ANTÓNIO
EMILIANO
BIOGRAFIA
António Henrique de Albuquerque Emiliano nasceu, no dia 25 de Janeiro de
1959, em
Lisboa.
Desde cedo dedicou-se aos estudos musicais tendo
mesmo frequentado o Conservatório Nacional de Lisboa. Aos 17 anos
abandonou esses estudos optando por uma prática musical mais
criativa tendo chegado a fazer parte de uma das formações do
conhecido grupo Beatnicks.
Nos anos de 1977 e 1978 frequentou o 1º ano da Licenciatura em Engenharia
Electrotécnica do Instituto Superior Técnico, da qual desistiu inscrevendo-se
na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1982 licenciou-se em Línguas e
Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Ingleses).
Foi um dos músicos participantes no disco "Sonho Azul" de Né Ladeiras. Em
1983 e 1984 colaborou em vários espectáculos realizados
no Frágil por Anamar e Luís Madureira.
Em 1985 produziu o disco "Em Pessoa" de José Campos e Sousa,
com textos de Fernando Pessoa. Foi nesse ano que iniciou publicamente a sua
actividade de criação musical fazendo a banda sonora da peça "Teatro de
Enormidades Apenas Críveis à Luz Eléctrica", espectáculo baseado em textos
de Aquilino Ribeiro, concebido por Ricardo Pais, Olga Roriz, Luís Madureira e
António Emiliano, com cenografia e figurinos de António Lagarto, pelo qual
recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro.
Em 1986 foi o autor da música do bailado "Espaço Vazio"
(com coreografia de Olga Roriz),
das
bandas sonoras dos filmes "Repórter X" de José Nascimento
(onde também entra como actor) e "Duma Vez Por Todas" de
Joaquim Leitão (pelas quais recebeu mais tarde o Prémio de Música do
Instituto Português de Cinema) e ainda da peça "Anatol" com encenação de Ricardo Pais. Com Nuno Rebelo e Emanuel Ramalho formou os Vors Trans Vekta
que duraram pouco tempo. Assinou ainda a produção e arranjos do
disco "Na Vida Real" de Sérgio Godinho que viria a vencer o Se7e de
Ouro 86 para Disco de Música Popular.
A edição da banda sonora do filme "Repórter X" de
José Nascimento com música de António Emiliano e participação de Anamar,
Sérgio Godinho e Rui Reininho esteve prevista para ser editada pela Ama Romanta.
Recebeu o Prémio da Crítica para Melhor Música de Teatro, pelo
espectáculo "Anatol".
Em 1987 compôe a música do bailado "Treze Gestos de Um
Corpo" de Olga Roriz. Produziu ainda os discos "Aguaceiro" de Lena d'Água e
"Negro Fado" de Vitorino. Volta a colaborar com Luís Madureira.
Em 1988 fez a banda sonora do filme "A Mulher
do Próximo" de José Fonseca e Costa e de "Voltar" de Joaquim
Leitão.
"Gahvoreh", a primeira obra de Gagik
Ismailian para o Ballet Gulbenkian, sobre uma música original de
António Emiliano, foi estreada em Julho de 1988.
Foi também o autor da banda sonora da peça de
teatro "FAUSTO. FERNANDO. FRAGMENTOS", uma encenação de
Ricardo Pais para o Teatro
Nacional D. Maria II. Recebe o Prémio Garrett especial de música.
Os discos "Fausto
Fernando Fragmentos" e "Gahvoreh" foram editados em
1989 pela Transmédia. No entanto a editora foi à falência pouco tempo
depois.
Assina a música de "Ad Vitam", com coreografia de
Paulo Ribeiro, e de "Estranhezas", com coreografia de Paula Massano.
Recebe o Prémio Garrett 1989 Especial de Música
(da Secretaria de Estado da Cultura) para o espectáculo "Fausto.
Fernando . Fragmentos" e o Se7e de Ouro 89 para Disco de Música
Instrumental Contemporânea para os discos "Gahvoreh" e "Fausto.
Fernando . Fragmentos".
Em 1990 volta a colaborar com Joaquim Leitão, em
dois filmes da série "Love At First Sight", e com José
Fonseca e Costa no filme "Os Cornos de Cronos".
Faz a banda sonora do filme "Ao Fim da Noite"
(1991) de Joaquim Leitão.
É o autor
da semi-ópera "Amor de
Perdição", com encenação de Ricardo Pais e coreografia de Olga
Roriz, estreada em Novembro de
1991 no Teatro Nacional de São
Carlos. A obra foi apresentada no Théâtre Royal de La
Monnaie, em Bruxelas, por ocasião da Europália '91.
Em 1993 produziu a faixa "Matar Saudades" incluída
na reedição do disco "Banda do Casaco Com Ti Chitas". Colabora na
coreografia "The Seven Silences of Salome", estreada em Londres por
ocasião da reabertura do Savoy Theatre de Londres. O espectáculo
recebeu o Time Out Award para melhor bailado do ano.
Em 1994
assina a banda sonora do filme "Uma Vida Normal",
novamente de
Joaquim Leitão.
Por ocasião das comemorações do centenário do
Infante D. Henrique colabora na "Miscelânea de Garcia de Resende",
com encenação e dramaturgia de Rogério de Carvalho, que foi
apresentada na Culturgest.
Assinou a banda sonora da "Tragicomédia de D.
Duardos", de Gil Vicente, com encenação de Ricardo Pais, apresentada
em 1996 no Teatro Nacional S. João.
Suspendeu a actividade artística em 1996 para se
dedicar exclusivamente à docência e à investigação em
Linguística.
Retomou a actividade artística em 2005. Em 2006
assinou a banda sonora do filme "20,13" de Joaquim Leitão.
DISCOGRAFIA
Fausto Fernando Fragmentos (CD, Transmédia, 1989)
Gahvoreh (CD, Transmédia, 1989)
|