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Itália

Vídeos divulgando animais à espera de adotantes completam um ano

21 de abril de 2012 às 6:00

Por Natalia Cesana (da Redação)

Francesco Espen (Foto: Reprodução/La Stampa)

O primeiro foi Piccolino. O último, por enquanto, foi Dorian. Entre eles, Charlie, Duca, Alfredo, Lola, Zen, Artù, Giada, King e tantos outros nomes fantasiosos, tantos focinhos úmidos, mas todos com o mesmo desejo de deixar para trás a vida passada dentro de um canil para entrar em uma família. Estes são os cães apresentados nos vídeos do “Videoação”, serviço do jornal italiano La Stampa, que completa um ano.

Desde 18 de abril de 2011, foram 54 episódios, 800 animais entre cachorros e gatos na frente das câmeras, 200 adotados. Um feito inesperado, certamente.

A ideia foi de Francesco Espen, que tem uma longa carreira na televisão e que teve a intuição de levar os animais diretamente à caixa mágica que é a internet e a televisão. Com a vantagem que as pessoas conseguem perceber as reais dimensões dos animais, como se movem e “falam”.

Os resultados, claro, estão aí. Cada vez que Espen, junto a Giordano Signori (o telespectador que está atrás da câmera e que não aparece nunca, mas está sempre ali), volta das filmagens, conta com entusiasmo como foi a visita. “Em um sábado, o estacionamento do canil estava cheio de pessoas querendo adotar um cachorro”. E ainda: “uma senhora veio de uma cidade longe, de táxi, apenas porque queria adotar aquele cachorro que viu no vídeo”.

As histórias são muitas, algumas publicadas no jornal, na seção Animalia, que sai todas as quartas-feiras. Um exemplo é a história de Davino, ex-oficial alpino que depois dos horrores vividos na guerra civil de Ruanda, preferiu dedicar sua vida aos animais.

Ao final de cada episódio, Espen anota todos os nomes dos animais apresentados e, quando volta para outra visita, a primeira coisa que faz é perguntar quem foi adotado e liga para a redação. “Nove de 15 foram adotados! Nove de 15! Agora vou que precisa gravar.”

Por enquanto o serviço é voltado apenas para a região de Turim, norte da Itália, por questões logísticas e econômicas. Mas com paixão e ajuda daqueles que assistem ao programa e decidem fazer um gesto de amor dando uma nova vida aos quatro patas, espera-se que a ação cresça.

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