Publicidade
Gerdauall
Cora Rónai

Cora Rónai

Pioneira no jornalismo de tecnologia, iniciou a carreira em Brasília e a desenvolve no Rio de Janeiro desde 1980. Trabalha como colunista e cronista em O Globo

Cora Tausz Rónai nasceu em 31 de julho de 1953, no Rio de Janeiro (RJ). É filha do crítico, tradutor, revisor e professor Paulo Rónai e da arquiteta e professora Nora Tausz Rónai. Sua filha, Beatriz Rónai, também é jornalista. Mantem uma longa relação com o jornalista e humorista multimídias Millôr Fernandes.

Começou a carreira jornalística em Brasília, onde trabalhou no Jornal de Brasília, no Correio Braziliense e nas sucursais da Folha de S.Paulo e do Jornal do Brasil. Voltou para o Rio de Janeiro em 1980, trabalhando para o JB. Em 1982, deixou o jornal, decidida a se dedicar à literatura e ao teatro infantis.

Vitoriosa na nova carreira, não cogitava retornar às redações. Ganhou o Prêmio Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) 1988, na categoria Criança, pelo livro Uma ilha lá longe, com o ilustrador Rui de Oliveira, e o Prêmio Mambembe Infantil 1986, pela peça Um, dois, três e já. Mas uma crítica publicada no JB que a aborreceu, em 1986, sobre o musical infantil Smurfs, realizada com Antônio Grassi e Tim Riscala, a trouxe de volta ao jornalismo. Pediu direito de resposta ao editor Zuenir Ventura e apresentou o contraponto. Gostou tanto do que escreveu que aceitou o convite de Zuenir para voltar ao jornal, como crítica de televisão.

Lançou, no JB, em 1987, a primeira coluna sobre computação da grande imprensa brasileira, chamada Circuito Integrado. Usuária de computador pessoal desde 1986, sentia que o assunto interessava aos leitores. Embora a coluna não possuísse lugar nem data fixos para sair, começou a receber muitas cartas e, ao conversar com as pessoas, sentiu que era hora de se publicar um caderno sobre o tema. No Jornal do Brasil, acharam que não havia mercado, no Rio, para tanto. Evandro Carlos de Andrade (1931-2001), então editor de O Globo pensou diferente e a chamou para trabalhar no jornal.

Em março de 1991, foi lançado o caderno Info Etc. de O Globo, que passou a circular todas as segundas-feiras, editado por Cora Rónai. Criou o primeiro blog de uma jornalista brasileira, o internETC, ativo desde 2001, inicialmente no portal Blogger e, depois de agosto de 2011, no WordPress.

Além disso, é pioneira em utilizar a fotografia digital como ferramenta de comunicação: nos primórdios do portal Fotolog, a página que ilustrava com fotos do Rio de Janeiro e de suas viagens pelo Brasil e o Exterior chegou a ser a mais visitada do mundo. Publicou, pelo Senac-Rio, em maio de 2006, o livro Fala Foto, uma seleção de imagens realizadas ao longo de cinco anos com mais de uma dezena de diferentes aparelhos telefônicos celulares. Primeiro livro do gênero no mundo, foi finalista do Prêmio Jabuti e teve parte das fotos exibidas  numa individual na galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea (RJ).

Fez parte da equipe de O Globo que cobriu a Copa do Mundo de Futebol da Alemanha 2006. Em 2008, com o fim do Info Etc. e o lançamento do suplemento Digital, deixou o cargo de editora, mas continua como colunista de Tecnologia e cronista do Segundo Caderno do jornal.

Publicou os livros: Ideias: Um Livro de Entrevistas (UNB, 1981); Sapomorfose - O Principe Que Coaxava, com ilustrações de Millôr Fernandes (Salamandra, 1983), que recebeu o Prêmio Revelação do Ano da APCA 1983, promovido pela Associação Paulista de Críticos de Arte; Viva Jacaré!, ilustrado por Rui de Oliveira (Nova Fronteira, 1983); Cabeça Feita Pé Quebrado (Riográfica, 1985); Há Milhões de Anos Atrás (Riográfica, 1986); O Terceiro Tigre (Nova Fronteira, 1986); Uma Ilha Lá Longe, ilustrado por Rui de Oliveira (Record, 1987); A Princesa e a Abóbora (Globo, 1988); Uma História de Vídeo Game, ilustrado por Rui de Oliveira (Record, 1998); Bichos de Versos Volume 1, com Ferreira Gullar e Ronald Claver (Quinteto Editorial, 2003); Caiu na Rede - Os Textos Falsos da Internet que se Tornaram Clássicos, como organizadora (Agir, 2006); Fala Foto (Senac Rio, 2006), e Walter Firmo, dentro da Coleção Álbum de Retratos n° 2 (Memória Visual, 2007).

Com o pai, adaptou para livro infantil as histórias de O Barbeiro de Sevilha e as Bodas de Fígaro (Ediouro, 1972). Traduziu os romances Desenterrando o Passado (Nova Fronteira, 1974) e Seguindo a Correnteza (Nova Fronteira, 1982), ambos de Agatha Christie, além de Abaixo o Lado de Baixo, do Dr. Seuss (Record, 1984) e Um Caminho na Noite, de Lois Lowry (Xenon, 1990).

Venceu o Prêmio Comunique-se de Melhor Jornalista de Tecnologia em 2004, 2006 e 2008. É defensora incondicional do Rio de Janeiro, dos animais e do meio-ambiente e fã de filmes indianos.


Atualizado em janeiro de 2012.
Fontes:
Arquivo Jornalistas&Cia.