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Sabado, 1 de Outubro de 2011
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Jornal da Madeira / Desporto / 2011-08-19

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Empate a zero serve melhor aos interesses britânicos que na semana que vem actuam entre portas
Eliminatória para resolver em Inglaterra
 
Nacional e Birmingham empataram a zero e acabaram por adiar as decisões da eliminatória para a Inglaterra. Os ingleses estiveram melhor, é certo mas os “alvinegros” continuam a acreditar que é possível seguir em frente

O Nacional complicou uma possível passagem à fase de grupos da Liga Europa ao empatar a zero frente aos ingleses do Birmingham na noite de ontem. É certo que ainda falta o segundo jogo mas a vantagem pertence agora aos ingleses que jogam entre portas e vão criar certamente um ambiente terrível para os madeirenses. Ainda assim, a esperança é sempre a última a morrer. No mais, partida bastante equilibrada ontem na Choupana com o Nacional a ter os primeiros minutos de domínio no jogo mas com o Birmingham a equilibrar a contenda à passagem do quarto de hora. De resto, coube mesmo a Mateus o primeiro grande lançe de perigo. Servido por Mário Rondon, o internacional angolano isolado, perante Myhill, perdeu tempo de remate e a primeira grande situação de golo na Choupana. Antes, o mesmo Mateus já havia desperdiçado uma boa oportunidade depois de uma excelente triangulação perfeita entre o internacional angolano e Edgar Costa que culminou com o primeiro sinal de perigo para os “alvinegros”.

Estava dado o mote, no entanto, o acerto nas marcações por parte dos ingleses trouxe a equipa para o meio campo “alvinegro” e a verdade é que ainda antes da meia hora de jogo Caldwel de cabeça atirou à barra na sequência de um pontapé de canto, situação que criou o primeiro calafrio no reduto mais recuado dos madeirenses.

Por esta altura assistia-se a uma partida de parada e resposta e sobre a meia hora de jogo foi a vez de Luís Alberto cabeçear com muito perigo mas ao lado da baliza defendida pelo Birmingham.

Já perto do final da primeira parte novo susto junto da baliza de Elisson. O guarda-redes do Nacional tem uma saída fora de tempo, a bola sobrou para Wood que ainda dentro da área atirou fortíssimo à barra dos “alvinegros”.

Ao intervalo o resultado estava em zero a zero e apesar das melhores oportunidades de golo pertencerem ao Birmingham, a verdade é que o resultado aceitava-se de todo, face ao futebol praticado por ambos os conjuntos.

Na segunda parte as coisas mudaram de figura. O Birmingham assumiu as despesas do jogo e logo no reatamento Wood voltou a atirar o poste da baliza defendida pelo brasileiro Elisson com o guarda-redes brasileiro a “ver a banda passar”. Os ingleses assumiram por completo o domínio do jogo e só a espaços é que a equipa madeirense chegava junto da área britânica e a verdade é que apenas Diego Barcellos tentou a sua sorte na sequência de um livre directo mas sem levar o perigo desejado à baliza contrária. Resumindo, tudo vai ficar resolvido apenas na próxima semana.


 João Cunha e Silva, Vice-Presidente do Governo Regional foi um dos espectadores atentos deste Nacional vs Birmingham.


 É já na próxima quinta-feira que tudo ficará decidido quando a formação madeirense deslocar-se ao Reino Unido para defrontar uma equipa que apesar de actuar na segunda liga inglesa tem nomes no seu conjunto que podem fazer a diferença. Um dos qua mais deu nas vistas na noite de ontem foi o internacional chileno de seu nome Coliqueo Beausejour, mas também Wood e o veterano Carr.


 Se à chegada o trânsito automóvel circulou dentro da normalidade, o problema maior foi mesmo no escoamento do mesmo após o final do encontro. Foram muitos aqueles que reclamaram, pois o único sentido descendente fez-se pelo Caminho dos Pretos, isto enquanto os autocarros com os adeptos ingleses não abandonaram a Choupana.


 A equipa da arbitragem esteve bem. Não complicou e as decisões tomadas ao longo de toda a partida foram quase sempre acertadas sem prejudicar quer uma quer outra equipa.


Mais uma enchente

Não foram tantos como nos jogos frente aos islandeses do Hafnarfjordur nem como contra os suecos do Hacken, mas ontem o Estádio da Madeira voltou a registrar uma das suas melhores assistências de sempre. Entre madeirenses e ingleses que fizeram questão de assistir ao encontro entre o Nacional e o Birmingham foram 4323 espectadores que aproveitaram o final de tarde de ontem para subir até à Choupana e onde puderam assistir a uma boa partida de futebol.


Ingleses abrilhantaram partida da Choupana

Foram cerca de meio milhar de adeptos de Birmingham que na noite de ontem marcaram presença no Estádio da Madeira. A verdade é que onde estão ingleses há festa e ontem não foi diferente. Antes, durante e depois do confronto que colocou, frente a frente, Nacional e Birmingham os adeptos do clube britânico fizeram questão de se fazer notar com cânticos de apoio à equipa e aplausos. Logo à entrada da Cidade Desportiva dos “alvinegros” eram bem visíveis os cartazes e faixas de apoio aos britânicos. Quando assim o futebol torna-se bonito e por isso mesmo que é considerado o desporto de eleição.




Treinador diz mesmo que foi negativo

Técnico Ivo Vieira admite que resultado não foi o melhor


Ivo Vieira treinador do Nacional assume sem rodeios que o empate a zero golos diante do Birmingham foi um resultado negativo.

O técnico queria mais mas admitiu dificuldades nomeadamente no que diz respeito às bolas paradas. «Acaba por ser um resultado negativo para o Nacional, porque pretendíamos ganhar, para depois termos algum conforto para a 2.ª mão deste play-off. Contudo, apesar das bolas nos ferros, penso que o jogo teve um grande equilíbrio. Tentámos trabalhar em prol daquilo que pensávamos que era importante para o jogo, mas também sabíamos que seria um jogo difícil, como o foi. O Nacional também criou uma ou outra oportunidade de golo, e as ocasiões do Birmingham foram de bolas paradas, onde o futebol inglês nesse aspecto é muito forte», começou por dizer o treinador da equipa madeirense.

Ivo Vieira também deixou alguns elogios ao adversário da noite de ontem. «Sabia que a equipa adversária era muito competitiva. Pelo facto de estarem na II Liga têm orçamentos superiores a todas as equipas portuguesas, excepto os grandes. Têm poder de compra, têm qualidade, jogadores com valia e isso ficou demonstrado. O Nacional teve a vida difícil, empatámos, não sofremos golos e vamos tentar surpreender no segungo jogo», admitiu.

Ainda assim, o técnico fez questão de referir que a sua equipa não esteve tão mal quanto isso. «Derivado aos poucos jogos que temos, não diria que fosse a pior exibição do Nacional, mas depois de habituarmos o nosso público com as vitórias por 2-0 e 3-0 a expectativa das pessoas era a maior, mas julgo que a equipa empenhou-se, os jogadores foram grandiosos, trabalharam imenso, o golo não apaeceu e julgo que o Nacional tem uma exibição bem conseguida, contrariada muitas vezes por um Birmingham forte». Agora o objectivo passa mesmo por marcar em Birmingham e complicar a vida aos ingleses.

«Sabia da valia do Birmingham e o quanto são aguerridos. Trabalham imenso, mas os meus jogadores também o fizeram e não tenho nada a apontar. Em Inglaterra, sabemos que se fizermos um golo iremos colocar problemas ao Birmingham. E é isso que vamos tentar fazer, para os surpreender», disse a terminar.




0 a 10


O MELHOR (7) Luís Alberto: Mais um bom jogo do médio defensivo do Nacional. Teve uma boa oportunidade para marcar mas o seu grande jogo acabou por revelar-se no meio campo onde foi “pau para toda a obra”. Defendeu quando foi preciso. Colocou ordem no meio campo e ainda teve tempo para ir até lá à frente tentar a sua sorte. Depois a sua maturidade transmite confiança aos “meninos da Choupana” que a bem dizer, ainda estão a crescer.



Elisson (5): Teve um principio de noite de muito pouco trabalho mas isso não quer dizer que não tivesse apanhado alguns sustos. Aos 43' teve uma saída fora de tempo que poderia complicar as contas madeirenses. Tem de rever a sua forma de sair de entre os postes.



João Aurélio (4): Ainda mostrou algumas lacunas na arte de bem defender. Começou algo nervoso mas com o desenrolar da partida acertou e até acabou em bom plano.



Felipe Lopes (6): Um dos melhores da sua equipa. Felipe Lopes voltou a mostrar na tarde de ontem o porquê de ostentar a braçadeira de capitão. O central brasileiro raramente perdeu um lançe para os seus adversários e o seu sentido posicional fez com alguns atrevimentos forasteiros não passassem disso mesmo.



Danielson: Tal como o seu companheiro de posição voltou a não deixar os seus créditos por mãos alheias. No início da segunda parte, não por culpa exclusiva, o último reduto “alvinegro” passou por alguns momentos de aflição.



Skolnik (4) : Passou toda a primeira parte “escondido” do jogo. Acabou por ser bem substituído ainda ao intervalo.



Mihelic (4) : Acabou também por não ter uma grande participação na partida. Manteve-se “escondido” enquanto esteve em campo e por isso mesmo acabou por ser muito bem substituído ao intervalo. Esteve longe daquilo que se esperava.



Edgar Costa (5) : Um dos mais inconformados. Tentou utilizar a sua velocidade e um para um, onde é quase sempre muito forte. Umas vezes levou a melhor, outras nem por isso. Ficou-se pelas intenções mas ainda assim com uma exibição positiva.



Mário Rondon (5) : Noite ingrata para o avançado luso – venezuelano do Nacional. O poder físico dos centrais contrários deram-lhe poucas hipóteses, ainda assim, pode dizer-se que nunca virou a “cara à luta”.



Mateus (4) : É certo que por vezes consegue colocar os adeptos “alvinegros” verdadeiramente empolgados com os seus rasgos de velocidade. Cria situações de golo como poucos, mas por outro lado peca por demais na finalização. Ontem foi uma noite dessas.



Elizeu (5) : Entrou bem no jogo e as sua intenções revelaram-se profícuas principalmente no que diz respeito ao reduto defensivo.



Diego Barcellos : Conseguiu por uma ou duas vezes os seus intentos, mas mostrou alguma falta de ritmo.



Candeias (4) : Entrou numa última tentativa para dar a volta aos acontecimentos. Não passou disso mesmo, uma tentativa.




 

 

 

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