, porém Buíça atinge-lhe a face esquerda, o infante D. Manuel tentou socorrer o irmão enxugando o sangue que escorria, mas o seu lenço fica logo ensopado e ele é atingido no braço por um atirador desconhecido, a rainha foi a única que saiu ilesa, os assassinos são mortos pela polícia e o tiroteio acaba.

Ao chegarem no Arsenal da Marinha, constata-se a morte do rei D. Carlos I e o seu filho mais velho, o príncipe real D. Luis Filipe de Bragança, D. Manuel II assume o trono e João Franco é demitido. O Regicídio de 1908 chocou o mundo, pois o Rei, amigo de vários chefes de estado, era um estadista e diplomata notável, artista de talento e oceanógrafo competente que, pela sua craveira superior, se destacava no conjunto de uma sociedade mediocre.

Em 1932, após a morte do último rei de Portugal, uma alegada filha natural de D. Carlos I[2] e, portanto, alegadamente, meia-irmã do rei D. Manuel II, conhecida como D. Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança,[3] sustentando-se no texto das Cortes de Lamego que definiam que «se el Rey falecer sem filhos, em caso que tenha irmão, possuirá o Reyno em sua vida», ainda reclamou a chefia da Casa Real e defendeu ser a legítima Rainha de Portugal.[4]

Proclamação da República[editar | editar código-fonte]

Após o regicídio, iniciou a política das acalmações, o almirante Ferreira do Amaral assumiu o cargo de primeiro-ministro conseguindo acalmar os ânimos, mas logo ele adere à causa republicana. Em 3 de outubro de 1910, o governo soube da nova tentativa de golpe então alertou as tropas leais para prepararem-se para o golpe. Após o jantar de recepção ao presidente do Brasil Hermes da Fonseca, D. Manuel II retornou ao Paço das Necessidades. Pouco depois, o psiquiatra e republicano Miguel Bombarda foi assassinado por um de seus pacientes, os republicanos então decidiram adiar o golpe, mas o almirante Cândido dos Reis recusou ordenando o ataque. O comissário naval Machado Santos conseguiu o apoio do Regimento de Artilharia 16 que uniu-se aos republicanos, ele junto com os soldados e carbonários aquartelaram outros regimentos de artilharia, infantaria e caçadores, seguiram para a Rotunda, onde se entrincheiraram com algumas centenas de praças e civis. Em Alcântara, a guarnição se rebelou.

O tenente Mendes Cabeçadas assumiu o comando do Adamastor para apoiar os republicanos, o D. Carlos I também se rebelou seguido pelo São Rafael. Entretanto os 3 tiros de canhão que era o sinal para o início da revolução, só dispararam 1, o almirante Cândido Reis, que esperava os três tiros para tomar o comando de todos os navios, ao ouvir apenas um tiro foi informado por oficiais que o golpe havia fracassado, ele então vai para a casa da irmã, onde comete suicídio com um tiro na cabeça.

Combates se iniciaram na Rotunda, o capitão Paiva Couceiro atacou os rebeldes, enquanto membros da Carbonária assumiam o controle das comunicações telegráficas, impedindo a comunicação do governo com o resto do país. O São Rafael bombardeia os edfícios dos ministérios sob os olhos dos brasileiros e de Hermes da Fonseca que estavam a bordo do Encouraçado São Paulo. O Paço das Necessidades foi bombardeado pelo Adamastor e pelo São Rafael, D. Manuel II tentou telefonar, mas as linhas foram cortadas, reforços de artilharia vindos de Queluz foram enviadas para atacar os rebeldes na Rotunda. À tarde, o Rei, aconselhado pelos ministros seguiu para Mafra, acreditando que com os 800 praças poderia resistir, mas como era férias só havia 100 praças em Mafra. Na madrugada de 5 de outubro, as tropas de Paiva Couceiro descobriram a localização das tropas de Machado Santos, os monarquistas bombardearam a posição republicana causando pânico entre os rebeldes, mas às oito horas foi ordenado um cessar-fogo para um armistício de uma hora.

Bandeira da República Portuguesa

Quando o embaixador alemão portando uma bandeira branca para pedir um armistício aos republicanos para a evacuação de civis estrangeiros, os republicanos acreditaram que os monarquistas estavam se rendendo, então muitos saíram às ruas dando vivas à república e cantando A Portuguesa. Às nove horas da manhã de 5 de outubro de 1910, José Relvas proclama a república na varanda do edifício da câmara municipal, sendo formado um Governo Provisório, presidido por Teófilo Braga e membros do Partido Republicano Português e em 1911, Manuel de Arriaga é eleio primeiro Presidente da República iniciando o período da Primeira República Portuguesa até 1926. D. Manuel II ao saber da proclamação da república, embarca no Iate Amélia IV na Ericeira junto com a mãe e a avó D. Maria Pia de Saboia, pretendendo ir para o Porto para conseguir apoio das tropas monarquistas, mas o capitão avisou que não iria porque se o Porto não os recebesse o navio não teria combustível para chegar em outro porto. Decidiram então rumar para Gibraltar, de lá o rei soube que o Porto também aderiu à república, ele então decidiu se exilar na Inglaterra marcando o fim de 767 anos de monarquia.

Reis de Portugal[editar | editar código-fonte]

Casa de Borgonha (1139 - 1385)

Casa de Avis (1385 - 1580)

Casa de Habsburgo (1581 - 1640)

Casa de Bragança (1640 - 1836)

Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gota (1836 - 1910)

Referências

  1. Wilner, Hero, Weiner, p. 190
  2. PAILLER, Jean; Maria Pia: A Mulher que Queria Ser Rainha de Portugal. Lisboa: Bertrand, 2006.
  3. "...aquela que se conhecia por S.A.R. Dona Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança, Princesa Real de Portugal" (Pailler, 2006, p.12).
  4. SOARES, Fernando Luso; Maria Pia, Duquesa de Bragança contra D. Duarte Pio, o senhor de Santar. Lisboa: Minerva, 1983.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Joaquim Veríssimo Serrão, História de Portugal: Do mindelo á regeneração (1832-1851)
  • José Mattoso, António Manuel Hespanha, História de Portugal 4: O Antigo Regime (1620-1807), (1998) ISBN 972-33-1311-1
  • Simão José da Luz Soriano, Historia da Guerra Civil e do estabelecimento do governo parlamentar em Portugal: comprehedendo a historia diplomatica, militar e politica d'este reino desde 1777 até 1834 Volume 9 (1893)
  • Jacinto de São Miguel (Frei), Martinho Augusto Ferreira da Fonseca, Mosteiro de Belém: Relação da insigne e real casa de Santa Maria de Belém (1901)
  • Mark Willner, George Hero, Jerry Weiner, Global History Volume I: The Ancient World to the Age of Revolution (2006) ISBN 978-0-7641-5811-7
  • Douglas L. Wheeler, Republican Portugal: A Political History, 1910-1926 (1998) ISBN 978-0-299-07454-8

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]