Essa semana o novo leilão da faixa de 700 MHz para o 4G voltou a ser destaque, e a interferência do sinal de TV – que atualmente usa essa faixa – no de internet móvel aparentou não ser mais um problema. Pelo menos para o Secretário-Executivo do Ministério das Comunicações, Genildo Lins.
Sinal de TV e novo leilão da faixa de 700 MHz
Durante a Futurecom, no Rio de Janeiro – RJ, onde ministrou palestra, Lins tentou tranquilizar quem estivesse preocupado com a interferência. “Temos deixado claro que tanto o 4G quanto a TV têm que conviver. Vamos garantir que não haverá interferência ou pelo menos que ela seja minimizada”, afirmou ele.
O Secretário ainda lembrou que a faixa de 700 MHz só é usada pela TV aberta em 700 municípios do país. A TV analógica, que representa o maior risco de interferência, vai poder operar no Brasil até 2018 – esse é o prazo final para as últimas cidades deixarem de usar a tecnologia.
O problema é que a faixa em questão tem o novo leilão marcado para o primeiro semestre do próximo ano, entre os meses de maio e junho. O Presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, informou durante a Futurecom que o possível conflito de sinal entre TV e internet é a terceira etapa do processo.
“Estamos comprometidos com o cronograma e não pretendemos de forma alguma retardar esse processo”, declarou Rezende, reforçando a prioridade no novo leilão. Depois disso, a agência vai decidir a quem será destinada a faixa de 700 MHz, e só então encomendar uma consulta pública técnica sobre a interferência entre os sinais LTE – tecnologia do 4G – e de TV aberta.
O Presidente da Anatel também disse que a intenção do órgão é destinar a faixa em questão às empresas vencedoras do primeiro leilão, da faixa de 2,5 GHz, realizada ano passado. Isso seria feito para garantir o cumprimento das metas estabelecidas. A faixa de 2,5 GHz tem menor alcance, mas é melhor para regiões metropolitanas, com muitos usuários do serviço, enquanto a de 700 MHz é mais abrangente.
Por Vinicius Brino