Cândido Batista de Oliveira
Cândido Batista de Oliveira | |
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Nascimento | 15 de fevereiro de 1801 Porto Alegre |
Morte | 26 de maio de 1865 (64 anos) Faleceu a bordo do vapor francês Pelouse, em águas baianas |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Engenheiro |
Cândido Batista de Oliveira (Porto Alegre, 15 de fevereiro de 1801 — Faleceu a bordo do vapor francês Pelouse, em águas baianas, 26 de maio de 1865) foi um engenheiro, diplomata e político brasileiro.
Filho de Francisco Batista Anjo e de Francisca Cândida de Oliveira, foi destinado à vida eclesiástica, fez seus primeiros estudos na cidade natal, depois, em busca de melhor educação, entrou para o Seminário São José, no Rio de Janeiro.[1]Sem vocação para o sacerdócio, foi para Portugal em 1820, bacharelando-se em matemática e filosofia em 1824, na Universidade de Coimbra.[1]
Terminados os cursos, foi aperfeiçoá-los em Paris, na Escola Politécnica, onde foi discípulo de François Jean Dominique Arago.[2] De regresso ao Brasil, em 1827, foi lente da Escola Militar onde seria, mais tarde, catedrático de mecânica racional, aposentando-se em 1847.[1]
Entrou para o Partido Conservador e foi eleito deputado geral pelo Rio Grande do Sul, em 1830.[2] Depois nomeado inspetor geral do Tesouro Nacional.[1]
Cândido Batista de Oliveira pode ser considerado o mais ferrenho defensor da adoção do “Systema Métrico Francêz” pelo Brasil, tendo dedicado mais de três décadas de sua vida a esta iniciativa. No dia 12 de junho de 1830 foi apresentada no parlamento do Império do Brasil a proposta do jovem deputado gaúcho Cândido Batista de Oliveira para a adoção imediata das unidades métricas do sistema francês no país.[3]
Em 1834 deixou o cargo por motivo de saúde, sendo nomeado em 1835 ministro junto à Sardenha.[1] Em 1839 foi chamado para ministro da Fazenda e de Estrangeiros.[1]
Novamente por motivo de saúde, foi nomeado ministro em São Petersburgo e, depois, em 1843, em Viena.[4] De volta ao Brasil, retomou o ensino na Escola Militar e, em 1844, foi chamado como ministro da Marinha, onde permaneceu um ano [4], tendo neste período criado o corpor de fuzileiros navais[2].
Deixou o ministério em 1848 e foi encarregado do levantamento topográfico da fronteira sul do Brasil, terminado em 1849.[1] [2]
Foi conselheiro de Estado, diretor e presidente do Banco do Brasil de 1859 a 1866[5], diretor do Jardim Botânico 1850, senador do Império de 1849 a 1865, pela província do Ceará.[1][2] Foi também sócio de diversas agremiações, entre elas o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.[1]
Foi autor de vários trabalhos de literatura, economia e política, entre eles o Systema Financial.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j PORTO-ALEGRE, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, Porto Alegre, 1917.
- ↑ a b c d e SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969, 3 vol., 840pp.
- ↑ Vaz, Rafael (1997). «Antecedentes do Sistema Métrico Decimal no Brasil: O Artigo "Memória sobre a Adopção do Systema Métrico no Brazil e de uma Circulação Monetária Internacional" (1859), de Cândido Batista de Oliveira» (PDF). Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro line feed character character in
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at position 77 (ajuda) - ↑ a b Biografia no sítio do Ministério da Fazenda do Brasil
- ↑ «Banco do Brasil – Relação dos presidentes (desde 1853)». Banco do Brasil. Consultado em 6 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 6 de fevereiro de 2015
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa na sessão ordinária de 1838, pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Cândido Batista de Oliveira, em 15 de maio de 1839. Disponibilizado pelo Center for Research Libraries.
- Proposta e Relatório apresentados à Assembleia Geral Legislativa na sessão ordinária de 1839 pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda Cândido Batista de Oliveira
Precedido por Maciel Monteiro |
Ministro das Relações Exteriores do Brasil 1839 |
Sucedido por Caetano Maria Lopes Gama |
Precedido por João Paulo dos Santos Barreto |
Ministro da Marinha do Brasil 1847 — 1848 |
Sucedido por Manuel Felizardo de Sousa e Melo |
Precedido por Joaquim José Rodrigues Torres |
Presidente do Banco do Brasil 1859 — 1866 |
Sucedido por Francisco de Assis Vieira Bueno |
- Nascidos em 1801
- Mortos em 1865
- Ministros do Império do Brasil
- Ministros da Fazenda do Brasil (Império)
- Ministros das Relações Exteriores do Brasil (Império)
- Ministros da Marinha do Brasil (Império)
- Presidentes do Banco do Brasil
- Senadores do Império do Brasil pelo Ceará
- Engenheiros do Rio Grande do Sul
- Diplomatas do Rio Grande do Sul
- Naturais de Porto Alegre