Estádio da Luz

o Gigante de betão

Já falta pouco para fazer 50 anos.
O Estádio da Luz tem actualmente capacidade para 78 mil espectadores, devido à instalação de cadeiras e de outros melhoramentos. Aquando da inauguração, em 1954, a Luz tinha 50 mil lugares. A partir da construção do Terceiro Anel, em 1960, passou a ter cerca de 80 mil lugares. Com a conclusão do Terceiro Anel em 1985, o Estádio da Luz fica com capacidade para 120 mil espectadores, tornando-se assim o maior estádio da Europa e o 3º maior do Mundo.
Este site simboliza a minha admiração por este Gigante de betão.

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15 Junho de 1953 - Romaria em Carnide, com uma multidão entusiasta e vibrante a festejar o princípio das obras no estádio do Benfica.

1954 Este ano particularmente importante para o Benfica termina com a inauguração do Estádio da Luz, também conhecido por Estádio de Carnide. Foi 1 de Dezembro de 1954 e ficaria como a grande vitória do presidente Joaquim Bogalho, o «homem do estádio», cuja força de vontade bastaria para consumar um sonho.

luz_interactivo14.jpg (17470 bytes)Joaquim Ferreira Bogalho, presidente do Benfica entre 1952 e 1957

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As obras de construção

obras_luz.jpg (22572 bytes)     obras_luz2.jpg (19711 bytes)    obras_luz3.jpg (31938 bytes)  obras_luz4.jpg (32849 bytes)

obras_luz5.jpg (47630 bytes)        obras_luz6.jpg (120289 bytes)      jbogalho4.jpg (21535 bytes)  estadioluz_50_maquete3.jpg (72347 bytes)


A inauguração do Estádio do Sport Lisboa e Benfica. 
A relevância do acontecimento e o seu significado no histórico do clube exigem que sobre ele falemos com maior desenvolvimento. 
A vida do Benfica, até à data da inauguração do novo estádio, foi sempre marcada pela instabilidade e pela precariedade. 
Clube popular por excelência, o Benfica sempre se confrontou com difíceis problemas financeiros. E desde muito cedo se habituou a contar com as suas próprias forças, ou seja, com a disponibilidade dos seus dirigentes e da grande maioria dos seus adeptos. 
Nas primeiras décadas de vida, foram muitos os momentos de desânimo em que se chegou a temer pela sobrevivência do clube. Para alguns estudiosos deste fenómeno, a circunstância de o Benfica ter enfrentado tais dificuldades, sobretudo no que respeita à falta de infraestruturas à altura do seu prestígio e dimensão e do seu progressivo peso na sociedade portuguesa, terá muito a ver com o facto de não se ter deixado atrair por influências políticas, nem pela simpatia de certas personalidades, sempre prontas a negociar favores e benesses de toda a espécie. 
Seja como fôr, a independência do clube relativamente aos poderes instituídos, característica de uma forma de estar que o tempo viria a confirmar, obrigaram-no, até 1954, a "andar de casa às costas". E até se fixar nas Amoreiras, cumpriu uma autêntica via sacra, passando sucessivamente das Salésias para a Feiteira, daqui para Sete Rios e, por fim, de Sete Rios de novo para Benfica (Avenida Gomes Pereira). 
A construção da auto-estrada do Estádio, uma das prioridades do então Ministro das Obras Públicas, Eng. Duarte Pacheco, acabaria por confinar a escassos 15 anos a utilização do recinto das Amoreiras. 
Mais uma vez o BENFICA, sucumbia aos planos de desenvolvimento urbanístico da cidade, sendo obrigado a transferir-se para o Campo Grande, no dia 5 de Outubro de 1949, de onde só sairia paro o seu novo estádio, o Estádio do Sport Lisboa e Benfica, "poiso da águia" há quase meio século. 
A edificação do Estádio foi uma obra colectiva por excelência e um verdadeiro hino às virtudes da solidariedade e da entreajuda. Sob a direcção do então presidente Joaquim Ferreira Bogalho, e a par do incansável trabalho de uma comissão onde se integravam figuras como Agostinho Paula, António Costa e Sousa, António Adão, António Campos Vieira, Augusto Rodrigues, Carlos de Almeida, Francisco Retorta, Dr. João Ferreira da Costa, José Ricardo Domingues Júnior, Justino Pinheiro Machado, Manuel de Almeida Oliveira e Dr. Manuel Paulino Gomes Júnior, já falecidos na sua grande maioria, raros foram os sócios e simpatizantes que se furtaram de dar o seu apoio, em géneros ou em horas de trabalho, à mais empolgante iniciativa alguma vez lançada pelo clube. 
"Pude avaliar a grandeza dessa epopeia gigantesca da grande família que quer construir o seu lar. Vi como o operário modesto se esquecia das suas próprias necessidades para ir largar o seu óbolo com a alma a transbordar de ternura. Encontrei-me muitas vezes com a pele tensa a ouvir o grito Ben-fi-ca! Ben-fi-ca! Ben-fi-ca!" escreveu, a propósito, o jornalista Vítor Santos no jornal do clube.
Na ocasião, o Chefe de Estado condecorou com a Medalha de Mérito Desportivo o Sport Lisboa e Benfica, apondo as respectivas insígnias no estandarte do clube. O desafio inaugural disputou-se entre o Benfica e o FC Porto, que saiu vencedor por 3-1. Mais, curiosidade, o primeiro golo portista na Luz foi marcado pelo defesa do Benfica, Jacinto, aos 5m na própria baliza. Em 8 de Dezembro, ainda no programa das comemorações, apresentou-se na Luz o Real Madrid, onde alinhava o célebre Di Stéfano, e ganhou ao Benfica por 2-0.     

Texto do Diário de Notícias      Um tocante texto de Leonor Pinhão

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luz_interactivo12.jpg (31837 bytes)Joaquim Bogalho cumprimenta Alfredo Di Stefano, capitão do Real Madrid

luz_interactivo4.jpg (58866 bytes)  inauguracao_luz.jpg (65137 bytes) Dia da inauguração


luz_interactivo11.jpg (45053 bytes) 9 de Junho de 1958  -Inauguração da Iluminação no Estádio da Luz

luz_interactivo13.jpg (62854 bytes) 1955 - Águia de granito em frente ao Estádio

3anel_construcao.jpg (30855 bytes)   luz_interactivo10.jpg (31251 bytes) Em 5 de Outubro de 1960 foi inaugurado o 3º anel do Estádio. O Estádio cresce. Ele foi assim entre 1960 e 1985

3_anel_velho.jpg (20187 bytes)    luz_interactivo17.jpg (139185 bytes)  Terceiro anel: "o inferno da Luz"
A direcção de Maurício Vieira de Brito não descurava a progressiva melhoria das instalações do clube e, após a inauguração da iluminação do Estádio, foi aberto aos adeptos o famoso "terceiro anel". A nova bancada cedo se transformou na ilustração viva do carisma e da paixão que, desde então, se associam à "catedral" benfiquista.
Como alguém escreveu com propriedade, o "terceiro anel" cedo foi visto como a "sagração de uma solidariedade", como o resultado de um esforço colectivo de uma geração de benfiquistas, à imagem da própria construção do Estádio. O novo "terceiro anel" funcionou sempre com uma espécie de décimo segundo jogador, um elemento que se viria a tornar decisivo em muitas e importantes vitórias do futebol benfiquista pelos tempos fora.
O causídico e antigo dirigente do clube, Alfredo Gaspar, descreveu no "Público" essa mística associada ao "inferno da Luz": "Era muito bonito, porque se choravam lágrimas de alegria, mas quem pegasse nelas e as atirasse ao ar, via que se transformavam no céu em pequeninas estrelas brilhantes. Nesses momentos, os atletas do clube eram sublimes".


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