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Politécnico rejuvenesce Barcelos e é foco de empregabilidade

O Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) arrancou em 1976 com 74 alunos, mas atualmente já conta com 4.000, assumindo-se como um fator de rejuvenescimento de Barcelos e um “incontornável” motor de empregabilidade.

“Hoje, acho que já ninguém conseguiria conceber Barcelos sem o IPCA, tal é a sua importância para a cidade e para o concelho aos mais diversos níveis”, refere João Carvalho, presidente daquela academia.

À frente do Instituto Politécnico desde 2006, João Carvalho já definiu as metas para os três anos de mandato que ainda tem para cumprir: atingir os 5.000 estudantes e criar uma Escola de Hotelaria e Turismo, que se juntará às atuais escolas de Tecnologia, de Gestão e de Design.

Depois de, na fase de arranque, ter funcionado na freguesia de Arcozelo, o IPCA construiu o seu ‘campus’ em Vila Frescaínha, S. Martinho, na periferia da cidade e numa zona “mal servida” por transportes públicos.

“Não foi a melhor escolha, tanto ao nível da acessibilidade, da mobilidade dos estudantes e da interação com o centro histórico e com o resto do concelho”, critica o atual presidente da Câmara.

Miguel Costa Gomes, que na altura da criação do IPCA era presidente da Associação Comercial e Industrial de Barcelos, lembra que sempre contestou o local escolhido para o ‘campus’ do Politécnico, mas sublinha que se está a trabalhar para encurtar distâncias entre a academia e a cidade.

Um objetivo que será conseguido com a construção de um nó de ligação ao IPCA pela circular rodoviária de Barcelos e com um acesso pedonal entre o Politécnico e a cidade, obras orçadas em mais de 750 mil euros.

Por outro lado, a Câmara cedeu ao IPCA, em regime de comodato, a antiga escola primária Gonçalo Pereira, na cidade, para aí instalar, previsivelmente já a partir do segundo semestre do próximo ano letivo, a Escola Superior de Design.

“Com esta parceria, mais de 400 estudantes vão circular diariamente na cidade, entre os quais estudantes internacionais, que procuram o IPCA como instituição de referência na área do Design”, refere Costa Gomes.

O autarca destaca, no entanto, o papel “fundamental e significativo” do IPCA como agente e motor de desenvolvimento da região, tanto pela dinamização da cidade, como pelo trabalho desenvolvido, que coloca Barcelos “no centro do mundo do conhecimento e da inovação”.

“Tem, e terá cada vez mais, um papel fundamental e dinamizador do desenvolvimento económico da região norte”, acrescenta.

Atualmente, o IPCA “paga salários” a 309 pessoas, sendo 45 funcionários e os restantes professores.

A esta empregabilidade direta, o presidente do instituto diz que é preciso juntar a empregabilidade que resulta da formação ali ministrada.

“Dos nossos alunos, 40 por cento são do concelho de Barcelos e 40 por cento do concelho de Braga. São formados aqui e muitos acabam por criar ou encontrar na região os seus empregos”, sustenta João Carvalho.

Entretanto, e para que o seu futuro continue a correr “sobre rodas”, o IPCA prepara-se para adotar um sistema de mobilidade assente no uso da bicicleta.

Na calha estão cerca de 200 bicicletas que, em princípio já a partir do próximo ano, serão postas à disposição daquela comunidade académica, para facilitar as ligações entre o ‘campus’ e a cidade, nomeadamente as estações de camionagem e de caminho-de-ferro.

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