Blog do Avallone

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Marcos, um novo caso estranho

No post abaixo falo do estranho caso do menino Walter. E neste aqui não posso ignorar um novo fato estranho - mas não muito compreensível -, pois ouvi (ou tive impressão de que o goleiro do Palmeiras, Marcos, disse que "a torcida do Palmeiras pode ficar tranqüila, pois só vai sofrer comigo até o final do ano".

Em campo, em pleno Parque Antártica, o Palmeiras foi amplamente dominado e vencido pelo bom Santo André, por 3 a 1. Novo vexame e a sensação de que o Santo André era um time, o Palmeiras só um amontoado de jogadores. Marcos, 37 anos, estava irritado. Estaria, desde já, anunciando a sua aposentadoria?

Escrito por Roberto Avallone às 00h32
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Um Estranho Caso do Futebol

Nas poucas vezes em  que vi em ação este menino de 20 anos, fiquei impressionado. Com a camisa da Seleção Brasileira, sub-20 é bom dizer,seria capaz de jurar que nascia ali um futuro grande astro. Goleador, de estilo próprio, não exatamente clássico e muito menos trombador - ele, simplesmente, recebia a bola na entrada da área, limpava o marcador e desferia verdadeira bomba. Que chute, Meu Deus!

Tratava-se de Walter, do Inter de Porto Alegre. No futuro próximo, seria dele a camisa 9 colorada. Agora, já faz quase uma semana, Walter freqüenta diariamente as páginas de esporte dos jornais e dos sites especializados. Às vezes até manchete. Só que, desta vez, não pelos gols ou pelos chutes portentosos. É que, em caso cercado de mistérios, Walter está trancafiado em seu apartamento, sem querer conversa com diretor do Inter, só permitindo a visita da namorada, exceção feita a presença de Sandro e mais um outro companheiro da Seleção de base. Mais nada.

O Inter desistiu de puxar conversa, ameaça punição pesada e o técnico Fossati já disse que "se ele voltar será para o time B". Como um desertor do Velho Oeste, que tinham arrancandas as suas insígnias, Walter terá riscado o seu nome da Libertadores (e foi ele quem deu a Alecsandro o passe para o gol da vitória contra o Emelec) e terá de treinar sozinho durante 15 dias. O que, convenhamos, não é nada agradável.

O que terá acontecido? Como Walter decidiu não falar, surgem muitas versões. Lembrando, porém, que este pernambucano de família  muito pobre, foi logo cedo para Porto Alegre tentar a vida melhor, aos dribes secos e chutes de raiva. Investigativa, a imprensa já ouviu no Recife a mãe de Walter, dizendo que o dinheiro acabou, que a sua luz foi cortada e que, com um filho desempregado e outro a ganhar salário mínimo, nem sabe como sobreviver.

É, depende de Walter, este agora objeto de especulações e até de análise de gente ligada a psicologia no esporte. Terá Walter pirado? Logo ele, definido como dono de um comportamento exemplar nas categorias de base?

Um de seus companheiros, que prefere não se identificar, diz que Walter está magoado, muito magoado. Por não ser titular (o Inter, além de Alecsandro, acaba de contratar o famoso Kleber Pereira) e também por não receber o salário que esperava.

Se for isso, é mais fácil de entender: o que poderia parecer estranho nada mais seria, então, de um caso comum: o de pretender mudar de ares. Para ser titular e ganhar mais dinheiro.

Escrito por Roberto Avallone às 18h16
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Seleção: Robinho voltou bem. E Neymar?

Desta vez, concordo com Pelé: Neymar teria lugar na Seleção Brasileira. Ainda que como reserva, fazendo parte do grupo, destinado talvez  a ser a surpresa fatal para os inimigos em campos africanos na Copa do Mundo que se aproxima.

Nem sempre - ou quase nunca - as opiniões e previsões de Pelé se confirmam. Embora tenha sido o maior jogador que o mundo já conheceu,  como profeta ou comentarista o Rei deixa a desejar, por entusiasmo ou pelo desejo secreto de ver em outro jogador aqueles sinais da genialidade que sempre teve nos gramados da vida.

No caso de Neymar, porém, estou com ele. Embora se saiba que será voto vencido: Dunga voltou a dizer, um dia antes de o Brasil vencer a Irlanda por 2 a 0, em Londres, que o grupo já está fechado, definido. E neste grupo, podem tirar o cavalinho da chuva, como dizia minha santa  avó, não teremos Neymar - e muito menos os Ronaldos, Pato ou qualquer outra novidade.

E Luís Fabiano? Ah, claro, este volta. Tem ido muito bem na Seleção, goleador de respeito, e só não jogou contra a Irlanda por estar machucado, sendo mal substituído por Adriano - que também deve ir à Copa, no entanto como reserva.

Aliás, nesse último amistoso do Brasil antes da Copa, na bela e fria Londres, o nome do jogo foi Robinho, autor de um gol e mais um pouco, pois que se marcou o segundo depois de grande triangulação com Kaká e Grafite, ele praticamente também abriu o placar ao centrar a bola que o afobado Andrews jogou para o fundo das redes. Além disso, no segundo tempo, exibindo a antiga alegria, resgatada desde que voltou para o Santos, Robinho caiu mais pela esquerda, ensaiou pedaladas, infernizou os zagueiros das bochechas vermelhas e das cinturas duras.

(Diga-se, porém, a bem da verdade, que Robinho estava impedido no lance em que centrou para o desvio  fatal  do irlandês).

Se a Irlanda foi presa fácil na segunda etapa, aconteceu ao contrário no primeiro tempo quando levou perigo ao gol brasileiro e, sei não, teve ignorado um pênalti de Juan. A Seleção Brasileira, com todas e válidas desculpas da falta de treinos, estava muito aquém do esperado e tinha em Kaká um astro nada inspirado - e muito longe do ídolo do Milan que fez o Real Madrid gastar aquela fortuna para tê-lo ao lado de Cristiano Ronaldo.

De qualquer maneira, a equipe de Dunga segue vencendo. E entra com moral nesta Copa tão próxima, decidida a apagar o vexame de 2006, na Alemanha.

Mas bem que podia ter essa surpresa, que se dá tão bem com Robinho e atende pelo nome de Neymar. Não podia?

Escrito por Roberto Avallone às 20h16
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Palmeiras, receita contra chuvas e trovoadas.

Antes de tudo, a informação: para quem ainda não sabe, na noite de domingo, durante o programa “No Pique”, que tenho o prazer de apresentar na CNT, o novo diretor de futebol do Palmeiras, Seraphim Del Grande tinha até boas notícias. Ele confirmou, ao vivo, sem firulas e sem mistérios, que pretende contratar mais três jogadores, ainda para a Copa do Brasil - um lateral-direito, um zagueiro e um centroavante. Sem revelar nomes, Del Grande apenas confirmava, oficialmente, o interesse. Contando ainda com Lincoln e Ewerthon, que ainda não estrearam, esses três reforços talvez fossem capazes de dar um pouco de ânimo à torcida que anda cada vez mais cabisbaixa - desde o baque do ano passado quando, de suposto campeão, nem na Libertadores ficou. E agora, de acordo com os números, depois da derrota para o modesto Rio Claro - mais uma vez debaixo de chuva - a situação do Palmeiras é inusitada: trata-se do oitavo colocado do Paulistão - ou Paulistinha - com remotas chances de classsificação para as semifinais. Um novo desastre à vista. Meu Deus!

E lá vêm as explicações: foi a chuva, mais uma vez a chuva. Ora, é evidente que, embora estivesse realmente difícil tocar a bola naquela gramado encharcado - a chuva aconteceu para os dois times. Sem essa de que o Palmeiras, por ser o timer mais técnico, encontraria maiores dificuldades pois a equipe que se vê hoje em dia nada tem a ver com a Academia de Ademir da Guia, onde a bola rolava de pé em pé, com classe, justificando o apelido.

Creio que desde que Charles Miller trouxe a primeira bola para o Brasil, vindo da Inglaterra, anunciando a prática de um novo esporte, deve ter trazido também um manual como se fora uma receita culinária, a ensinar como utilizar os ingredientes:

1. Quando o tempo estiver bom e o gramado seco, pegue dois atacantes leves e hábeis, junte-os a meio-campistas criativos e a pontas velozes. Depois, façam-se os gols.

2. Quando chover, o que é comum em São Paulo, evite-se o toque de bola, a preferência deve ser por jogadores altos e fortes, facilitando as cabeçadas nas jogadas aéreas. 

Isso posto, com um pouco de sal e pimenta, o esporte torna-se até engraçado e continuará sendo delicioso. Facam-se, pois, os gols.

Só que para seguir a básica receita imaginária de Sir Miller é preciso ter ingredientes. Ou melhor repertório, ou, ainda mais, repertório.

Simplificando: elenco bom e versátil.

E isso, ao contrário de Djalma Santos e Julinho - que adoravam jogar na chuva - o Palmeiras não tem. 

Ah, não tem mesmo.

Escrito por Roberto Avallone às 20h21
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Em clássico polêmico, o Santos mereceu vencer.

Foi um belo jogo, antes de mais nada. E polêmico. Como se viu, o Corinthians terminou a partida com 9 jogadores, com as expulsões de Moacir (justa) e Roberto Carlos (imerecida), por ironia vindo a seguir o melhor momento do time. Aí, talvez porque os meninos do Santos, sentissem o peso da mística do adversário. Só não aconteceu o empate por Tcheco desperdiçou o gol, sozinho, ele e as redes, ao cabecear para cima. Era só escorar. Vamos por partes, como diria Jack, o Estripador:

1) O Santos mereceu vencer, como disse acima, pois mesmo sem Robinho jogou muito melhor do que o Corinthians, antes das confusões; criou inúmeras chances de gol, em tarde inspirada de Paulo Henrique Ganso e do menino-craque, Neymar, fazendo do goleiro corintiano o São Felipe. Ele fez grandes defesas, em chutes cara a cara, além de sua intervenção mais espetacular, ao defender o pênalti cobrado por Neymar - em salto de acrobata, desviando o chute de mão trocada, como se costuma dizer, lançando a mão direita para o alto, quando já parecia batido.

Se fosse uma luta de boxe, o Santos seria considerado vencedor por larga margem de pontos.

2) O Corinthians foi valente, é verdade, encarando o inimigo de futebol alegre e muitos dribles, com altivez.  Mas também com várias falhas: o lado direito de sua defesa era quase uma avenida a convidar ataques do Santos, no que fez bem o técnico Mano Mezes ao substituir, no intervalo, Alessandro por Moacir (além do tímido Ralph por Jucilei). Boa intenção, no entanto infeliz. Moacir entrou para tentar segurar Neymar aos pontapés, sendo expulso depois, já no embalo, por acertar outro adversário.

3) As expulsões, capítulo à parte, justifico o que disse acima: Moacir fez até mais do que devia para ser expulso. Já a de Roberto Carlos é das mais discutíveis, injusta em minha opinião; ele mereceu, sim, o primeiro cartão amarelo, ao cometer pênalti sobre Marquinhos; não sofreu pênalti, depois, quando caiu, mas sem caracterizar a simulação. Pode ter escorregado na jogada. Rigor excessivo.

4) Mesmo com a derrota, Dentinho mostrou, mais uma vez, que não pode deixar de ser escalado: fez o gol corintiano, depois de jogada de Ronaldo, e, por pouco, não marcou um outro gol, muito mais belo, ao ajeitar a bola para cima, dentro da área, e emendar de bicicleta.

Enfim, resumo da ópera: O Santos é capaz de ganhar- e jogar bem-, mesmo sem Robinho, embora , reconheçamos, tenha muito mais confiança quando o astro da Seleção está em campo, ao lado dos meninos.

E o Corinthians revelou que precisa mesmo acertar a sua marcação e definir o volante titular. Além disso, deve rezar para que Ronaldo fique pelo menos próximo de sua forma do ano assado.

FERNANDINHO: 4 GOLS NA ESTRÉIA

Sei que tenho outros assuntos para tratar - o que farei amanhã - mas é impossível ignorar a estréia de Fernandinho no São Paulo. Autor de quatro gols, nos 5 a 1 sobre o Monte Azul, ele já mostrou, logo de cara, porque foi eleito a grande revelação do Campeonato Brasileiro do ano passado. E, acredite, teve gente que não o quis.

Escrito por Roberto Avallone às 19h54
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