Nós

NPTO é, na maior parte do tempo, e quando as vozes em sua cabeça o deixam em paz, Celso Rocha de Barros, cientista social com doutorado e tudo (lattes), flamenguista, meio esquerdoso.

Durante a fase inicial do blog, eu, além de escrever, fazia a “arte-final” dos posts, que tinha outros dois colaboradores anônimos, que insistem em permanecer anônimos, por motivos que me escapam. Faz uns dois anos, entretanto, que isso aqui sou só eu, mesmo. O blog começou para colocar em contato vários colegas que fui encontrando nos vários lugares em que morei, e tem sido bem-sucedido nisso.

A idéia NPTO é ser um  blog sobre política e adjacências, meio esquerdoso, social-democrata não-tucano (nem anti-tucano), que acredita que o PT (e a rede de movimentos sociais que o compõem) ainda pode ser salvo de si mesmo. Apóio o governo Lula com reservas, pela conjunção Política Econômica do Palocci/Bolsa-Família. Temos uma certa tendência a apoiar o Gabeira, e gostaria muito mais do Serra se o Reinaldo Azevedo não o apoiasse. 

Como qualquer um que leia o blog faz algum tempo deve ter percebido, comecei marxista, e fui deixando de ser marxista (sem nunca virar anti-marxista) à medida em que estudava a transição pós-socialista no Leste Europeu (e ouvia as maluquices do Giannotti). Concordo com o Hayek no debate sobre o cálculo socialista, mas, justamente porque isso implica ver o mercado como um negócio caótico e imprevisível, sou a favor de cobrar imposto com entusiasmo e redistribuir renda.

Hoje em dia ainda gosto de uns negócios meio marxistosos, mas gosto mais desses economistas mais doidões, como o Schumpeter, o Stiglitz, o Sen, o Kornai. Um mainstreamzinho de vez em quando também vai bem, também. Insisto em ler filosofia, mesmo sem entender metade, e gosto do Wittgenstein, do Popper, mas também de um francês maluco de vez em quando. Sustento, contra todas as evidências, que Mangabeira Unger pode ser útil para o debate brasileiro.

Dentro da sociologia, estou mais para a turma analítica (Elster, Pzreworski, Goldthorpe) e quantitativa, mas isso é também porque a teoria social não anda em uma fase muito boa, não tem nenhum Lévi-Strauss aparecendo por aí, que eu saiba.

Leitores desse blog podem ainda ser brindados com comentários sobre literatura, futebol, e outras coisas sobre as quais não entendo porra nenhuma.

Postamos nesse endereço desde Novembro de 2008. Nossos endereços antigos podem ser encontrados aqui e aqui, pois várias imagens e links se perderam durante as duas mudanças.  

Nosso avatar, cujo design foi cortesia do amigo Igor Taam, tem inscrito o slogan que Jon Elster propôs para a esquerda contemporânea: “Back to the British Museum”, de volta ao museu britânico. Como se sabe, Marx escreveu “O Capital” na biblioteca do Museu Britânico, e a idéia da frase é que nós devíamos voltar a estudar para ver se temos alguma idéia nova.

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