JOSÉ Mourinho e Carlos Mozer abandonaram terça-feira o comando técnico do Benfica. Os treinadores do clube da águia solicitaram a Manuel Vilarinho a renovação de contrato por mais uma temporada, mas a recusa da Direcção às suas pretensões levou a que tenham optado pela demissão, sustentando o acto na "falta de confiança" demonstrada por Vilarinho.
"É um dia bastante triste para nós, o dia em que terminamos a nossa relação contratual com o Sport Lisboa e Benfica", começou por referir José Mourinho, perante uma sala repleta de adeptos, que invadiram o espaço destinado à Comunicação Social gritando o nome do treinador.
"Não interpretem mal esta situação, bastante complicada", pediu Mourinho, explicitando o que o levou a esta tomada de posição: "O sr. Manuel Vilarinho entrou no clube com o estigma de um treinador atrás, o que era legítimo, mas eu e o Mozer considerámos que a única forma de acabar com as especulações e a situação de treinadores a prazo, dependentes de um ou outro resultado, foi a de dizermos à Direcção que só continuaríamos se renovássemos por mais uma época para darmos continuidade ao nosso trabalho. Nada me move contra o sr. Vilarinho, mas ele achou por bem não aceitar o nosso pedido de renovação. Interpretámos isso como uma prova de pouca confiança e achámos por bem deixar o nosso lugar à disposição da Direcção, para esta poder optar pelo treinador que entende servir melhor os interesses do Benfica."
O técnico benfiquista, numa espécie de balanço, recordou que chegou ao clube da Luz com dois objectivos. "A nossa primeira intenção era deixar a equipa melhor no dia em que saíssemos, e felizmente isso foi conseguido. O segundo objectivo era termos um pouco mais de espaço e de tempo para pensarmos na conquista de títulos, mas infelizmente a nossa relação contratual vai acabar", frisou, mostrando-se irredutível na posição que resolveu adoptar.
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