VOZ DA TERRA
Jornal
diário, virtual e impresso, que circula na cidade de Assis-SP, Brasil
UNESP: abril/2001 a agosto/2002
VOZ DA TERRA - ASSIS - 03 de abril
de 2.001
"Novos cursos
para a Unesp"?
A união é nossa maior conquista
Considerando
colocações feitas em artigo editorial deste jornal, intitulado "Novos
cursos para a Unesp", edição de 22 de março, coluna "Bom Dia",
gostaria de prestar alguns esclarecimentos.
O artigo trouxe à tona novamente a nefasta questão da suposta
"rivalidade" entre Assis e Ourinhos e, pior, tentou alimentá-la. Diz
o autor: "O que traz preocupação é que tais cursos poderão desembarcar em
Ourinhos no futuro campus... e aí as perdas para Assis seriam irreparáveis".
Uma visão desatualizada, no meu entender, pois despreza totalmente o processo
de globalização econômica, no qual a regionalização - e não a municipalização -
é uma forte tendência. Nesse sentido, reitero, o Vale do Paranapanema é a célula
na qual ourinhenses e assisenses devem se incluir. E alerto, enquanto dedicamos
tempo e energia para divergências internas, outras regiões fazem da união sua
força.
Uma indagação lançada pelo editorialista também investe nesse raciocínio
obsoleto: "Se existe dinheiro para instalar um campus em Ourinhos, por que
não há dinheiro para que instalem novos cursos em Assis?". Respondo:
porque uma coisa não impede a outra, ainda que desconsideremos o fato de que em
Ourinhos o projeto baseia-se na participação financeira do município através de
uma parceria Prefeitura-Unesp.
Minha opinião, já manifesta em entrevista publicada recentemente por este mesmo
veículo, repudia qualquer sentimento que distancie os dois maiores municípios
da região do Médio Paranapanema, os quais precisam e devem receber
investimentos em benefício do próprio desenvolvimento regional. Minha proposta
é a de somar, já que a história há muitos anos vem fomentando divisões por
conta própria e por incentivo dos céticos e sectários.
Tratando especificamente do tema "Campus de Assis da Unesp", como o
referido editorial relatou, estive em reunião com a direção local com o
propósito de levantar os anseios daquela comunidade universitária. Todavia,
deixei o local sem conhecer as instalações do campus, sua estrutura, seus
problemas, seus projetos e aspirações, ou seja, sem ouvir uma única
reivindicação. Que diga respeito à Unesp, trouxe de Assis somente o pleito
formulado pelo prefeito Carlos Nóbile que pede nosso apoio para que se
viabilize uma parceria entre o Hospital Regional de Assis e o Hospital
Universitário de Rubião Júnior (Unesp/Botucatu).
A direção do campus de Assis, em nosso encontro, apenas demonstrou preocupação
com macro questões da universidade, como os problemas decorrentes da autonomia
universitária, a qual vem provocando ano a ano o aumento do déficit oriundo do
crescimento da folha de inativos, do débito com precatórios e da manutenção dos
hospitais universitários. Para a direção, a criação de um campus em Ourinhos,
por exemplo, ampliaria esse quadro deficitário, diminuindo "a fatia do
bolo" para os demais campi. Nisso, talvez, justifique-se o desinteresse
demonstrado pelos diretor e vice-diretor no apoio que, pessoalmente, fui
disponibilizar. Não posso concordar com essa postura, até porque não me dirigi
àquele campus sem conhecimento de causa. Conheço o drama financeiro das três
universidades públicas paulistas e tenho dispensado atenção a ele há bastante
tempo. Prova disso foi a emenda à LDO de minha autoria que abriu - pela
primeira vez em 11 anos de autonomia universitária - a possibilidade de
suplementação orçamentária para as universidades. Uma emenda, aliás, feita a
oito mãos, já que às minhas somaram-se às dos respectivos reitores.
Talvez por falta de mobilização dos principais interessados, outra emenda,
dessa vez dirigida ao Orçamento, não lograra êxito. Fato que não me impedirá de
retomar neste ano essa discussão, agora mais consistente e amadurecida no
Parlamento. De modo que o deputado que esteve oferecendo sua colaboração - o primeiro
em 30 anos, segundo a lembrança do atual diretor - está sintonizado com as
questões de maior profundidade da universidade, mas não ignora que o campus de
Assis necessita de investimentos amplos e urgentes. Infelizmente, apesar da
minha visita e boa vontade, ainda não sei exatamente quais são eles.
A acomodação demonstrada é a mesma que, inexplicavelmente, impede os unespianos
de questionar o porquê da Unesp, dentre as três universidades públicas do
Estado, receber o menor percentual de repasse. Essa luta e a de tentar melhorar
as condições do campus local, somadas à que já travamos na Assembléia para
permitir a suplementação orçamentária, são para mim causas pelas quais devemos
realmente nos empenhar.
Portanto, caro editorialista, a possibilidade de criação de novos cursos no
campus de Assis não ficou claro para você, assim como não ficou claro para mim.
Provavelmente, a crítica que se faz sobre o distanciamento
universidade-comunidade e municípios seja uma premissa a ser debatida e
solucionada a priori.
Aproveito para renovar minha disposição em dedicar toda a atenção necessária às
questões que afligem à comunidade assisense, que considero como minha região,
em especial às relativas ao seu crescimento sócio-econômico e cultural.
Claury Alves da Silva
Deputado Estadual
VOZ DA TERRA - ASSIS - 06 de março de 2.001
CALOURO UNESP
Alunos aprovam a
Semana do Calouro
Teve início ontem a Semana
do Calouro na Unesp. Os alunos dos cursos de letras, psicologia, história e
ciências biológicas foram recepcionados pelos alunos veteranos e pela equipe de
organização dos eventos. A instituição de alguns anos para cá vem incentivando
a realização de atividades interativas na recepção dos calouros a fim de evitar
prováveis trotes violentos e traumatizantes, embora o campus de Assis não
apresente incidências de ações neste sentido.
Nesta segunda-feira, os alunos foram recebidos pelo diretor da faculdade, Dr.
João da Costa Chaves Júnior, que deu as boas-vindas aos calouros no Salão de
Atos. Em seguida, os alunos veteranos realizaram um passeio com os
"bichos" para mostrar a eles as instalações do campus como os
departamentos, a biblioteca, ambulatório médico, xerox e outras repartições.
Cada turma teve, ainda, nos seus respectivos prédios, a apresentação dos cursos
e dos órgãos de representação discente pelos Conselhos dos cursos e Centros
Acadêmicos e Diretório Acadêmico. Estas mesmas atividades foram realizadas no
período noturno.
Para as alunas Paula, de Porto Ferreira e Priscila, de Botucatu; e os alunos
Wender e Marcos Faria, ambos de Cândido Mota, a semana da calouro é uma maneira
bem mais saudável de receber os alunos sem ter que passar por brincadeiras
desagradáveis e desestimulantes. Paula reconhece que todo aluno que chega a uma
cidade nova fica meio perdido e nem sempre sabe lidar com esta nova situação,
neste sentido, os eventos programados para a semana contemplam muitas questões
que só têm a orientar quem está chegando. Já Wender gostou muito da programação
e espera aproveitar todas as atividades e sugere que para os próximos anos
poderia ser realizado também campanhas de auxílio à comunidade, como por
exemplo a doação de alimentos e a doação de sangue.
O evento programado para hoje à noite, no Salão de Atos, o recital de piano e
canto com os artistas Luiz Fernando Garcia (piano) e Ingrid Huhmann (canto),
foi infelizmente adiado. Amanhã, 7 de março, os alunos terão uma palestra sobre
a História de Assis com os professores Tânia Regina de Lucca, Áureo Busetto,
Camila Matheus da Silva, Rodrigo Christofoletti e Sheila do Nascimento Garcia
e, ainda, a professora Maria do Rosário Gomes Lima da Silva coordena o projeto
"Nas Ondas do Rádio" e Olavo Simões Santilli realiza a palestra
"Componente emocional da fotografia". Estas atividades estarão
sediadas no anfiteatro "Antonio Merisse" no período da manhã.
Na parte da tarde, os alunos participarão do Trote da Cidadania, que consiste
na realização de atividades em locais de atendimento à comunidade. Os calouros
de psicologia estarão desenvolvendo atividades nas entidades SIM e Lar dos
Velhos referentes à sua profissão escolhida. Os alunos de história farão um
turismo pela cidade com vistas a conhecê-la melhor. Os alunos de biologia
estarão visitando o Horto Florestal, Cáritas Diocesana e a Usina de Compostagem
de lixo. Os calouros do curso de letras desenvolverão atividades na Casa da
Criança e Casa da Menina. Estas atividades serão orientadas pelos alunos
veteranos e pessoas desses órgãos. Para encerrar o dia e a programação da semana,
acontecerá às 22h um show musical, no saguão da Cantina.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 04 de abril de 2.001
Odil diz que
pedidos devem ser feitos ao Conselho Universitário
O vice-diretor do campus da Unesp de
Assis, Odil Filho, disse ontem que os pedidos de novos cursos para uma unidade
da universidade devem ser encaminhados para o Conselho Universitário, e não
através de um deputado estadual, como sugere Claury Santos Alves da Silva
(PTB), já que a questão é eminentemente técnica. A resposta de Odil aconteceu
diante das críticas feitas por Claury de que quando visitou a unidade da Unesp
em Assis, deixou o local sem conhecer as instalações do campus, sua estrutura,
seus problemas, seus projetos e aspirações, ou seja, sem ouvir uma única
reivindicação.
Odil comentou que os pedidos feitos pelas unidades da Unesp são diretamente à
reitoria e o deputado Claury poderá ajudar reivindicando benefícios à
universidade como um todo, e não apenas para uma unidade. Um exemplo disso,
segundo Odil, seria solicitar ao governo do Estado que assumisse a questão dos
inativos da Unesp, que é responsável hoje por quase 30% do orçamento gasto pela
Unesp. "Se o governo do Estado assumisse os inativos, ajudaria muito
porque sobraria recursos para que pudesse ser investido na abertura de novos
cursos nas mais diferentes unidades da Unesp e na resolução de outros problemas
que afligem a universidade neste momento", salientou.
O vice-diretor comentou que nada foi solicitado ao deputado em termos materiais
ou mesmo para abertura de novos cursos porque para a reforma do telhado de um
prédio do campus, este pedido deve ser feito à reitoria, que analisa se é
possível ou não atender o pedido. "Não há como fazer política diretamente
com o deputado porque hoje existe a autonomia universitária", lembrou.
"Não sei como ele poderia ajudar especificamente Assis na questão de
solicitar a abertura de novos cursos, já que isso passa pelo Conselho
Universitário da Unesp, que analisa sua viabilidade ou não", completou.
Odil destacou que houve o pedido para que fosse instalado em Assis o curso de
Direito, que acabou não sendo aprovado, porque o Conselho Universitário
entendeu que não haveria condições financeiras para tal. Entretanto, a atual
direção do campus está reexaminando o espaço físico e encaminhando novamente o
pedido ao Conselho Universitário para que seja criado em Assis o curso de
Direito, assim como o de Pedagogia. "É assim que funciona. A Unesp hoje
tem autonomia para decidir a instalação ou não e a criação de novos
cursos", encerrou.
SERGIO VIEIRA
Up To Date sedia
aulas de português para estrangeiros
O programa de intercâmbio AFS -
American Field Service -, está iniciando um curso de língua portuguesa gratuito
para estrangeiros, que não precisam ser necessariamente seus intercambistas.
Este curso é composto por dois módulos, com duração de seis meses cada e tem o
objetivo de ajudá-los a compreender mais rapidamente o idioma de forma que
consigam comunicar-se com maior facilidade.
O curso será ministrado voluntariamente pelo estudante de letras da Unesp,
Márcio Machado dos Santos, nas dependências da Up to Date English Center (rua
Palmares, 297) que fará uso do método de ensino da língua portuguesa para estrangeiros
denominado "Bem-vindo!", uma publicação da SBS que além do ensino do
idioma visa também chamar a atenção para aspectos da cultura brasileira.
Presente em 55 países, o AFS visa promover a paz mundial através de uma troca
de experiência cultural e tem arrebanhado voluntários que se identificam com o
propósito da organização. A mesma ajuda que os brasileiros geralmente encontram
em outros países, os estrangeiros estão encontrando também em Assis. Maiores
informações pelo 324-2784.
RENATA BALDO PEREIRA
Prefeitura
Municipal de Assis fornece merenda de excepcional qualidade
Toda merenda escolar servida em Assis é
produzida na Cozinha Piloto situada à rodovia Raposo Tavares, quilômetro 444.
Servindo 18.000 merendas/dia a Cozinha Piloto, com 58 funcionários, funciona
das 5h ás 21h e atende as redes estadual e municipal de Ensino - Educação
Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos e Cursos
Profissionalizantes, além de atender também a outros projetos - SIM, SER, CRER,
Ambulatório de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde e projetos da
Secretaria Municipal da Assistência Social como Sol Nascente e Broto Verde.
A Cozinha Piloto conta com a presença de duas nutricionistas que planejam e
supervisionam desde a compra e estoque dos alimentos até o consumo dos mesmo
pelos alunos. Além disso têm a preocupação de fazerem cardápios especiais para
os alunos com problemas de saúde como diabetes, fenilcetonúria, síndrome
nefrática, colesterol, etc.
A merenda tem como finalidade suprir as necessidades da criança do período em
que se encontra na escola e o recomendado é 350 calorias e 9 gramas de
proteínas, que em alguns casos é superado como quando é servido o risoto, bolo
ou canjica.
Todas mudanças introduzidas no cardápio são aprovadas pelo Conselho Municipal
de Alimentação Escolar desde 1997, quando o Conselho foi criado.
A partir de 1998 ficou estabelecida merenda única para todos os alunos desde a
Educação Infantil até a 8ª série, com isso houve condições de introdução de
novos alimentos como fruta, bolo, gelatina, pão de mel.
Segundo a nutricionista Darclê L. B. Dias, é constante a preocupação com a
qualidade dos gêneros alimentícios, serviços, a manipulação dos utensílios, dos
alimentos, com o transporte e a distribuição nas escolas. Os funcionários da
cozinha usam protetores: máscaras, luvas, redes para cabelo, botas
anti-derrapantes, protetor auricular para maior segurança e higiene.
"Podemos assegurar que a merenda escolar em Assis é de ótima qualidade,
com valor nutritivo adequado para a faixa etária. A Cozinha Piloto é uma
verdadeira indústria de alimentos que eleva os níveis alimentares e
nutricionais dos estudantes atendendo 15% das necessidades diárias",
esclarece Wilma Maria Coronado Antunes Dias, secretária municipal da Educação.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
VOZ DA TERRA - ASSIS - 05 de abril
de 2.001
Foto: Lúcio
Coelho
Odil diz que
pedidos devem ser feitos
ao Conselho
Universitário
O vice-diretor do campus da Unesp de
Assis, Odil Filho, disse ontem que os pedidos de novos cursos para uma unidade
da universidade devem ser encaminhados para o Conselho Universitário, e não
através de um deputado estadual, como sugere Claury Santos Alves da Silva
(PTB), já que a questão é eminentemente técnica. A resposta de Odil aconteceu
diante das críticas feitas por Claury de que quando visitou a unidade da Unesp
em Assis, deixou o local sem conhecer as instalações do campus, sua estrutura,
seus problemas, seus projetos e aspirações, ou seja, sem ouvir uma única
reivindicação.
Odil comentou que os pedidos feitos pelas unidades da Unesp são diretamente à
reitoria e o deputado Claury poderá ajudar reivindicando benefícios à
universidade como um todo, e não apenas para uma unidade. Um exemplo disso,
segundo Odil, seria solicitar ao governo do Estado que assumisse a questão dos
inativos da Unesp, que é responsável hoje por quase 30% do orçamento gasto pela
Unesp. "Se o governo do Estado assumisse os inativos, ajudaria muito
porque sobraria recursos para que pudesse ser investido na abertura de novos
cursos nas mais diferentes unidades da Unesp e na resolução de outros problemas
que afligem a universidade neste momento", salientou.
O vice-diretor comentou que nada foi solicitado ao deputado em termos materiais
ou mesmo para abertura de novos cursos porque para a reforma do telhado de um
prédio do campus, este pedido deve ser feito à reitoria, que analisa se é
possível ou não atender o pedido. "Não há como fazer política diretamente
com o deputado porque hoje existe a autonomia universitária", lembrou.
"Não sei como ele poderia ajudar especificamente Assis na questão de
solicitar a abertura de novos cursos, já que isso passa pelo Conselho
Universitário da Unesp, que analisa sua viabilidade ou não", completou.
Odil destacou que houve o pedido para que fosse instalado em Assis o curso de
Direito, que acabou não sendo aprovado, porque o Conselho Universitário
entendeu que não haveria condições financeiras para tal. Entretanto, a atual
direção do campus está reexaminando o espaço físico e encaminhando novamente o
pedido ao Conselho Universitário para que seja criado em Assis o curso de
Direito, assim como o de Pedagogia. "É assim que funciona. A Unesp hoje
tem autonomia para decidir a instalação ou não e a criação de novos
cursos", encerrou.
SERGIO VIEIRA
VOZ DA TERRA - ASSIS - 19 de abril
de 2.001
PROGRAMA
Inscrições para
a "Unesp Aberta à 3a Idade" encerram hoje
Abriram ontem e encerram hoje as
inscrições para as participações no Programa do 1º e 2º semestres deste ano,
"Unesp Aberta à 3a idade", promovido pela Faculdade de Ciências e
Letras de Assis. Os interessados em participar das atividades oferecidas devem
dirigir-se à sala da 3a Idade, na própria Unesp, a partir das 13h30.
Além de serem oferecidos cursos de língua estrangeira, níveis iniciante, intermediário
e avançado, o Programa dispõe de oficinas de artesanato, teatro, psicologia, e
ainda, Ginástica Terapêutica Chinesa.
Os idiomas que fazem parte da programação são italiano, inglês, alemão, e
espanhol. As aulas acontecem durante os dias da semana, no período da tarde. A
coordenação do Programa está a cargo da professora Edna Julia Scombatti
Martins.
VOZ DA TERRA - ASSIS - 20 de abril
de 2.001
Psicólogo
mexicano profere palestra na Unesp de Assis
O Conselho Federal de Psicologia, junto
com algumas universidades estaduais e federais, está promovendo intercâmbios
entre as psicologias brasileira e mexicana. Universidades do Brasil estão
recebendo psicólogos altamente capacitados, os quais vieram proferir palestras
de significativa importância para professores e alunos ligados ao setor.
Esteve presente ontem no campus de Assis, o professor German Gomes Peres, um
profissional conceituado na área de psicologia, o qual trabalha na Universidade
Autônoma do México, uma das mais importantes daquele país. O professor, que
está credenciado a falar em nome de todas as universidades mexicanas, prendeu a
atenção dos alunos de psicologia, que cientes da importância do evento,
compareceram maciçamente no salão de atos da Unesp. Na ocasião foram amplamente
discutidas as formas de psicologias desenvolvidas e aplicadas por profissionais
mexicanos.
Segundo informações de Mário Sérgio Vasconcelos, coordenador do Curso de
Pós-graduação em Psicologia da Unesp de Assis, há um contigente de 70 mil
psicólogos no México e cerca de 180 mil no Brasil, o que resulta em um material
humano expressivo para se fazer uma interlocução entre os dois países. O
propósito do evento, conforme reforça Vasconcelos, é promover um intercâmbio
concreto de práticas relacionadas à pesquisa conjunta e possibilidade de os
docentes brasileiros colaborarem com instituições mexicanas e irem estudar
naquele país, e vice-versa.
"Do ponto de vista do curso de pós-graduação, o que temos são interesses
imediatos e também a longo prazo. De imediato, temos a necessidade de conhecer
um pouco melhor a psicologia mexicana e também de promover um intercâmbio em
termos de publicação. A longo prazo pretendemos, de fato, começar a enviar
docentes para lá, principalmente para a Universidade Autônoma do México.
Queremos também que eles enviem docentes para cá para que possamos começar a
estimular a formação de grupos de pesquisa em conjunto", diz Vasconcelos.
Assim como o evento tem grande relevância para a área de pós-graduação, tem
também para a graduação. O professor Fernando Silva Teixeira Filho, do
Departamento de Psicologia Clínica, e coordenador do curso de Psicologia da
Unesp, analisa que para a formação do aluno de graduação em psicologia é muito
importante um intercâmbio, não necessariamente com o México.
"É a primeira vez que o México vem falar sobre os interesses que a
universidade mexicana sente em ter alunos brasileiros estudando lá. É uma
oportunidade única de podermos ampliar os horizontes da formação do psicólogo.
Ele já tem um nível bastante sedimentado pela sua história, que é um horizonte
técnico de informação e apropriação de métodos e módulos de aplicação, e
intervenção de alguns instrumentos.
Como professor o que eu sinto que é importante hoje, num currículo de
psicologia, é a troca, a possibilidade de os alunos estarem vivenciando outros
universos culturais, para poder captar outras formas de articulações políticas,
de agenciamentos humanos, que é muito importante para a formação do psicólogo à
medida que ele vai ter uma percepção ampliada dos problemas que afetam cada um
de nós individualmente", expõe.
DAGMAR MARCILIANO
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 25 de abril de 2.001
Chaves considera
improvável instalação
De acordo com o diretor da UNESP,
campus de Assis, João Chaves, a discussão sobre a mudança ou não da reitoria da
universidade para o interior do Estado está se arrastando desde a última
campanha para reitor, foi usada inclusive pelo candidato eleito José Carlos
Souza Trindade. Os motivos que levam a suposta mudança, de acordo com João, estão
relacionados a uma maior proximidade com os campus que estão todos no interior
e também facilitar o acesso do grande número de pessoas, principalmente
professores, alunos e funcionários, que todos os dias buscam informações e
serviços. Além disso, há a chance de uma grande economia com aluguel, uma vez
que a reitoria está situada na Avenida Paulista em São Paulo, local este de
altíssimos aluguéis.
No projeto do reitor, no entanto, não é descartada a hipótese de que funcione
um escritório da UNESP mesmo com a possível mudança, uma vez que lá está o sede
do Palácio do Governo e a Assembléia Legislativa, onde são tomadas as grande
decisões sobre a universidade. O diretor diz que a mudança de sede ainda não
aprovada pelo Conselho Universitário, instância maior de poder, mas já há
comissões constituídas pelo reitor para a realização de levantamento e estudos
sobre as possíveis cidades candidatas a sediar a reitoria.
A requisito básico que a cidade do interior deve ter para concorrer à sede da
reitoria é a sua localização. Ao que se diz, será dado preferência pelas
cidades que estão localizadas no centro do Estado, o que justifica centros como
Bauru, Botucatu, Rio Claro e Araraquara já estarem entre as mais cotadas. Isso,
porém, não impede que outras cidades demonstrem interesse.
No que diz respeito a Assis entrar nesta luta, João confirmou que ainda não
manifestou interesse junto ao Conselho que de a cidade também seja avaliada a
fim de concorrer com as demais, até porque a mudança ainda não é definitiva e
ele entende que Assis não preenche o pré requisito de estar no centro do
Estado, o que dificulta muito a posição diante de cidades como as demais
citadas acima.
Esclarece também que muito se tem discutido sobre este assunto sob os prismas
de ordem prática e política e ainda não há um consenso do que realmente será
considerado. Há discussões, por exemplo, sobre a facilidade de acesso para
algumas cidades e também do fortalecimento político da possível unidade sede da
reitoria, tendo em vista que as cidades que pleiteiam tal possibilidade são
consideradas fortes e importantes.
REPORTAGEM LOCAL
Rubens defende
vinda da reitoria para o campus de Assis
O professor-doutor da UNESP, Rubens
Cruz disse em entrevista à Rádio Voz do Vale, Cândido Mota, no programa Sala de
Debates deste último sábado, que a UNESP de Assis tem todas as condições de
pleitear a conquista da sede da reitoria da universidade. Comentou que esta
tarefa não é pura e simplesmente de encargo do campus que muito vem trabalhando
no sentido de entrosar a universidade com a comunidade, mas também de líderes
políticos da região. Rubens acredita que se todos os prefeitos estiverem
engajados nesta proposta, tudo se torna mais fácil nesta luta pela reitoria.
Rubens conta que a Reitoria da UNESP traz aproximadamente uma folha de R$
400mil para a região em que for instalada, capital este que viria aumentar a
possibilidade de implantar aqui projetos como o Biomavale. A união também das
unidades da região como o de Marília, Presidente Prudente e Assis é destacada por
Cruz que acredita ser esta uma conquista importantíssima para a região.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA - ASSIS - 26 de abril
de 2.001
Curso de
italiano é oferecido para a comunidade de Assis e região
A Área de Italiano do Departamento de
Letras Modernas da UNESP de Assis, juntamente com a APIESP (Associação de
Professores de Italiano do Estado de São Paulo) e a FECIBESP (Federação das
Entidades Culturais Ítalo-Brasileiras do Estado de São Paulo), está oferecendo
cursos de língua e cultura italiana para a comunidade de Assis e região. As
aulas serão ministradas às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h e/ou das
21h às 23h, dependendo da solicitação dos alunos. A mensalidade será de R$
20,00 para a comunidade da UNESP e R$ 30,00 para os demais interessados. As
aulas terão início no dia sete de maio e as inscrições ficam abertas até dia
quatro de maio próximo, na Secretaria do Departamento de Letras Modernas.
Para maiores informações, entrar em contato com a Área de Italiano do
Departamento de Letras Modernas, no telefone 322-2933, ramal 324 ou 222.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA - ASSIS - 27 de abril
de 2.001
Rezende Barbosa
posiciona-se favorável ao projeto
O responsável pela Ouvidoria Municipal
e empresário Paulo de Rezende Barbosa, posicionou-se ontem favorável ao projeto
idealizado pelo agropecuarista Dorival Finotti, conhecido como Biomavale. Ele
entende que trata-se de um projeto pioneiro, que merece o esforço de toda a
comunidade assisense e regional, poderá guindar a região para um patamar de
desenvolvimento superior ao alcançado até o momento.
Rezende Barbosa comentou que a região reúne todas as condições necessárias para
que um projeto desta natureza seja implementado. Ele lembrou que temos um
campus da Unesp que tem o curso de Ciências Biológicas agraciado com conceito A
no provão desenvolvido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Em sua
visão, trata-se de um curso de grande qualidade que reúne professores-doutores,
o que é um facilitador para que um projeto desta natureza seja implantado em
Assis e região. Além da Unesp, ele citou a FEMA que conta hoje com pessoas
capacitadas e vem desenvolvendo-se, o que é um outro ingrediente importante
para que o Biomavale obtenha sucesso. "Com a Unesp e a FEMA, acredito
piamente que podemos enfrentar este grande desafio que é implantar o Biomavale
na região. Devemos nos unir em torno desta idéia praticada pelo Dorival
Finotti. Apesar de não estar inteirado do projeto em sua totalidade, penso que
este é o futuro da humanidade e não podemos virar as costas para a
tecnologia", ressaltou.
Em sua visão, devemos aproveitar a estrutura oferecida pelo curso de Ciências
Biológicas desenvolvida pela Unesp, assim como todos os seus recursos humanos,
e assim levar adiante a luta pelo projeto. A partir deste trabalho, Rezende
Barbosa entende ser importante reunir esforços para ir junto aos órgãos
governamentais para solicitar verba para desenvolver o projeto. "Atrair
verba governamental é imprescindível para o desenvolvimento do projeto",
pensa.
Ele pensa que sem o dinheiro do governo e sem a participação da universidade,
não é possível desenvolver o projeto. "São os dois pontos básicos para o
desenvolvimento de um projeto desta natureza. O governo entrará com a verba,
que é essencial, porque o Biomavale deverá exigir um grande aporte de recursos,
enquanto a universidade vai colocar em prática o projeto", lembrou.
A sua sugestão é que a discussão do projeto tome um outro caminho e vá para um
terreno onde as ações sejam mais presentes. "Penso que já houve muita
discussão em torno do projeto, e é necessário que as pessoas que tenham voz de
comando assumam as responsabilidades e procurem tentar viabilizá-lo. Porque em
caso contrário, corremos o risco de discutirmos apenas o projeto e não o
viabilizarmos na prática", lembrou. Rezende Barbosa disse que as pessoas
envolvidas nesta discussão devem procurar os experts no assunto e desenvolver o
projeto. "Para você solicitar verba governamental, deve-se fazer um
projeto bem feito e apresentar na Secretaria de Ciência e Tecnologia do
governo, ou mesmo em outras esferas do governo federal. Sem um bom projeto,
ninguém vai liberar verba", acredita.
Ele, particularmente, aprova a iniciativa das pessoas envolvidas neste projeto
porque acredita que estão tendo uma visão de futuro. "E o momento é
favorável porque o governo do Estado criou a APTA, que é um órgão que tem por
objetivo desenvolver atividades de pesquisas", lembrou.
Rezende Barbosa lembrou que tem procurado inteirar-se principalmente em relação
aos transgênicos, lendo uma literatura especializada no assunto. "Eu sou
absolutamente favorável aos transgênicos. E acho demagogia daqueles que se
posicionam contrários porque os transgênicos poderão ser a grande solução para
combater a fome mundial", disse. Ele lembra que a questão dos transgênicos
pode ser considerado o "iceberg" relacionado a biotecnologia.
"Trata-se de uma tecnologia que mudará a cara do mundo e a região deve
estar atenta para estar a frente nesta questão", encerrou.
SERGIO VIEIRA
VOZ DA TERRA - ASSIS – 03 de maio de
2.001
Conselho
Universitário ainda não aprovou mudança de Reitoria
De acordo
com o presidente da ADUNESP de Assis, Carlos da Fonseca Brandão, o Conselho Universitário,
instância máxima de poder da Unesp, ainda não aprovou a vinda da Reitoria para
o interior. Segundo ele, isto ainda não se deu por causa da má condução que o
atual reitor José Carlos Trindade vem dando a este assunto.
Como era proposta de sua campanha, Trindade assim que foi eleito, nomeou uma
comissão de notáveis, que segundo informações não fazem parte de órgãos
colegiados da Unesp, a fim de que esta fizesse uma pesquisa entre as possíveis
cidades candidatas a sediar a Reitoria.
Antes de tomar tal atitude, o atual reitor deveria colocar a discussão na pauta
do Conselho Universitário, fato este que não aconteceu até agora. Carlos
esclarece também que as condições cogitadas como pré-requisitos para as
cidades, tais como estar no centro do Estado, ter aeroporto em pleno
funcionamento e fácil acesso as mais importantes rodovias foram definidas
aleatoriamente, sem nenhum critério e consulta.
"Estamos surpresos como as coisas estão se encaminhando, pois as coisas
mais importantes da universidade geralmente são discutidas em princípio entre
os seus órgãos colegiados como associação de professores, alunos funcionários e
depois Conselho. No entanto, o que se vê é que o reitor tomou um caminho
alternativo que não é o da democracia regente no estatuto da instituição. É no
Conselho que devem ser escolhidas as pessoas a participarem do processo de
mudança. Agora, se aceitamos que uma comissão de notáveis, comumente amigos do
reitor, o Conselho não tem sentido. A questão não é discutir para onde vai e
como vai, mas sim avaliar que resultados isso trará para todo comunidade
acadêmica. É a comunidade interna que precisa decidir. Não somos contra a
mudança, simplesmente não concordamos com a maneira de como as decisões vêm
sido tomadas", desabafa.
Carlos comenta, ainda, que está marcado para o dia 8 de junho uma reunião
extraordinária do Conselho já para a apresentação dos resultados das pesquisas
que foram feitas pela comissão de notáveis nas cidades de Botucatu, Bauru, Rio
Claro e Araraquara. "Se a condução das definições continuar do jeito que
está, dificilmente outras cidades se candidatarão a receber a reitoria, se isso
é claro, for aprovado pelo Conselho a transferência. Estamos num procedimento
vicioso que é muito arriscado para a instituição. O Conselho precisa ser muito
firme neste momento e discutir melhor as questões", pondera o professor.
Segundo informações do representante discente no Conselho Universitário, Jorge
Luiz Felizardo Santos, o órgão está completamente avesso à mudança da Reitoria
e também os procedimentos que vêm sendo tomados pelo reitor. Muitos motivos
justificam tal preocupação, como por exemplo, o deslocamento do grande número
de funcionários para o interior, fato este pouco provável, a necessidade
burocrática de Unesp ter um escritório em São Paulo mesmo com a mudança, tendo
em vista que grande parte das decisões são tomadas na Assembléia Legislativa, e
ainda, outras questões de custo e benefício decorrentes da mudança que até
então não foram completamente avaliadas.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA - ASSIS – 09 de maio de
2.001
Reitor da Unesp
participa de apresentação do projeto Cine Clube
A FAC - Fundação Assisense de Cultura, em sintonia com o atual governo
municipal, juntamente com a Unesp - campus de Assis, e a iniciativa privada
local, está trabalhando no projeto "Cine Clube", que visa o resgate
do Cinema Municipal como um espaço de promoção cultural e educacional. Ontem,
no pré-lançamento do projeto, houve demonstração das condições de projeção e
espaço físico do Cimema Municipal, contando, entre outras autoridades, com a
presença do reitor da Unesp, José Carlos Souza Trindade.
O presidente da FAC, Randal Ortiz, comenta que o projeto "Cine Clube"
tem como principal interessado, por parte da iniciativa privada, o provedor UOL,
o que não impossibilita outras parcerias. Comenta ainda que a proposta de um
circuito alternativo de filmes não representa concorrência para as salas de
cinema instaladas no Assis Plaza Shopping. "Se todas as etapas forem
cumpridas no tempo em que imaginamos, o Cinema Municipal poderá ser reaberto a
partir de setembro aos finais de semana com filmes de conteúdo educativo e
cultural", diz.
O diretor da Unesp, campus de Assis, João da Costa Chaves Júnior, reafirmou o
interesse da universidade em estimular ações que promovam a cultura e a
educação junto à comunidade, como é o caso do resgate do Cinema Municipal.
Chaves lembrou que tais ações enquadram-se no seu plano de gestão e são uma
forma de devolver à sociedade parte do que é arrecadado junto a ela na forma de
impostos e agradeceu a visita do reitor da Unesp que veio pela primeira vez a
Assis depois de eleito. Na oportunidade, o reitor da Unesp tomou conhecimento
das reivindicações e anseios da direção, professores e alunos do campus de
Assis, entre as quais a ampliação de bolsas de estudos, construção de novos
prédios para o curso de Letras, de laboratório para o curso de Ciências
Biológicas, criação de novos cursos de graduação - com prioridade para Direito
e Pedagogia - e novos cursos de pós-graduação.
Trindade disse que a grande preocupação na sua gestão será com a recuperação da
qualidade didática dos cursos e ampliação da oferta de ensino superior de
qualidade com abertura de vagas nos cursos existentes e criação de novos cursos
que venham atender às necessidades do mercado de trabalho objetivando o
desenvolvimento. "Através de visitas aos campus é que estamos elaborando
nosso plano de ação para os próximos anos. As reivindicações apresentadas pelo
campus de Assis serão analisas pelo Conselho Universitário e, dentro de uma
escala de prioridades no contexto estadual, trabalharemos para que sejam
concretizadas", assegura.
RENATA
BALDO PEREIRA
VOZ DA TERRA -
ASSIS – 10 de maio de 2.001
UNESP realiza
vestibular no meio do ano: inscrições abertas
Neste ano de 2001, além de seu tradicional vestibular anual, a UNESP estará
realizando também um vestibular no meio do ano. O processo de seleção, chamado
de "Segundo Vestibular da UNESP", destina-se aos candidatos às
carreiras de Engenharia Elétrica (40 vagas), Engenharia Mecânica (40 vagas),
Engenharia Civil (40 vagas) e Agronomia (40 vagas), cursos em período integral
oferecidos no campus de Ilha Solteira.
As inscrições para o "Segundo Vestibular" já estão abertas e
encerram-se em 25 de maio (sexta-feira). Podem ser realizadas no Campus de
Assis, no posto de inscrição instalado no Prédio I, no Departamento de
Literatura. O "Manual do candidato", que traz encartada a ficha de
inscrição, deve ser adquirido no posto de inscrição da UNESP-Assis ou na
agência central do BANESPA, ao custo de R$10,00. Uma vez preenchida a ficha e
paga a taxa de R$60,00, em qualquer agência do BANESPA, o candidato deve,
necessariamente, entregar sua ficha autenticada pelo banco com uma foto colada
no verso, no posto de inscrição, para receber seu comprovante com o número de
inscrição.
Os exames do "Segundo Vestibular" serão realizados exclusivamente na
cidade de Ilha Solteira, nos dias 8, 9 e 10 de julho de 2001. Maiores
informações podem ser obtidas no posto de inscrição da UNESP-Assis, com Helena
Souza, no "Disque VUNESP" - (11) 3874-6300, ou no site http://www.unesp.br/.
Semana de artes
mostra a demiurgia
A Unesp está sediando a Semana de Artes, com a exposição de vários trabalhos e
realização de algumas atividades, numa organização do grupo Coletivo Demiurgo.
Um dos mais interessantes é a demiurgia, uma arte de modelagem em biscuit (uma
espécie de massa de modelar).
Cada dia, é abordado um tema. Ontem, foram caravelas das mais diferentes inspirações.
São desde piratas até vikings, passando por alguns modelos bastante exóticos.
Há ainda bonecos de personagens em quadrinhos e até o presidente FHC idealizado
pelos chargistas Angeli e Glauco.
Hoje, haverá exposição da mesma arte com o tema "Etnias e Jogos de
Xadrez". Amanhã, poderá ser apreciado "Mundos Paralelos". Todos
expostos na Senzala, em frente ao prédio de história.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS – 11 de maio de 2.001
Artista ministra
oficina de pintura
O pintor Sebastião Mendes ministrará, no período de 21 de maio a 08 de junho,
uma oficina de pintura na Unesp, Campus de Assis. O curso é destinado aos
alunos, professores, funcionários da Unesp e comunidade. O horário da oficina é
das 14h às 17h. As inscrições podem ser feitas na secretaria da vice direção no
campus local e custam R$ 25,00 para pessoas vinculadas à Unesp e R$ 50,00 para
particulares. O material deverá ser providenciado pelo interessado.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS – 17 de maio de 2.001
Inscrições para
o segundo vestibular terminam no dia 25
A Universidade Estadual Paulista - UNESP - receberá inscrições para o segundo
vestibular 2001 até o dia 25 de maio, das 9h às 18h, para preenchimento de 160
vagas nos cursos do campus de Ilha Solteira: agronomia (40 vagas), engenharia
civil (40 vagas), engenharia elétrica (40 vagas) e engenharia mecânica (40
vagas).
O manual do candidato, no valor de R$ 10,00, estará disponível nos postos de
inscrição e em agências credenciadas do Banespa no Estado de São Paulo (capital
e interior). A taxa de inscrição, no valor de R$ 60,00, poderá ser paga nas
agências do Banespa. Os candidatos deverão entregar a ficha de inscrição
preenchida e autenticada pelo banco em um dos postos de inscrição. As provas
acontecerão em Ilha Solteira, nos dias 8 de julho (Conhecimentos Gerais), 9 de
julho (Conhecimentos Específicos) e 10 de julho (Língua Portuguesa). Em Assis,
as inscrições podem ser feitas na Faculdade de Ciências e Letras, situada à
avenida Dom Antonio, 2100. O telefone para informações é 322-2933.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA - ASSIS - 2 de Junho
2.001
Especialista
defende autonomia dos países latino americanos
O professor-doutor, Tullo Vigervani, docente da Unesp de Marília, participou,
na última quarta-feira, da mesa redonda promovida pelo Departamento de História
da Unesp de Assis, sobre o tema "ALCA, Mercosul e Globalização: os
desafios do Brasil e da América Latina". Na oportunidade, o especialista,
em relações internacionais, concedeu entrevista à reportagem de VT, expondo seu
ponto de vista sobre os rumos que o Brasil e a América Latina devem tomar para
não ficarem à margem do processo de globalização e desenvolvimento. De acordo
com Vigervani, Brasil e Argentina têm políticas cambiais distintas o que leva a
sociedade, de ambos, a desacreditarem do Mercosul, que já se mostrou
interessante do ponto de vista econômico. Acompanhe entrevista na íntegra:
VT - O Mersosul tem futuro?
Vigervani - O Mercosul foi a
experiência de integração regional mais importante da história dos países da
América Latina e, em particular, para os países do Cone Sul (Argentina,
Paraguai, Uruguai, Brasil). Esta experiência produziu resultados muito
positivos do ponto de vista econômico, ampliou os intercâmbios comerciais, bem
como a integração produtiva e social - empresários, sindicatos e mesmo nas
universidades, que passaram a debater mais sobre esse tema. O seminário da
Unesp de Assis, por exemplo, demonstra esse interesse pela discussão. Por outro
lado, o Mercosul apresenta uma série de problemas, parte deles ligados à
história das relações Brasil e Argentina, que sempre foi controversa e ligada
às dificuldades econômicas. A Argentina e o Brasil caminharam na década de 90
em trilhas econômicas diferentes, apesar de ambos seguirem os rumos do
liberalismo. O Brasil mantém alguns pontos de políticas industriais, enquanto
que a Argentina, durante o governo Menen, não teve essas políticas. No caso
imediato, o que acaba agravando a crise são as políticas cambiais que também
são diferentes nos dois países: a Argentina com a estabilidade do Peso e, o
Brasil, que aceita a flutuação cambial. Isso produz graves desacertos entre
estas políticas. Enquanto isso não for resolvido, os atritos continuarão e,
pior, isso acentuará a tendência de a sociedade, de ambos os países,
desacreditar no Mercosul.
VT - O Chile preferiu a ALCA ao
Mercosul. A Argentina está propensa a fazer o mesmo. É possível reverter essa
tendência?
Vigervani - É possível por
várias razões. Primeiro, porque a Argentina depende muito da economia
brasileira (30% do comércio exterior da Argentina está dirigido ao Brasil, um
número bastante alto nunca antes registrado). Em segundo lugar, há um problema
mais importante: a própria ALCA não está, definitivamente, consolidada e
decidida. Nos Estados Unidos há setores que querem, mas há setores que não
querem a ALCA. O governo Bush parece favorável, assim como foi o de Clinton,
mas o congresso norte-americano não está convencido de que a ALCA é
interessante. O Chile, por sua vez, está há vários anos tentando ingressar no
Nafta e não conseguiu. Provavelmente, acontecerá o mesmo com a Argentina,
tornando as possibilidades de reversão da situação bastante importantes.
VT - Na atual situação, qual o
melhor caminho para o Brasil: o Mercosul ou a ALCA?
Vigervani - Não há dúvida, é o
Mercosul. Agora, em relação à ALCA temos que tomar certos cuidados, uma vez que
o Brasil não poderá ficar isolado nestas negociações. Ao Brasil e a qualquer
país do mundo, hoje interessa muito abrir o mercado norte americano para as
suas exportações. Os Estados Unidos jogam um papel central na economia e na
política internacional hoje, portanto, atritos graves com os mesmos podem ser
perigosos. Mas, por outro lado, aceitar uma Área de Livre Comércio das
Américas, em situação desfavorável, pode ser muito prejudicial. O Mercosul é
certamente de interesse do Brasil. A ALCA é um grande ponto de interrogação.
VT - O Brasil, até o momento,
defende o fortalecimento do Mercosul e está propenso a lutar para que esse
mercado permaneça. Porém, o país conseguirá suportar as pressões dos Estados
Unidos para que ingresse na ALCA?
Vigervani - Isso dependerá da
capacidade do governo e da sociedade brasileira de enfrentarem essas questões e
estabelecer alianças nos outros países, inclusive nos Estados Unidos, onde há
vários setores contrários à ALCA.
VT - Com a adoção da moeda
norte-americana (U$), conforme pretendia o presidente argentino (Menen -
jan./fev. 99) no lugar do Peso, não será quebrada a autonomia econômica do país
e do Bloco Mecosul, haja vista que deverá sofrer regulamentações do Banco
Central dos EUA?
Vigervani - Não é certeza de que
a Argentina ande por esse caminho. Por enquanto, ela mantém a autonomia do Peso
frente ao Dólar. As políticas monetárias da Argentina e do Brasil são muito
diferentes. A idéia de criar uma moeda única é, em princípio interessante, mas,
para isso, é preciso ter uma série de pré-requisitos, no caso atual o principal
deles é uma política cambial semelhante. Entretanto, estamos muito longe desta
possibilidade. Não existe nem conversa sobre a implantação de uma moeda única.
VT - O que aconteceria se fosse
adotada a moeda do Mercosul, a exemplo do Eurodolar?
Vigervani - Isso é aparentemente
verdadeiro, agora porque o Euro esteve nos últimos dois anos em franca
desvalorização frente ao dólar americano. Se a moeda dos países do Mercosul
estivesse vinculada ao Euro, as exportações seriam estimuladas por conta da
desvalorização da sua moeda. Isso é arriscado porque poderá haver, no futuro,
uma situação inversa, ou seja, uma valorização do Euro frente ao dólar.
Portanto, a melhor política é, efetivamente, uma autonomia das moedas dos
países latino americanos frente tanto ao dólar como ao Eurodólar.
RENATA BALDO PEREIRA
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 8 de Junho 2.001
Editora Unesp
lança novos livros no mercado editorial
A Editora Unesp está lançando novos títulos no mercado editorial brasileiro. Um
deles é "Ciência e Dialética em Aristóteles" de Oswaldo Porchat
Pereira, com 400 páginas, ao preço de R$ 40,00. Organizada pela professora
Marilena Chauí, a coleção "Biblioteca de Filosofia" tem como objetivo
divulgar o trabalho de jovens acadêmicos e de autores clássicos da filosofia no
Brasil.
"Ciência e Dialética em Aristóteles" é o primeiro título da série e
faz um estudo e uma análise sobre os textos básicos do filósofo, que tratam da
doutrina da ciência e da dialética. O autor - Oswaldo Porchat Pereira - nasceu
em Santos, em 1933. Formou-se bacharel em Letras Clássicas pela Universidade de
São Paulo (USP) e em Filosofia de Rennes, França. Fez doutorado, em 1967, pela
USP, onde chefiou o departamento de Filosofia entre 1971 e 1974. Nesse ano,
transferiu-se para a Unicamp, para criar o departamento de Filosofia. Em 1983,
fez estágio de pós-doutorado na London School of Economics and Political
Sciencies, Inglaterra. Aposentou-se em 1998, continuando na orientação de
dissertações e teses acadêmicas. Participou de vários colóquios e congressos
filosóficos no país e no exterior e recebeu o título de Cavaleiro da Ordem das
Palmas Acadêmicas do governo francês.
O outro lançamento é "Escritos sobre a Universidade" de Marilena
Chauí, com 208 páginas, ao preço de R$ 20,00. Uma das mais brilhantes
intelectuais brasileiras, Marilena Chauí discute em diversos ensaios a questão
da universidade pública no Brasil. Temas como o da autonomia universitária
cedendo lugar à universidade administrada nos moldes das grandes empresas
privadas, a conseqüente confusão de critérios na avaliação de sua produtividade
e a recente questão dos professores ditos improdutivos, da Universidade de São
Paulo, são tratados pela autora de forma combativa.
Marilena Chauí é professora titular de Filosofia pela USP com especialização em
História da Filosofia Moderna, Filosofia Política e Filosofia Contemporânea.
Foi secretária municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de São Paulo entre
1989 e 1992. É membro do conselho editorial de várias revistas acadêmicas,
proferiu conferências em diversos países e tem livros publicados, entre outras
atividades.
SERGIO VIEIRA
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 9 de Junho 2.001
Alunos da Unesp
de Assis fazem carta em protesto ao provão
Estudantes da UNESP de Assis enviarão, ao Ministro da Educação, Paulo Renato
Souza, uma carta em protesto ao provão que acontece amanhã em todas
universidades do país. Eles ainda decidirão hoje se fazem ou não a prova, tendo
em vista que em unidades como a de Bauru, os alunos farão protesto e não
responderão às questões da prova.
Este exame foi instituído pelo MEC, Ministério de Educação e Cultura, para
avaliar, principalmente, as instituições de ensino superior. No entanto, no ano
passado, este objetivo foi desvirtuado e os alunos passaram a ser avaliados,
obtendo, inclusive, nota individual que está sendo utilizada como parâmetro por
empresas e, até mesmo, outras universidades, no caso, para vaga de mestrado.
Participam deste movimento em Assis, os alunos do curso de Biologia e
Psicologia e a maioria, por enquanto, está decidida apenas a entregar a prova
em branco anexada à carta enviada ao ministro. O conteúdo do texto tem a
intenção de sensibilizar os órgãos, MEC e Ministério da Educação, no que diz
respeito a estas contradições citadas e ainda, muitas outras enumeradas pelos
estudantes.
Confira o teor da carta:
Ao Ministro da Educação Paulo Renato Souza
Carta-manifesto em protesto ao Exame
Nacional de Cursos
Em função da obrigatoriedade frente às exigências do Ministério da Educação,
vimos por meio desta expressar nossa discordância em relação ao processo
avaliativo proposto.
Os argumentos que se seguem são de concordância de todos nós, alunos de
Psicologia do curso de graduação da UNESP, campus de Assis, já que entendemos
que o Exame Nacional de Cursos não contempla seus principais objetivos.
Tendo em mãos o conhecimento dos objetivos propostos pelo Ministério da
Educação, não podemos deixar de observar o caráter insuficiente dessa
avaliação. As diretrizes são pontuais:
"Tem por objetivo alimentar os processos de decisão e de formação de ações
voltadas para a melhoria dos cursos de graduação. Visa a completar as
avaliações mais abrangentes das instituições e cursos de nível superior que
analisam os fatores determinantes da qualidade e a eficiência das atividades de
ensino, pesquisa e extensão, obtendo dados informativos que reflitam, da melhor
maneira possível a realidade do ensino." (www.inep.gov.br/enc/default.htm)
É de reconhecimento de todos que a avaliação do Provão acarreta melhorias no
ensino, na medida em que as instituições revêem sua qualidade, porém, deve-se
cuidar para que a avaliação não se limite a análises superficiais, sugerindo
apenas mudanças de estrutura física (aumento do acervo da biblioteca e compra
de recursos audiovisuais) e na titulação do corpo docente, pouco medindo a
didática do professor - o que afeta, sem dúvida, na qualidade do ensino
oferecido.
Tememos que análises deste tipo contribuam para a banalização do ensino
superior. Com efeito, a partir das dificuldades apresentadas pelos alunos e
instituições, já se encontra em processo a formação de cursos preparatórios
para o Exame, o que prejudica em demasia a suposta capacidade de conceituação
que o método prevê.
Encontramos ainda mais um argumento contraditório, para limitarmo-nos no seu
objetivo principal; como a própria "Revista do Provão" declara, tanto
a nota obtida pelo aluno, quanto a nota recebida pelo curso, vêm sendo
utilizadas na seleção de profissionais no mercado de trabalho. Entendemos que
medir o aluno individualmente não é medir o curso em questão e muito menos a
Universidade. Em relação à especificidade de nossa formação acadêmica,
observa-se que o exame não contempla as diversidades das Universidades, ao
contrário do que determina suas diretrizes. É sabido que o curso de Psicologia
não se baseia em um referencial único e exclusivo. É ainda de conhecimento
geral que os Cursos de Psicologia do país dividem-se em grandes áreas de maior
interesse a cada uma delas. Assim, questionamos a elaboração da prova que, com
um questionário e três perguntas, pretende contemplar as diferentes abordagens
psicológicas sem desmerecer ou evidenciar as demais.
De posse do exame aplicado no ano de 2000, notamos que o paradigma que permeia
as questões da prova baseia-se numa visão reducionista do Homem, ao considerar
o indivíduo fora de seus contextos social e histórico. As perguntas ali
contidas, e mais especificamente a maior importância dada a determinados
conteúdos (Psicologia da Personalidade e Desenvolvimento, Métodos de Avaliação
Psicológica e de Pesquisa), configuram a compreensão do sujeito numa abordagem
tecnicista e mecanicista, na qual o psicólogo, com seu saber, "assume
controle" dos acontecimentos.
A obrigatoriedade da prova nos impossibilita o direito de escolher fazê-la ou
não; se fosse utilizada uma padronização das notas, tal como nos ensina a
ciência, a partir de amostragem, não se faria necessário que todos os alunos se
subjugassem à avaliação. Com isso, impossibilitar-se-ia a criação de mais uma
forma de exclusão, já que o mercado cobra-nos um critério que não condiz com a
realidade da Universidade avaliada. Outra liberdade a nós alijada é a de
retirar nossos diplomas ao final do curso sem a realização do Provão.
Desfaz-se, assim, o princípio de autonomia próprio à Universidade e o nosso
direito de liberdade de escolha, defendido pelo nosso regime democrático.
Acreditamos que o objetivo primeiro do Provão, avaliar as instituições, é de
extrema importância para melhoria do ensino superior no Brasil, que conta ainda
com Faculdades, Universidades que não correspondem às exigências do MEC, do mercado
de trabalho e de seus alunos. Não obstante, é inegável que a ideologia deste
processo está sendo progressivamente desvirtuada; conduta que deveria ser
combatida com veemência, desvalorizando a nota individual e possibilitando a
escolha entre fazer ou não a prova. Como instrumento, a prova avalia o
estudante apenas no momento do exame, não levando em consideração toda a gama
de experiência adquirida ao longo do desenvolvimento das atividades do curso.
Por fim, acreditamos que nosso repúdio frente às exigências do Exame Nacional
de Cursos representa uma atitude em busca da melhoria de nosso curso, como
também da Universidade de maneira geral; uma vez reconhecidas suas falhas,
entendemos que essa nota não satisfaz as necessidades que realmente almejamos,
como de ordem maior, como, sobretudo, a melhoria da qualidade do ensino
público.
REPORTAGEM LOCAL
ADUNESP se
manifesta sobre contradições da reitoria
A diretoria da Associação dos Docentes da UNESP, ADUNESP de Assis, se manifesta
em carta à imprensa sobre as posições administrativas que vem tomando a
reitoria desta instituição sobre a política salarial dos funcionários e a
implantação de novos cursos.
No texto enviado, a associação faz referência a uma matéria publicada em
caderno exclusivo da região de Campinas, na Folha de São Paulo, nesta
segunda-feira, enfatizando duas questões do processo de negociação entre os
sindicatos dos docentes e funcionários da USP, UNESP, UNICAMP e CRUESP,
Conselho dos Reitores das Universidades do Estado de São Paulo.
A primeira, defende a proposta de greve a partir do próximo dia 11 se não
houver avanço nas discussões e deixa clara a posição intransigente da Reitoria
da UNICAMP quanto à mudança do índice de 6% oferecido e do CRUESP, que descarta
a possibilidade de rediscussão com base nos índices de inflação e do ICMS ao
longo do ano (maio/01- maio/02).
A segunda, "CRUESP apresenta estudo que visa a expansão do ensino
superior" trata da ampliação das vagas nas universidades estaduais
paulistas e da criação de novos cursos e novos campi, com o objetivo de
"olhar para os próximos dez anos", nas palavras do Reitor da USP,
Jacques Marcovitch. Seria animador, diz associação, para os trabalhadores das
universidades, se não fosse contraditório e irresponsável.
O projeto de desenvolvimento das universidades públicas e, particularmente da
UNESP, referencial para os docentes, não pode contemplar, segundo a diretoria,
apenas "o lado que se vê", que é o aumento das vagas, dos cursos, dos
campi, sem um planejamento responsável que envolva todos os setores da
comunidade, tanto interna quanto externa. Isso significa "mapear" as
condições de atuação das unidades já existentes e resolver os problemas
estruturais para não agravá-los antes de anunciar crescimento.
Todavia, há anos que o projeto de reforma da previdência levou das
universidades estaduais paulistas muitos nomes de peso, que durante décadas
ajudaram (e ainda ajudam, só que agora em outras instituições) a pensar a
universidade no estado e no país.
De outra parte, os espaços "abertos" como campos, bosques, terrenos
baldios que as universidades possuem, talvez nem sempre sejam os locais
adequados para abrigar novos alunos, que virão com o sonho da sala adequada, do
universo do avanço tecnológico, etc., uma vez que, para 2001 o projeto de
"expansão", que vem sendo conquistado a duras penas por algumas
unidades da Unesp, vê-se interrompido em nome de um redirecionamento de verbas.
Quanto à criação de novos campi, a história da UNESP tem mostrado a prática
sempre questionável de "incluir" outro "campus" no
orçamento, redistribuindo as migalhas entre todos e mais um.
As notícias são contraditórias, como são contraditórias as atitudes. O CRUESP
prevê uma retração do índice do ICMS (é a indústria do terror anunciado) com a
crise energética, mas por outro lado, propõe o aumento das vagas, cursos e
campi.
O CRUESP prevê também o crescimento da estrutura, sem contemplar o custo deste
crescimento, que deve ser em forma de melhorias de condição de trabalho, de um
programa sério de saúde do trabalhador, de proporção adequada de profissionais
técnico-administrativos e docentes para sustentar a estrutura que se pretende,
o que nas condições atuais, já constitui um grande problema.
O CRUESP prevê, ainda, conciliar as pressões do mercado - tão imediatista - a
um projeto de melhoria da qualidade de formação do universitário - que demanda
tempo - sem dispender valores para materiais, pagamento de salário justo para o
pessoal, enfim, para a elevação do nível de excelência das universidades
estaduais paulistas.
Espera-se, no mínimo, que os reitores prevejam "arrumar a casa"
praticando uma política salarial para os que hoje atuam nas universidades
estaduais paulistas.
Seria o primeiro passo para "nos próximos dez anos" promover uma
política de estabilidade que assegure o desenvolvimento dos projetos de
qualidade hoje trabalhados no bojo das más instituições e fazer crescer o
número de profissionais oriundos delas, criando, assim, o seu mercado, ou o seu
perfil de demanda e oferta. No entanto, isso só será possível quando a firmeza
de atitude em defesa do seu patrimônio, do seu pessoal (administrativo,
discente e docente) enfim, de sua instituição, contar com a firmeza de atitude
de quem teve a sua formação neste espaço e não na flutuação de atitude de quem,
espera que o "mercado externo", ferindo a autonomia e as
peculiaridades da Universidade Pública, dite as normas.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 12 de Junho 2.001
ADUNESP se
manifesta sobre contradições da reitoria
A diretoria da Associação dos Docentes da UNESP, ADUNESP de Assis, se manifesta
em carta à imprensa sobre as posições administrativas que vem tomando a
reitoria desta instituição sobre a política salarial dos funcionários e a
implantação de novos cursos.
No texto enviado, a associação faz referência a uma matéria publicada em
caderno exclusivo da região de Campinas, na Folha de São Paulo, nesta
segunda-feira, enfatizando duas questões do processo de negociação entre os
sindicatos dos docentes e funcionários da USP, UNESP, UNICAMP e CRUESP,
Conselho dos Reitores das Universidades do Estado de São Paulo.
A primeira, defende a proposta de greve a partir do próximo dia 11 se não
houver avanço nas discussões e deixa clara a posição intransigente da Reitoria
da UNICAMP quanto à mudança do índice de 6% oferecido e do CRUESP, que descarta
a possibilidade de rediscussão com base nos índices de inflação e do ICMS ao
longo do ano (maio/01- maio/02).
A segunda, "CRUESP apresenta estudo que visa a expansão do ensino
superior" trata da ampliação das vagas nas universidades estaduais
paulistas e da criação de novos cursos e novos campi, com o objetivo de
"olhar para os próximos dez anos", nas palavras do Reitor da USP,
Jacques Marcovitch. Seria animador, diz associação, para os trabalhadores das
universidades, se não fosse contraditório e irresponsável.
O projeto de desenvolvimento das universidades públicas e, particularmente da
UNESP, referencial para os docentes, não pode contemplar, segundo a diretoria,
apenas "o lado que se vê", que é o aumento das vagas, dos cursos, dos
campi, sem um planejamento responsável que envolva todos os setores da
comunidade, tanto interna quanto externa. Isso significa "mapear" as
condições de atuação das unidades já existentes e resolver os problemas estruturais
para não agravá-los antes de anunciar crescimento.
Todavia, há anos que o projeto de reforma da previdência levou das
universidades estaduais paulistas muitos nomes de peso, que durante décadas
ajudaram (e ainda ajudam, só que agora em outras instituições) a pensar a
universidade no estado e no país.
De outra parte, os espaços "abertos" como campos, bosques, terrenos
baldios que as universidades possuem, talvez nem sempre sejam os locais
adequados para abrigar novos alunos, que virão com o sonho da sala adequada, do
universo do avanço tecnológico, etc., uma vez que, para 2001 o projeto de
"expansão", que vem sendo conquistado a duras penas por algumas
unidades da Unesp, vê-se interrompido em nome de um redirecionamento de verbas.
Quanto à criação de novos campi, a história da UNESP tem mostrado a prática
sempre questionável de "incluir" outro "campus" no
orçamento, redistribuindo as migalhas entre todos e mais um.
As notícias são contraditórias, como são contraditórias as atitudes. O CRUESP
prevê uma retração do índice do ICMS (é a indústria do terror anunciado) com a
crise energética, mas por outro lado, propõe o aumento das vagas, cursos e
campi.
O CRUESP prevê também o crescimento da estrutura, sem contemplar o custo deste
crescimento, que deve ser em forma de melhorias de condição de trabalho, de um
programa sério de saúde do trabalhador, de proporção adequada de profissionais
técnico-administrativos e docentes para sustentar a estrutura que se pretende,
o que nas condições atuais, já constitui um grande problema.
O CRUESP prevê, ainda, conciliar as pressões do mercado - tão imediatista - a
um projeto de melhoria da qualidade de formação do universitário - que demanda
tempo - sem dispender valores para materiais, pagamento de salário justo para o
pessoal, enfim, para a elevação do nível de excelência das universidades
estaduais paulistas.
Espera-se, no mínimo, que os reitores prevejam "arrumar a casa"
praticando uma política salarial para os que hoje atuam nas universidades
estaduais paulistas. Seria o primeiro passo para "nos próximos dez
anos" promover uma política de estabilidade que assegure o desenvolvimento
dos projetos de qualidade hoje trabalhados no bojo das más instituições e fazer
crescer o número de profissionais oriundos delas, criando, assim, o seu
mercado, ou o seu perfil de demanda e oferta. No entanto, isso só será possível
quando a firmeza de atitude em defesa do seu patrimônio, do seu pessoal
(administrativo, discente e docente) enfim, de sua instituição, contar com a
firmeza de atitude de quem teve a sua formação neste espaço e não na flutuação
de atitude de quem, espera que o "mercado externo", ferindo a
autonomia e as peculiaridades da Universidade Pública, dite as normas.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 23 de Junho 2.001
UNESP de Assis
participa do PEC: Formação Universitária
A Secretaria Estadual de Educação determinou pela nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional , lei 9394/96, artigo 62, que a formação de docentes
para atuar na educação básica deverá ser feita em nível superior e não mais em
nível de 2o grau ou curso técnico. Os professores estaduais de 1a a 4a séries
têm até 2006 para se habilitarem em curso superior, pois depois de 2007 nenhum
docente será contratado sem nível superior.
Com vistas a suprir esta urgente necessidade, a Secretaria elaborou o
"Projeto Educação Continuada (PEC): Formação Universitária". Para
execução do projeto, o órgão convidou a PUC de São Paulo, UNESP, UNICAMP e USP
a fim de que estas instituições elaborem o cronograma do curso, bem como
disponibilizem seus professores. O curso será dado em, aproximadamente, 20
meses podendo ou não se alongar um pouco mais. Esse tempo, em princípio, é
suficiente para cumprir as 3100 horas exigidas pelo MEC para um curso de
pedagogia.
Informam as coordenadoras do projeto na UNESP de Assis, Mariangela Braganorte e
Raquel Lazzari Leite Barbosa, que o curso é especialmente destinado à formação
de professores de primeira a quarta séries e não um curso de pedagogia comum.
Até 2006, a rede estadual de ensino vai oferecer este curso para todos os
profissionais da rede oficial do estado. Neste momento, foram chamados 6877
professores do estado todo. Não foram chamados os readaptados em outro lugar
(efetivo do estado que não está dando aula e está prestando serviço em outro
lugar), aqueles que estão afastados pela 202, os que já têm curso superior e os
que estão em processo de aposentadoria.
Mariangela explica que todos os efetivos foram convidados, mas não existe
relação de obrigatoriedade para fazer o curso. "As vantagens de quem fizer
o curso são as melhorias em termos de salário e aposentadoria referente a curso
superior, além de terem condições de tratar melhor das questões educacionais
hoje. Os que não optarem pela oportunidade perderão estas chances",
ressalta a coordenadora. Por enquanto, os professores das escolas
municipalizadas ainda não farão o curso e ficarão para um segundo momento do
projeto.
Esta semana, foram chamados, na Secretaria de Educação em São Paulo, 1000
professores por dia para que recebessem toda orientação sobre o curso. Os
tutores também já foram selecionados e vão começar a orientação nos dias 6, 7 e
8 de julho. Eles vão coordenar todo trabalho presencial nos CEFAMs, Centros de
Ensino, Formação e Amparo ao Magistério, locais estes onde acontecerão as
transmissões das tele e vídeo-conferências. Estes profissionais foram avaliados
pelo SENAC, são habilitados em pedagogia e possuem conhecimentos de
informática. A rede toda da Unesp atenderá mais ou menos 2000 alunos e Assis
terá um pólo transmissor, ou seja, centro de produção de tele e
vídeo-conferências. Este material chegará às cidades receptoras de Marília,
Artur Alvim, Guaratinguetá, São Vicente e Bauru via computador. Nestas cidades,
as salas de aula estarão divididas em três ambientes distintos para atender aos
alunos: uma sala para vídeo conferência, outra com computadores para interação
on line e outra ainda com os tutores para esclarecimentos de dúvidas e
biblioteca.
Nas vídeo-conferências, mais de 450 alunos sob de cobertura de Assis, estarão
assistindo simultaneamente às aulas que serão ministradas por especialistas. Os
alunos ainda podem contar com a ajuda de professores orientadores, professores
assistentes e os tutores. O tutor fará o atendimento presencial nos CEFANS
todas às noites de segunda a sexta-feira e, sábado, nos dois períodos, os
professores orientadores e os assistentes darão assistência on line.
Assis é apenas núcleo transmissor e não terá núcleo de recepção de sinal e, por
isso, os alunos de Assis vão até Marília para assistir às aulas. No total são
18 professores. Esta conquista se deu por esforço do Departamento de Educação
da UNESP de Assis, pois a dificuldade maior foi superar o obstáculo de que aqui
não havia recepção. A primeira tele-conferência está prevista para o dia 25 de
julho e até lá, os professores-alunos ainda participarão de um treinamento na
área de informática dado pelo SENAC, pois precisam entender muito bem o
mecanismo de funcionamento do veículo de formação.
No que diz respeito à avaliação, Raquel explica que todos os professores
participantes farão trabalhos ao final de cada módulo de ensino. Os critérios
de avaliação ainda serão melhor avaliados pela comissão gestora do projeto. A
adesão dos professores foi de 100%. Para as professoras, este projeto tem uma
dimensão muito maior do que se imagina, pois além de estar capacitando os
professores, os alunos também serão beneficiados com um ensino melhor.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 17 de Julho 2.001
Alunos e
professores participam de encontro internacional
Um grupo de alunos e professores do curso de Psicologia da Unesp de Assis
participaram, entre os dias 3 e 6 de junho, do VIII Colóquio Internacional de
Sociologia Clínica e Psicossociologia na Universidade Federal de Minas Gerais.
Um dos objetivos primordiais deste encontro foi discutir quem é sujeito e
cidadão nos países que sonham com um desenvolvimento sustentável e com um
quantum possível à sua autonomia.
Esta discussão se justifica pelo fato de que na interseção entre as abordagens
psicanalítica, sociológica, antropológica, política e histórica, a
Psicossociologia e a Sociologia Clínica voltam-se mais profundamente para as
mudanças sociais e suas repercussões sobre as condutas humanas. Estas ciências
buscam "decifrar" o real dos sujeitos individuais e coletivos, no
emaranhado dos constantes movimentos de desestruturação e reestruturação da
sociedade atual.
Participaram do evento os mestrandos em Psicologia Ademar Iwao Mizumoto e
Matheus Fernandes de Castro, os professores Ana Maria Rodrigues de Carvalho,
Cláudio Edward dos Reis, Elizabeth Maria Oliveira Luti Bertoncini, Francisco
Hashimoto, Ivone Tambeli Schimidt, Mériti de Souza e Wilka Coronado Antunes
Dias. Todos os professores participaram de mesas-redondas, apresentando
trabalhos desenvolvidos na instituição. Além das atividades acadêmicas, a
comissão organizadora brindou todos os participantes com diversas apresentações
de músicas e artes da cultura brasileira.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 19 de Julho 2.001
Unesp promove em
agosto seu "VI EPLLE"
Durante os dias 1, 2 e 3 de agosto a Unesp/Campus de Assis estará promovendo,
através do Departamento de Letras Modernas, o "VI Encontro de Professores
de Línguas e Literaturas Estrangeiras", evento que, a exemplo de sua
primeira edição em 1990, vem sendo reconhecido no mundo acadêmico.
O encontro propõe-se a reunir professores universitários, professores de
primeiro e segundo graus, alunos de cursos de graduação e de pós-graduação,
pesquisadores, tradutores, escritores e estudiosos das línguas e literaturas
estrangeiras e da tradução para, mediante a realização de conferências,
mesas-redondas, mesas temáticas, mini-cursos e sessões de comunicação discutir
questões referentes as suas áreas de investigação.
Conforme informa Ademir Fernandes/Secretário do VI Eplle, este encontro
científico-cultural pretende reunir aproximadamente 600 participantes,
incluindo-se, entre eles, estudiosos renomados de várias universidades
brasileiras e estrangeiras. Para maior divulgação dos trabalhos, ao final do
evento, o Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Ciências e Letras de
Assis empenhar-se-á na publicação dos Anais.
Este ano o tema é: "Línguas e Literaturas Estrangeiras: Reflexões e
Perspectivas".
As inscrições estão abertas até 01/08/2001 (1º dia do evento), os valores
variam de R$ 15,00 (quinze reais) a R$ 75,00 (setenta e cinco reais) de acordo
com a categoria do inscrito.
Informações adicionais podem ser obtidas pelo endereço eletrônico:
www.assis.unesp.br/~eplle, pelo e-mail: eplle@assis.unesp.br, na secretaria da
Unesp, localizada na Avenida Dom Antonio, 2100 - DLM - Prédio I , ou pelo
telefone: (0xx18) 3322-2933 - ramal 318.
DAGMAR MARCILIANO
VOZ DA TERRA -
ASSIS - 01 de Agosto 2.001
Assis não é contemplada
com novas vagas e cursos
A Unesp, Universidade Estadual Paulista, anunciou nos jornais nacionais que
ampliará o número de vagas e cursos oferecidos em seu vestibular para os anos
2002 e 2003. Serão abertas 500 novas vagas em 13 cursos, sendo que 12 serão
implantados no próximo ano. As medidas foram aprovadas pelo Conselho
Universitário da Unesp, em sua última reunião. Com as novas vagas, a
instituição passa a oferecer 5.685 lugares para o vestibular.
A notícia é boa para a universidade como um todo, no entanto, Assis não foi
contemplada nem ao menos com maior número de vagas ou com o curso de pedagogia
que, em outros momentos, foi anunciado que viria para Assis. Esse curso será
implantado no campus de Bauru, no período noturno.
Dos 13 cursos, somente engenharia ambiental, relações internacionais, ciências
biológicas com habilitação em biologia marinha, gerenciamento costeiro e
engenharia de materiais, que só será implantado em 2003 são novos. Os demais já
existem na Unesp e agora serão oferecidos em novos turnos, como em ciências da
computação, matemática, física, química, biológicas e pedagogia.
NOVOS CURSOS E NOVAS VAGAS
VESTIBULAR 2002 E 2003
CAMPUS NOVOS CURSOS VAGAS PERÍODO
Faculdade de Ciências Química 30 Noturno
Bauru Pedagogia 50 Noturno
Faculdade de História, Relações Internacionais 50 Vespertino
Direito e Serviço Social 50 Noturno
Franca Faculdade de Engenharia Engenharia de Material* 30 Integral
Guaratinguetá Matemática 30 Noturno
Faculdade de Engenharia Ciências Biológicas 30 Noturno
Ilha Solteira Física 30 Noturno
Matemática 30 Noturno
Faculdade de Ciências Ciências Biológicas 40 Noturno Agrárias e Veterinárias
Jaboticabal
Faculdade de Ciências Engenharia Ambiental 30 Integral e Tecnologia Ciências da
Computação 30 Noturno
Presidente Prudente Física 30 Noturno
São Vicente Ciências Biológicas 40 Diurno (Gerenciamento Costeiro) Biologia
Marinha
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA - ASSIS –17 de janeiro de
2002
Professores
municipais tem chances de estar participando do PEC
Aconteceu em Assis de 14 a 16 de
janeiro, na Unesp - Faculdade de Ciências e Letras de Assis, o Encontro de
Trabalho com Professores-Alunos do Pólo de Assis que participam do PEC -
Programa de Formação Continuada "Formação Universitária".
Segundo Ricardo Ribeiro, coordenador do PEC no âmbito da Unesp, o programa de
formação de professores foi planejado para contemplar duas etapas presenciais:
"São momentos em que podemos fazer um grande balanço do trabalho realizado
durante um período e também organizar e dar as direções aos trabalhos que serão
feitos a partir de agora. Os dos períodos seriam janeiro e julho. Este é o
primeiro encontro que acontece no pólo de Assis e, simultaneamente, nos outros
sete pólos da Unesp".
Ribeiro relata que a iniciativa de investir e custear a educação dos
professores cabe à Secretaria Estadual de Educação para que os mesmos se
enquadrem no que hoje é exigido nos novos marcos legais: "Todo professor,
até 2007, terá que ter formação em nível superior. A Secretaria Estadual de
Educação possui ainda cerca 12 mil professores com formação em nível de 2º grau
- antigo Normal ou Habilitação para o Magistério, por isso a necessidade de
investir recursos no sentido de formar estes professores e, desta forma, foi
estabelecida uma parceria entre Unesp, USP e Unicamp e a PUC/SP".
A responsabilidade acadêmica do programa é das universidades, porém no processo
de organização final do projeto básico de todo o trabalho a Unicamp saiu.
"Desta forma contamos com Unesp, USP e PUC, sendo que a Unesp acabou assumindo
os trabalhos que ficariam a cargo da Unicamp, ficamos então com exatamente a
metade dos alunos do programa. É a Unesp respondendo de alguma forma pela
formação dos professores da rede pública do Estado de São Paulo".
Grande parte dos professores das melhores escolas particulares de ensino
fundamental e médio são formados nas universidades públicas e, na análise do
coordenador, na rede pública existem professores formados em universidades ou
faculdades que nem sempre consegue atingir uma qualidade em seus cursos.
"Neste momento, a Unesp está fazendo um trabalho extremamente importante
e, no final desde ano, cerca de 2.500 professores vão estar na rede estadual de
São Paulo, tendo uma formação realizada através dos mais variados e modernos
recursos, proporcionada por uma das melhores universidades do país. O grande
objetivo de todo este trabalho é contribuir efetivamente para a melhoria da
qualidade do ensino público. Podendo contar com todo o apoio da administração
da cidade, eventos como este lotam o município, principalmente em um momento em
que percebemos que Assis está se despontando como pólo universitário. Contamos
com a presença de toda a equipe da Secretaria Municipal de Educação aqui e isto
consolida a parceria também da unidade da Unesp de Assis com a Prefeitura
Municipal, estreitando definitivamente os laços".
Mariângela Braga Norte, coordenadora do PEC na Unesp de Assis, relatou que
participaram do evento cerca de 300 professores da região de Santo André, Matão
e Marília. "Realizamos os três dias de encontro para professores da rede
pública estadual do ensino fundamental de 1ª a 4ª séries para dar início ao ano
letivo.
Durante este período, organizamos várias atividades como workshops e reuniões
de orientação visando a monografia que eles deverão entregar no final do curso.
Além disso, houve uma deliciosa confraternização na última terça, no Assis
Tênis Clube, com um delicioso jantar que teve a animação de um prodigioso Grupo
de Choro de Assis, coordenado por Paulo Ogeda".
Para Mariângela, como os professores ficam longe de Assis, o encontro veio
consolidar todo o trabalho didático que é estudado pelos mesmos. Todos estes
professores já estão na rede há no mínimo 10 anos, são efetivos. A faixa etária
varia de 30 a 65 anos. Para eles, estar entrando em uma nova realidade que
abrange cursos de informática pelo SENAC, valoriza não apenas o seu contexto
enquanto profissionais, mas também o aspecto humano, pois estão recebendo uma
capacitação de altíssimo nível. O programa foi aberto para pessoas que não
tinham nível universitário. Os 7 mil professores que fazem o curso atualmente
foram voluntários e, o interessante, é que percebemos que alguns professores
que já possuem o seu diploma também estão interessados em participar".
A coordenadora revelou que os professores da rede municipal também demonstraram
grande interesse em relação ao PEC. "Esta primeira fase é quase
experimental e já obtemos grandes resultados. Para a rede municipal já existe
um estudo e esperamos poder realizar isso para eles também a curto prazo".
Maria do Socorro Siqueira Rocha, é de Santo André, professora I, aluna do PEC,
relata sua experiência através do curso, como maravilhosa: "Estou com
outra visão em relação a educação como um todo, outra postura em sala de aula.
Para nós que não tivemos a oportunidade de cursar uma universidade, está sendo
ótimo, é claro que o novo sempre assusta, mas se temos a vontade e disposição
de reciclar nossos conhecimentos, com uma oportunidade com esta, isto se torna
quase uma obrigação. Sinto-me valorizada e que a interação com a minha sala de
aula mudou completamente, pois falamos a mesma língua, se for pontuar tudo o
que houve em benefícios, ficaríamos aqui o dia todo".
A responsável pelo Departamento de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação
de Assis, Isaura da Silva Leopoldo relata que a secretária, Dulcinea Zirondi
Vilas Boas, esteve representando o prefeito Carlos Nóbile na cerimônia de
abertura do evento, fazendo parte da composição da mesa. "Quando saiu este
projeto, a Secretaria Estadual de Educação o estendeu aos professores do estado
que ainda não são portadores de diploma universitário e nos foi comunicado via
Diretoria de Ensino sobre a abertura para os professores conveniados do estado
no município. Estes professores são dispensados do HE - Hora de Estudo e vão
até Marília três vezes por semana, para esta capacitação. Em relação aos
municípios foi questionada a razão dos professores municipais não estarem sendo
contemplados neste projeto. Estivemos em São Paulo, na Secretaria Estadual de
Educação, e nossa secretária fez esta reivindicação junto à Ana Maria
Mantovani, responsável pela coordenação do projeto na Secretaria. No dia 20 de
dezembro estivemos na Capital e recebemos a notícia de que o Governador Geraldo
Alckmin estaria realizando uma parceria com os municípios e também repassando
esta verba à Unesp, o que contemplaria ainda os professores municipais no
PEC".
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS 01 de maio de 2002
Campus ganha
prêmio pelo Trote da Cidadania
A Unesp de Assis foi umas da faculdades que ganhou o Prêmio Trote da Cidadania,
concurso promovido pela Fundação Educar DPaschoal. A iniciativa visa ressaltar
as melhores ações de trotes sociais, destacando e estimulando a participação
saudável dos universitários na recepção dos calouros. Os trabalhos vencedores,
como prêmio, serão transformados num livro e distribuídos para universidades,
instituições e empresas.
Segundo Lila Potelho, uma das organizadoras da comissão do Trote da Cidadania,
em Assis, o prêmio é o reconhecimento pelos três anos de trabalho que vêm sendo
realizado pela unidade e alunos participantes. "É muito importante que
tenhamos o reconhecimento, pois precisamos mudar a concepção de que todo trote
é violento e desagradável. Além disso, temos que desenvolver o lado cidadão de
cada estudante", destaca.
A Unesp de Assis foi destaque por conta das atividades desenvolvidas em escolas
públicas, como tarde de leitura e dramatizações com fantoches; atividades
recreativas no Lar dos Velhos e na APAE e visita à Usina de Reciclagem de Lixo,
buscando elaborar um projeto ambiental para a universidade. Ao todo, a Fundação
Educar recebeu 36 projetos de diferentes estados brasileiros: Minas Gerais, Rio
de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Pará e Paraná.
Além da Unesp de Assis, ganharam o prêmio: a Universidade da Amazônia - UNAMA,
em Belém; Unesp - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, de Araraquara;
Universidade de São Marcos - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, de São Paulo
e Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE, de Ponta Grossa,
Paraná Patrocinaram o Trote da Cidadania em Assis: Visa Imobiliária, São Paulo
Imobiliária, Secretaria Municipal de Educação, Fundação Educar DPaschoal,
Banespa e Rede Avenida. Foram colaboradores do projeto: a Sabesp, Florença Pães
e Doces, Caixa Econômica Federal, Fundação Assisense de Cultura, Distribuidora
de Bebidas Messias e Administração da Rodoviária de Assis. Além de Lila,
integram a comissão Leila Rabelo, professores e grupo de alunos de cada curso.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS 08 de maio de 2002
Unesp oferece
160 vagas em Ilha Solteira
Com o objetivo de ampliar a oferta de vagas na Faculdade de Engenharia de Ilha
Solteira, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) realizará neste ano o segundo
vestibular naquele campus. As 160 vagas oferecidas nos cursos de graduação de
período integral estão assim distribuídas: área de ciências biológicas -
Agronomia (40 vagas), exatas - engenharias Civil, Elétrica e Mecânica, 40 vagas
para cada curso.
As inscrições para o segundo vestibular Unesp 2002 podem ser feitas de 6 a 24
de maio - com exceção de sábados e domingos - das 9 às 18h no Departamento de
Literatura do campus da Unesp em Assis. O Manual do Candidato pode ser
adquirido por R$ 10,00 na agência Assis do Banespa e no campus da universidade.
A taxa de inscrição, no valor de R$ 60,00, deve ser paga na agência Assis do
Banespa. Os candidatos devem apresentar a ficha de inscrição preenchida e
autenticada pelo banco no Posto de Inscrição (Departamento de Literatura do
campus de Assis).
As provas serão realizadas exclusivamente na cidade de Ilha Solteira nos dias 7
de julho (Conhecimentos Gerais), 8 de julho (Conhecimentos Específicos) e 9 de
julho de 2002 (Língua Portuguesa), sempre às 14h.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS 09 de maio de 2002
Estudantes da
Unesp prosseguem mobilização
Os alunos da Unesp de Assis não pensam em desistir tão rápidamente do protesto
que vêm fazendo por conta dos problemas enfrentados pela universidade. Eles, que
já acamparam em barracas no campus, retiraram ontem as carteiras das salas de
aula, justamente para não haver aulas, e assim sendo, pudessem participar de
grupos de debates sobre diferentes assuntos relacionados a universidade
pública.
As informações foram passadas a todos os alunos, por várias equipes. Na sala 7,
por exemplo, estava sendo abordado a questão da contratação de professores e
implantação de novos cursos. Na sala 5, o tema era a representação discente.
Ana Laura Ferreira de Barros, estudante do terceiro ano do curso de História
explica que os alunos estão manifestando-se, entre outras razões, porque existe
a possibilidade de greve dos professores, por conta da proximidade da eleição,
o que está previsto para ocorrer na terça, quarta e quinta-feira da próxima
semana. Além disso, estão indignados pelo fato de o reitor da Unesp estar
anunciando a instalação de novos cursos em várias cidades do estado, haja vista
que os já existentes, segundo entendem, estão em situação precária. A
reivindicação refere-se ainda ao auxílio moradia, e ajuda a alunos carentes.
"Várias coisas estão acontecendo na Unesp e os alunos estão sendo
prejudicados. Não há como ficar parado esperando as coisas acontecerem",
diz a aluna.
Antes de os grupos serem formados, foi feita uma reunião geral para discutir os
principais problemas da Unesp. A noite houve uma assembléia visando
conscientizar também os alunos do período noturno.
DAGMAR
MARCILIANO
VOZ DA TERRA -
ASSIS 15 de maio de 2002
Fórum na Unesp
discute relações interpessoais
A violência no âmbito das relações interpessoais, envolvendo homens e mulheres,
adultos e crianças, no espaço doméstico e familiar, é tema do Fórum de Debates
que será realizado nos próximos dias 5, 6 e 7 de junho, na Faculdade de
Ciências e Letras da Unesp de Assis. O evento é uma iniciativa do Núcleo de
Estudos da Violência e Relações de Gênero da unidade local, em parceria com a
Secretaria da Assistência Social do município de Assis.
O encontro reúne renomados profissionais do campo dos estudos da violência e
relações de gênero, de diferentes áreas (sociologia, psicologia, direito, saúde
e assistência social). O objetivo é promover a discussão de questões teóricas e
práticas relacionadas com ações e políticas de combate, prevenção e atendimento
ao fenômeno da violência.
O Fórum trará uma contribuição importante para a discussão e compreensão de um
tema que hoje se coloca entre as maiores preocupações da sociedade brasileira.
Principalmente pela representatividade dos participantes e abrangência dos
debates.
De forma geral, os palestrantes e debatedores têm em comum o estudo e o
trabalho com a violência na perspectiva de gênero, com enfoque
interdisciplinar. O recorte de gênero é priorizado no fórum por ser este um
fator preponderante na produção e reprodução da desigualdade e violência nas
relações interpessoais e familiares, legitimadas pela dominação masculina. O
poder desigual que se institui através da diferença de gênero (e também de
classe, raça e geração) perpassa as diferentes formas de violência que envolvem
homens e mulheres, crianças e adultos, jovens e velhos, ricos e pobres, brancos
e negros.
Para os três dias de debates estão programadas conferências, mesas redondas,
minicursos, oficinas, comunicações orais e painéis. Um dos destaques do
encontro será a conferência "Violência de Gênero e Democracia"
ministrada pela socióloga Heleieth Saffioti, professora titular da PUC de São
Paulo, uma das mais respeitadas pesquisadoras brasileiras no campo dos estudos
de gênero e violência. Nas mesas redondas serão abordados temas como: violência
intrafamiliar contra crianças e adolescentes, violência conjugal, violência nas
relações de trabalho e na escola, e ainda aspectos médicos, jurídicos e
psicológicos do atendimento de vítimas e agressores. Esses temas serão também
focalizados nas comunicações orais e painéis de trabalhos desenvolvidos pelos
participantes do fórum.
O evento é aberto a profissionais, pesquisadores, estudantes e demais pessoas
que trabalham com violência ou se interessam pelo tema. Maiores informações
podem ser obtidas no site www.assis.unesp.br/eventos ou pelos telefones (18)
3324-2863 (Carolina) ou 3322.2933, ramal 226.
SERVIÇO
Data: 14 de maio de 2002
Fonte: Núcleo de Estudos
Violência e Relações de Gênero/ Unesp de Assis
Responsável: Professora-doutora
Maria de Fátima Araújo/ coordenadora
Telefone: 3322.2933, ramal 226.
SERGIO VIEIRA
VOZ DA TERRA -
ASSIS 17 de maio de 2002
Servidores se
mobilizam e interrompem atividades por um dia
Funcionários e docentes da Unesp de Assis paralisaram ontem suas atividades e
juntamente com outras universidades, USP e Unicamp, deram início à campanha
salarial de 2002. Mesmo paralisados, servidores também se manifestaram na porta
da reitoria em São Paulo. As principais reivindicações são reposição salarial
de 16% e contratação de novos professores.
No campus local, alguns alunos apenas circulavam pelos corredores e o único
movimento estava na cantina, onde alguns se descontraiam e outros comentavam a
paralisação. Foram mantidas na unidade apenas atividades inadiáveis, como as
defesas de tese já marcadas.
Além da unidade de Assis, pararam também os campi da Unesp em Bauru, Marília,
Ilha Solteira, Rio Preto e Instituto de Artes do Planalto, na capital.
Segundo Carlos da Fonseca Brandão, presidente da Associação dos Docentes da
Unesp - Adunesp Assis, no ano passado os servidores das universidades estaduais
tiveram uma reposição de apenas 6%, contra 13,5% que era reivindicado. Quanto
às contratações, ele comenta que a reitoria vem praticando uma política de
contratação de professores por tempo parcial, o que é prejudicial ao
desenvolvimento de pesquisas e de extensão universitária.
O docente esclarece ainda que há na reitoria uma fila de 189 contratações e a
categoria exige que estas sejam feitas em regime integral, pois desta forma os
professores podem dedicar mais tempo para desenvolvimento de pesquisas e
atendimento de alunos. "Se as contratações não forem em tempo integral,
corremos o risco de nos tornar um colegial, em que os professores apenas dão
aula e pronto", enfatiza.
Hoje à tarde, a reitoria se reúne com o Conselho dos Reitores das Universidades
Estaduais Paulistas e com o Fórum da Seis, constituído pelas associações de
docentes e funcionários da Unesp, USP e Unicamp, e com representantes do
Instituto Paula Souza para discussão das propostas. Brandão diz que só a partir
dos resultados desta reunião é que os servidores novamente se reunirão para
definir quais os rumos da campanha salarial. Ele não confirmou, porém não
descarta a hipótese de outras paralisações e até mesmo de greve.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS 16 de maio de 2002
Civap apronta
projeto de novos cursos para a Unesp
O presidente do Civap, Oscar Gozzi, revelou ontem que o projeto criando cinco novos
cursos para o campus da Unesp em Assis, já está em fase final de elaboração
pela comissão constituída para este fim e que deverá ser entregue ao Conselho
Universitário da universidade, em São Paulo, para apreciação. O objetivo,
segundo Gozzi, é fazer com que eles sejam instalados no ano letivo de 2003.
Entretanto, para que isto seja possível, há que se vencer a barreira do tempo.
"Estamos lutando contra o relógio, pois a Unesp tem que alocar recursos
orçamentários para que se viabilize a instalação". Gozzi disse que a
participação do prefeito Carlos Nóbile, ao ceder o prédio do IEDA, para
expansão do campus, foi decisiva, e que junto com a proposta, está sendo
anexado um croqui do prédio, com fotos, para demonstrar aos conselheiros que o
espaço físico é adequado e suficiente para comportar os novos cursos. O
presidente do Civap assinalou que o deputado estadual Claury Alves da Silva é o
principal avalista político do projeto e que está envidando todos os esforços
junto à reitoria da universidade e ao governador Geraldo Alckmin, para que a
reivindicação seja atendida.
BIOMAVALE - Gozzi manteve um
encontro com o governador Alckmin na semana passada, em São Paulo, juntamente
com prefeitos do Civap, inclusive Carlos Nóbile. Na ocasião, o chefe do Palácio
dos Bandeirantes indagou a respeito do Biomavale, que vai criar em Assis um
centro avançado de pesquisas na área da biotecnologia. Pelo interesse
demonstrado por Alckmin, já se pode aquilatar a relevância que o governo do
Estado vem dando ao assunto, depois que ele, ao inaugurar a duplicação da
Raposo Tavares, ouviu uma exposição sobre a proposta por parte do agrônomo e
presidente da fundação do Biomavale, Dorival Finoti.
Segundo Gozzi, o deputado Edson Aparecido vai apresentar uma emenda ao
orçamento do Estado para o próximo ano, consignando recursos para a entidade, e
que o Biomavale também deverá receber verbas do governo federal. "O Civap
vem trabalhando seriamente nessa direção, além de convencer empresários e
setores produtivos da região, a se engajarem no processo, uma vez que vai abrir
novas oportunidades de negócios para inúmeras frentes produtivas. Um dos
setores mais entusiasmados é o da cana, que está promovendo reuniões para
aderir a proposta, que também já mobiliza as universidades locais e o governo
do Estado através de seus órgãos técnicos.
HOSPITAL REGIONAL - O presidente
do Civap também destacou a reunião que o Civap manteve na Secretaria da Saúde
para a assinatura do convênio do Hospital Regional com a Faculdade de Medicina
de Marilia (Famema), e enfatizou o empenho do deputado Edson Aparecido junto ao
governador Geraldo Alckmin, para o atendimento desse pleito que vai beneficiar
25 municípios do Médio Paranapanema, e uma população de 500 mil pessoas.
"Fomos muito bem recebidos na Secretaria da Saúde e a interferência de
Edson Aparecido junto a Alckmin foi decisiva para a assinatura do convênio, que
deverá acontecer nos próximos dias".
Oscar Gozzi, que é prefeito de Tarumã, disse ainda que o Civap está trabalhando
para a implantação definitiva do Pólo de Agronegócios junto à APTA (Agência
Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), que criará projetos novos visando a
verticalização do setor agropecuário. A agência também dará suporte ao
Biomavale na geração de projetos no campo da biotecnologia.
REPORTAGEM
VOZ DA TERRA -
ASSIS 23 de maio de 2002
Quelce busca
benefícios aos idosos em Brasília
O assisense Antônio Quelce Salgado, ex-diretor da Unesp e atual presidente do
Conselho Estadual do Idoso, esteve em Brasília, na semana passada, participando
da solenidade de assinatura do decreto de criação do Conselho Nacional dos
Direitos do Idoso, ocasião em que se fez presente o ministro da Justiça, Miguel
Reali Júnior. Conforme conta, na oportunidade foi ainda assinado um importante
documento relacionado aos direitos humanos, em diversos setores.
Quelce aproveitou o fato de estar em Brasília e visitou a Câmara Federal, para
discutir com o presidente Aécio Neves, a colocação em pauta do Estatuto do
Idoso, tendo a resposta de que isso ocorrerá em breve, garantindo maior
proteção aos mais velhos.
DAGMAR MARCILIANO
VOZ DA TERRA -
ASSIS 25 de maio de 2002
Comunidade
entrega processos dos novos cursos à direção do campus
Em solenidade ocorrida na tarde de ontem, no Salão de Atos do campus local da
Unesp, a comunidade assisense representada pelos dirigentes das diversas
entidades promoveram a entrega dos processos para a criação de cinco novos
cursos ao diretor João Chaves. Estiveram presentes no evento o prefeito de
Assis, Carlos Nóbile (PSDB); o presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale
do Paranapanema (Civap) e prefeito de Tarumã, Oscar Gozzi (PFL), assim como
outros prefeitos da região.
Os processos para a criação de novos cursos recebidos pelo diretor João Chaves
são: de engenharia de alimentos, engenharia da computação, farmácia e
bioquímica, bacharelado em química e bacharelado em física. Estes processos
foram montados por quatro profissionais que atuaram especificamente para
atender ao pedido da comunidade assisense.
Estes processos agora serão encaminhados às instâncias internas da Faculdade de
Ciências e Letras (FCL) de Assis, sendo analisado pela Congregação, e caso
sejam aprovados, posteriormente serão encaminhados para o Conselho
Universitário da universidade em São Paulo. A expectativa de que os processos
para a criação destes novos cursos sejam aprovados é a melhor possível. O que
vem impressionando favoravelmente os integrantes do Conselho Universitário é a
estrutura oferecida por Assis para ampliação do campus. O prefeito Carlos Nóbile
adquiriria o prédio onde funciona o Colégio Diocesano, doando-o à Unesp, e
oferecendo todo o mobiliário necessário para que os novos cursos ali
funcionasse.
Os prefeitos da região, acompanhados pelo diretor João Chaves, estiveram ontem
na visita que o reitor da Unesp, José Carlos Trindade, fez a cidade de
Paraguaçu Paulista participando da assinatura do convênio que possibilitará a
universidade promover o treinamento de professores da rede pública de ensino.
Na oportunidade, os prefeitos e João Chaves reiteraram ao reitor Trindade a
importância da criação destes novos cursos em Assis. Também foi discutida a
possibilidade do campus da Unesp de Assis encampar os cursos de Engenharia de
Agronomia e Zootecnia mantidos por uma fundação em Paraguaçu Paulista.
SERGIO VIEIRA
VOZ DA TERRA -
ASSIS 11 de junho de 2002
Professores,
funcionários e alunos entraram em greve
Professores e funcionários reivindicam reajuste salarial de 16%, mais recursos
para ajudar alunos carentes, contratação de novos professores e revisão do
projeto de expansão da universidade, proposto pela reitoria.
Na região, a paralisação atinge os campi de Bauru, Marília e parte de Botucatu.
Em Bauru, a greve teve adesão total.
Às 16 horas de hoje será realizada, na reitoria da Unesp, em São Paulo, uma
reunião entre representantes da Unesp, USP, Unicamp e o Cruesp (Conselho de
Reitores das Universidades de São Paulo).
'Depois do encontro de hoje à tarde, vamos nos reunir e, a partir do que foi
decidido, vamos dar direcionamento à greve. Nossa exigência para este encontro
é que seja repassado um aumento de 9,68% de imediato e que seja feito acordo
para a criação de uma nova política salarial para o segundo semestre', declarou
o presidente da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp), Milton Vieira do
Prado Júnior.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA - ASSIS 13 de junho de 2002
Campus promove atividades de integração e lazer à comunidade
A direção da Faculdade de Ciências e Letras de Assis, preocupada com a
integração, melhoria das condições de trabalho, qualidade de vida e
relacionamento interpessoal entre alunos, servidores técnicos e docentes,
realiza várias atividades abertas à comunidade. Uma equipe de profissionais da
unidade fez um diagnóstico para detectar as diversas necessidades do segmento
técnico-admistrativo e já, em 2001, vários cursos e treinamentos foram
executados.
Em continuidade ao projeto, neste primeiro semestre de 2002, são viabilizadas
as seguintes atividades: o Coral "Papo de Anjo", "Oficina de Expressão
Corporal" e "Oficina de Teatro", em que participam alunos,
servidores e docentes. As iniciativas visam desenvolver novos talentos
artísticos e enriquecer a vivência cultural. Há ainda o curso de Desenho
Artístico em que o objetivo maior, além da interação, é o desenvolvimento
artístico individual. Ao final deste curso, será realizada uma grande exposição
com todos os trabalhos elaborados pelos participantes, na qual serão revelados
os mais variados talentos.
O "Som Meio Dia" é outra iniciativa implementada pela direção em
benefício dos alunos, no intervalo do almoço. O som acontece no espaço ao lado
da cantina, todas as quintas-feiras, e são convidados vários músicos, conjuntos
e bandas locais dos mais variados estilos musicais. Programação semelhante tem
o projeto "Curta na cantina", em que são apresentados semanalmente,
no espaço ao lado da cantina, filmes de curta-metragem no período noturno.
Mais uma opção para alunos, funcionários, docentes e toda comunidade é a
"Sessão Universitária", no Cinema Municipal de Assis. Com capacidade
para 500 pessoas, o recinto reservou suas dependências nas primeiras
quintas-feiras do mês, a partir das 20h30, e, aos domingos, a partir das 18h,
para que a Unesp faça a exibição de uma sessão de filme a preços simbólicos (R$
1,00). Neste sentido, a direção vem tentando uma parceria com a Associação dos
Servidores Locais (ASA) e ADUNESP - Local para que os ingressos sejam
repassados aos associados gratuitamente. Os filmes serão criteriosamente
selecionados a fim de proporcionar o máximo de entretenimento possível.
Como forma de incentivar a atividade esportiva entre os três segmentos,
conjugando a prática esportiva, a melhoria da saúde e de relacionamento
interpessoal, a direção do campus viabilizará o material e as dependências para
que, uma vez por semana, equipes possam treinar vôlei, com a supervisão de uma
técnica desportiva escolhida dentre os servidores do campus, que possui
formação na área. Já com início em junho, a formação de equipes esportivas terá
início com a prática do vôlei, contudo, a intenção é de sejam formados times de
outras modalidades de esporte.
Finalmente, "Café com Bobagem" é mais um projeto a ser implementado
ainda no primeiro semestre, que visa proporcionar um momento de congraçamento
entre os servidores técnicos e docentes. O projeto resume-se no oferecimento de
um café, pela direção do campus, todos os dias, no período da manhã, no
refeitório.
REPORTAGEM LOCAL
Passeata reúne grande número de alunos da Unesp de Assis
O auge da mobilização ocorreu na avenida, em frente
à prefeitura municipal
Mais uma vez, alunos e professores da Unesp de Assis reuniram-se em Assembléia,
sendo esta última realizada das 9h30 às 10h20 de ontem, no anfiteatro da
universidade. Na ocasião, optou-se por uma passeata (uma das atividades já
previstas), que foi iniciada no salão de atos da universidade indo até o centro
da cidade, encerrando na praça da Mocidade, em frente à prefeitura municipal.
Foi grande o número de estudantes que aderiu à forma de mobilização, carregando
faixas e cartazes, tendo os rostos pintados e cantando músicas de protesto.
Eles seguiram determinados a chamar a atenção dos moradores para o processo de
desvalorização pelo qual vem passando as três universidades públicas do Estado
de São Paulo - USP, Unesp, Unicamp, aos regimes de contratação de professores,
ausência de uma política de assistência aos alunos, e à expansão desordenada de
cursos que vem sendo anunciada pela reitoria.
As assembléias em Assis têm tido a participação efetiva de alunos; já não se
pode dizer o mesmo do movimento de professores e funcionários, que está aquém
da expectativa do Comando de Greve, conforme analisa Vera Cristina Silva,
professora do Departamento de Ciências Biológicas e vice-presidente da Adunesp.
Ao final da passeata, os alunos tentaram, pacificamente, adentrar à prefeitura
para conseguir um auto falante e chamar a atenção das autoridades no paço
municipal. Não tendo conseguido, fizeram uso de uma caixa de som e protestaram
no meio da rua, impedindo o trânsito de veículos no local. Guardas Municipais
de Trânsito interditaram o quarteirão para evitar incidentes e a manifestação
prosseguiu de forma tranqüila.
Na segunda-feira, dia 17, será promovida uma nova assembléia para avaliar o
movimento, ocasião em que será decidido os rumos a serem tomados.
DAGMAR MARCILIANO
Professores, funcionários e alunos permanecem em greve
Professores e funcionários da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
reivindicam reajuste salarial de 16%, mais recursos para ajudar alunos
carentes, contratação de novos professores e revisão do projeto de expansão da
universidade, proposto pela reitoria. Na região, a paralisação atinge os campi
de Bauru, Marília e parte de Botucatu. Em Bauru, a greve teve adesão total.
Às 16h de hoje será realizada, na reitoria da Unesp, em São Paulo, uma reunião
entre representantes da Unesp, USP, Unicamp e o Cruesp (Conselho de Reitores
das Universidades de São Paulo). "Depois do encontro de hoje à tarde, vamos
nos reunir e, a partir do que foi decidido, vamos dar direcionamento à greve.
Nossa exigência para este encontro é que seja repassado um aumento de 9,68% de
imediato e que seja feito acordo para a criação de uma nova política salarial
para o segundo semestre", declarou o presidente da Adunesp (Associação dos
Docentes da Unesp), Milton Vieira do Prado Júnior.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS 15 de junho de 2002
União de forças aumenta chances de aprovação, diz diretor
A luta pela expansão de cursos na Unesp de Assis continua. As entidades, a
direção do campus e as prefeituras da região têm mantido inúmeros contatos a
fim de sensibilizar o maior número de autoridades sobre a importância do
aumento de cursos e vagas. Para o diretor da Unesp, João Chaves, as chances
disto ocorrer aumentam com a conscientização das forças políticas e
educacionais.
Na semana passada, Chaves esteve na Assembléia Legislativa, em São Paulo, onde
apresentou o programa de expansão aos deputados Roberto Gouveia e César Callegari.
Ele salientou a importância dos políticos terem conhecimento da vontade
regional, pois afinal de contas são eles quem decidirão ou não pelo aumento de
cursos. "Tanto Roberto quanto Callegari ficaram muito entusiasmados com
nosso projeto e mais surpresos ainda por se tratar de uma iniciativa da
comunidade e de várias entidades constituídas, e não de um grupo isolado",
argumenta.
Hoje ocorre em São Paulo um seminário público do Fórum das Seis, corporação
formada pelas associações de docentes e funcionários das três universidades
paulistas: Unesp, USP e Unicamp. A reunião discute justamente o processo de
expansão que ocorre nas instituições. Por motivo de doença, João não estará
presente ao seminário, mas os professores Eduardo Galhardo e José Carlos Barreiro
o representará. Na ocasião, eles entregarão dossiês aos deputados presentes,
documento elaborado pela direção da Unesp.
Chaves explica que o projeto ainda não foi aprovado pelo Conselho
Universitário, que se reunirá ainda em julho. No momento, uma comissão elabora
a proposta a ser apresentada ao conselho. Na tarde de ontem, com vistas a não
deixar a discussão esfriar, João esteve reunido com Orson Mureb Jacob e Joaquim
Pereira, membros do comissão. A direção aguarda a finalização de um documento,
que será enviado à Assembléia Legislativa, em que constará a assinatura de
todas as prefeituras da região declarando apoio à iniciativa.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS 19 de junho de 2002
Conselho finaliza negociação; reinicio das aulas é protelado
O Conselho de Reitores da Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) deliberou
no início da semana o fim das negociações salariais para docentes e servidores
da Unesp, USP e Unicamp. Do índice de 16% reivindicado pela categoria, as
reitorias deram apenas 8%. Mesmo diante da decisão, as aulas ainda não foram
totalmente retomadas tendo em vista que os alunos decidiram continuar em greve.
As unidades da USP e Unicamp foram as primeiras a aceitar a proposta do
conselho e retornar às aulas, até porque elas não haviam aderido totalmente à
definição do Fórum das Seis, órgão constituído pelas associações de
funcionários e docentes das três universidades, de entrar em greve a partir do
último dia 10. Como ficaram sozinhos, os docentes da Unesp, orientados pela Adunesp
central, também decidiram parar o movimento.
De acordo com Iria Hiuri Okuda, representante da diretoria do Sindicato dos
Trabalhadores da Unesp, em Assis, a luta salarial acabou, no entanto, as demais
reivindicações da pauta, como contratação de mais docentes e funcionários,
correção de vale alimentação e criação de novas vagas, continua. Com a palavra
final das reitorias, cada categoria se reunirá isoladamente para definir as
próximas ações de mobilização.
Hoje, às 9h, funcionários da Unesp de Assis se reúnem em assembléia; amanhã, é
a vez de alunos se reunirem, a partir das 20h, a fim de discutir sobre a
permanência em greve, com avaliação de propostas de continuidade do movimento.
REPORTAGEM LOCAL
VOZ DA TERRA -
ASSIS 22 de junho de 2002
Professora lança livro pela Fundação Editora Unesp
A professora do campus da Unesp de Assis, Raquel Lazzari Leite Barbosa,
promoveu o lançamento recentemente do livro "A Construção do "Herói -
Leitura na Escola: Assis 1920/1950", com 154 páginas, ao custo de R$ 22,00.
Raquel é assisense e graduou-se em fonoaudiologia pela PUC-SP. Fez mestrado e
doutorado em Educação, respectivamente, na PUC-SP e Unicamp. Atualmente, é
professora no Departamento de Educação da Faculdade de Ciências e Letras -
Unesp, campus de Assis.
A questão fundamental que o livro aborda, o seu fio condutor, é a reflexão
sobre como foram se articulando, na região de Assis, escolhas e preferências
por determinados autores e as histórias de leitura. Com as práticas de leitura,
concretizadas a partir do cruzamento desses suportes, passaram a orientar
professores e alunos de escolas de primeiro grau desse universo - leitores e
não-leitores.
O objetivo de tal reflexão é analisar a construção da figura do autor-herói ou
de como este autor se transforma em herói-autor, segundo valores aceitos na
comunidade. Para isso, a autora estuda a apropriação de normas relacionadas à
formação de leitores, em uma configuração de época - as décadas de 1920 a 50.
FORMAÇÃO DAS CIDADES - Outro livro lançado pela Editora Unesp foi "À Beira
da Linha: Formações Urbanas da Noroeste Paulista", de Nilson Ghirardello,
com 375 páginas, ao custo de R$ 40,00. Ghirardello é arquiteto formado pela
PUC-Campinas, mestre pela Escola de Engenharia de São Carlos, USP, e doutor
pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. É professor de Arquitetura,
Artes e Comunicações da Unesp, campus de Bauru. Foi membro do Condephaat e,
atualmente, é membro de organismos de defesa do patrimônio, entre os quais o
International Council on Monuments and Sites - ICOMOS.
Durante o século XIX, as cidades eram formadas ao redor da capela ou da igreja
matriz e a terra era considerada patrimônio religioso. O Estado Republicano
trouxe a separação entre Igreja e Estado e a terra deixou de pertencer à ordem
religiosa, passando para as mãos do especulador. Nesse novo momento, algumas
cidades da zona Noroeste do interior do Estado de São Paulo passam a surgir, a
partir da criação da Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (CEFNOB). A
construção dessas estações que se transformaram em cidades acelera o conflito e
quase o extermínio dos índios que ocupavam a região e as florestas ali
existentes.
Dez cidades se formaram com a construção da ferrovia e fazem parte do estudo do
pesquisador e arquiteto Nilson Ghirardello: Avaí, Presidente Alves, Cafelândia,
Lins, Promissão, Avanhandava, Penápolis, Glicério, Birigüi e Araçatuba. Quais
as características comuns dessas cidades? Como elas se formaram?
Norteado por estas questões, o autor faz um estudo da formação das cidades da
zona Noroeste paulista e sua relação com a ferrovia. Segundo ele, "a idéia
original era estudar a gênese de algumas cidades do interior paulista. Optei
por estudar a antiga zona da Noroeste pela minha proximidade com o local e por
existir poucos trabalhos que analisam a região como um todo, como um processo
de desenvolvimento e de formação urbana".
O livro traz três capítulos que tratam da construção da ferrovia (CEFNOB) e
suas particularidades, da ocupação da terra rural e a expulsão dos índios e das
formações urbanas e suas peculiaridades.
ESPAÇO - Também foi lançado pela
Fundação Unesp o livro "A Reivenção do Espaço: diálogos em torno da
construção do significado de uma categoria", de Douglas Santos, com 217
páginas ao custo de R$ 218,00. Douglas Santos é bacharel em Geografia, mestre
em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo e doutor em Ciências Sociais
pela PUC-SP.
A natureza do estudo geográfico tem mudado muito nos últimos anos. A geografia
deixa de ser meramente descritiva para estudar o espaço geográfico no seu
aspecto físico e humano. Para isso, os estudos da área aumentam o seu campo de
atuação e passam a dialogar com as demais ciências, como a economia, a
sociologia, a física e a biologia, entre outras.
O especialista Douglas Santos, autor do livro "A Reinvenção do
Espaço", faz uma análise da relação interdisciplinar dos estudos
geográficos com outras áreas do conhecimento. O autor percorre vários marcos da
história e do pensamento, como o fim do sistema feudal e o nascimento do espaço
métrico, as influências do teólogo Nicolau de Cusa e os estudos dos grandes
pensadores, como Descartes, Newton e Kant.
Para o autor, "considerando que o nosso entendimento do significado de
'espaço' é algo socialmente construído, tendo sido, a cada período histórico,
redefinido para melhor se ajustar à nossa maneira de viver, o livro procura
desvendar este processo dialogando com o que se entendeu por pensamento
científico entre os séculos VI e XVIII, realçando posicionamentos no campo das
artes, da filosofia (e seus desdobramentos no campo da física) e,
principalmente, da cartografia". O estudo mostra que as mudanças em nossa
maneira de viver nos obriga tanto a nos reordenar espacialmente quanto a
reconstruir nossas idéias sobre o mundo, sendo, ambos, movimentos concomitantes
de uma mesma realidade. Segundo Santos, "para mudar de vida é preciso
re-inventarmos o mundo, e, com isso, re-inventarmos o espaço".
SERGIO VIEIRA
VOZ DA TERRA -
ASSIS 22 de junho de 2002
Professora lança livro pela Fundação Editora Unesp
A professora do campus da Unesp de Assis, Raquel Lazzari Leite Barbosa,
promoveu o lançamento recentemente do livro "A Construção do "Herói -
Leitura na Escola: Assis 1920/1950", com 154 páginas, ao custo de R$ 22,00.
Raquel é assisense e graduou-se em fonoaudiologia pela PUC-SP. Fez mestrado e
doutorado em Educação, respectivamente, na PUC-SP e Unicamp. Atualmente, é
professora no Departamento de Educação da Faculdade de Ciências e Letras -
Unesp, campus de Assis.
A questão fundamental que o livro aborda, o seu fio condutor, é a reflexão
sobre como foram se articulando, na região de Assis, escolhas e preferências
por determinados autores e as histórias de leitura. Com as práticas de leitura,
concretizadas a partir do cruzamento desses suportes, passaram a orientar
professores e alunos de escolas de primeiro grau desse universo - leitores e
não-leitores.
O objetivo de tal reflexão é analisar a construção da figura do autor-herói ou
de como este autor se transforma em herói-autor, segundo valores aceitos na
comunidade. Para isso, a autora estuda a apropriação de normas relacionadas à
formação de leitores, em uma configuração de época - as décadas de 1920 a 50.
FORMAÇÃO DAS CIDADES - Outro livro lançado pela Editora Unesp foi "À Beira
da Linha: Formações Urbanas da Noroeste Paulista", de Nilson Ghirardello,
com 375 páginas, ao custo de R$ 40,00. Ghirardello é arquiteto formado pela
PUC-Campinas, mestre pela Escola de Engenharia de São Carlos, USP, e doutor pela
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. É professor de Arquitetura, Artes
e Comunicações da Unesp, campus de Bauru. Foi membro do Condephaat e,
atualmente, é membro de organismos de defesa do patrimônio, entre os quais o
International Council on Monuments and Sites - ICOMOS.
Durante o século XIX, as cidades eram formadas ao redor da capela ou da igreja
matriz e a terra era considerada patrimônio religioso. O Estado Republicano
trouxe a separação entre Igreja e Estado e a terra deixou de pertencer à ordem
religiosa, passando para as mãos do especulador. Nesse novo momento, algumas
cidades da zona Noroeste do interior do Estado de São Paulo passam a surgir, a
partir da criação da Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (CEFNOB). A
construção dessas estações que se transformaram em cidades acelera o conflito e
quase o extermínio dos índios que ocupavam a região e as florestas ali
existentes.
Dez cidades se formaram com a construção da ferrovia e fazem parte do estudo do
pesquisador e arquiteto Nilson Ghirardello: Avaí, Presidente Alves, Cafelândia,
Lins, Promissão, Avanhandava, Penápolis, Glicério, Birigüi e Araçatuba. Quais
as características comuns dessas cidades? Como elas se formaram?
Norteado por estas questões, o autor faz um estudo da formação das cidades da
zona Noroeste paulista e sua relação com a ferrovia. Segundo ele, "a idéia
original era estudar a gênese de algumas cidades do interior paulista. Optei
por estudar a antiga zona da Noroeste pela minha proximidade com o local e por
existir poucos trabalhos que analisam a região como um todo, como um processo
de desenvolvimento e de formação urbana".
O livro traz três capítulos que tratam da construção da ferrovia (CEFNOB) e
suas particularidades, da ocupação da terra rural e a expulsão dos índios e das
formações urbanas e suas peculiaridades.
ESPAÇO - Também foi lançado pela
Fundação Unesp o livro "A Reivenção do Espaço: diálogos em torno da
construção do significado de uma categoria", de Douglas Santos, com 217
páginas ao custo de R$ 218,00. Douglas Santos é bacharel em Geografia, mestre
em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo e doutor em Ciências Sociais
pela PUC-SP.
A natureza do estudo geográfico tem mudado muito nos últimos anos. A geografia
deixa de ser meramente descritiva para estudar o espaço geográfico no seu
aspecto físico e humano. Para isso, os estudos da área aumentam o seu campo de
atuação e passam a dialogar com as demais ciências, como a economia, a
sociologia, a física e a biologia, entre outras.
O especialista Douglas Santos, autor do livro "A Reinvenção do
Espaço", faz uma análise da relação interdisciplinar dos estudos
geográficos com outras áreas do conhecimento. O autor percorre vários marcos da
história e do pensamento, como o fim do sistema feudal e o nascimento do espaço
métrico, as influências do teólogo Nicolau de Cusa e os estudos dos grandes
pensadores, como Descartes, Newton e Kant.
Para o autor, "considerando que o nosso entendimento do significado de
'espaço' é algo socialmente construído, tendo sido, a cada período histórico,
redefinido para melhor se ajustar à nossa maneira de viver, o livro procura
desvendar este processo dialogando com o que se entendeu por pensamento
científico entre os séculos VI e XVIII, realçando posicionamentos no campo das
artes, da filosofia (e seus desdobramentos no campo da física) e,
principalmente, da cartografia". O estudo mostra que as mudanças em nossa
maneira de viver nos obriga tanto a nos reordenar espacialmente quanto a
reconstruir nossas idéias sobre o mundo, sendo, ambos, movimentos concomitantes
de uma mesma realidade. Segundo Santos, "para mudar de vida é preciso
re-inventarmos o mundo, e, com isso, re-inventarmos o espaço".
SERGIO VIEIRA
Voz da terra 23 de julho de 2002
Civap apóia iniciativa e defende desenvolvimento integrado
O Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (Civap), presidido por Oscar
Gozzi, apóia a união da sociedade civil organizada regional, que na última
sexta-feira entregou ao reitor da Unesp, José Carlos de Souza Trindade, em São
Paulo, o pedido de implantação de cinco novos cursos universitários para o
campus de Assis: engenharia de alimentos, engenharia da computação, farmácia,
química e física. Gozzi comenta que a reunião foi muito produtiva e que o
reitor, ao receber o pedido, manifestou de imediato sua vontade de que a cidade
conte com os novos cursos.
De acordo com Gozzi, o Civap vem participando de uma iniciativa da própria
comunidade. "A Unesp de Assis incorporou a idéia de 34 associações dos
mais diversos segmentos e na seqüência entrou o poder público dando seu apoio.
Hoje, sociedade civil, política e acadêmica formam um grande bloco em torno de
um mesmo propósito: criar oportunidade de desenvolvimento para a região. Esta
luta não tem pai, mas muitos padrinhos. Há mais de 40 anos, a Unesp de Assis
não implanta novos cursos", observa.
O presidente do Civap observa também que a proposta de expansão do campus local
visa a implantação de cinco novos cursos, além do de direito, cujo processo
está em andamento há mais tempo. Os novos cursos pleiteados vêm ao encontro da
proposta de pesquisa na área de biotecnologia do Biomavale. "Os cinco
novos cursos pleiteados teriam laboratórios e professores-doutores orientadores
de pesquisas nesta área, podendo contar inclusive com recursos da Fapesp.
Defendemos o desenvolvimento integrado. Vale destacar também a boa vontade do
prefeito de Assis que ofereceu espaço físico e mobiliário (prédio do IEDA), um
investimento que ultrapassa R$ 3 milhões, para a instalação de novos cursos da
Unesp na cidade", finaliza.
RENATA BALDO PEREIRA
Voz da Terra 15 de agosto de 2002
Reunião do Conselho Universitário da Unesp é interrompida
A sessão do Conselho Universitário da Unesp que teve início ontem, às 10h, na
reitoria da universidade em São Paulo, com o objetivo de analisar o relatório
sobre o Programa de Ampliação de Vagas da instituição, foi interrompida por
volta das 10h40.
Na abertura da reunião, os conselheiros Arif Cais, de São José do Rio Preto, e
João Chaves, de Assis, tentaram inverter a pauta da reunião, remetendo a
discussão para o final da sessão, o que certamente a inviabilizaria. Com a
proposta derrotada por 47 votos, de um total de 62, a ordem original da votação
dos novos campi e cursos foi mantida em regime de urgência, como primeiro item
das discussões.
Minutos após, cerca de 80 estudantes de vários campi, que se manifestavam em
frente à Reitoria desde cedo, quebraram a porta de vidro da entrada, subiram
até a sala de reuniões do Conselho, no 17º andar, e quebraram outra porta,
invadindo o recinto. Três pessoas foram agredidas. José Afonso Carrijo,
assessor-chefe da Assessoria de Relações Externas (AREX), ficou ferido por
estilhaços de vidro. O professor da Faculdade de Engenharia, da Unidade de
Bauru, José Carlos Martinez, e o assessor de Gabinete, Luiz Guilherme Wadt,
sofreram ferimentos por cadeiradas desferidas por alunos. Medicados, passam
bem.
INFORMACÃO DIVULGADA À COMUNIDADE -
Desde a semana passada, o Relatório do Grupo de Trabalho que analisou as
propostas de oito novos campi (cada um com um curso) havia sido distribuído a
toda a comunidade da Unesp, por e-mails e publicações.
O Programa de Ampliação de Vagas para oito novos campi, aprovado por
unanimidade quanto ao mérito pelo Conselho Universitário em fevereiro, prioriza
a localização dos novos campi em regiões desprovidas de universidade pública. O
relatório, apresentado após o prazo previsto de 120 dias de estudo, envolveu
professores especialistas na formulação de projetos pedagógicos para cada
curso, parcerias com as prefeituras para fornecimento de infra-estrutura e
manutenção, e recursos adicionais à Unesp para a contratação de pessoal
necessário, garantido por lei de suplementação orçamentária.
Estatutariamente, a representação dos estudantes da Unesp - DCE, o Diretório
Central Acadêmico - tem assento no Conselho Universitário. No entanto,
terminado o último mandato, o DCE não conseguiu se organizar para realizar
novas eleições, motivo pelo qual não existe, até o momento, representação
estudantil junto ao Conselho Universitário. Apesar de afirmar ser "a favor
da expansão", quebraram porta de vidro da entrada do prédio, conturbaram a
reunião e chegaram a ferir pessoas presentes.
Para o reitor da universidade, professor doutor José Carlos Trindade, "o
ato representa uma violência contra a democracia na Universidade e a hierarquia
do Colegiado legitimamente constituído". Trindade decidiu não se
manifestar quanto às intimidações dos alunos, para não ferir a dignidade
acadêmica. A sessão foi interrompida pela falta de condições configurada. O
reitor informou que abrirá uma sindicância para apurar a depredação do
patrimônio e que, até o final deste mês, dará continuidade à sessão
interrompida.
Unesp atrai grande público à V Jornada de Educação
Durante o período da manhã de ontem, aproximadamente 500 pessoas já haviam
feito inscrição para participar da "V Jornada de Educação", sediada
na Unesp local. O evento iniciado ontem, com encerramento nesta sexta-feira,
reúne alunos dos cursos de graduação de Assis, professores da rede municipal e
estadual da cidade e região, e professores universitários de vários campi do
Estado. Abordando o tema "Educação e Sociedade Contemporânea", a
jornada tem como temática: Ensino e Aprendizagem; Formação do Professor;
História e Filosofia da Educação; Educação Especial.
Sidnei Galli, coordenador geral do evento - também professor do Departamento de
Educação da Unesp, na disciplina História - conta que o tema decorre da
preocupação com a aparente incompatibilidade entre a Educação e as novas
necessidades econômicas, políticas e sociais da atualidade. A jornada objetiva
proporcionar a abertura de espaços para aprofundar o debate sobre educação e
sociedade, no sentido de compreender os papéis e as relações dessas áreas na
ação educativa.
A V Jornada foi aberta por uma conferência ministrada pelo professor doutor
Antônio Joaquim Severino, que discorreu sobre "Educação e Sociedade
Contemporânea". No período da tarde, foram realizadas oficinas e, à noite,
apresentada a atividade cultural "Bom Odori", uma dança japonesa.
Hoje, das 8 às 12h, houve a palestra "Comunicação e Relatos de
Experiência", oficinas. Está prevista para a noite a conferência
"Política de Educação Superior no Brasil Hoje", do professor doutor
Afrânio Catani.
O evento será encerrado amanhã, com mesa redonda, com a presença das
professoras doutoras, Belmira Oliveira Bueno, Denice Bárbara Catani e Cynthia
Pereira de Souza, todas da Universidade de São Paulo (USP). Elas abordam o tema
"Formação de Professores, ensino e aprendizagem nos tempos atuais".
DAGMAR MARCILIANO
Voz da Terra 06 de setembro de 2.002
Assunto é
tema de encontro de graduação e pós-graduação
A Unesp, campus de Assis, sediará entre os dias 10 e 13 de setembro, o XVII
Encontro de Psicologia, com o tema "O campo da psicologia: desafios
contemporâneos" e o IV Encontro de Pós-Graduação em Psicologia, cujo tema
será "Aprofundando Temáticas de Pesquisa". O evento é destinado a
professores, profissionais do ramo e estudantes.
A realização é do curso de graduação em Psicologia, programa de pós-graduação,
centro de pesquisa e psicologia aplicada, e conselho regional de psicologia. O
encontro constará do workshop "Respiração e consciência Corporal -
Reconhecendo Padrões Emocionais"; do mini-curso "A produção do mito
das classes perigosas"; e das oficinas "Integração através do
movimento", "Danças Circulares Sagradas", "Teoria Reichiana
e Neoreichiana" e "Sonhos & Fantasia Dirigida".
Além dessas atividades complementares, ocorrem também conferências e mesas
redondas todos os dias às 9 e 20h, no salão de atos, e apresentação de painéis
e comunicações científicas. Outras informações podem se obtidas pelos telefones
(18) 3302 5896, 3302 5884 e 3302 5900.
REPORTAGEM
LOCAL
Voz da Terra 06 de setembro de 2.002
'Pedagogia Cidadã'
tem vestibular neste domingo
Organizado pela Vunesp, este primeiro vestibular
contou com a adesão de cerca de 85 municípios, agrupados em 41 pólos, e serão
oferecidas aproximadamente 4.500 vagas
SãoPaulo/5/set/2002
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) promove, neste domingo dia 8 de
setembro, o primeiro vestibular para o curso de Pedagogia do "Projeto
Pedagogia Cidadã" destinado a professores das redes municipais de ensino
Fundamental e de educação infantil do Estado de São Paulo, que não possuem o
diploma universitário. Organizado pela Vunesp, este primeiro vestibular contou
com a adesão de cerca de 85 municípios, agrupados em 41 pólos, e serão
oferecidas aproximadamente 4.500 vagas.
O projeto Pedagogia Cidadã proposto pela Unesp teve o apoio extra-orçamentário
do governo do Estado de R$ 17 milhões para sua implantação. A prova
classificatória deste domingo será composta por 60 questões de Conhecimentos
Gerais e redação. Os resultados sairão no próximo dia 16, as matrículas serão
feitas de 23 a 29 e as aulas terão início em 30 de setembro.
Marcará o início do curso a primeira teleconferência, ministrada pelo
professor-doutor João Cardoso Palma Filho, cujo tema a ser tratado será "A
importância da cultura pedagógica na formação de educadores". Esta
teleconferência será gerada nos estúdios da TV Cultura e transmitida por sinal
de satélite, simultaneamente a todos os 41 pólos.
O curso será ministrado por professores que estão sendo submetidos ao processo
seletivo e deverão atuar presencialmente nos ambientes de aprendizagem dos
municípios. A carga horária a ser desenvolvida será de 3.200 horas distribuídas
em aulas presenciais e com mídias interativas que compreenderão:
teleconferências, videoconferências e sessões de trabalho monitorado on-line.
No que se refere à videoconferência e ao trabalho monitorado, a geração será
realizada pelas 16 unidades da Unesp envolvidas no projeto, mobilizando
docentes da universidade que deverão atuar como: coordenadores, orientadores,
assistentes e videoconferencistas. "Estamos acrescentando outro objetivo
da Universidade Pública, que é o de oferecer o máximo de qualidade acadêmica
com o máximo de compromisso social", afirma o reitor da Unesp, José Carlos
de Souza Trindade.
REPORTAGEM
LOCAL
Voz da Terra 12 de setembro de 2.002
Alunos do Santa
Maria recordam ataque aos Estados Unidos
Todos os alunos do colégio Santa Maria da Ressurreição participaram ontem de
atividades alusivas ao aniversário de um ano do maior atentado praticado contra
os Estados Unidos, em especial ao World Trade Center, em Nova York, onde 2.819
pessoas perderam a vida. Antes de manifestarem-se solidariamente à população
daquele país, os alunos participaram de um trabalho conceitual teórico, que
propiciou-lhes compreender um pouco mais sobre o trágico episódio.
As crianças colocaram um lenço branco na cabeça, simbolizando a paz, e os
adolescentes usaram roupas pretas, como forma de luto por tantas mortes
decorrentes da barbárie. Eles prestaram homenagens na avenida Rui Barbosa,
rezando o Pai Nosso, numa corrente de oração pela paz. Em seguida, voltaram à
escola para assistir a palestra proferida pelo professor de História da Unesp/
Assis, Sérgio Augusto Queiroz Norte, direcionada aos alunos da 5ª série do
Ensino Médio.
Antes de ministrar a palestra, o professor concedeu entrevista, ocasião em que
enfatizou que o Onze de Setembro mudou definitivamente uma série de questões na
ordem política internacional. Para ele, a data significa o fim de uma certa
ingenuidade da população norte-americana. Além de que, fortaleceu demais o
governo de George W. Bush, que foi eleito com pouca tranqüilidade, numa eleição
extremamente contestada pelo partido democrata.
"O Onze de Setembro é condenável sobre qualquer aspecto. Quem o perpetuou
pensou que iria abalar o poderio norte-americano, mas, ao contrário,
fortaleceu-o de uma forma extremamente perigosa, porque hoje os Estados Unidos
é o único país capaz de intervir militarmente em qualquer parte do planeta, e
vem fazendo isso com freqüência, e eu acredito que vá fazer mais ainda",
opinou Norte.
DAGMAR
MARCILIANO
Primeira página de Voz da Terra - Assis
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