Human Rights Watch

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Human Rights Watch
Logo da HRW
Lema "Ser Uma Voz da Justiça"
Fundação 1978
Tipo Organização não governamental e sem fins lucrativos
Sede Empire State Building, Nova York,  Estados Unidos
Diretor do Brasil Maria Laura Canineu
Sítio oficial hrw.org,hrw.org/pt

Human Rights Watch (HRW) é uma organização internacional não-governamental que defende e realiza pesquisas sobre os direitos humanos. A sede HRW está localizada na cidade de Nova York e a organização mantém escritórios em Amsterdã, Beirute, Berlim, Bruxelas, Chicago, Genebra, Johanesburgo, Londres, Los Angeles, Moscou, Paris, São Francisco, Tóquio, Toronto, Washington, DC.[1] Em 2014 abriu sua primeira filial na America do Sul, em São Paulo.[2]

A Human Rights Watch age por meio da criação de relatórios sobre violações à carta dos direitos do homem, bem como a outras normas relativas a direitos humanos a nível internacional. Com o objectivo de chamar a atenção da comunidade global para abusos existentes, e criar pressão sobre os governos, estes relatórios resultam em cobertura nos meios de comunicação locais e internacionais.

Estes relatórios tocam assuntos como a discriminação sexual e social, tortura, uso de crianças para fins militares, corrupção política, abusos do sistema judicial, e violações das leis do direito humanitario internacional.

Em junho de 2011, os gastos anuais da organização totalizaram 50,6 milhões de dólares.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Human Rights Watch foi fundada como uma ONG americana em 1978, sob o nome de Helsinki Watch, cuja missao era monitorar o cumprimento da entao União Soviética com os Acordos de Helsinque. A Helsinki Watch adotou a prática de publicamente "nomear e envergonhar" governos abusivos através de coberturas jornalisticas, e colaborações com formuladores de políticas. Ao expor internacionalmente as violações dos direitos humanos na União Soviética e os seus parceiros europeus, a organizacao contribuiu para as transformações democráticas da região no final de 1980.

Em seguida, a Americas Watch foi fundada em 1981, quando violentas guerras civis permeavam a América Central. Baseando-se em extensas averiguações locais, a Americas Watch não só relatou abusos pela parte do governo, mas também usou as leis do direito humanitário internacional para investigar e expor os crimes de guerra cometidos por grupos rebeldes. Além de aumentar a visibilidade dos países afetados, esta organização também examinou o papel desempenhado por governos estrangeiros, particularmente o governo dos Estados Unidos, em fornecer apoio militar, financeiro e político para regimes abusivos.

Em consequência do sucesso dessa tática de advocia, a Asia Watch (1985), a África Watch (1988),e a Oriente Médio Watch (1989) foram fundadas, formando o grupo conhecido como "Os Comitês de Vigilância." Em 1988, todos esses comitês foram unidos, formando a Human Rights Watch.

Perfil[editar | editar código-fonte]

Em conformidade com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Human Rights Watch (HRW) opõe-se a violações de direitos humanos básicos, incluindo a pena de morte e discriminação baseada na orientação sexual. A HRW também defende outras liberdades relacionadas a direitos humanos fundamentais, como a liberdade de religião e liberdade de imprensa.

A Human Rights Watch publica relatórios de investigações de violações das normas internacionais estabelecidas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, além de outras regras relacionadas aceitas internacionalmente. Esses relatórios são utilizados para chamar a atenção internacional para os abusos e pressionar governos e organizações a repararem os crimes cometidos. Para a coleta de informacões dos relatorios, pesquisadores são enviados em missões com a finalidade de investigar situações suspeitas. Usando a diplomacia, fazem contato com as vítimas, descrevendo situaçes publicas e historias de individuos, enquanto proporcionando a segurança necessária em situações críticas. Depois de serem publicados, estes relatórios geram cobertura nos meios de comunicação locais e internacionais. As questões levantadas pela Human Rights Watch, em seus relatórios incluem a discriminação social e de gênero, tortura, uso militar de crianças, corrupção política, abusos em sistemas de justiça penal, a legalização do aborto, e violações do direito internacional humanitário.

Anualmente a HRW publica o “Relatorio Mundial,” um resumo das condições dos direitos humanos em mais de 90 paises e territórios. Atualmente em sua 25ª edição, este almanaque reflete o extensivo trabalho de investigação que os pesquisadores e outros funcionários da HRW conduziram durante o ano, frequentemente em parceria com ativistas locais.

A Human Rights Watch também suporta escritores de todo o mundo que estão sendo perseguidos por seu trabalho e precisam de assistência financeira. Os subsídios Hellman/Hammett são financiados pelo patrimonio deixado pela dramaturga Lillian Hellman e seu companheiro de longa data, o romancista Dashiell Hammett. Além de fornecer assistência financeira, as subvenções Hellman / Hammett ajudam a aumentar a atenção internacional aos ativistas que estão sendo silenciados por defenderem direitos humanos.

A cada ano, a organização apresenta o Prêmio Defensor dos Direitos Humanos a ativistas de todo o mundo que demonstram liderança e coragem em defesa dos direitos humanos. Os vencedores do prêmio trabalham em colaboração com a HRW ao investigar e expor abusos . A HRW também é a co-presidente da Campanha Internacional para a Proibição das Minas Terrestres, uma coligação global de grupos da sociedade civil que pressionaram com sucesso a introdução do Tratado de Ottawa, que proibe o uso de minas terrestres por ser uma arma indiscriminada de incrível longevidade, resultando no Premio Nobel da Paz em 1997.

HRW No Brasil[editar | editar código-fonte]

O Brasil é reconhecido pela HRW como uma das democracias mais influentes em termos regionais e globais, e uma voz cada vez mais importante em debates sobre as respostas internacionais em questões de direitos humanos. Ao mesmo tempo, o pais tem sido persuadido a atuar a favor de reformas de seus infringimentos aos direitos humanos, como a violência policial, tortura, condições penitenciárias, liberdade de expressão, direitos reprodutivos, orientação sexual, direitos trabalhistas, violência contra os índios, e a necessidade de julgar abusos durante a ditadura military. Em 2014, a HRW abriu o seu primeiro escritorio na America Latina em São Paulo, sobre a diretoria de Maria Laura Canineu.

Massacre do Carandiru[editar | editar código-fonte]

Em 1992, investigou as alegadas violações dos direitos humanos cometidas no presídio brasileiro Casa de Detenção de São Paulo - também conhecida como Carandiru - na qual, durante uma rebelião, 111 detentos foram mortos pela polícia. Esse episódio ficou internacionalmente conhecido como "Massacre do Carandiru" e a Human Rights Watch - juntamente com o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e a Comissão Teotônio Vilela/SP - apresentou denúncia desse massacre à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 22 de fevereiro de 1994 (Caso n.º 11.291).[4]

Premiações e homenagens[editar | editar código-fonte]

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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