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CASO

Dênis Casemiro

Dados Pessoais
Nome: Dênis Casemiro
Data de nascimento: 9 dezembro de 1942
Local de nascimento: Votuporanga (SP) -  Brasil

Organização Política: Movimento Popular Revolucionário (MRT)

Dados biográficos
 
Nasceu em Votuporanga, interior de São Paulo, no dia 9 de dezembro de 1942. Filho de Antônio Casemiro e Maria Casemiro. Em sua cidade natal foi pedreiro e trabalhador rural. Frequentava o Sindicato dos Lavradores de Votuporanga. A partir de 1967 vai para São Bernardo do Campo trabalhar na Volkswagen. Nesse período travou contato com Devanir José de Carvalho, também assassinado pelo aparato repressivo do regime militar, e seus irmãos Jairo e Daniel, este, hoje, faz parte da lista dos desaparecidos políticos. Dênis passa, então, a fazer oposição à ditatura, quando entra para Ala Vermelha e posteriormente à vpr. Desloca-se para o sul do Pará e depois vai cuidar de um sítio perto de Imperatriz (ma). Nessa local estava em seu horizonte de expectativa levar a termo um trabalho de alcance político e militar no meio rural. 

Dados sobre sua prisão e desaparecimento
 
Em abril de 1971 foi localizado e preso pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, que o trouxe para o dops/sp, onde seria torturado durante quase um mês e assassinado pelo próprio Sérgio Fleury. A infâmia e flagelo a que foi submetido assim encontra-se relatado no Dossiê Ditadura: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil (1964-1985): “[No Dops/sp] onde permaneceu sendo torturado por quase um mês. Durante esse período era sempre transportado pelos corredores daquele órgão policial com um capuz cobrindo seu rosto para impossibilitar sua identificação pelos demais presos. Um deles, Waldemar Andreu, conterrâneo de Dênis, chegou a conversar com ele por alguns minutos. Ele estava confiante de que a retirada do capuz era um sinal de que as torturas acabariam e que o perigo de ser assassinado havia passado”, no entanto, Dênis foi fuzilado em 18 de maio de 1971 pelo delegado Fleury, tendo sido enterrado como indigente além de seus dados serem alterados para não possibilitar sua identificação.

No livro de registro do cemitério onde encontrava-se seu corpo, consta que teria 40 anos, quando na verdade, à época, tinha 28 anos.

A elucidação de sua prisão, tortura e morte começou a ser esclarecida em 1979 durante a campanha da Anistia. Seus restos mortais foram finalmente encontrados na vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, em São Paulo (SP).

Seu nome consta na lista de desaparecidos políticos do anexo i, da lei 9.140/95.

Agentes Policiais
 
Preso e assassinado pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury.

Fonte: Informações tiradas do Dossiê Ditadura: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil 1964-1985. (IEVE- Instituto de Estudos Sobre Violência do Estado e Imprensa Oficial, São Paulo, 2009). 

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