Travesti que acusa Ronaldo de não pagar por programa pode ser indiciado por tráfico
Publicada em 30/04/2008 às 08h33m
Jornal da Globo e O Globo OnlineRIO - O travesti André Luis Ribeiro Albertino, conhecido Andréa Albertino, que acusou o jogador Ronaldo Fenômeno de não ter pago por um programa , pode ser indiciado por tráfico de drogas. Em depoimento na segunda-feira, o travesti afirmou que o craque do Milan teria pedido a ela que comprasse drogas, e que ela teria ficado com o documento do carro do jogador como garantia de pagamento. Para o delegado Carlos Augusto Nogueira, da 16ª DP (Barra da Tijuca), se isso for verdade ele vai responder por tráfico de drogas. ( Ouça áudio do delegado )
- A Andréa é tão desnorteado, que se ele fez isso ele vai responder por crime de tráfico, de 5 a 15 anos. Mentem tanto que fica difícil saber o que aconteceu - diz o delegado
O delegado afirmou ainda que vai abrir inquérito para investigar se o jogador foi vítima de extorsão e furto, uma vez que em depoimento na terça-feira, uma gerente do motel contou que viu Andréa abrindo o carro de Ronaldo para furtar o documento do veículo e que o jogador, já na portaria do motel, mesmo sem ter feito o programa, queria pagar 600 dólares à Andréa. Ainda segundo a gerente, o travesti dizia, aos gritos, que só aceitaria R$ 50 mil. A extorsão também foi confirmada pelo travesti Carla Tamini, que também participou do programa. ( Veja imagens que travesti fez de Ronaldo )
- Ela fala nesse depoimento que Andréa exigiu do jogador Ronaldo R$ 50 mil para não levar o que aconteceu no motel à imprensa. Isso caracteriza em tese extorsão, com pena de 4 a 10 anos - disse o delegado.
Na segunda-feira, o travesti André Luis Ribeiro Albertino acusou o jogador de não ter pago pelas drogas e pelo programa que ele teria feito num motel da Barra da Tijuca. Ronaldo, no entanto, afirma que Albertino teria exigido R$ 50 mil dele para não divulgar o encontro à imprensa. Na página oficial do jogador, foi publicado um comunicado oficial, que reafirma que Ronaldo nunca foi usuário de drogas, é militante de causas sociais e sempre foi admirado por crianças e adolescentes do mundo inteiro. Em nota oficial , o jogador do Milan reafirma que foi vítima de uma tentativa de extorsão e que, se necessário, tomará as atitudes cabíveis. ( Assista entrevista do travesti ao 'Extra' )
Na terça-feira a travesti Andréa Albertini foi parar novamente em uma delegacia, desta vez em São PauloDepois do escândalo, chegou ao fim o noivado de Ronaldo com Maria Beatriz Antony . A estudante deixou o apartamento do craque, na Barra, na mesma noite. Ela embarcou, anteontem, para Brasília, onde moram os pais. O relacionamento de Ronaldo e Bia, que completou um ano este mês, já estava abalado há mais de 15 dias. Segundo fontes ligadas a Bia Antony, a estudante vinha incomodada com as saídas noturnas do noivo. Desde que voltou ao Brasil, Ronaldo circulou pouquíssimas vezes com ela.
Segundo amigos, Ronaldo está muito triste com a proporção que a história tomou. Na segunda-feira, ele teria passado o dia chorando com a mãe. Ele pensa em descansar nos próximos dias em um balneário carioca. Mas, já no início de maio, o jogador deve embarcar para Paris. Segundo familiares, Ronaldo andava em uma fase mais calma em relação às mulheres. Ele planejava se casar com Bia Antony e ter mais um filho.
Milan não comenta incidente e Nike deve reavaliar contrato com jogadorO caso foi assunto no mundo inteiro. A imprensa internacional ficou do lado de Ronaldo na polêmica com travestis Fotos do travesti André Luís Ribeiro Albertino, conhecido como Andréa, estamparam o "La Gazzetta Dello Sport" e o "La Reppublica", na Itália. O espanhol "El país" veio com o título: "Ronaldo extorquido por um travesti".
A equipe em que Ronaldo joga, o Milan, informou que não vai comentar o incidente com o jogador. "São questões pessoais que a sociedade não pretende comentar", declarou laconicamente o porta-voz do clube. E a Nike, empresa de material esportivo que tem contrato vitalício com o jogador, avalia se sua marca será atingida e pode até romper o vínculo . Há uma cláusula que permite a rescisão unilateral por causa de enolvimento em escândalos ou polêmicas.
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