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4º FIQ terminou com saldo positivo

Por Sidney Gusman (11/10/05)

4º Festival Internacional de QuadrinhosComo era previsto, os três últimos dias do 4º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte foram os que tiveram mais público (confira o primeiro e o segundo dia do evento). Fãs dos mais variados gêneros (super-heróis, fumetti, underground, mangás etc.) saíram de diversos estados do Brasil para acompanhar as atividades, conferir as exposições e conhecer os artistas presentes.

HQ e História: Nelson Cruz, Wellington Srbek e Jô Oliveira Além disso, era comum ver pais com filhos pequenos passeando pelo evento. E muitos deles jamais leram um gibi. Ou seja, fruto da boa divulgação realizada pela prefeitura da capital mineira.

No dia 7 (sexta-feira), a mesa Quadrinhos e História, com o ilustrador Nelson Cruz e o quadrinhista Jô Oliveira e comandada pelo roteirista Wellington Srbek (Estórias Gerais) levantou a questão da utilização da arte seqüencial para contar a História do País, com grande interesse do público.

Mutarelli autografa após sua entrevista Os presentes receberam uma edição gratuita de Muiraquitã, escrita por Srbek e desenhada por Laz Muniz, que é parte de um álbum dos autores ainda à espera de uma editora, e que será mais comentado em breve no Universo HQ.

Mais tarde, um inspiradíssimo Lourenço Mutarelli arrancou muitas risadas da platéia numa descontraída entrevista comandada por Carlos Patati. Em seguida, o autor passou algum tempo autografando suas HQs e romances.

O sábado foi um dia repleto de boas atrações para o público. O problema é que algumas atividades aconteceram ao mesmo tempo. O italiano Gianfranco Manfredi ministrou um concorrido workshop de roteiro - como as inscrições se esgotaram e havia muitos outros interessados, a organização permitiu que todos (cerca de 50 pessoas) assistissem à verdadeira aula que o autor deu sobre como se constrói uma história.

Manfredi O problema é que quem estava no workshop não conseguiu ver a maior parte do bom debate Quadrinhos e Internet, com Samuel Casal e os gêmeos Gabriel Bá e Fabio Moon, mediados por Amauri de Paula, do Quadrinho.com.

Enquanto isso, fanzineiros (de Chuva contra o vento, No Fiofó todo dia etc.) e autores independentes, das revistas Quase, Mosh!, Tarja Preta, Voo Doo e F!, vendiam (e bem!) seus produtos para quem passasse por perto.

O dia ainda teria as entrevistas com Nelson Cruz, realizada pelo jornalista de O Estado de Minas, Marcelo Castilho Avellar; e com o autor francês Frédéric Boilet (do recém-Frédéric Boiletlançado O Espinafre de Yukiko), comandada pelo diretor da Conrad Editora, Rogério de Campos.

A última atividade do dia 8 foi o debate Políticas Editoriais de Quadrinhos, com Rogério de Campos, da Conrad; Douglas Quinta Reis, da Devir Livraria; e o jornalista Sílvio Ribas, autor do livro Dicionário do Morcego. A mediação foi deste escriba. A participação dos leitores foi grande, aproveitando para "apertar" os editores e tirar várias dúvidas sobre suas publicações.

No dia de encerramento do festival, as duas principais atrações foram a entrevista com Gianfranco Manfredi, conduzida por este jornalista, na qual ele deu até detalhes esclarecedores de como é seu método de trabalho; e o debate O Humor Engraçado, com Allan Sieber e Arnaldo Branco, da revista F!, coordenada por Ed Rodrigues, que foi marcado pelas gargalhadas do público, em virtude das tiradas dos artistas.

Palestra: O Humor Engraçado com Arnaldo Branco e Allan Sieber

Ao final de mais um Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, o saldo foi positivo, mesmo levando-se em conta os previsíveis problemas de organização (como a não vinda de Ed Campbell e eventos ocorrendo nos mesmos horários) e de infra-estrutura (ausência de uma sala de imprensa e impossibilidade de acesso para pessoas em cadeiras de rodas, por exemplo). A imensa maioria do público gostou do que viu e os convidados internacionais também aprovaram.

Vista parcial da Casa do Conde

Mas é preciso evoluir, melhorar os pontos falhos e tornar o evento mais amplo, atingindo outros gêneros de quadrinhos, com exposições e artistas das áreas de super-heróis, mangás e infantis - não eram poucas as crianças que estiveram na Casa do Conde procurando por HQs que lhe atraíssem.

Faltam dois anos para o 5º FIQ, porém para que ele se consolide definitivamente como o maior evento de quadrinhos da América Latina, é necessário que comece a ser pensado desde já.

Sidney Gusman entrevista ManfrediManfredi e Julio Schneider ao lado de fãs alogoanosManfredi - WorkshopBoilet entrevistado por Rogério de CamposOs malucos da QuasePalestra HQ e Internet: Gabriel Bá, Samuel Casal, Amauri de Paula e Fábio MoonPalestra HQ e Internet: Gabriel Bá, Samuel Casal, Amauri de Paula e Fábio Moon



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