Roberta Di Angelis tem um início de carreira muito comum dentre as cantoras de sucesso no meio gospel. Começou cantando com três anos de idade sobre uma cadeira em uma grande catedral localizada em São Paulo capital, cidade onde nasceu e morou com sua família até se mudarem para o Espírito Santo. O desenvolvimento musical foi muito precoce, pois aos 10 anos de idade, já começava a compor melodias e letras surpreendendo mais ainda aqueles que acompanhavam de perto a pequena cantora. Roberta ainda muito nova já participava de eventos em várias igrejas e era imbatível em todos os festivais da redondeza. Certa vez, quando ela tinha 10 anos, uma missionária chegou próximo a ela e disse, : “Deus vai te levar a muitos lugares para você falar da palavra Dele através das músicas e você irar gravar um disco”, daí por diante foi a primeira experiência de Roberta com o relógio de Deus. Foram sete anos de orações, consagração e busca, que resultaram em convite para produzir a primeira obra musical de sua vida. Confira agora a entrevista exclusiva com Roberta Di Angelis, falando de seu ministério, carreira e experiência com o chamado “Tempo de Deus”.
Como foi a mudança em sua vida de uma fase mais jovem, para uma fase adulta dentro da música?
Roberta Di Angelis: Tudo em minha vida foi marcado no cronômetro de Deus. Esperei sete anos em oração pela promessa de Deus na minha vida, depois desse período estava cantando em um culto normal na minha igreja, quando no final um irmão quis saber quem era a cantora de fora, e era euzinha (risos). O irmão juntamente com sua esposa me fizeram um convite de ir ao Rio de Janeiro gravar, eu aceitei, saí do Espírito Santo com 17 anos para produzir meu 1° trabalho que se chamou “ Pedras no Caminho”. Esse foi o ponta pé inicial para a minha estréia na carreira como levita e também como compositora com um trabalho no mercado.
Como foi sua mudança para o Rio de Janeiro?
Roberta Di Angelis: Ficava no Rio três meses, voltava para o Espírito Santo e por lá ficava um mês em casa. Tinha época que era uma loucura para atender os convites, aí rolava um rodízio de RJ, SP, ES e MG, fiquei na estrada. Tínhamos o apoio e divulgação da nossa querida Rádio Melodia e com isso mesmo no primeiro disco a agenda estava cheia.
Como o grupo Altos louvores a recebeu?
Roberta Di Angelis: Eu fiz o teste com a banda e passei. Mas sei que poucas pessoas gostaram da minha voz, na verdade o meu inicio no Altos Louvores foi muito difícil porque alguns componentes não gostaram mesmo. Eu ficava muito triste por que queria agradar, ser bem recebida, queria ficar na banda.
Você ainda é reconhecida por ter integrado no grupo Altos Louvores?
Roberta Di Angelis: Claro, foi uma época que semeei bastante. Na época a formação dos vocalistas era eu, Marquinhos Gomes, Eyshila e Diogines (já falecido), funcionávamos muito bem. O Marquinhos me disse algumas vezes que por onde ele anda no Brasil as pessoas perguntam por onde anda a Roberta (conhecida antes como Roberta Santos). É muito bom saber que o povo não esquece e o grupo na minha época foi considerado pelo líder do ministério como a melhor formação vocal de todos os tempos, estávamos no auge.
Qual o motivo de sua saída do grupo Altos louvores?
Roberta Di Angelis: Realmente a opção da saída foi minha. Foi uma opção tomada no tempo errado, não orei, não consultei a Deus para saber se era o tempo de sair, eu não perguntei Aquele que me colocou no Altos Louvores se eu podia sair. Eu fui por minha conta e risco e paguei o preço. Deus permitiu minha saída porque nós temos o livre arbítrio mas não era o momento, não era a hora. Saí, pois tinha uma proposta de disco solo pelo dono da gravadora, mas depois desligada do grupo fiquei sabendo que teria que gravar sertanejo, eu já tinha uma estrada longa e gravar sertanejo além de não ser meu estilo, seria começar tudo de novo. Resultado, não gravei meu disco solo pela gravadora, sai do grupo e fiquei a ver navios por não consultar a Deus.
Como foi sua vida ministerial de louvor após a saída do grupo Altos Louvores?
Roberta Di Angelis: Fiquei trabalhando na minha igreja, raramente aceitava algum convite e mesmo assim só os que aconteciam pela redondeza. O desejo queimava, ardia em executar aquilo que Deus me confiou. Me arrependi muitas vezes, como é que faço coisas da minha cabeça sem pedir orientação a Deus? Foi uma grande lição que aprendi, não regredi, mas minha vida ministerial estacionou no sentido de gravar e viver do ministério, mas meu ministério e meu chamado independem de Cds, aprendi com esse momento de vale que posso atuar independente de estar no mercado.
E o rock em sua vida. Fale-nos sobre este acontecimento.
Roberta Di Angelis: Rock Sinfônico Pentecostal, essa foi a nomenclatura que eu e meu esposo Pedro demos a esse estilo que foi uma mistura da levada Rock com a coisa sinfônica de cordas e elementos clássicos sendo roupagem de um conteúdo 100% bíblia. O produtor desse trabalho foi o Anderson Gomes, que entendeu cada detalhe e executou tudo com a mais exata perfeição, transpassando em notas e arranjos exatamente o que nós tínhamos de concepção para o trabalho. Estou hoje na gravadora Top Gospel, fico privilegiada em ser pioneira nesse estilo que Deus me deu no tempo certo, e acho que mais do que um estilo de carreira isso é uma grande responsabilidade que Deus confiou a mim! Deus está operando milagres mais do que nunca, pois hoje sou sensível a sua vontade e ao seu tempo.
A AMAJE AGRADECE COM CARINHO A CANTORA ROBERTA DI ANGELLIS.
Entrevista concedida à
Amaje (Associação das Mulheres Apaixonadas por Jesus).
www.amaje.com.br