Publicidade

Publicado 12/02/2019 - 10h25 - Atualizado 12/02/2019 - 10h25

Por Paulo Santana

Jorginho comandou seu primeiro treino na Ponte Preta ontem pela manhã e já detectou deficiência na equipe

Luciano Claudino/EC

Jorginho comandou seu primeiro treino na Ponte Preta ontem pela manhã e já detectou deficiência na equipe

Apesar de ter comandado apenas um treino, ontem de manhã, depois de sua entrevista de apresentação, o técnico Jorginho quer ver a Ponte Preta com uma postura diferente na partida com a Aparecidense, hoje, às 19h15, no Estádio Anibal Batista de Toledo, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da Capital do estado, pela rodada de abertura da Copa do Brasil. Por ter melhor posição no Ranking Nacional de Clubes da CBF (18ª x 71ª), a Macaca joga pelo empate para seguir adiante.
Se avançar, jogará também em partida única com o ganhador do confronto entre Bragantino-PA e ASA, marcado para amanhã, às 16h30, em Bragança, no Interior do Pará.
Disputando o jogo de hoje, a Ponte já embolsa R$ 990 mil. Passando, terá direito a mais R$ 920 mil, chegando a quase R$ 2 milhões em apenas duas partidas. E, como determina o regulamento, poderá acumular até R$ 70 milhões pelo tão sonhado título.
Treino
Como o treino foi fechado ontem, não é possível afirmar se haverá mudança de nomes na equipe. Mas, pelo gol e pelo bom futebol apresentado na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, o atacante Hugo Cabral tem boas condições de ganhar vaga entre os titulares. Assim, a tendência é que Thalles deixe a equipe. O volante Edson também pode voltar ao meio-campo. O meia Rafael Longuine segue em tratamento, assim como lateral Mantuam e o volante André Castro.
"O tempo é curto para se falar em mudar alguma coisa, mas certamente uma saída de bola mais rápida e mais curta já pode ser feita. Acho que nosso time tem feito muita ligação direta do goleiro para buscar os atacantes. Vamos tentar ajustar isso", relata Jorginho.
A Aparecidense, também chamada de Cidinha por seus torcedores, vem de vitória, de virada, por 2 a 1, na última sexta-feira, sobre o Novo Horizonte, pelo Campeonato Goiano. Com duas vitórias e dois empates em seis partidas, o time, que trocou de comando na semana passada — Edson Junior assumiu — ocupa a sétima posição na tabela de classificação.
No ano passado, o time foi vice-campeão estadual. Por isso, garantiu vaga na Copa do Brasil. O zagueiro Domingos, que passou com destaque pelo Guarani e Santos, pediu a rescisão de contrato e não encara a Macaca.
FICHA TÉCNICA
APARECIDENSE
Pedro Henrique; Rafael Cruz, Robson, Felipe Costa e William; Tiago Ulisses, Lusmar e Aleilson; Alex Henrique, Moisés e Nonato. Técnico: Edson Junior
PONTE PRETA
Ivan; Arnaldo, Renan Fonseca, Reginaldo e Diego Renan; Edson, Igor Henrique, Matheus Oliveira e Matheus Vargas; Gerson Magrão e Thalles (Hugo Cabral). Técnico: Jorginho.
Local: Estádio Anibal Batista de Toledo, em Aparecida de Goiânia-GO. Horário: 19h15 (SporTV). Juiz: Leo Simão Holanda (CE)
Treinador dá a sua versão sobre a polêmica de 2013
Cinco anos depois da histórica campanha que levou a Ponte Preta até a final da Copa Sul-Americana — perdeu para o Lanús, da Argentina —, o técnico Jorginho finalmente falou sobre acontecimentos até agora relatados apenas pelo presidente de honra Sergio Carnielli. Em entrevista, o ex-dirigente culpou o treinador pelo rebaixamento para a Série B em 2013 e pela perda de milhões de cota de televisão.
Na ocasião, Carnielli disse que chegou a pedir para que a Ponte deixasse a Sul-Americana em segundo plano. Jorginho falou sobre o assunto ontem durante a entrevista coletiva de apresentação. "Não foi uma decisão só minha. Houve consenso da comissão técnica com a diretoria", disse, afirmando que teve respaldo do então presidente Márcio Della Volpe.
O treinador destacou que só contrariou um pedido para que se poupasse jogadores na partida com o Velez Sarsfield, na Argentina, em que a Macaca acabou vencendo por 2 a 0. "Quero deixar claro que tenho o maior respeito pelo presidente de honra Sergio Carnielli e também dizer que isso já passou. Mas, naquela vez, ele me pediu para por o time reserva em campo. Eu achei que não deveria porque havia a chance real de conseguirmos o tão sonhado título da Ponte Preta", comentou.
Jorginho garante que aceitou o novo convite da Ponte por um desafio pessoal. "Algumas vezes, meu nome tinha sido citado, inclusive, no ano passado quando conversamos e não chegamos a um acordo. Agora, acho que era a hora certa para que eu viesse. Estou aqui, muito feliz, mais experiente e com vontade de vencer. Espero que as coisas boas aconteçam para todos nós", disse.
Em sua primeira passagem, Jorginho comandou a Ponte em 32 jogos, conquistando oito vitórias, 11 empates e sofrendo 13 derrotas. Saiu com 36,5% de aproveitamento. Mesmo assim, seu nome foi aprovado por 71% dos torcedores que participaram de uma enquete nas redes sociais.
"Era uma situação bastante delicada no Brasileiro. Quando cheguei (para o lugar de Paulo Cesar Carpegiani em agosto de 2013), a situação já era bastante delicada em relação ao rebaixamento. Não houve prioridade de uma ou outra competição. Realmente, era algo que não teve como reverter", avalia, lembrando que assumiu a Ponte em 18º lugar.
Agora, a diretoria trabalha para definir o novo diretor de futebol. Entre alguns oferecidos ao clube, estão Vanderlei Luxemburgo e até Dunga.

Escrito por:

Paulo Santana