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Bárbara Guimarães: "Fico orgulhosa por a SIC não recorrer a um ‘Secret Story’" Nacionais: 04.10 - 14h Por: Teresa Oliveira

A apresentadora do novo programa de talentos da SIC 'Factor X' garante que não receia a concorrência da TVI e diz que o canal de Carnaxide apostou no sonho e na qualidade.

- Vai apresentar [ao lado de João Manzarra] ‘Factor X’, que estreia domingo na SIC. O que difere este de outros produtos?

- Este é o ‘talent show’ mais importante em termos mundiais, porque sempre teve consequências em termos de carreira. É completamente diferente de ‘Ídolos’ e de ‘Portugal tem Talento’. É o talent show por excelência. A própria dinâmica dos jurados é diferente. Eles serão os mentores e vão entrar em competição pela qualidade de quem estão a defender, a ensinar.

- Entretanto, a TVI aparece com mais um ‘Secret Story’ e Teresa Guilherme. Receia este formato?

- Fico orgulhosa por a estação onde trabalho não recorrer a uma competição do mesmo teor que a da TVI [‘Casa dos Segredos’], mas sim dar uma boa alternativa de grande qualidade. A SIC tem feito este percurso e os telespectadores estão atentos e confiam nos nossos produtos. Só isso dá-me confiança.

- Mas é um reality de muito sucesso...

- E tem, mas nós vamos trazer para Portugal algo completamente novo. Estou expectante porque estamos a fazer um bom caminho. A SIC optou pelo sonho e pela qualidade.

- Não sente que vai competir com Teresa Guilherme?

- Não, de todo. Eu e a Teresa conhecemo-nos há anos. Foi com ela que fiz o ‘Furor’, eu divertia-me mais a fazer e ela a produzi-lo. Estamos em diferentes caminhos.

- Vai fazer dupla com João Manzarra, já falaram sobre a dinâmica dos diretos?

- Por vezes brinco com o João e digo-lhe que vamos ficar com um currículo internacional, porque quando nos perguntam, fora do País, o que estamos a fazer e falamos de ‘Factor X’ as pessoas têm uma reação surpreendente. Acompanhamos as audições para estarmos a par das histórias de cada um, porque vamos estar em direto, sem rede, nas galas. No fundo, nós é que construímos o nosso próprio guião.

- Para isso precisam de estar bem preparados...

- É preciso sabermos as histórias de cada um. E depois nas galas é que se verá o meu trabalho. O João vai acompanhar as entradas dos concorrentes.

- E prefere o papel de anfitriã ou de jurada, como aconteceu em ‘Ídolos’?

- Quando me torno jurada visto o papel e ponho-me do ponto de vista da análise. Todos falamos de música, mas os grandes conhecedores é que têm o dom de avaliar. Procurei sempre falar do ponto de vista daquilo que me tocava. E cheguei a estar sozinha a defender um concorrente. Em ‘Factor X’ temos jurados que são grandes experts da música.

- Nas versões internacionais, os apresentadores deste formato estão em segundo plano, não são muito conhecidos... Como olha para isto?

- É, eles não estão muito presentes. É uma forma diferente de se fazer televisão. E, da nossa parte, temos a grande capacidade de entender e de saber que estamos presentes, mas não nos impomos. A dinâmica deste programa vive centrada nos jurados e nos concorrentes. O nosso grande desafio é tentarmos levar as pessoas a centrarem-se nisso. É um bom desafio.

- Quando lhe foi feito o convite pensou nesta questão?

- Eu já conhecia bem o formato, porque via no cabo, e sempre gostei deste programa. E nunca me centrei muito no apresentador, em boa verdade. Funciona bem este ‘passar a bola’ ao que tem de ser focado, este conduzir o telespectador... Pensei: vai ser diferente.

- Portanto, também na versão portuguesa os apresentadores só farão a ponte?

- No essencial sim, o que diverge pode ser nas galas. Há países que só têm um apresentador e outros optam pelo ping-pong entre apresentadores. Mas eu e o Manzarra damo-nos muito bem e estamos entusiasmados por começar.

- Quando lhe fizeram o convite, já sabia quem seria o coapresentador?

- Já e achei muito bem, logo. Eu tive este convite há largos meses. E guardar este segredo também soube bem (risos).

- Identifica-se com este tipo de formatos?

- São os formatos que tenho feito. ‘Portugal tem Talento’ tinha esta situação da diversidade e de apresentar algo no palco que nos preenchesse. E resultou, existiu um certo orgulho nacional. Portanto, é claro que me vou identificando com estes programas. Ou ainda o ‘Chuva de Estrelas’.

- Não tem saudades do jornalismo?

- Tive de fazer uma escolha e, como é lógico, as escolhas têm consequências. Certo é que ao mergulhar no entretenimento, senti que era esta a minha escolha. Fiz um caminho no jornalismo. Apesar de tudo foram três anos. Estava no início, mas deu-me imensa bagagem para o entretenimento. Mas os programas que fui fazendo também tiveram um pouco essa componente, como as entrevistas. E foi bom ver na SIC Notícias um programa proposto por mim, como o ‘Páginas Soltas’, que ainda durou cinco anos, e até acabei por escrever um livro.

- Porquê o livro?

- Para ficar em memória daquelas memórias, daquelas personalidades. Para não se perder o que eles deram ali de tão especial. São frases, momentos de vida diferentes, porque era um programa muito intimista. Não era uma entrevista, era uma conversa, falávamos sobre livros e sobre eles.

- Além do que já fez, o que gostava de apresentar?

- Tenho algumas ideias.

- Está a falar de projetos de sua autoria?

- Sim, sobretudo para tentar também alargar aquilo que tenho feito, que é diverso, não é monótono, nem previsível. Julgo que o público reconhece.

- Mas o que gostava de levar para o pequeno ecrã?

- Agora vamos ter o ‘Factor X’... (risos). Há algumas ideias, que vão evoluindo, e depois se tiverem uma resposta do lado de quem manda, avanço.

- Consegue conciliar vários?

- Consigo ter dois ou três desafios ao mesmo tempo.

- Seria um projeto na linha de ‘Duetos Imprevistos’ (com o maestro Victorino d’Almeida)?

- Não veria mal nenhum em uma segunda série. Não sei...

- Acabou ao 13º programa, lamentou o seu fim?

- Tudo tem o seu fim, claro que há mais músicos de que gostaríamos de saber da vida deles. De qualquer forma, tudo pode regressar.

- Ainda fala com o maestro?

- Ficámos amigos para a vida. Viajámos imenso pela Europa fora, para Viena, Polónia, Londres, Espanha, Varsóvia... ainda foi um ano. Gravávamos e depois a conversa continuava até ao dia seguinte (risos).

- O que falta na televisão?

- Falta-nos um talk show, como tinha o Herman José. Algo que pudéssemos ver o que está a acontecer, seja na área da música ou em outras, em que se pudesse debater vários temas com energia. Que tenha também uma componente de debate político e que envolva a sociedade civil. Algo que seria para uma sexta-feira ou sábado. Em final de noite.

- Vai propor esse tipo de formato à SIC?

- Não sei, neste momento está tudo em aberto.

- A SIC é um canal com perfil para isso?

- Tem e tem feito um percurso muito ao encontro das pessoas. Mesmo em termos de ficção evoluiu imenso.

- É fã de telenovelas?

- Estou confiante em ‘Sol de Inverno’, depois de ‘Dancin’ Days’ e ‘de Avenida Brasil’. Mas já fui fã de séries como ‘CSI’ e ‘Sete Palmos de Terra’.

- E o público SIC vais seguir ‘Factor X’?

- Vai seguir, gostar e ficar a ver.

FORMATO PARA TODAS AS IDADES

"Este programa é uma aventura, basta ver basta ver que aceita candidatos dos 16 aos 76 anos. Quando vi pessoas nas filas com 70 e tal anos e com imensa vontade de cantar é fabuloso. Isto dá-nos uma diversidade musical à qual não estamos habituados. Temos tido programas, como ‘Ídolos’, que são mais pop rock. Este é completamente diferente", refere a apresentadora.

E a propósito de ‘Ídolos’, Bárbara Guimarães recordou que lutou "até poder por uma das concorrentes", porque "acreditava mesmo no seu talento. Ainda hoje me lembro da sua voz única [Mariana Domingues, a segunda classificada, atrás de Diogo Piçarra]". "‘Factor X’ é diferente e estou curiosa e ansiosa para que comece", remata.

CURIOSIDADE COM OS GRUPOS

Confesso que estou muito mais curiosa com os grupos. Estou à espera de ver como é que os mentores vão lidar com eles. Acredito que vai haver gente audaz, capaz e que terá o ‘Factor X’, que é aquilo que levará à vitória. Mas também acredito que vão aparecer cantores individuais fabulosos, grandes vozes e vozes diferentes que nos vão surpreender.

ENTRETENIMENTO

"As pessoas precisam de ter programas em direto e com a componente da alegria, numa altura em que o País anda em baixo. E com formatos destes o telespectador ganha e os canais de televisão também, porque apresentam uma alternativa positiva", diz a apresentadora, acrescentando que está recetiva a fazer mais formatos do género.

"Julgo que me adapto aos desafios. ‘Peso Pesado’ e o ‘Toca a Mexer’ eram projetos diferentes desta linha do talent show, mas eu adorei. Aceitei-os como desafios diferentes e adaptei-me a eles. Cada experiência é enriquecedora, é sinónimo de crescimento. E isso, para um profissional, é muito importante".

DIVERSIDADE

‘Duetos Imprevistos’ é um marco da sua carreira. "A seguir ao ‘Furor’ apareço ao lado do maestro Victorino d’ Almeida e ainda hoje as pessoas me falam desse programa. E é curioso que o programa era para desmistificar os músicos clássicos. Torná-los reais, através da forma extraordinária que o maestro tem de comunicar. No fundo captar público", conta.

PERFIL

Bárbara Guimarães nasceu em Sá da Bandeira, Angola, em 1973. Abandonou o curso de Relações Internacionais em prol do jornalismo. Estreou-se na TVI, como repórter e pivô e mais tarde muda-se para a SIC. Apresentou ‘Chuva de Estrelas’, ‘Furor’, ‘Páginas Soltas’, ‘Duetos Improváveis’, entre outros.



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Tomás Alves

Julho 16Tomás Alves25 anos

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