Miguel
Arcanjo fala sobre Revertério 2 na Semana da Comunicação
Na
noite do dia 16 de abril, em meio a afinação e ajustes de volume nos instrumentos
e microfones, o aluno do curso de Comunicação Social, Miguel Arcanjo Prado,
foi entrevistado pela assessoria de imprensa da III Semana da Comunicação.
Era um dos ensaios para o espetáculo Revertério 2, que abrirá a III Semana,
na sexta-feira 29 de abril de 2005 na Arena da Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas (Fafich). Entre os assuntos abordados estão o primeiro Revertério, acontecido
no dia 22 de janeiro de 2004, e os preparativos e expectativas para o segundo.
Passagem
da canção de Cazuza, "Todo amor que houver nessa vida"
Semana
da Comunicação- O que é o Revertério?
Miguel
Arcanjo - É uma iniciativa de estudantes universitários, tentando
fazer um projeto de cultura na Fafich. É movimentar a vida cultural na
UFMG. No primeiro Revertério, em janeiro do ano passado, a gente resolveu
contar a história da MPB. Passava pela Bossa Nova, Tropicália
e terminava com a música da Legião Urbana. Foi legal, as pessoas
gostaram, a Arena da Fafich ficou lotada. E desde quando eu fiz o primeiro,
eu pensei em fazer o Revertério dos anos 80. Como era uma fase que o
Cazuza estava tão evidente, isso foi ficando mais forte. Eu já
tinha isso na cabeça. Aí o pessoal da Semana da Comunicação
me chamou: "você quer fazer o Revertério de novo?".
SC - Por que o nome Revertério?
M.A
- Eu pensei em beleza pura, mas era a música do Gil. Eu queria um nome novo.
Não sei por que, mas algum dia veio na minha cabeça: "Revertério". Você pode
entrar no Google e procurar Revertério, vai cair no show.
SC - Você diz que teve a idéia com o livro do Caetano Veloso, Verdade
Tropical. Como ele te influenciou?
M.A - Teve influência no primeiro Revertério. Eu li o livro no final
de 2003, achei legal essa coisa de juntar pessoas que pensam a cultura, a arte,
que estão no mesmo lugar, como foi o pessoal lá da Bahia. Então, eu quis fazer
alguma coisa com o povo da Fafich, com pessoas que eu conhecia, que não fosse
só um show de música, que tivesse amigos para fazer o cenário e o figurino,
escrever textos, e misturar isso tudo num espetáculo.
SC - Por que anos 80?
M.A - Minha influência principal é MPB, mas eu nasci em 82, quando a
minha mãe tinha 17 anos. Ela viveu isso tudo, os anos 80 eram a juventude dela,
só que com um filho. Eu vi minha mãe ouvindo Cazuza. Ela gostava do Ultraje
a Rigor, dos Titãs... Meu irmão Rafael, três anos mais novo do que eu, cantava:
"Polícia para quem precisa...", uma das primeiras músicas que ele sabia. Isso
é muito forte para mim. Eu também vi que as pessoas estão gostando dos anos
80, está na moda. Nossa geração achou um referencial nos anos 80. As músicas
do Cazuza vão conduzir o próximo Revertério assim como a Tropicália conduziu
o primeiro.
SC - Você relaciona o Revertério com a tradição cultural da Fafich. Como
está o cenário cultural da Fafich?
M.A - A Fafich é um lugar que tem tanta vida, tantas pessoas com
talento e eu não vejo nada nessa Arena. É difícil produzir um show, conseguir
grana para cenário, figurino, você bate vinte vezes na mesma porta até conseguir,
mas consegue. Um dos objetivos em fazer o Revertério é mostrar que é possível.
SC - Antes de ser um aluno, que idéia você tinha da Fafich?
M.A -Que a Fafich é o lugar da cultura da UFMG, que todo mundo
é feliz, canta as músicas do Chico Buarque pelos corredores [risos].
SC - E o que você espera do público?
M.A
- No primeiro, o público foi um sucesso e lotou a arena da Fafich. O pessoal
também falou mal. Disseram que eu era o rei do marketing pessoal, que a gente
estava muito desafinado. É verdade, a gente não teve muito tempo pra ensaiar.
Mas não se preocupem tanto com a afinação, com o som em si, mas com a idéia:
juntar pessoas e fazer alguma coisa.
A banda: João Eduardo, João Paulo Prazeres, Sílvia Dalben, Mauricio Silva
Jr, Zirlene Lemos, Miguel Arcanjo, Bruno César e Daniel Graciliano.
O espetáculo acontecerá na sexta-feira, 29 de abril, às 11h30, na Arena da Fafich, Campus da UFMG, à Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha. A entrada é franca e aberta a toda a comunidade.
Mais informações
pelo telefone: 3499-5078 ou pelo e-mail: larp@fafich.ufmg.br.
Ficha
técnica:
Apresentação
do show:
Elias Sunshine Santos (Coordenador da Rádio UFMG)
Banda:
Miguel
Arcanjo: voz (estudante de Comunicação/UFMG)
Mauricio Silva Jr.: piano (jornalista do Centro de Comunicação
(Cedecom -UFMG) e ex-aluno de Comunicação/UFMG)
Bruno César: baixo (estudante de Direito/UFMG)
João Eduardo: guitarra (ex-aluno de Administração/UFMG)
João Paulo Prazeres: saxofone e flauta (estudante de Comunicação/UFMG)
Daniel Graciliano: bateria (estudante de Engenharia Elétrica/UFMG)
Sílvia Dalben: backing vocal (estudante de Comunicação/UFMG)
Zirlene Lemos: backing vocal (estudante de Comunicação/UFMG)
Daniel Pulga: voz (estudante de Comunicação/UFMG)
Cartazes
e programa:
Frederico Bottrel (estudante de Comunicação Social/UFMG)
Cenário:
João Júnior e Mateus Pedrosa (estudantes de Belas
Artes/UFMG)
Coordenação
de Produção:
Glaucimara
Josélia (estudante de Comunicação Social/UFMG/ equipe de logística da
Semana da Comunicação)
Declamação
de textos:
Adriana Buarque - estudante de Comunicação Social/UFMG
Enderson Cunha - jornalista e funcionário do Departamento de Comunicação
Social
Prof. Paulo Bernardo Vaz - Departamento de Comunicação
Social
Prof.ª Joana Ziller - Departamento de Comunicação Social
Lígia Tolentino - estudante de Comunicação Social/UFMG
Ludmila Rosana - vestibulanda
Nara
Vargas - estudante de Comunicação Social/UFMG
Direção e Produção:
Miguel Arcanjo (estudante de Comunicação Social/UFMG)
Figurino:
Roberta Magalhães (estudante de Belas Artes - Figurino/ UFRJ)
Filmagem:
Rogério Fidélis e Eduardo de Ávila (Cinegrafistas
da TV UFMG)
Fotografia:
Hellen Dumont (estudante de Belas Artes/UFMG) Bruna Lima (estudante
de Letras/UFMG)
Roteiro:
Miguel Arcanjo (estudante de Comunicação/UFMG)
João Paulo Prazeres (estudante de Comunicação/UFMG)