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Consolidada - 15/8/2005 21h09
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Oposição desiste de impeachment e cria fórum sobre crise
Os partidos de oposição desistiram de defender o impeachment imediato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e decidiram criar um fórum de consulta permanente para enfrentar a crise política. A intenção é garantir a governabilidade até o fim do mandato do Presidente, por meio de uma agenda de votações de matérias importantes no Congresso Nacional. A estratégia foi definida nesta segunda-feira durante reunião entre líderes e dirigentes do PSDB, PFL, PMDB, PDT, PPS e PV. A oposição também pretende aprofundar as investigações sobre a corrupção no governo e no Congresso, e acelerar a punição daqueles que comprovadamente cometeram atos ilícitos. Ainda nesta semana, PFL e PSDB deverão pedir a reabertura das contas do PT relativas à eleição de Lula em 2002. O objetivo é confrontar os dados oficiais da Justiça Eleitoral com a confissão do publicitário Duda Mendonça de que recebeu dinheiro não contabilizado como pagamento da campanha que elegeu o Presidente. União na crise O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), disse que a oposição está unida diante da crise política e não pretende precipitar os acontecimentos. Segundo ele, neste momento não há elementos suficientes para o pedido de impedimento de Lula. "Quem pode fazer impeachment é a cidadania, por meio da mobilização popular, e isso ainda não existe", afirmou. Ele admite, porém, que os oposicionistas podem mudar de idéia se surgirem fatos novos. "Se isso ocorrer, assumiremos a responsabilidade." Já o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que a decisão de criar um fórum sobre a crise, que garanta a continuidade das votações que interessam ao País, é uma demonstração de responsabilidade da oposição. "Vamos escolher um secretário-executivo, que vai marcar conversas, visitas e atitudes. Por enquanto, nada de mobilização popular. O importante agora é a aprovação de uma agenda para o Parlamento votar e mostrar que não quer paralisar o Brasil." Segundo Virgílio, o fórum não funcionará como um bloco de oposição, já que os partidos que o integram manterão as suas posições. O órgão, disse o senador, atuará como palco de debates em busca de consenso sobre matérias polêmicas, como a reforma política.
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Reportagem - José Carlos Oliveira Edição - Rejane Oliveira
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