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Patrícia Amorim foi recordista sul-americana
nos 400m, 800m e 1.500m livre |
Das
piscinas para a Câmara de Vereadores
Por Fernando Narazaki
Das piscinas da Gávea para o gabinete da Câmara
de Vereadores do Rio de Janeiro. Assim é a rotina da ex-nadadora
Patrícia Amorim, que agora tem dupla jornada como política
e dirigente esportiva.
Maior nome do Brasil na natação feminina nos anos 80, Patrícia
coordena a equipe de esportes de alto nível do Flamengo na
parte da manhã. Através de seu trabalho, o clube conseguiu
manter a equipe de natação, que domina as competições do país
desde o ano passado.
No elenco do rubro-negro estão nomes como os experientes
André Cordeiro, Raphael de Thuin e Luiz Lima, além de jovens
promissores como Monique Ferreira, Mariana Brochado, Nicholas
Santos e Bruno Bonfim. Para a maioria dos atletas, o trabalho
de Patrícia Amorim foi fundamental para a manutenção da equipe
de natação.
"A Patrícia teve trabalho fundamental para ficarmos. Ela
foi nadadora e sabe o que um nadador precisa para render",
diz Monique Ferreira, que é recordista sul-americana dos 400m
livre. A dirigente adota um discurso mais modesto. "O trabalho
é importante e o Flamengo é um importante centro da modalidade.
Sempre foi minha casa e vou lutar para manter a natação aqui".
Depois do Flamengo, Patrícia vai até a Câmara dos Vereadores
do Rio de Janeiro, onde fica durante toda a tarde. Eleita
em 2000 com 24.651 votos, a atleta entrou na política com
o lema de defender os interesses do esporte. "Eu nunca sonhei
com isso, não era meu projeto de vida, mas acho importante
porque só com a política poderemos massificar o esporte",
comenta.
Com 33 anos, a ex-nadadora tem saudades da piscina, onde
obteve as maiores glórias nos anos 80, quando foi detentora
dos recordes sul-americanos dos 400m, 800m e 1.500m livre.
Patrícia colecionou vários títulos brasileiros e chegou a
ser garota-propaganda de uma lanchonete em virtude de seu
desempenho.
O maior momento da carreira da atleta nascida no Rio de
Janeiro foi na Olimpíada de Seul/1988, quando disputou os
200m, 400m e 800m livre, além de compor a equipe que disputou
o revezamento 4x100m livre, ao lado de Adriana Pereira, Isabelle
Vieira e Mônica Rezende. Patrícia não foi para a final em
nenhuma das provas, mas comemorou a quebra do recorde sul-americano
nos 400m e 800m livre.
Pouco depois, Patrícia Amorim encerrou a carreira, que começou
no Botafogo e terminou nas piscinas da Gávea, em que a atleta
freqüenta até hoje, mas agora para ‘apenas’ comandar a nova
geração do clube carioca.
Raio-X |
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Nome completo: Patrícia Filler
Amorim
Data de nascimento: 13/02/1969
Local: Rio de Janeiro
Destaques: Disputou as Olimpíadas de
Seul/1988, onde seu melhor resultado foi o 11º
lugar no revezamento 4x100m livre. Em Jogos Pan-americanos,
a melhor performance foi o quarto lugar no revezamento
4x100m medley e nos 200m livre, ambos em Indianápolis/1987.
Foi recordista sul-americana dos 200m, 400m e
800m livre. No Brasil, o recorde nos 800m livre
durou mais de 12 anos e só foi superado
por Nayara Ribeiro em 2001.
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