Elam
Império Elamita Elam | ||||
Império | ||||
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Extensão do Elam | ||||
Continente | Ásia | |||
Capital | Susa | |||
Governo | Monarquia | |||
Período histórico | Antiguidade | |||
• 2 700 a.C. | Derrota dos Cassitas e Hurritas | |||
• 539 a.C. | Conquista do Segundo Império Babilônico |
Elam ou Elão (em persa: ایلام), por vezes referida como Susiana, foi uma civilização da Antiguidade localizada no território que corresponde ao atual sudoeste do Irã, estendendo-se desde as terras baixas do Cuzestão à província de Ilam, bem como uma pequena parte do sul do Iraque.
Situado a leste da Mesopotâmia, o Elam fez parte da urbanização arcaica ocorrida durante o Calcolítico. O surgimento de registros históricos por volta de 3 000 a.C. se deu de maneira paralela ao processo na história mesopotâmica. No antigo período elamita (Média Idade do Bronze), o Elam consistia de reinos que ocupavam o Planalto Iraniano, centrados em Ansam, e, a partir do segundo milênio a.C., em Susa, nas terras baixas do Cuzestão. Sua cultura teve um papel crucial no Império Aquemênida, especialmente durante a dinastia aquemênida que o sucedeu, quando a língua elamita permaneceu entre as que eram utilizadas oficialmente.
O elamita não tem afinidades estabelecidas com qualquer outro idioma, e parece ser uma língua isolada, como o sumério; alguns pesquisadores, no entanto, propuseram a existência de um grupo maior, conhecido como elamo-dravídico. Linguistas como Václav Blažek e Georgiy Starostin criticaram a hipótese do elamo-dravídico, concluindo que o elamita teria relações com as línguas afro-asiáticas; tais teorias, no entanto, sofreram duras críticas.
O Elam foi uma das primeiras civilizações de que se tem registro no extremo oeste e sudoeste do que é hoje o Irã. Existiu de c. 2 700 a.C. até 539 a.C., em seguida ao chamado Período Proto-Elamita, o qual teve início em c. 3 200 a.C., quando Susa, que viria a ser a capital dos elamitas, começou a ser influenciada por culturas do Planalto Iraniano.
Os elamitas foram rivais dos sumérios e dos acádios, e, posteriormente, dos babilônios, na disputa pela hegemonia no Oriente Próximo, até que finalmente foram dominados definitivamente por Nabucodonosor II da Babilônia, no século VII a.C. Quando a Babilônia caiu ante os persas de Ciro, o Grande, os elamitas foram gradualmente absorvidos por outras populações iranianas e semitas.
Religião[editar | editar código-fonte]
Em termos religiosos, os Elamitas praticavam politeísmo e a religião matriarcal. Uma das mais importantes figuras do panteão foi a deusa Kiririsha, um nome com cognatos encontrado em outros sistemas de crença de povos desta região. "O fato de que a precedência foi dada a uma deusa, a qual estava acima dos demais deuses do panteão elamitas, indica que os devotos elamitas seguiam o matriarcado nesta religião... No terceiro milênio, estas deusas exibiam um indiscutível poder à frente do panteão elamita" [1]. Segundo o The Cambrigde ancient history: "a predominância de uma deusa é provavelmente um reflexo da prática do matriarcado que sempre caracterizou a civlização elamita em maior ou menor grau" [2]. "O Elam é a primeira cultura desenvolvida do Irã e, ao lado da Suméria, é considerada a mais desenvolvida sociedade da história antiga" [1].
Segundo a Bíblia[editar | editar código-fonte]
Segundo relatos bíblicos (Gênesis 10), Elam seria filho de Sem, neto de Noé. Portanto, seu descendentes seriam contados entre as nações semitas. Além disso, em Atos 2.9, a Bíblia destaca que havia elamitas presentes na descida do Espírito Santo no Dia de Pentecostes.