PR-MOZ: CFIT é agora a principal suspeita
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O King Air 350 PR-MOZ que caiu na Bahia, na semana passada, teria batido em uma árvore, aproximadamente um quilômetro antes da chegada no aeroporto privado de um resort, em Trancoso.
Depois da colisão, a aeronave teria voado por cerca de 800 metros, até cair nas proximidades da pista de pouso. Catorze pessoas morreram. Peritos chegaram a cogitar a hipótese de falha no motor, pois as hélices encontradas nos destroços apresentavam diferentes deformidades. Mas a gravação da caixa-preta não indica essa possibilidade. Os dois motores passam por avaliação em São José dos Campos (SP).
Os técnicos ainda não sabem o motivo do choque com a árvore. Uma das possibilidades é de que o acidente seja classificado como CFIT (sigla em inglês para Colisão com o Solo em Voo Controlado), a segunda mais frequente na aviação geral (táxi aéreo e jatos executivos).
Outra informação importante obtida com a degravação da caixa-preta é em relação às condições meteorológicas do dia do acidente. Testemunhas teriam dito que a chuva não contribuiu para a queda do avião, mas a gravação mostrou que a tripulação foi alertada sobre o aumento da chuva, em um dos contatos com o aeroporto baiano.
Na quarta-feira (27), militares do Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), sediados no Recife, voltaram ao local do acidente, depois de serem informados sobre o conteúdo da caixa-preta. Eles teriam feito um sobrevoo na área e refeito o provável percurso da aeronave, a pé.
Os investigadores constataram que a árvore com a qual o avião bateu fica em um morro. As árvores da região estão dentro do "gabarito de segurança" e não teriam interferência nas operações.
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