Michel Temer

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa
Michel Temer
37Presidente do Brasil
Período 31 de agosto de 2016
a 1º de janeiro de 2019[nota 1]
Antecessor Dilma Rousseff
Sucessor Jair Bolsonaro
24Vice-presidente do Brasil
Período 1º de janeiro de 2011
a 31 de agosto de 2016
Presidente Dilma Rousseff
Antecessor José Alencar
Sucessor Hamilton Mourão
43.º e 50.º Presidente da Câmara dos Deputados
Período 2 de fevereiro de 2009
a 17 de dezembro de 2010
Antecessor Arlindo Chinaglia
Sucessor Marco Maia
Período 5 de fevereiro de 1997
a 14 de fevereiro de 2001
Antecessor Luís Eduardo Magalhães
Sucessor Aécio Neves
Deputado federal por São Paulo
Período 6 de abril de 1994
a 1º de janeiro de 2011
Período 16 de março de 1987
a 1º de fevereiro de 1991
9.º e 13.º Procurador-geral de São Paulo
Período 6 de abril de 1991
a 8 de outubro de 1992
Governador Luiz Antônio Fleury Filho
Antecessor Sérgio João França
Sucessor Dirceu José Vieira Chrysostomo
Período 16 de março de 1983
a 31 de janeiro de 1984
Governador Franco Montoro
Antecessor Laércio Francisco dos Santos
Sucessor Norma Jorge Kyriakos
Dados pessoais
Nome completo Michel Miguel Elias Temer Lulia
Nascimento 23 de setembro de 1940 (79 anos)
Tietê, São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Marchi Barbar Lulia
Pai: Nakhoul "Miguel" Elias Temer Lulia
Alma mater Universidade de São Paulo
esposa Marcela Temer (2003–atualidade)
Neusa Popinigis
Maria de Toledo
Filhos
  • Luciana
  • Maristela
  • Clarissa
  • Eduardo
  • Michelzinho
Partido MDB (1981–atualidade)
Religião católico romano[1]
Profissão
Assinatura Assinatura de Michel Temer
Website Michel Temer

Michel Miguel Elias Temer Lulia GCCGOIH (Tietê, 23 de setembro de 1940) é um político, advogado e escritor brasileiro, que serviu como Presidente do Brasil de agosto de 2016, empossado após o impeachment da titular, Dilma Rousseff, a janeiro de 2019. Desde 1985, é o terceiro vice-presidente membro de seu partido, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que chegou à Presidência da República sem ser eleito diretamente para o cargo.[2] Anteriormente, exerceu também os cargos de presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal, secretário da Segurança Pública e procurador-geral do estado de São Paulo.

Filho de imigrantes libaneses que chegaram ao Brasil na década de 1920, Temer nasceu e foi criado no interior paulista. Em 1963, graduou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde atuou ativamente na política estudantil. Ao longo da década de 1960, trabalhou como advogado trabalhista, como oficial de gabinete de José Carlos de Ataliba Nogueira e num escritório de advocacia. Também lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Faculdade de Direito de Itu (FADITU). Em 1974, concluiu um doutorado em direito público na PUC-SP.

Em 1970, Temer começou a trabalhar como procurador do Estado de São Paulo. Em 1978, tornou-se procurador-chefe da Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo. No mesmo período em que era servidor público, trabalhou em escritórios de advocacia. Em 1981, filiou-se ao MDB. Em 1983, foi nomeado pelo governador Franco Montoro para a Procuradoria-Geral do Estado, permanecendo neste cargo até 1984, quando assumiu a secretaria de Segurança Pública. Em 1986, candidatou-se a deputado federal constituinte, mas obteve a suplência. Temer acabou tornando-se deputado no decorrer da Assembleia Nacional Constituinte. Em 1990, concorreu a deputado federal, mas novamente atingiu a suplência, assumindo o cargo posteriormente em 1994. Voltou a comandar a Procuradoria-Geral do Estado durante o governo de Fleury Filho, e, poucos dias após o Massacre do Carandiru, foi nomeado secretário de Segurança Pública.

Em 1995, Temer foi escolhido para liderar o MDB na Câmara. Contando com o apoio do governo Fernando Henrique, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados duas vezes. Em 2001, foi eleito Presidente Nacional do partido. No segundo mandato de Lula, conseguiu, com êxito, tornar seu partido parte da base governista, o que não havia conseguido no primeiro mandato do petista. Em 2009, com o apoio do governo, foi eleito para a presidência da Câmara. Na disputa presidencial de 2010, apesar de não ser o nome preferido dos governistas, conseguiu ser escolhido para candidato a vice de Dilma Rousseff. Com a vitória de ambos, foi empossado Vice-Presidente da República em janeiro de 2011. No primeiro mandato, foi considerado por si próprio e pelo partido como um "vice decorativo." No segundo, ganhou mais poder ao comandar a articulação política. Após desentendimentos públicos com a Presidente, Temer articulou pessoalmente o apoio ao afastamento de Dilma. Com o impeachment da presidente em 31 de agosto de 2016, assumiu, definitivamente, as atribuições presidenciais.

Início de vida e educação

Michel Temer nasceu em 23 de setembro de 1940 em Tietê, interior do estado de São Paulo, e foi criado em um ambiente rural.[3][4] Filho de Nakhoul "Miguel" Elias Temer Lulia e Marchi Barbar Lulia, é o mais jovem de oito irmãos.[5] Embora originários de um vilarejo de religião predominante greco-ortodoxa, a família Temer professava o credo maronita em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana.[6][7]

Seus pais e três irmãos mais velhos deixaram Betabura (Btaaboura), distrito de Koura, no norte do Grande Líbano, em 1925, e mudaram-se para o Brasil para fugirem dos problemas do pós-Primeira Guerra Mundial.[3][8][9] No novo país, seu pai comprou uma chácara em Tietê e instalou uma máquina de beneficiamento de arroz e café, que rapidamente possibilitou a ascensão econômica da família.[3][10][11] Os costumes da região originária de sua família sempre estiveram presentes em sua vida. Temer não domina a língua árabe, mas consegue compreender o assunto de uma conversa nesse idioma. No decorrer de sua vida, visitou duas vezes a cidade natal de seus pais; a principal rua de Btaaboura chama-se "Michel Tamer (sic), vice-presidente do Brasil".[12][13][14]

Durante a infância, Temer sonhava em ser pianista, o que não pôde ser possível por não haver professores em sua cidade.[15] Na adolescência, desejava ser escritor.[16] Depois de ficar em recuperação nas disciplinas de química e física em seu primeiro ano de colegial, desistiu do "curso científico", que priorizava ciências exatas e biológicas. Em 1957, mudou-se para a cidade de São Paulo para concluir o colegial do "estilo clássico", formado principalmente por disciplinas das áreas de humanas e letras.[3]

Em 1959, seguindo os passos de quatro irmãos mais velhos, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.[3][5] Em seu ano de calouro, envolveu-se com a política estudantil ao tornar-se o segundo-tesoureiro do Centro Acadêmico (CA) XI de Agosto. No ano de 1962, concorreu à presidência do CA, mas foi derrotado por uma diferença de 82 votos.[3] Um ano depois, graduou-se em direito pela USP.[17] Temer manteve-se neutro diante do golpe de 1964, e, com o início da ditadura, afastou-se do movimento estudantil.[3][16] Mais tarde, em relação ao seus anos como estudante na USP, declarou: "Confesso que durante a faculdade fiz muita política universitária, então embora estudasse, sobrava pouco tempo para estudar para não ser reprovado."[3]

Em 1974, concluiu doutorado em direito público na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).[18] Nesta especialização, foi orientado pelo professor de direito administrativo Celso Antônio Bandeira de Mello e sua tese virou seu primeiro livro: Território Federal nas Constituições Brasileiras, publicado pela Revista dos Tribunais.[16]

Carreira acadêmica

Michel Temer discursando.

Em 1968, Temer passou a ministrar aulas de direito constitucional na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde deu aulas de direito civil e foi diretor do departamento de pós-graduação[5][19][20] Temer também foi diretor do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional e membro do Instituto Ibero-Americano de Direito Constitucional.[21]

Em agosto de 1969, Temer começou a trabalhar na Faculdade de Direito de Itu (FADITU) como assistente do professor Geraldo Ataliba. Pouco tempo depois, assumiu como titular da cadeira de direito constitucional. Temer também foi vice-diretor (entre 1975 e 1977) e diretor (entre 1977 e 1980) na FADITU. Ele trabalhou neste educandário até 1984.[22][23]

Como professor, Temer costumava afirmar nos primeiros dias de aula que todos os seus alunos estavam aprovados: "Sou pago pra dar aulas e vocês pagam para que eu dê aulas, então quem tem que exigir minha presença são vocês. Se vocês não vierem à aula eu saio mais cedo e vou para o meu escritório trabalhar. Não passo lista de frequência e vocês estão todos aprovados desde já. Quem vai reprovar é a vida", dizia.[20][24]

Publicações

Temer publicou quatro obras principais e relacionadas as áreas jurídica e política. A mais famosa delas, Elementos de Direito Constitucional, foi publicado em 1982 e vendeu mais de 240 mil cópias.[20] O livro, de linguagem simples e que encontra-se em sua 24.ª edição, foca na organização do Estado brasileiro, priorizando explicações sobre o funcionamento dos três poderes constituídos. A obra divide opiniões: enquanto alguns elogiaram sua escrita clara sem muito "juridiquês", outros a consideraram muito superficial.[25] Outra obra importante é Território Federal nas Constituições Brasileiras, lançada em 1976. A obra constitui-se na melhor tese sobre a figura e o regime jurídico do território federal no Brasil, desde suas origens no início do século XX com a questão do Acre.[26]

Em 1994, Temer publicou o livro Constituição e Política, que aborda direito público e constitucional.[27] Seu livro Democracia e Cidadania, publicado em 2006, ressaltou a relevância do direito e incluiu alguns de seus discursos como deputado federal.[18] Em suas obras, mostrou-se simpatizante do parlamentarismo, defensor da Constituição, favorável ao recall, diminuição da carga tributária, contrário ao intervencionismo na economia e no Poder Judiciário, e a uma reforma do sistema fiscal.[25]

Por sua obra jurídica, Temer é um dos constitucionalistas mais citados pelo Supremo Tribunal Federal nos julgamentos em sede de controle de constitucionalidade entre os anos 1988 a 2012, conforme estudo divulgado nos sites Conjur[28] e Migalhas.[29]

Entretanto, considerou-se um escritor realizado apenas em 2013, quando publicou Anônima Intimidade, um livro de poemas e ficção.[30] Os mais de 120 poemas que compõem esta obra foram escritos em guardanapos durante suas viagens aéreas entre São Paulo e Brasília. Para Temer, escrever poemas o ajudava a recuperar-se da "arena árida da política legislativa".[25][31][32]

Carreira jurídica

Michel Temer, em data não identificada.

Após sua formatura na Universidade de São Paulo em 1963, Temer começou a trabalhar como advogado trabalhista para um sindicato de vendedores viajantes de São Paulo.[16][33][34] Simultaneamente, trabalhou como oficial de gabinete de José Carlos de Ataliba Nogueira, seu antigo professor da USP e então Secretário da Educação de Ademar de Barros.[16][19] Juntamente com os advogados Paulo de Barros Carvalho, Celso Ribeiro Bastos e José Eduardo Bandeira de Mello, Temer abriu um escritório no centro de São Paulo. Como eram advogados iniciantes, não tinham muitos clientes. Em 1969, quando os quatro foram aprovados em concursos públicos, eles fecharam o escritório.[16]

Ao tornar-se assistente de Geraldo Ataliba na disciplina de direito constitucional na PUC-SP, começou a interessar-se por direito público e na ideia de prestar um concurso. Temer passou no concurso para o cargo de procurador do Estado de São Paulo, tomando posse em 1970 e sendo designado para a Procuradoria Administrativa, no subsetor Mandado de Segurança.[16][18] Em 1978, tornou-se procurador-chefe da Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo.[35]

Durante o período em que era servidor público, advogou no escritório de seu irmão Fued Temer. Novamente com Celso Bastos, Temer abriu um novo escritório, que dessa vez também contava com a participação de Celso Antônio Bandeira de Mello e Geraldo Ataliba; depois de algum tempo, Bastos foi substituído por Adilson Abreu Dallari, assistente acadêmico de Bandeira de Mello. Em 1977, eles fixaram o escritório na esquina da Avenida Paulista com a Alameda Casa Branca. No começo, embora não tivessem formalizado uma sociedade, eles dividiam o trabalho, as despesas e os lucros. Com o passar do tempo, decidiram que cada um cuidaria dos seus casos, mas mantiveram a repartição dos gastos. Temer trabalhava nas áreas cível, empresarial e trabalhista. Ele permaneceu neste escritório até meados dos anos 1980.[16]

Carreira política

NoFonti.svg
Esta biografia de uma pessoa viva cita referências, mas que não cobrem todo o conteúdo. Ajude a inserir fontes confiáveis e independentes. Material controverso que esteja sem fontes deve ser imediatamente removido, especialmente se for de natureza difamatória.—Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico)

Em 1981, filiou-se ao recém-fundado Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).[36] Em 1983, o governador paulista André Franco Montoro, também do PMDB, o indicou para a Procuradoria-Geral do Estado, um cargo em que era responsável pela chefia de cerca de mil procuradores.[37][38][39][40] Como procurador, deu fim aos recursos repetitivos da administração pública, intermediou acordos de fazendeiros e sem-terra e começou a elaboração da Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado.[16]

Temer foi procurador até 1984, quando foi nomeado por Montoro como secretário da Segurança Pública.[41][42] No comando desta pasta, criou a primeira Delegacia da Mulher do Brasil em 1985,[43] incentivou os sistemas privados de segurança como forma de ajuda ao Estado, declarou-se favorável ao aumento do efetivo da Polícia Militar assim como à legalização do jogo do bicho, e foi o autor de uma bem-sucedida legislação que estabeleceu aposentadoria compulsória para delegados após trinta anos de serviço público, dos quais 25 deveriam ter sido dedicados ao serviço policial.[16][19][44] O objetivo desta lei era reestruturar a polícia e afastar funcionários antigos.[16]

Em sua gestão na secretaria, a quantidade de flagrantes contra bicheiros diminuiu. Em 1994, o chefe de Polícia durante seu mandato, Álvaro Luz, declarou à CPI do Bicho da Assembleia Legislativa que foi orientado a reprimir apenas os bicheiros que atuassem de modo "ostensivo." O deputado peemedebista Del Bosco Amaral apresentou judicialmente uma denúncia contra Temer, alegando que ele "teve apoio dos piores setores policiais, inclusive daqueles ligados ao jogo do bicho" e "não agiu com rigor contra a contravenção". Em 1986, a ação chegou ao Supremo Tribunal Federal e foi arquivada em 2006, sem que o Judiciário demonstrasse algum fundamento na acusação.[45]

Deputado federal constituinte e governo Fleury

Cartaz da campanha de Temer a deputado federal em 1986.

Em meados do ano de 1986, saiu da secretaria de Segurança Pública para ser candidato pelo PMDB a deputado federal constituinte. Nas eleições gerais de novembro daquele ano, recebeu 43 mil votos e ficou como suplente.[39] Em 16 de março de 1987, Temer assumiu o mandato de deputado no lugar de Antônio Tidei de Lima, que licenciou-se para assumir a Secretaria de Agricultura de São Paulo.[18] Na Assembleia Nacional Constituinte de 1987, fez parte como titular da Subcomissão do Poder Judiciário e do Ministério Público,[46] da Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo, e da Comissão de Redação.[47][48]

Entre os temas debatidos na Constituinte, posicionou-se contra a pena de morte, a estabilidade no emprego, a desapropriação de propriedade produtiva, a estatização do sistema financeiro, a jornada semanal de quarenta horas, o voto aos 16 anos, a reforma agrária e o monopólio na distribuição do petróleo. Ele defendeu a legalização do aborto, o presidencialismo, a aposentadoria proporcional, o direito de greve, e o mandato de cinco anos para o presidente José Sarney.[18] No livro Quem foi quem na Constituinte, publicado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) para medir os votos dos congressistas nas questões em que o órgão considerava como de interesse dos trabalhadores, Temer recebeu uma nota média de 2,25 (o máximo era dez).[49]

Na Constituinte Temer também desempenhou o papel de representante dos advogados e procuradores. Nesta posição, conseguiu a aprovação do artigo 133, que dispôs que "o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei." Quanto aos procuradores, atuou para separar os afazeres da Procuradoria-Geral da República, que era incumbida de defender o Poder Executivo Federal e dar pareceres. Com as alterações, a Advocacia-Geral da União ficou responsável pela defesa do Executivo, enquanto a PGR por dar pareceres.[16]

Em 1987, Temer quase deixou o PMDB para ser fundador do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[15] Ele tinha proximidade com fundadores do PSDB, como José Serra, FHC e Mário Covas. No entanto, decidiu permanecer no PMDB após um conselho de Montoro, que o disse: "No PSDB, a fila vai ser grande para você."[15][50]

Nas eleições de 1990, candidatou-se à reeleição e recebeu 32 mil votos, obtendo novamente a suplência. Em abril de 1991, foi reconduzido ao cargo de Procurador-Geral do Estado pelo governador Fleury Filho. Em 8 de outubro de 1992, seis dias após o Massacre do Carandiru, foi nomeado por Fleury para comandar a secretaria de Segurança Pública.[16] Temer esquivou-se quando perguntado acerca de sua avaliação do desempenho de seu antecessor no cargo, Pedro Franco de Campos, frente a matança. Ele disse que, como não tinha acompanhado os episódios na hora em que eles ocorreram, era "muito difícil avaliar a situação".[51] Sua segunda gestão na secretaria foi voltada a acalmar os ânimos na Polícia Militar, que estava sendo criticada pelo massacre.[16][52] Entre as medidas tomadas, obrigou os policiais envolvidos em confrontos resultantes em mortes a passar por tratamento psiquiátrico e impôs a realização do exame residuográfico nas mãos de criminosos mortos. No final de 1993, assumiu a secretaria de Governo, e, em 5 de abril de 1994, deixou a secretaria de Segurança Pública. Em 6 de abril de 1994, Temer voltou a ser deputado federal.[18]

Deputado federal (1995 a 2010)

Mandato de 1995 a 1997

Deputado Michel Temer.

Embora tenha sido cotado para ser o candidato peemedebista ao governo de São Paulo na eleição de 1994, não recebeu o apoio de Fleury. Neste contexto, Barros Munhoz foi o candidato a governador, e Temer elegeu-se deputado federal com 70,9 mil votos — vindos principalmente da Grande São Paulo e de Tietê.[53] No segundo turno ao governo paulista, apoiou Mário Covas.[54] Com a vitória de Fernando Henrique Cardoso para presidente, foi indicado por integrantes da bancada do PMDB para o Ministério da Justiça, mas não contou com o apoio de Fleury. O PMDB optou por apoiar FHC, mas algumas alas eram contrárias a esta posição; Temer, ligado a Orestes Quércia, defendeu a independência.

Temer assumiu seu primeiro mandato como deputado federal eleito em 1.º de fevereiro de 1995. Indicado pela ala quercista, foi escolhido líder do PMDB na Câmara dos Deputados.[55] Em março de 1995, afirmou que, levando em conta a proporcionalidade, seu partido deveria possuir mais cargos no governo FHC. Um mês depois, sugeriu que o PMDB rompesse com o governo se as reivindicações regionais de seus congressistas não fossem ouvidas. Ao longo daquele ano, Temer afastou-se de Quércia e acompanhou a posição governista nas votações de emendas constitucionais. Desta forma, votou favoravelmente a quebra do monopólio estatal das telecomunicações, do término do monopólio da Petrobras na exploração de petróleo, e ao fim do monopólio dos estados na distribuição de gás canalizado.

Em março de 1996, foi indicado pelo governo para a relatoria da reforma da previdência, substituindo o deputado Euler Ribeiro, cuja proposta havia sido derrotada por um grupo de dissidentes peemedebistas que defendia a manutenção da aposentadoria por tempo de serviço, enquanto Ribeiro sugeriu a aposentadoria por tempo de contribuição. Temer usou como base de seu relatório o projeto criado pelo Ministério da Previdência e as emendas propostas. Devido a diversas irregularidades constatadas em seu processo de aposentadoria como procurador, partidos oposicionistas solicitaram seu afastamento por o considerarem eticamente impossibilitado, mas Temer permaneceu na função. A proposta acabou sendo aprovada em primeiro turno no final de março de 1996. Entretanto, nos meses seguintes, o governo sofreu alguns reveses, como o fim da necessidade de idade mínima para aposentadoria e a igualdade de vencimentos entre servidores ativos e inativos. Em junho daquele ano, votou favoravelmente à criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), encaminhada pelo governo FHC.

Presidente da Câmara dos Deputados (1997 a 2001)

Em setembro de 1996, lançou-se candidato à presidência da Câmara dos Deputados. Temer contava com o apoio do governo, o qual esperava em troca o apoio do PMDB à emenda que autorizava uma reeleição consecutiva para o Executivo, a qual Temer votou a favor em 28 de janeiro de 1997. Na disputa pelo comando da Câmara, o PMDB possuía outros dois pretendentes ao cargo: Paes de Andrade e Luís Carlos Santos, que acabaram retirando suas candidaturas. Em 5 de fevereiro, Temer foi eleito presidente da Câmara com 257 votos, derrotando Wilson Campos (PSDB-PE), que foi a escolha de 119 deputados, e Prisco Viana (PPB-BA), o qual recebeu 111 votos.[56][57] Com isso, efetivou-se a aliança do PFL com o PMDB, a qual previa a rotatividade dos dois partidos na presidência da Câmara; em 1995, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) havia sido eleito. Sua vitória garantiu a FHC uma significativa influência na Câmara. Além de aliado do governo, na época Temer era um dos maiores defensores dos interesses do presidente.[58]

Antônio Carlos Magalhães, Élcio Alvares, Temer e FHC durante encontro no Congresso Nacional.

Temer começou seu mandato triplicando a verba de despesas dos gabinetes e permitindo que os parlamentares aumentassem os honorários de seus assessores.[59] Com isso, cumpriu uma promessa de campanha, voltada principalmente aos deputados de menor relevo. Ele manteve seu estilo de negociador e esforçou-se em encaminhar projetos que interessavam o governo, como as reformas administrativas e da previdência. Por outro lado, continuou debatendo com os oposicionistas.

Em junho de 1997, Temer foi considerado por uma pesquisa do DIAP o quarto parlamentar mais influente do Congresso Nacional. Na mesma época, insatisfeito com as críticas do presidente Fernando Henrique Cardoso em relação ao seu desempenho na Câmara, apoiou o movimento suprapartidário "Reage Câmara", que tinha o propósito de tornar a Câmara dos Deputados mais independente do Poder Executivo, além de criar uma agenda com assuntos que interessassem o país.

Em agosto de 1998, usou sua influência política para conseguir a liberação de verbas para os esforços de recuperação dos estragos causados pelo El Niño em três de suas bases eleitorais: Tietê, Cerquilho e Duartina. Naquele mês, ocupou interinamente durante quatro dias a presidência após FHC e Marco Maciel viajarem. Temer voltou a ser presidente interino em junho de 1999.[60]

Michel Temer.

Em outubro, reelegeu-se deputado federal com 206,1 mil votos, a maior votação do PMDB ao cargo de deputado federal em todo o país.[61] Ao iniciar o novo mandato, em fevereiro de 1999, foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados. Como candidato único, Temer recebeu 422 de 513 votos possíveis.[62] Em 2001, ele também foi o presidente da Comissão de Finanças e Tributação.[63]

Em 1999, Temer rejeitou vários pedidos de abertura de processo de impeachment contra FHC.[64][65] Um desses pedidos baseava-se em uma escuta telefônica em que o presidente autorizava André Lara a pressionar o fundo de pensões do Banco do Brasil a participar em um dos consórcios do leilão de privatização da Telebrás.[66][67] No mesmo período, defendeu a preservação da Justiça do Trabalho ao rejeitar a proposta do relator da reforma do Judiciário, o então deputado Aloysio Nunes, que defendia o seu término.[68]

Durante as discussões sobre a reforma política em 2000, Temer defendeu o financiamento público de campanhas. Ele alegou que se trata de um dispositivo que proporciona a igualdade de oportunidades.[18] Para sua sucessão à presidência da Câmara dos Deputados em 2001, apoiou o deputado tucano Aécio Neves, que acabou sendo eleito.[18]

Os seus dois mandatos consecutivos como presidente da Câmara também foram marcados por conflitos públicos que teve com o senador ACM, presidente do Senado à época. Temer acusou ACM de intrometer-se em assuntos da Câmara, enquanto o senador classificou a gestão de Temer como "desastrosa". Os congressistas chegaram a trocar algumas ofensas. A mais famosa delas, em que ACM classifica Temer de "O mordomo de filme de terror", continuou sendo lembrada décadas depois.[69][70][71]

Mandato de 2001 a 2009

No primeiro semestre de 2001, lançou sua pré-candidatura ao governo do estado de São Paulo para as eleições de 2002. Na Convenção Estadual do PMDB em maio de 2001, o grupo que liderava, mais próximo a FHC, disputou com o grupo de Orestes Quércia, de oposição ao governo federal. Temer e seus aliados foram derrotados por 43% a 55%. Depois disso, o governador fluminense Anthony Garotinho convidou o grupo de Temer a filiar-se no Partido Socialista Brasileiro (PSB). Pela estratégia arquitetada, Temer apoiaria Garotinho para presidente e seria o candidato do PSB ao Executivo paulista. Temer e seus aliados também receberam convites para entrarem no PPS e no PTB. Porém, eles prefeririam permanecer no PMDB. Em 9 de setembro do mesmo ano, Temer foi eleito presidente Nacional do PMDB com quase 60% dos votos, derrotando o senador goiano Maguito Vilela, o representante da ala do partido que apoiava a candidatura de Itamar Franco à presidência.

Temer em dezembro de 2004.

Em outubro de 2002, foi reeleito deputado com 252 mil votos. Na disputa presidencial, apoiou José Serra. Temer chegou a ser cogitado para ser o vice de Serra. O empecilho era de que Temer e Serra são paulistas e o PSDB queria um vice nordestino, como o peemedebista Jarbas Vasconcellos. Contudo, Jarbas preferiu candidatar-se a governador, abrindo a vaga a Rita Camata.[15]

Com a vitória de Lula (PT), Temer começou as negociações antes mesmo da posse para que seu partido fizesse parte do novo governo. No entanto, as negociações feitas entre Temer e José Dirceu foram vetadas por Lula, que mantinha antipatia por Temer. O recém-eleito presidente preferiu manter uma união informal com o grupo ligado a Sarney e Renan Calheiros.[72] Em maio de 2003, o PMDB passou a fazer parte oficialmente da base de apoio do presidente Lula.

De 2003 até 2007, integrou a comissão Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a mais poderosa da Câmara. Em março de 2004, reelegeu-se presidente do PMDB para mais um mandato de dois anos. Naquele momento, defendeu que o PMDB tivesse candidatos próprios às prefeituras nas eleições municipais de 2004, bem como aos governos estaduais e à presidência nas eleições de 2006. Na eleição municipal de São Paulo em 2004, foi o candidato a vice-prefeito de Luiza Erundina (PSB).[73] Eles receberam 244 mil votos (3,96%) e ficaram na quarta colocação.[74] No segundo turno, permitiu que os diretórios zonais peemedebistas apoiassem a candidatura de José Serra, que foi eleito.

Em setembro de 2005, com a renúncia de Severino Cavalcanti, então presidente da Câmara dos Deputados, Temer tentou articular para novamente presidir a Casa. Entretanto, ele enfrentou resistência em setores de seu próprio partido, como o senador Renan Calheiros, e do governo federal petista.[5] Neste cenário, ele renunciou à candidatura e pediu que sua bancada votasse no oposicionista José Thomaz Nonô, que foi derrotado pelo governista Aldo Rebelo por quinze votos.[75]

Temer e Luiz Henrique da Silveira em 2007.

No primeiro semestre de 2006, foi um dos maiores apoiadores da candidatura própria do PMDB à presidência da República nas eleições daquele ano. Contudo, em maio, em uma convenção extraordinária, os peemedebistas escolheram o oposto. Desta forma, a candidatura do governador Anthony Garotinho, o terceiro colocado nas pesquisas, ficou inviabilizada. Em julho de 2006, Temer declarou apoio ao governador paulista Geraldo Alckmin e empenhou-se em sua campanha. Quando Lula foi reeleito, aderiu e negociou a participação do PMDB no segundo governo do presidente. Na mesma eleição, foi reeleito para o seu quarto mandato consecutivo com 99 mil votos, a menor votação de seu partido em São Paulo.[76]

Em fevereiro de 2007, apoiou a candidatura de Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara. Para isso, impôs que Chignalia e o PT o apoiassem para a presidência da Câmara em 2009. Com o acordo feito, Chignalia foi eleito até com o apoio de uma parte do PSDB.[15]

Em março de 2007, em uma convenção boicotada por José Sarney e Renan Calheiros, Temer foi reeleito para a presidência do PMDB com 80% dos votos. Na época, prometeu possibilitar a candidatura própria de seu partido à presidência da República em 2010.

Quando Renan Calheiros envolveu-se em um escândalo de corrupção que ficou conhecido como Renangate, em junho de 2007, Temer prometeu que não o abandonaria. No final, Renan escapou da cassação de seu mandato de senador, em uma votação que o PMDB garantiu os votos necessários para absolvê-lo. Ainda naquele ano, após uma reunião com Lula, o PMDB passou a integrar oficialmente o governo. Com isso, o partido ganhou mais dois ministérios e dezenas de cargos diretivos em estatais.[5]

Presidente da Câmara dos Deputados (2009 a 2010)

Temer após ser eleito presidente da Câmara dos Deputados pela terceira vez, em 2 de fevereiro de 2009.

Em 2 de fevereiro de 2009, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados pela terceira vez. Contando com o apoio de quinze partidos, que iam do PSDB ao PT, recebeu 304 votos, contra 129 de Ciro Nogueira (PP-PI) e 76 de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Com o apoio de Lula, Temer era visto como o candidato favorito desde o início do processo eleitoral.[77]

Em seu terceiro mandato, impediu que as medidas provisórias editadas pelo Executivo trancassem a pauta. Para tanto, proporcionou uma nova interpretação constitucional: uma MP somente trava a votação de matérias que podem ser objeto de medida provisória. Consequentemente, votações como PECs e projetos de lei complementar não poderiam ser barradas.[78][79]

Em abril de 2009, em meio ao escândalo das passagens aéreas, foi revelado que em janeiro de 2008 Temer viajou com familiares e amigos para Porto Seguro, na Bahia, com os voos sendo custeados por sua cota parlamentar (dinheiro público). Sua assessoria reconheceu o uso para familiares, mas alegou que na época ele agiu conforme as regras da Câmara dos Deputados.[80][81] Este escândalo levou Temer a proibir viagens internacionais e a limitar o uso do benefício a parlamentares e seus assessores.[82]

Em outubro de 2009, Temer foi indicado pelo DIAP como o parlamentar mais influente do Congresso Nacional. Este ranking foi feito com base na opinião dos "100 Cabeças do Congresso", que são congressistas escolhidos pelo DIAP com base em critérios do departamento. Dos cem congressistas, 75 votaram e Temer recebeu 51 votos, seguido por Henrique Fontana (com 28), Cândido Vaccarezza (com 23) e Ronaldo Caiado (com 22).[83]

Em dezembro de 2009, seu nome foi citado 21 vezes na Operação Castelo de Areia, que investigou supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro no Grupo Camargo Corrêa.[84] Em planilhas da empreiteira, Temer foi citado ao lado de quantias que chegaram a 345 mil dólares americanos entre 1996 a 1998. Ele defendeu-se afirmando que recebeu apenas doações legais da Camargo Corrêa, mas nenhuma de suas doações declaradas à Justiça na eleição de 1998 foi da empresa.[85][86][87]

Ainda em dezembro de 2009, foi citado como beneficiário do escândalo do Mensalão no Distrito Federal.[88] Em um dos vídeos divulgados pelo site Congresso em Foco, o empresário Alcyr Collaço afirmou ao secretário Durval Barbosa que Temer recebia 100 mil reais mensais do governador José Roberto Arruda em troca de apoio político.[89] Segundo Collaço, além de Temer, o governador Arruda também pagava propina por apoio político aos deputados peemedebistas Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Tadeu Filippelli.[90][91] Na ocasião, Temer classificou sua citação como uma "vilania sem tamanho" e "irresponsável e descabida".[92][93] Os quatro deputados também entraram com uma ação conjunta na Justiça contra Collaço por difamação e injúria.[94][95]

Vice-presidente da República

Eleição presidencial de 2010

No final de 2009, o presidente Lula defendeu que o PMDB deveria fazer uma lista tríplice de nomes para a escolha da candidatura a vice-presidente da ministra Dilma Rousseff, esperada para ser a candidata governista à presidência na eleição de 2010. Lula também defendia que era Dilma quem deveria escolher seu vice, e não o PMDB. O ministro Edison Lobão e o presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o preferido e com a confiança de Lula,[96][97] também foram cotados para serem vices na candidatura governista.[5][98] Nem Lula nem Dilma preferiam que Temer fosse o candidato; na visão deles, além de não agregar eleitores, ele era "voraz em demasia quando reivindica posições para o partido".[5] No entanto, Temer mantinha um controle total no PMDB e apenas permitia que ele próprio fosse o candidato a vice-presidente de Dilma.[97]

Lula, Dilma e Temer participam da Convenção Nacional do PT, que confirmou a chapa Dilma-Temer.

Em 6 de fevereiro de 2010, Temer foi reeleito por aclamação como Presidente Nacional do PMDB.[99] Em relação a disputa presidencial, ele defendia que era unicamente o PMDB quem deveria escolher o candidato à vice-presidência de Dilma.[100] Além disso, ao mesmo tempo em que manteve ligações com o também presidenciável José Serra (PSDB-SP), Temer trabalhou intensamente para que seu partido indicasse o vice de Dilma.[101] Em 5 de maio, durante um jantar, Dilma convidou oficialmente Temer para ser seu vice. No mesmo encontro, eles decidiram juntar esforços para construir alianças estaduais. Apesar de não ser visto com entusiasmo pelo Planalto, Temer tinha a capacidade de conseguir o maior número de forças políticas para a coligação.[102]

Em 12 de junho, Temer foi oficialmente indicado o candidato a vice da chapa de Dilma pelo PMDB, após derrotar por larga margem a ala do seu partido liderada pelo senador gaúcho Pedro Simon que defendia candidatura própria.[103]

Comemoração da vitória de Dilma e Temer, em 31 de outubro.

No período da pré-campanha, quando foi questionado como seria sua atuação como vice-presidente da República, afirmou: "Serei vice nos limites da Constituição. Quando ocupo um cargo, cumpro a tarefa Constitucional. Serei extremamente discreto, como convém a um vice."[104] Ao chamar a atenção para um potencial problema da união PT–PMDB em um futuro governo, o historiador Luiz Felipe de Alencastro disse: "Uma presidenciável desprovida de voo próprio na esfera nacional, sem nunca ter tido um voto na vida, estará coligada a um vice que maneja todas as alavancas do Congresso e da máquina partidária peemedebista."[5]

Em junho de 2010, Temer entregou para Dilma o programa de governo do PMDB, denominado de "Programa para o Brasil – Tem muito Brasil pela frente." Entre as medidas apoiadas pelo programa, estavam: a manutenção da autonomia do Banco Central, da política de metas para a inflação, do câmbio flutuante, e da responsabilidade e realismo fiscal. Além disso, defendeu a ampliação do Bolsa Família, a extensão do Prouni e a aplicabilidade da lei contra as invasões de propriedades rurais produtivas.[105][106]

Durante o primeiro turno, Temer teve uma participação discreta na campanha e não apareceu em nenhum programa eleitoral. No segundo turno, entretanto, ganhou mais espaço e estreou no programa eleitoral em 20 de outubro.[107] Em sua fala, garantiu que Dilma teria uma sólida maioria e "condições excepcionais" no Congresso para governar. De acordo com ele, se eleita, Dilma teria o apoio de 350 deputados e metade dos senadores.[108] Em 31 de outubro, Dilma e Temer foram eleitos com 55,7 milhões de votos, ou 56,05% dos votos válidos.[109] Em 17 de dezembro, renunciou ao cargo de presidente da Câmara, sendo sucedido pelo petista Marco Maia.[110][111]

Primeiro mandato

A então presidente Dilma discursa no parlatório do Palácio do Planalto, ao lado de Michel e de sua esposa, Marcela Temer, em 1º de janeiro de 2011.

Durante o período de transição, articulou a defesa dos pedidos de nomeações de seu partido a Dilma,[96] o que incluía pregar que o PMDB deveria manter seus seis ministros de Estado.[112] O PMDB acabou mantendo seu espaço na Esplanada dos Ministérios, e dois ministros ligados a Temer foram nomeados: Moreira Franco e Wagner Rossi.[113][114][115] Temer afirmou que o PMDB ficou "satisfeito" com os indicados pela presidente.[116] Em 1.º de janeiro de 2011, tornou-se o 24.º vice-presidente do país.[117]

Em fevereiro de 2011, Temer trabalhou pela recondução de Marco Maia à presidência da Câmara dos Deputados. De forma bem-sucedida, Temer procurou líderes oposicionistas para conseguir apoio a Maia. A oposição e o governo concordaram em seguir a proporcionalidade das bancadas para a distribuição dos cargos na mesa diretora da Câmara. O acordo também definiu que haveria revezamento do PT e do PMDB no comando da Casa.[118][119] Maia acabou sendo eleito com mais de 70% dos votos.[120]

No início de abril de 2011, foi revelado que Temer fazia parte de um inquérito no Supremo Tribunal Federal por suspeita de ter recebido propina de empresas prestadoras de serviços ao porto de Santos.[121][122] A acusação era conhecida desde 2000. Em novembro de 2002, o procurador-geral Geraldo Brindeiro arquivou o processo por entender que não havia provas suficientes, e, em 2006, a Polícia Federal abriu um novo inquérito sobre o caso.[123] Em maio de 2011, o ministro Marco Aurélio Mello excluiu Temer do inquérito por compreender que não havia novos fatos contra o então vice-presidente desde o arquivamento feito por Brindeiro.[124] Temer negou que tenha recebido propina.[125]

A presidente Dilma incumbiu a Temer a coordenação do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), criado por decreto em junho de 2011 para aumentar a segurança nas fronteiras.[126][127] Temer acompanhou as missões Ágata e Sentinela e realizou reuniões de organização e avaliação das operações desenvolvidas pelo PEF.[128][129]

O vice-presidente Michel Temer na Downing Street em agosto de 2012.

Com a saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa em agosto de 2011, a presidente Dilma convidou Temer a substitui-lo. A possibilidade de Temer assumir interinamente o posto também foi cogitada por assessores do Ministério da Defesa.[130] Após consultar colegas peemedebistas, Temer recusou o convite para não perder espaço na atuação política, o que havia acontecido com o vice-presidente José Alencar ao assumir o mesmo ministério.[131]

Temer aderiu a um manifesto do PMDB contra o PT e o governo em março de 2012. O texto protestava contra o projeto petista de eleger mais prefeitos que os peemedebistas nas eleições daquele ano, e a um alegado uso da estrutura governamental federal para que os petistas cumprissem seu objetivo.[132] Embora não declarado oficialmente, Temer participou de reuniões que abordaram o conteúdo desse manifesto, que também pediu maior poder político, dinheiro para as bases eleitorais, nomeações, maior participação e conhecimento das ações do governo.[133][134] Temer participou fisicamente em campanhas de candidatos apoiados pelo PMDB nas eleições municipais.[135] No segundo turno de São Paulo, anunciou pessoalmente o apoio de seu partido a Fernando Haddad.[136]

Em fevereiro de 2013, Temer atuou pela eleição do deputado Eduardo Cunha para a liderança do seu partido, contrariando as vontades de Dilma. Na época, Temer afirmou para a presidente que tinha o poder de controlar Cunha.[137] Depois de eleito, Cunha passou a importunar o governo, o que fez com que Dilma reclamasse. Temer tentou neutralizar Cunha, mas admitiu que isto não era possível. Posteriormente, oponentes de Temer consideraram que este era um "jogo combinado" entre ele e Cunha.[137][138]

Temer ao lado do Papa Francisco em julho de 2013.

Licenciado da presidência do PMDB desde que foi empossado vice-presidente da República, Temer foi reeleito por unanimidade ao comando de seu partido no início de março de 2013. Na Convenção Nacional do PMDB, a presidente Dilma elogiou Temer e o classificou como um "grande parceiro", apesar de não ter anunciado que ele seria seu vice na eleição de 2014. Temer manteve-se afastado da presidência do PMDB, que continuou sendo exercida pelo senador Valdir Raupp.[139][140][141]

Nos protestos de junho de 2013, Temer manifestou-se contrário a uma constituinte exclusiva para a reforma política. O vice-presidente considerou a ideia "inviável" e classificou uma constituinte como "rompimento da ordem estabelecida".[142][143][144] A presidente Dilma, que não ouviu seu vice, propôs um plebiscito sobre a constituinte.[145][146][147] O Planalto desistiu da ideia após conversar com Temer, Renan Calheiros, o presidente do Senado, e Henrique Eduardo Alves, o presidente da Câmara.[97]

Temer foi considerado pelo próprio partido uma peça decorativa ao longo do primeiro mandato.[148] Aliados de Dilma apelidaram o vice de "aspirador de pó", pois, na visão deles, Temer só era usado para limpar a "sujeira" e confusões com o PMDB.[137] Na opinião de deputados, Temer perdeu influência junto a Dilma na metade do primeiro mandato, logo após gerar mais problemas do que soluções.[149] Por outro lado, como forma de prestigiá-lo, Dilma delegava a Temer viagens oficiais ao exterior.[150]

Eleição presidencial de 2014

Convenção Nacional do PMDB em junho de 2014.

Na Convenção Nacional do PMDB, realizada em 10 de julho de 2014, foi confirmado que Temer seria novamente o vice de Dilma.[151] A presidente Dilma discursou na convenção e elogiou o vice: "Ele sabe aproximar as pessoas, unir e desarmar os espíritos", disse Dilma.[152] Os 40% de opositores à reedição da aliança, entretanto, foram mais altos que em 2010, quando apenas 15% eram contrários.[153] A ala dissidente argumentou que o governo Dilma não incluiu o partido nas decisões e criticou o comportamento dos petistas de privilegiar as candidaturas próprias aos governos estaduais em vez de formar alianças com o PMDB.[154] Mesmo após esta decisão, algumas seccionais estaduais apoiaram os oposicionistas Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB).[155][156]

Em meados de julho, reassumiu a presidência do PMDB para defender os interesses do partido nas eleições e ganhar mais protagonismo.[157][158] Em 26 de outubro, na disputa mais acirrada da história, Dilma e Temer foram reeleitos para um segundo mandato com 51,64% dos votos válidos, ou 54,5 milhões de votos, derrotando os senadores tucanos Aécio Neves e Aloysio Nunes.[159]

Segundo mandato

Dilma e Temer foram empossados para o segundo mandato no início da tarde de 1.º de janeiro de 2015.[160] Em 14 de janeiro, Temer convocou a Executiva de seu partido a formalizar apoio a Eduardo Cunha na eleição à presidência da Câmara dos Deputados.[161] Ele também afirmou que apoiaria o eventual candidato peemedebista à presidência do Senado e que filiados ao PMDB que fossem citados na Operação Lava Jato deveriam "se explicar".[162][163]

Dilma e Temer durante a posse presidencial de 1º de janeiro de 2015.

No final de janeiro, Temer confessou que as mudanças na concessão do seguro-desemprego foram discutidas antes da campanha eleitoral de 2014.[164] Todavia, defendeu a presidente Dilma, dizendo que ela não havia mentido durante o período eleitoral.[165][166]

Com a vitória de Cunha na eleição para a presidência da Câmara no início de fevereiro, Temer declarou que ele estava disposto a "colaborar" com o governo e não comprometeria a governabilidade da presidente durante o segundo mandato.[167][168] Em 7 de abril, poucas semanas após os protestos antigovernamentais de 15 de março, a presidente Dilma nomeou Temer o articulador político do governo.[169][170] A Secretaria de Relações Institucionais foi extinta e suas funções foram transferidas para a vice-presidência da República.[171] O objetivo de Temer na função era melhorar o relacionamento do governo com o Congresso Nacional, principalmente com o PMDB.[172] Em relação a um dos principais anseios dos manifestantes, o impeachment da presidente, Temer afirmou que era "impensável, geraria uma crise institucional. Não tem base jurídica e nem política".[173]

Como articulador político, Temer passou a acompanhar a votação envolvendo todos os assuntos de interesse do governo no Congresso.[174] Ele passou também a ser o responsável pela distribuição de cargos de confiança no governo federal em troca de lealdade nas votações, arbitrar disputas antigas por comando de estatais e negociar as emendas parlamentares.[174][175][176] Conforme admitido pela presidente, Temer foi fundamental para a aprovação de medidas do ajuste fiscal.[177][178][179] Quando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, rompeu publicamente com o governo, em meados de julho,[180] Temer tentou acalmar seus interlocutores afirmando que a decisão de Cunha era individual e não refletia uma posição do PMDB.[181]

Renan Calheiros, Moreira Franco e Temer durante evento do PMDB.

Em 6 de agosto, um mês após dizer que não havia uma crise política,[182] Temer reconheceu a gravidade da crise política e econômica e disse que era preciso que "alguém tenha a capacidade de unir o país".[183] A frase causou estranhamento entre a presidente e o vice, e alguns ministros petistas consideraram que Temer estava conspirando contra Dilma para assumir seu cargo.[184] Em 7 de agosto, colocou a coordenação política à disposição de Dilma, mas ela rechaçou a oferta.[185] Temer preparava sua saída do cargo após ser desautorizado internamente e notar que a presidente havia tomado o controle das negociações.[184] Em 21 de agosto, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Temer estava disposto a deixar a articulação política para aproximar-se de partidos oposicionistas, com vistas a conseguir o apoio do PSDB em um eventual governo.[186] Poucos dias depois, ele comunicou à presidente seu afastamento da função.[187] Em 2 de setembro, Dilma apelou a Temer para que retomasse a articulação política, mas ele rejeitou a proposta.[188] Em 6 de setembro, Temer admitiu pela primeira vez que houve uma tentativa de "boicote" ao seu trabalho como articulador.[189]

Dilma e Temer durante evento no Palácio do Planalto, em novembro de 2015.

Em 26 de setembro, Temer foi o personagem central do programa partidário do PMDB.[190][191] Em tom de "ultimato" ao governo, o programa disse frases como "é hora de virar esse jogo" e "deixar o estrelismo de lado".[192][193] O governo ficou surpreendido com o tom crítico dos peemedebistas, e ministros do PT avaliaram que Temer apresentou-se como uma alternativa para assumir o poder.[194] Em 2 de outubro, Dilma fez uma reforma ministerial que deu maior poder ao PMDB para garantir o apoio do partido no Congresso.[195] No final daquele mês, o PMDB apresentou um programa de governo antagônico. Além de críticas à política econômica, o texto, chamado de "Uma Ponte para o Futuro", defendeu uma "agenda de transição econômica".[196]

Em 2 de dezembro, Cunha aceitou a abertura do processo de impeachment de Dilma. No dia 4 de dezembro, Temer enviou uma carta a presidente Dilma reclamando de sua distância das decisões do governo. A carta começou com o provérbio em latim verba volant, scripta manent ("as palavras voam, os escritos permanecem", em português).[197] Em seguida, Temer descreveu a comunicação como "pessoal", e citou uma série de queixas contra a presidente.[198] Temer escreveu que Dilma fez ele parecer um vice-presidente "decorativo" e afirmou que estava convicto de que a presidente não possuía confiança nele e no PMDB.[199][200]

Temer falando sobre o vazamento do áudio em que comportou-se como se fosse o novo presidente, em 11 de abril de 2016.

Em 12 de março de 2016, a Convenção Nacional do PMDB decidiu que o partido esperaria trinta dias para decidir se romperia com o governo.[201] No entanto, durante esse período, nenhum político peemedebista deveria aceitar cargos no Executivo.[202] No mesmo evento, Temer foi reeleito presidente do partido pela sexta vez com 96% dos votos totais.[203] Em 17 de março, Dilma afrontou esta decisão ao nomear o deputado Mauro Lopes para o ministério.[204] Em uma nota, Temer demonstrou irritação com a decisão de Dilma e não compareceu na cerimônia de posse de Lopes e do ex-presidente Lula, nomeado para a Casa Civil.[205][206] Em 29 de março, com o apoio de Temer, o PMDB decidiu por aclamação pelo rompimento com o governo.[207][208]

Em 6 de abril de 2016, uma decisão judicial monocrática proferida pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, obrigou que a Câmara dos Deputados avaliasse um pedido de impeachment contra Temer apresentado pelo advogado Mariel Marley Marra, que alegava um suposto crime de responsabilidade praticado pelo vice-presidente.[209]

Em 11 de abril, um arquivo de áudio de Temer vazou na mídia. No áudio, Temer falou como se o processo de impeachment já houvesse sido aprovado e ele fosse então o novo presidente.[210] Ele conclamou por um "governo de salvação nacional" e refutou a tese de que cortaria programas sociais.[211][212] O vazamento ocorreu pouco antes da Comissão Especial da Câmara dos Deputados votar o processo contra Dilma.[213] O áudio gerou acusações de traição e conspiração de Temer contra a presidente; a própria Dilma o classificou vice como "chefe conspirador".[214][215][216] Como justificativa do vazamento, Temer alegou que enviou o áudio incorretamente a um grupo de peemedebistas no WhatsApp.[217] Para que o impeachment avançasse, Temer passou a negociar pessoalmente com os líderes partidários o apoio ao processo.[218][219] Depois da aprovação da admissibilidade do processo pela Câmara dos Deputados e com o iminente afastamento temporário de Dilma pelo Senado, Temer começou a debater propostas e negociar cargos em seu governo.[220][221][222]

Presidente do Brasil

Ver artigo principal: Governo Michel Temer
Temer, ao lado de Rodrigo Maia, Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski durante sua cerimônia de posse presidencial em 31 de agosto de 2016.
Michel Temer no cargo de Presidente da República.

Após o Senado instaurar processo de impeachment de Dilma em 12 de maio de 2016, Temer foi empossado interinamente na presidência da República, convertendo-se no presidente mais idoso da história do país e o primeiro descendente de árabes.[223][224][225] No mesmo dia, empossou seu ministério, que era composto por membros do PMDB, PP, PSDB, PSD, DEM, PRB, PPS, PV, PSB, PTB e PR. O número de ministérios caiu de 32 para 23, nos quais não havia nenhuma mulher e nenhum afro-brasileiro; era a primeira vez desde o governo Ernesto Geisel que um ministério não contava com participação feminina.[226][227][228] Na cerimônia de posse, Temer defendeu a unificação do país, um "governo de salvação nacional", medidas para superar a crise econômica, o reequilíbrio as contas públicas, os programas sociais e a continuidade das investigações da Operação Lava Jato.[229][230][231]

Antes de assumir interinamente o governo, Temer já havia atuado na presidência do país como substituto eventual do presidente da República durante 102 dias. A primeira vez ocorreu em janeiro de 1998, enquanto era presidente da Câmara dos Deputados. Como vice de Dilma, coube a Temer substituí-la em 96 dias. Nestes períodos, ele assinou 202 decretos, 87 nomeações, 31 leis, vinte exonerações, dezesseis medidas provisórias e dois vetos a leis aprovadas pelo Congresso (um integral e um parcial).[232]

Em 2017, Temer tornou-se o primeiro presidente da história do Brasil a ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal no exercício do mandato, por suspeita de corrupção passiva.[233][234]

Controvérsias

Desde que assumiu o poder, o governo Temer e o próprio presidente foram alvos de críticas, instabilidades, controvérsias e polêmicas. O período de mandato foi marcado por investigações de corrupção, comentários sobre o processo de impeachment que destituiu Dilma Rousseff do cargo, decisões políticas impopulares, composição de um gabinete com acusações de falta de representatividade e queda de ministros.[235]

Além disso, Michel Temer é considerado um político muito impopular. Em 2017, bateu o recorde histórico de rejeição e, já em 2018, no ano final do seu governo, uma pesquisa Datafolha mostrou a mais alta taxa de reprovação da história do instituto, que faz apurações desde a redemocratização do país, em 1985: 82% de rejeição, tornando Temer o presidente mais rejeitado da história do Brasil.[236][237][238] Outro levantamento, desta vez internacional, mostrou, em agosto de 2017, que, com cerca de 3% de aprovação, Temer era o presidente mais rejeitado do mundo.[239][240][241][242]

Denúncias e inquéritos pela Operação Lava Jato

Out of date clock icon.svg
Este artigo ou seção pode conter informações desatualizadas em seu conteúdo. Se sabe algo sobre o tema abordado, edite a página e inclua informações mais recentes, citando fontes fiáveis e independentes.

Michel Temer foi alvo de cinco inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi denunciado duas vezes pela Procuradoria-Geral da República sob Rodrigo Janot. Ambas as denúncias foram interrompidas pela Câmara dos Deputados em 2017. O caso mais conhecido se refere à delação premiada de Joesley Batista, executivo do frigorífico JBS, tendo como consequência as denúncias da PGR. Segundo as investigações, Temer teria cometido pelo menos dois crimes: recebimento de propina, por meio de Rocha Loures (corrupção passiva), e a pretensão de barrar as investigações da Operação Lava Jato por meio de uma suposta compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (obstrução de justiça).[243] O partido do presidente também tomou parte nas denúncias de Rodrigo Janot, sob a alegação da incorrência de seus dirigentes, no Senado e na Câmara dos Deputados, em vários crimes de corrupção a partir de 2006, envolvendo diversos órgãos e empresas públicas. Segundo Janot, um grupo conhecido como "quadrilhão do PMDB", integrado por membros proeminentes do partido, teria recebido pelo menos 587 milhões de reais em propinas. As acusações contra Temer nesse caso foram de organização criminosa.[243]

Outra acusação é o envolvimento de Temer com irregularidades no Porto de Santos, que resultou na abertura da Operação Skala e na quebra do sigilo bancário do presidente. Nos termos do processo, o presidente teria recebido propinas de empresas do setor portuário, compensando-as com um decreto que autorizou a renovação das suas concessões por até setenta anos, e utilizado uma reforma de imóvel como modo de lavagem de dinheiro.[243] A Polícia Federal concluiu, em 16 de outubro de 2018, as investigações do inquérito dos portos e pediu indiciamento e o bloqueio de bens do presidente. Além de Temer, sua filha, Maristela Temer, e o ex-assessor presidencial, Rodrigo Rocha Loures, também foram indiciados.[244]

Além dessas pendências jurídicas, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, incluiu Temer na investigação de um esquema de obtenção de propinas para o financiamentos das campanhas eleitorais do PMDB em 2014, no valor de catorze milhões de reais. Essa vertente consta da Lava Jato e se refere à empreiteira Odebrecht, que teria pagado propinas aos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco em troca de favores políticos.[245] Em 5 de setembro de 2018, a Polícia Federal concluiu esse inquérito com o indiciamento de Michel Temer nos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[246][247]

Prisão

Ver artigo principal: Prisão de Michel Temer

Em 21 de março de 2019, Temer foi preso em cumprimento de mandado expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pela Operação Lava Jato no estado,[248] tornando-se, assim, o segundo ex-presidente da República a ser preso pela suposta prática de crime comum.[249] Alvo de críticas por juristas, a prisão de Temer foi revogada em 25 de março pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região pois, de acordo com o desembargador responsável pela decisão, o motivo principal alegado por Bretas para prender o ex-presidente "simplesmente não existe."[250][251][252][253] A Primeira Turma do TRF-2 deu nova ordem de prisão a Temer em 9 de maio,[254] sendo solto 6 dias depois pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça.[255]

Vida pessoal

Temer, junto de sua atual esposa Marcela e o único filho do casal, Michelzinho, em 2016.

Temer foi criado por pais maronitas, mas atualmente se considera católico apostólico romano.[256] Entre dezembro 2001 e 2015, Temer foi membro da maçonaria, chegando ao posto de "mestre" em janeiro de 2004.[257][258]

Temer tem três filhas de seu casamento com Maria Celia Toledo: Luciana (1969), e as psicólogas Maristela (1972) e Clarissa (1974). Luciana possui doutorado em direito constitucional, trabalha como professora assistente na PUC-SP e chefiou a secretaria municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo na gestão de Fernando Haddad.[259][260]

Desde 2003, é casado com Marcela Temer, ex-modelo, com quem teve Michel, conhecido como "Michelzinho", nascido em 2008.[260][261][262][263] Temer também é pai de Eduardo (nascido em 1999), fruto de um relacionamento com uma jornalista.[260]

De acordo com documentos oficiais do governo americano,[264] Temer foi um informante da embaixada dos Estados Unidos no Brasil[265] e foi descrito como um trunfo[266] para os interesses das empresas americanas em vários documentos diplomáticos que foram trazidos a público.[267][268][269]

Cronologia sumária

Ver também

Notas e referências

Notas

  1. Presidente em exercício entre 12 de maio de 2016 e 31 de agosto de 2016.

Referências

  1. «Criado como maronita, Michel Temer hoje se declara católico». Folha de S.Paulo. 14 de maio de 2016. Consultado em 15 de maio de 2016 
  2. Carlos Madeiro (12 de maio de 2016). «Sem ganhar nenhuma eleição, PMDB emplaca terceiro presidente em 30 anos». Uol. Consultado em 1º de setembro de 2016 
  3. a b c d e f g h Milton Cappelletti (23 de abril de 2016). «Michel Temer, o brasileiro paciente». Observador. Consultado em 26 de abril de 2016 
  4. Rosana Cesar. «Michel Temer». Uol Educação. Consultado em 26 de abril de 2016 
  5. a b c d e f g h Consuelo Dieguez (junho de 2010). «A cara do PMDB». Revista Piauí. Consultado em 26 de abril de 2016 
  6. Folha de S. Paulo (8 de maio de 2016). «Vilarejo libanês do 'filho Michel Temer' segue igreja ortodoxa grega». Consultado em 4 de julho de 2018 
  7. Guga Chacra - O Estado de S. Paulo (29 de março de 2016). «Michel Temer poderia ser presidente do Líbano? E Maluf ou Haddad?». Consultado em 4 de julho de 2018 
  8. «Biografia do vice-presidente». Portal Brasil. 11 de janeiro de 2011. Consultado em 26 de abril de 2016 
  9. «Michel Temer, um político experiente na arte das alianças». Terra. 31 de outubro de 2010. Consultado em 26 de abril de 2016 
  10. «MICHEL TEMER». iG. Consultado em 26 de abril de 2016 
  11. «Vice-presidente eleito é considerado o parlamentar mais influente do Congresso». O Mossoroense. Consultado em 26 de abril de 2016 
  12. Isaura Daniel (25 de março de 2013). «Os planos de Michel Temer para o mundo árabe». Agência de Notícias Brasil-Árabe. Consultado em 26 de abril de 2016. Arquivado do original em 1 de julho de 2016 
  13. «Conciliador, 'charmosão' e 'mordomo de filme de consternação': afinal, quem é Michel Temer». Entretenimento bit. 30 de março de 2016. Consultado em 26 de abril de 2016 
  14. Diogo Bercito (14 de junho de 2015). «Origem de políticos brasileiros, Líbano tem rua com nome de Michel Temer». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de maio de 2016 
  15. a b c d e Adriano Ceolin e Severino Motta (11 de junho de 2010). «Agora com Dilma, Temer quase foi vice de Serra». iG. Consultado em 2 de maio de 2016 
  16. a b c d e f g h i j k l m n Sérgio Rodas (16 de abril de 2016). «Se houver impeachment, Michel Temer será 22º advogado a presidir o Brasil». Conjur. Consultado em 26 de abril de 2016 
  17. «Biografia: Michel Temer, vice-presidente da República». Palácio do Planalto. 13 de abril de 2016. Consultado em 26 de abril de 2016 
  18. a b c d e f g h Eurídice Roberti, Marcelo Costa e Marco Aurélio Vannuchi Leme de Mattos. «Michel Miguel Elias Temer Lulia». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 26 de abril de 2016 
  19. a b c Clarissa Stycer (18 de abril de 2016). «Temer inicia carreira na era Adhemar de Barros e vira secretário de Montoro em 84». O Globo. Consultado em 26 de abril de 2016 
  20. a b c Thiago Guimarães (31 de março de 2016). «Conheça Temer, poeta chamado de 'charmosão' e de professor 'bonzinho'». BBC. Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de abril de 2016 
  21. «Dr. Michel Miguel Elias Temer Lulia». Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2016. Arquivado do original em 2 de junho de 2016 
  22. «Michel Temer - Biografia». Faculdade de Direito de Itu. Consultado em 26 de abril de 2016 
  23. Renan Pereira (9 de fevereiro de 2011). «Vice-presidente da República, Michel Temer, visita Itu hoje». Itu. Consultado em 26 de abril de 2016 
  24. «O vice da Dilma?». Rolling Stone. Julho de 2009. Consultado em 28 de abril de 2016 
  25. a b c Sérgio Rodas (17 de abril de 2016). «Livros revelam posições de Temer, que também se arriscou na poesia». Conjur. Consultado em 26 de abril de 2016 
  26. «Entrevista de Michel Temer na Revista Fórum Jurídico» 
  27. «Constituição e política». LEX ML. Consultado em 26 de abril de 2016 
  28. Bruno Meneses Lorenzetto; Pedro Henrique Gallotti Kenicke (6 de julho de 2013). «José Afonso da Silva é o doutrinador mais citado pelo STF». Consultado em 31 de agosto de 2017 
  29. Bruno Meneses Lorenzetto; Pedro Henrique Gallotti Kenicke (8 de julho de 2013). «Estudo revela doutrinadores de Direito Constitucional mais citados pelo STF». Consultado em 31 de agosto de 2017 
  30. Marco Prates (31 de janeiro de 2013). «Michel Temer abre "intimidade" em livro de poesias». Exame. Consultado em 2 de maio de 2016. Arquivado do original em 22 de maio de 2016 
  31. «Michel Temer lança livro de poesia em São Paulo». Faculdade de Direito de Itu. Consultado em 2 de maio de 2016 
  32. Rita Azevedo (24 de abril de 2016). «O lirismo de Michel Temer, o 'vice poeta', em 10 versos de seu livro de poesia». Exame. Huffpost Brasil. Consultado em 2 de maio de 2016 
  33. Edgar Marcel (18 de maio de 2012). «Michel Temer conta na FIESP sua trajetória de perseverança e dedicação». Fiesp. Consultado em 2 de maio de 2016 
  34. «Michel Temer» (PDF). Assembleia da República. 16 de junho de 2010. Consultado em 2 de maio de 2016 
  35. Rodolfo César (12 de maio de 2016). «Conheça a história de Michel Temer até sua chegada à presidência». Correio do Estado. Consultado em 15 de maio de 2016 
  36. Daniela Lima e Valdo Cruz (18 de abril de 2016). «Michel Temer quer nomes de impacto na economia e na área social». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de maio de 2016 
  37. «O bombeiro do 'caos político': Michel Temer explicado em 7 pontos». O Estado de S. Paulo. 9 de abril de 2015. Consultado em 2 de maio de 2016 
  38. «Conheça a trajetória de Michel Temer». iG. 29 de março de 2016. Consultado em 2 de maio de 2016 
  39. a b Thiago Guimarães (30 de março de 2016). «Conciliador, 'charmosão' e 'mordomo de filme de terror': afinal, quem é Michel Temer». BBC. Consultado em 2 de maio de 2016 
  40. «Galeria de Fotos - Ex-Procuradores Gerais do Estado». PGE-SP. Consultado em 11 de dezembro de 2018 
  41. Daniela Lima e Valdo Cruz (18 de abril de 2016). «Como Temer construiu a sua carreira e os passos que deu para afastar Dilma». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de maio de 2016 
  42. Paula Bianchi (9 de dezembro de 2015). «Para cientistas políticos, ambição pelo poder fez Temer abandonar discrição». Uol. Consultado em 2 de maio de 2016 
  43. «Michel Temer é homenageado pela criação da primeira delegacia da mulher no País». Palácio do Planalto. 6 de agosto de 2015. Consultado em 2 de maio de 2016 
  44. «Candidatos - Deputado Federal - São Paulo: Michel Temer». Folha de S.Paulo. 1º de outubro de 2006. Consultado em 2 de maio de 2016 
  45. «As suspeitas que perseguem a vida pública de Temer». Congresso em Foco. 30 de abril de 2016. Consultado em 2 de maio de 2016 
  46. «Subcomissão do Poder Judiciário e do Ministério Público». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 2 de maio de 2016 
  47. «Comissão da Organização dos Poderes e Sistema de Governo». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 2 de maio de 2016 
  48. «Comissão de Redação». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 2 de maio de 2016 
  49. «Quem foi Quem na Constituinte - nas questões de interesse do trabalhadores - São Paulo». Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. Consultado em 2 de maio de 2016 
  50. Adriana Ceolin (18 de abril de 2016). «O 'vice decorativo' se preparou para o poder». O Estado de S. Paulo. Consultado em 2 de maio de 2016 
  51. «Negavam-se a falar em massacre». Universidade Anhembi Morumbi. Consultado em 2 de maio de 2016 
  52. Vasconcelo Quadros (7 de abril de 2013). «"Trauma do Carandiru é fruto do sistema autoritário", diz Michel Temer». iG. Consultado em 2 de maio de 2016 
  53. «Resultados das Eleições 1994 - São Paulo - deputado federal». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 2 de maio de 2016 
  54. «Saiba onde estava Temer nos principais momentos da política recente». UOL. 18 de setembro de 2015. Consultado em 2 de maio de 2016 
  55. https://books.google.com.br/books?id=-KkanlmnEEIC&pg=PA203&dq=Michel+Temer&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjS_4vrh7rMAhVDhJAKHbk6BSUQ6AEIKzAD#v=onepage&q=Michel%20Temer&f=false
  56. Folha Online (5 de fevereiro de 1997). «Temer é eleito presidente da Câmara». Consultado em 20 de março de 2018 
  57. «Veja como foram as últimas eleições para a presidência da Câmara». UOL. 11 de fevereiro de 2005. Consultado em 2 de maio de 2016 
  58. «Jornal do Brasil». Rádio Bras. 6 de fevereiro de 1997. Consultado em 2 de maio de 2016 
  59. «Michel Temer». ALERJ. Consultado em 2 de maio de 2016 
  60. «Saiba quem é Michel Temer, o novo vice-presidente do Brasil». R7. 1º de novembro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  61. «Resultado da eleição de 1998». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 2 de maio de 2016 
  62. Eugênia Lopes e Ilimar Franco (3 de fevereiro de 1999). «Temer reeleito na Câmara». Senado Federal. Consultado em 3 de maio de 2016 
  63. «Comissão de Finanças e Tributação - CFT: Presidência no período de 1989 a 2006». Câmara dos Deputados. Consultado em 3 de maio de 2016 
  64. Fernando Rodrigues (29 de setembro de 2015). «Veja como FHC derrubou o pedido de impeachment em 1999». Uol. Consultado em 3 de maio de 2016 
  65. «Pedido de impeachment de FHC é arquivado». Folha de S.Paulo. 2 de setembro de 1999. Consultado em 3 de maio de 2016 
  66. «Câmara rejeita abertura de impeachment de FHC». Diário do Grande ABC. 18 de maio de 1999. Consultado em 3 de maio de 2016 
  67. Lucas Figueiredo e Daniela Falcão (26 de maio de 1999). «Oposição quer impeachment de FHC». Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  68. Denise Madueño (9 de junho de 1999). «Temer quer manter Justiça do Trabalho». Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  69. Josias de Souza (11 de dezembro de 2015). «'Temer é mordomo de filme de terror', diz Renan». UOL. Consultado em 2 de maio de 2016 
  70. «ACM pede desculpas a Michel Temer». Diário do grande ABC. 3 de janeiro de 2001. Consultado em 2 de maio de 2016 
  71. «Temer faz crítica a ACM». Senado. Consultado em 2 de maio de 2016 
  72. «Conheça Dilma e seus 37 ministros». Congresso em Foco. 30 de dezembro de 2010. Consultado em 4 de maio de 2016 
  73. Carmen Munari (30 de junho de 2004). «Erundina e Temer formam aliança para eleição em SP». Reuters. Uol. Consultado em 3 de maio de 2016 
  74. «Placar SP/ São Paulo». Uol. Consultado em 3 de maio de 2016 
  75. Villa 2012.
  76. «Resultado da eleição 2006». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 3 de maio de 2016 
  77. «Com 304 votos, Temer é eleito presidente da Câmara; PMDB, dividido, passa a ocupar os dois principais postos do Congresso». UOL. 2 de fevereiro de 2009. Consultado em 2 de maio de 2016 
  78. «Ministro Celso de Mello mantém decisão de Michel Temer (Informativo 540)». JusBrasil. 2 de fevereiro de 2009. Consultado em 2 de maio de 2016 
  79. «Supremo mantém rito de MPs imposto por Temer». Conjur. 27 de março de 2009. Consultado em 2 de maio de 2016 
  80. Rodrigo Haidar. «Michel Temer fez turismo na Bahia com passagens da Câmara». Congresso em foco. Consultado em 2 de maio de 2016 
  81. Eduardo Bresciani (20 de abril de 2009). «Em nota, Temer diz que também repassou passagens para parentes». G1. Consultado em 2 de maio de 2016 
  82. «Passagens da Câmara serão só para os deputados, anuncia Temer». G1. 22 de abril de 2009. Consultado em 2 de maio de 2016 
  83. «Diap aponta os 10 parlamentares mais influentes do País». Câmara dos Deputados. 23 de outubro de 2009. Consultado em 28 de abril de 2016 
  84. «Temer diz estar "indignado" com lista secreta». R7, Agência Brasil e Agência Estado. R7. 2 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de maio de 2016 
  85. «Conheça a trajetória de Michel Temer (PMDB), vice de Dilma Rousseff (PT)». Uol. 26 de maio de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  86. «Deputados do PMDB vão à Justiça contra envolvido em escândalo do mensalão do DF». Época e Agência Câmara. Época. 3 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de maio de 2016 
  87. Ricardo Galhardo (2 de dezembro de 2009). «Planilha da Camargo Corrêa cita nome de Michel Temer». iG. Consultado em 3 de maio de 2016 
  88. Eduardo Bresciani (1º de dezembro de 2009). «Para Michel Temer, escândalo no DF é 'entristecedor'». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  89. «Michel Temer nega envolvimento no escândalo do DF». R7. 3 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de maio de 2016 
  90. «Vídeo liga Michel Temer e deputados do PMDB a mensalão». Agência Estado. O Estado de S. Paulo. 4 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de maio de 2016 
  91. Eduardo Bresciani (3 de dezembro de 2009). «Deputados do PMDB vão à Justiça contra empresário ligado a escândalo no DF». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  92. Denise Madueño (3 de dezembro de 2009). «Temer irá processar empresário do dinheiro na cueca». O Estado de S. Paulo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  93. «Gravação liga cúpula do PMDB ao mensalão do Distrito Federal». Gazeta do Povo. 3 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de maio de 2016 
  94. «Rede de Escândalos: Alcyr Collaço». Veja. 17 de abril de 2012. Consultado em 3 de maio de 2016. Arquivado do original em 5 de agosto de 2016 
  95. Keila Santana (17 de dezembro de 2009). «TJ-DF nega queixa contra denunciante do mensalão do DEM». Terra. Consultado em 3 de maio de 2016 
  96. a b Josias de Souza (30 de novembro de 2011). «Josias de Souza». Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  97. a b c Iglesias 2014.
  98. «Lula quer lista tríplice do PMDB para a escolha do vice de Dilma». O Tempo. 10 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de maio de 2016 
  99. Agência Brasil (6 de fevereiro de 2010). «Temer é reeleito para a presidência do PMDB». Gazeta do Povo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  100. «Para Temer, fala de Lula sobre escolha de vice na chapa de Dilma não foi feliz». Extra. Globo.com. 13 de dezembro de 2009. Consultado em 3 de maio de 2016 
  101. Sérgio Pardellas (18 de dezembro de 2009). «A ambição de Temer». IstoÉ. Consultado em 3 de maio de 2016 
  102. «Dilma convida Temer para ser candidato a vice-presidente». Reuters. O Estado de S. Paulo. 5 de maio de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  103. Nathalia Passarinho (12 de junho de 2010). «PMDB oficializa Michel Temer como vice na chapa de Dilma». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  104. Camila Campanerut (18 de maio de 2010). «PMDB confirma Temer para ser vice de Dilma na chapa à Presidência». Uol. Consultado em 3 de maio de 2016 
  105. G1. «Michel Temer entrega para Dilma programa de governo do PMDB». Gazeta do Povo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  106. Robson Bonin (9 de junho de 2010). «Michel Temer entrega para Dilma programa de governo do PMDB». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  107. «Saiba quem é Michel Temer, o vice de Dilma». Zero Hora. 30 de outubro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  108. «Dois meses após o início do horário eleitoral, Temer estreia na propaganda de Dilma». Zero Hora. 20 de outubro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  109. «Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil». G1. 31 de outubro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  110. «Temer renuncia à presidência da Câmara nesta quarta-feira». Vermelho. 14 de dezembro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  111. «TEMER RENUNCIA À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA». Federação Nacional das Associações de Oficias de Justiça Avaliadores Federais. 17 de dezembro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  112. Sylvio Costa (29 de novembro de 2010). «Michel Temer, o vice que virou problema». Congresso em foco. Consultado em 3 de maio de 2016 
  113. «Dilma escolhe seus 37 ministros». Rede Brasil Atual. 3 de janeiro de 2011. Consultado em 3 de maio de 2016 
  114. «Moreira Franco assume ministério na cota de Michel Temer». G1. 8 de dezembro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  115. «Quem são os ministros de Dilma». Época. 7 de dezembro de 2010. Consultado em 3 de maio de 2016 
  116. Eduardo Bresciani (8 de dezembro de 2010). «PMDB está 'satisfeito' com indicados para ministério de Dilma, diz Temer». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  117. «Dilma Rousseff e Michel Temer são empossados presidente e vice». G1. 1º de janeiro de 2011. Consultado em 3 de maio de 2016 
  118. Adriano Ceolin. «Petista consegue apoio de PSDB e DEM para presidir Câmara». iG. Consultado em 3 de maio de 2016 
  119. Camila Campanerut (1º de fevereiro de 2011). «Marco Maia (PT-RS) é eleito presidente da Câmara dos Deputados». Uol. Consultado em 3 de maio de 2016 
  120. «Marco Maia é eleito o novo presidente da Câmara». R7. 1º de fevereiro de 2011. Consultado em 4 de maio de 2016 
  121. Pedro Zambarda (5 de abril de 2011). «Temer está em inquérito no STF por suspeita de receber propina, diz jornal». Exame. Consultado em 4 de maio de 2016 
  122. Camila Campanerut (6 de abril de 2011). «Oposição no Congresso pede apuração de denúncia contra Michel Temer». Uol. Consultado em 4 de maio de 2016 
  123. Débora Zampier. «Gurgel pede arquivamento de inquérito para apurar denúncia contra Michel Temer». Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Consultado em 4 de maio de 2016 
  124. Débora Zampier (10 de maio de 2011). «Temer se livra da acusação de receber propina em licitações do Porto de Santos». Agência Brasil. Consultado em 4 de maio de 2016 
  125. «Michel Temer é investigado por suspeita de corrupção em porto, diz jornal». UOL. 5 de abril de 2011. Consultado em 4 de maio de 2016 
  126. «Segurança nas fronteiras». O Estado de S. Paulo. 20 de dezembro de 2011. Consultado em 4 de maio de 2016 
  127. «Plano Estratégico de Fronteiras (PEF)». Palácio do Planalto. Consultado em 4 de maio de 2016 
  128. «SISFRON - Michel Temer aprova Sistema de Monitoramento de Fronteiras». DefesaNet. 3 de outubro de 2012. Consultado em 3 de maio de 2016 
  129. «Dilma pede foco nas fronteiras». FENAPEF. Consultado em 3 de maio de 2016 
  130. Vera Rosa e João Domingos (4 de agosto de 2011). «Dilma demite Jobim da Defesa após novas críticas ao governo». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  131. «Dilma convida Michel Temer para substituir Nelson Jobim na Defesa, mas vice-presidente recusa oferta». Ucho Info. 3 de agosto de 2011. Consultado em 4 de maio de 2016 
  132. Christiane Samarco e Marta Salomon (6 de março de 2012). «Vice-presidente Michel Temer adere ao manifesto do PMDB contra o PT». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  133. Izabelle Torres (9 de março de 2012). «Vada a bordo, Temer!». IstoÉ. Consultado em 4 de maio de 2016 
  134. Luciana Marques (6 de março de 2012). «Temer promete levar queixas de PMDB ao Planalto». Veja. Consultado em 4 de maio de 2016 
  135. «No "Dia do PMDB", Michel Temer reforça campanha de Hermano Morais em Natal». Elias Jornalista. 15 de setembro de 2012. Consultado em 4 de maio de 2016 
  136. Flávia Albuquerque (10 de outubro de 2012). «São Paulo: PMDB declara apoio a Haddad; PTB e PDT apoiam Serra». EBC. Consultado em 4 de maio de 2016 
  137. a b c «Vice abriu caminho com estilo conciliador». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de agosto de 2015 
  138. Claudio Dantas Sequeira e Izabelle Torres (2 de agosto de 2013). «De onde vem o poder de Eduardo Cunha». IstoÉ. Consultado em 4 de maio de 2016 
  139. «Michel Temer é reeleito presidente nacional do PMDB». Folha da Região. 2 de março de 2013. Consultado em 4 de maio de 2016. Arquivado do original em 2 de junho de 2016 
  140. «Michel Temer reassume presidência nacional do PMDB». Fundação Ulysses Guimarães. 17 de julho de 2014. Consultado em 4 de maio de 2016. Arquivado do original em 2 de junho de 2016 
  141. «Aliança entre PT e PMDB terá "longa vida", diz Dilma». Congresso em Foco. 2 de março de 2013. Consultado em 4 de maio de 2016 
  142. Luana Lourenço (25 de junho de 2013). «Temer diz que Constituinte específica para reforma política é 'inviável'». Uol. Consultado em 4 de maio de 2016 
  143. Maíra Magro e Bruno Peres (25 de junho de 2013). «Temer diz que Constituinte específica é inviável para reforma política». Valor. Consultado em 4 de maio de 2016 
  144. Priscilla Mendes (25 de junho de 2013). «Michel Temer diz que constituinte é desnecessária e inviável». G1. Consultado em 4 de maio de 2016 
  145. Priscilla Mendes, Fabiano Costa e Nathalia Passarinho (24 de junho de 2013). «Dilma propõe 5 pactos e plebiscito para constituinte da reforma política». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  146. «Temer diz que Constituinte específica é inviável para reforma política». Valor Econômico. 25 de junho de 2013. Consultado em 4 de maio de 2016 
  147. Paulo Moreira Leite, Izabelle Torres, Josie Jeronimo e Laura Daudén (28 de junho de 2013). «O poder se mexe». IstoÉ. Consultado em 4 de maio de 2016 
  148. Paulo de Tarso Lyra e Denise Rothenburg (8 de junho de 2014). «Michel Temer aposta que PMDB vai reeditar parceria com Dilma». Estado de Minas. Consultado em 4 de maio de 2016 
  149. Afonso Benites (1º de janeiro de 2015). «O discreto vice-presidente que dá peso político ao Governo». El País. Consultado em 4 de maio de 2016 
  150. Cynara Menezes (1º de fevereiro de 2013). «Peemedebismo à prova». Carta Capital. Consultado em 4 de maio de 2016 
  151. «Convenção nacional do PMDB aprova reedição da chapa Dilma-Michel Temer». Sul 21. 10 de junho de 2014. Consultado em 3 de maio de 2016 
  152. Ricardo Della Coletta, Daiene Cardoso e Rafael Moraes Moura (10 de junho de 2014). «Dilma agradece apoio do PMDB e exalta papel de Michel Temer». O Estado de S. Paulo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  153. Filipe Matoso e Nathalia Passarinho (10 de junho de 2014). «Dilma agradece ao PMDB e elogia Michel Temer por articular apoio». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  154. Nathalia Passarinho (10 de junho de 2014). «Apesar de ala dissidente, PMDB aprova apoio a Dilma nas eleições». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  155. Marcelo Elizardo (5 de junho de 2014). «Aécio conquista apoio do PMDB e mais sete partidos no Rio». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  156. Carlos Rollsing. «Candidato do PMDB ao Piratini avalia que seria incoerente qualquer movimento em direção a Dilma ou Aécio». Zero Hora. Consultado em 2 de maio de 2016 
  157. «Michel Temer reassume presidência do PMDB durante campanha eleitoral». G1. 16 de julho de 2014. Consultado em 3 de maio de 2016 
  158. Iolando Lourenço (16 de julho de 2014). «Michel Temer reassume presidência nacional do PMDB». EBC. Consultado em 3 de maio de 2016 
  159. «Dilma é reeleita na disputa mais apertada da história; PT ganha 4º mandato». UOL. 26 de outubro de 2014. Consultado em 2 de maio de 2016 
  160. «Dilma Rousseff e Michel Temer tomam posse no Congresso». informa Bahia. Consultado em 4 de maio de 2016 
  161. Laryssa Borges e Gabriel Castro. «PMDB formaliza apoio a Cunha e tenta minimizar desgaste pela prisão de Cerveró». VEJA. Consultado em 4 de maio de 2016 
  162. Mariana Jungmann (14 de janeiro de 2015). «PMDB formaliza apoio a Eduardo Cunha para a presidência da Câmara». EBC. Consultado em 4 de maio de 2016 
  163. Fernanda Calgaro e Nathalia Passarinho (14 de janeiro de 2015). «Temer diz que se peemedebista for citado na Lava Jato deverá se explicar». G1. Consultado em 2 de maio de 2016 
  164. Folhapress (26 de janeiro de 2015). «Temer: Alterações na lei trabalhista foram debatidas no "passado"». Valor Econômico. Consultado em 2 de maio de 2016 
  165. Bruna Fasano (26 de janeiro de 2015). «Temer admite: mudança trabalhista foi pensada antes da eleição». VEJA. Consultado em 2 de maio de 2016 
  166. «Mudança no seguro-desemprego foi selada ainda durante a campanha». VEJA. 26 de janeiro de 2015. Consultado em 2 de maio de 2016. Arquivado do original em 23 de outubro de 2015 
  167. Rafael Moraes Moura (2 de fevereiro de 2015). «Cunha não vai comprometer governabilidade, diz Temer». O Estado de S. Paulo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  168. Filipe Matoso (2 de fevereiro de 2015). «Temer diz que Eduardo Cunha está disposto a 'colaborar' com Executivo». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  169. Kennedy Alencar (7 de abril de 2015). «Temer vira articulador político oficial do governo Dilma». Blog do Kennedy. Consultado em 3 de maio de 2016 
  170. «Temer, o novo articulador político de Dilma». Carta Capital. 8 de abril de 2015. Consultado em 3 de maio de 2016 
  171. «Dilma passa articulação política do governo para Michel Temer». G1. 7 de abril de 2015. Consultado em 3 de maio de 2016 
  172. Jonas Carvalho (7 de abril de 2015). «Michel Temer assume articulação política». Exame. Consultado em 3 de maio de 2016 
  173. «Relembre desenrolar da relação entre Temer e Dilma no atual mandato». EBC. 31 de março de 2016. Consultado em 3 de maio de 2016 
  174. a b «Chama o Temer?». Lauro Jardim. Veja. 17 de junho de 2015. Consultado em 3 de maio de 2016 
  175. «Temer, o árbitro». Veja. 6 de julho de 2015. Consultado em 3 de maio de 2016 
  176. «Michel Temer deixa o dia a dia da articulação política do governo». Agência Brasil. Carta Capital. 24 de agosto de 2015. Consultado em 3 de maio de 2016 
  177. Bruno Boghossian (7 de maio de 2015). «Dilma chama Temer e agradece por aprovação de ajuste fiscal». Folha de S.Paulo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  178. «Dilma agradece a Temer aprovação de medida do ajuste fiscal na Câmara». JBFM. 7 de maio de 2015. Consultado em 3 de maio de 2016. Arquivado do original em 12 de maio de 2016 
  179. Simone Iglesias (7 de maio de 2015). «Dilma agradece a Temer pela aprovação na Câmara da primeira medida do ajuste fiscal». O Globo. Consultado em 3 de maio de 2016 
  180. Gil Alessi (17 de julho de 2015). «Eduardo Cunha anuncia rompimento com o Governo Dilma». El País. Consultado em 3 de maio de 2016 
  181. Marina Rossi (25 de julho de 2015). «Michel Temer torna-se o fiador da estabilidade durante crise política». El País. Consultado em 3 de maio de 2016 
  182. Fernanda Calgaro e Nathalia Passarinho (14 de janeiro de 2015). «Governo tem apoio do Congresso e não há crise política, diz Temer». G1. Consultado em 2 de maio de 2016 
  183. «Alguém precisa unir o País, diz Temer». Comércio do Jahu. 6 de agosto de 2015. Consultado em 3 de maio de 2016 
  184. a b http://oglobo.globo.com/brasil/temer-prepara-sua-saida-da-articulacao-politica-do-governo-17263704
  185. «Temer oferece deixar articulação política, mas Dilma rejeita». Folha de S.Paulo. Folha da manhã. Consultado em 9 de agosto de 2015 
  186. Alberto Bombig e Vera Rosa (21 de agosto de 2015). «Em gesto ao PSDB, Temer deixará articulação política». Estadão. Consultado em 4 de maio de 2016 
  187. «Temer se afasta de Dilma, que fala em mudar governo». Folha de S.Paulo. Folha da manhã. Consultado em 25 de agosto de 2015 
  188. Júnia Gama (2 de setembro de 2015). «Dilma pede a Temer que retome articulação política, mas vice recusa». O Globo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  189. Leticia Fernandes. «Temer admite que sofreu tentativa de boicote na articulação política». O Globo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  190. Carlos Rollsing (21 de agosto de 2014). «Sartori decide manter apoio dado à chapa do PSB». Estado de Minas. Consultado em 2 de maio de 2016 
  191. «O PMDB quer mais». Estadão. 29 de setembro de 2015. Consultado em 2 de maio de 2016 
  192. «NA TV, PMDB FALA EM TIRAR O PAÍS DO VERMELHO». Brasil 247. 23 de setembro de 2015. Consultado em 2 de maio de 2016 
  193. «Programa do PMDB tem como base frase polêmica de Temer sobre reunificar o país». UOL. 24 de setembro de 2015. Consultado em 4 de maio de 2016 
  194. Vera Rosa e Ricardo Brito (26 de setembro de 2015). «Propaganda de Temer surpreende governo». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de maio de 2015 
  195. William Waack e Geiza Duarte (3 de outubro de 2015). «Dilma troca ministros, dá mais poder ao PMDB e chama indicados por Lula». Jornal da Globo. G1. Consultado em 4 de maio de 2016 
  196. Paulo Celso Pereira (29 de outubro de 2015). «PMDB apresenta programa antagônico ao PT». O Globo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  197. «"Sei que a senhora não tem confiança em mim", diz Temer em carta a Dilma». Zero Hora. 7 de dezembro de 2015. Consultado em 4 de maio de 2016 
  198. [1]
  199. Andréia Sadi (7 de dezembro de 2015). «Leia a íntegra da carta enviada pelo vice Michel Temer a Dilma». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  200. Valdo Cruz, Daniela Lima e Marina Dias (8 de dezembro de 2015). «Em carta-desabafo a Dilma, Temer diz que foi desprezado». Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  201. Lisandra Paraguassu (12 de março de 2016). «Convenção do PMDB tem tom de oposição». Brasil 247. Consultado em 4 de maio de 2016 
  202. Iolando Lourenço (12 de março de 2016). «PMDB decidirá em 30 dias se continua no governo». EBC. Consultado em 4 de maio de 2016 
  203. Filipe Matoso, Nathalia Passarinho e Laís Alegretti (12 de março de 2016). «Temer é reconduzido à presidência do PMDB pelos próximos dois anos». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  204. Ana Cristina Campos (17 de março de 2016). «Governo afronta decisão do PMDB nomeando Mauro Lopes, diz Temer». EBC. Consultado em 4 de maio de 2016 
  205. Mariana Sanches e Silvia Amorim (17 de março de 2016). «Temer: 'governo resolveu afrontar decisão do PMDB'». O Globo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  206. Filipe Matoso, Laís Alegretti e Nathalia Passarinho (13 de março de 2016). «Temer vê 'afronta' na nomeação de Lopes e não vai à posse de Lula». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  207. Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro (29 de março de 2016). «Por aclamação, PMDB oficializa rompimento com governo Dilma». Consultado em 3 de maio de 2016 
  208. Guilherme Mazui e Fábio Schaffner (29 de março de 2016). «Acordo entre Renan e Temer tira o PMDB do governo». Zero Hora. Consultado em 4 de maio de 2016 
  209. «Em que pé está o pedido de impeachment contra Michel Temer?». Terra. 18 de maio de 2016. Consultado em 9 de junho de 2016 
  210. «Vaza áudio de Michel Temer antecipando discurso sobre vitória do impeachment». Pragmatismo Político. 11 de abril de 2016. Consultado em 4 de maio de 2016 
  211. Daniela Lima (11 de abril de 2016). «Temer divulga áudio em que fala como se impeachment estivesse aprovado». Estadão. Consultado em 4 de maio de 2016 
  212. Andreia Sadi e Filipe Matoso (11 de abril de 2016). «Em áudio, Temer fala como se Câmara já tivesse aprovado impeachment». G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  213. [2]
  214. «Dilma acusa Temer de 'conspiração'; para PMDB, ela 'perdeu o equilíbrio'». G1. 12 de abril de 2016. Consultado em 3 de maio de 2016 
  215. «Dilma chama áudio de Temer de conspiração». Época. Globo.com. 12 de abril de 2016. Consultado em 3 de maio de 2016 
  216. Leandro Prazeres (12 de abril de 2016). «Dilma chama Temer e Cunha de 'chefes conspiradores' em discurso no Planalto». UOL. Consultado em 3 de maio de 2016 
  217. «Por descuido, Temer envia a grupo discurso sobre impeachment». Jornal Nacional. Globo.com. 11 de abril de 2016. Consultado em 3 de maio de 2016 
  218. Daniel Carvalho e Gustavo Porto (11 de abril de 2016). «Temer divulga áudio com discurso que faria após impeachment passar na Câmara». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de maio de 2016 
  219. Antonio Barca (18 de abril de 2016). «Michel Temer, em contagem regressiva para entrar no Palácio do Planalto». El País. Consultado em 3 de maio de 2016 
  220. «Senadores petistas dizem que afastamento de Dilma é "iminente"». mspontocom. 21 de abril de 2016. Consultado em 4 de maio de 2016. Arquivado do original em 2 de junho de 2016 
  221. Afonso Benites (29 de abril de 2016). «Enquanto Michel Temer define ministros, Brasília debate novas eleições». El País. Consultado em 3 de maio de 2016 
  222. Giovana Teles. «Michel Temer faz articulações em Brasília para formar um novo governo». Jornal da Globo. G1. Consultado em 3 de maio de 2016 
  223. João Fellet (29 de abril de 2016). «O que explica a força dos descendentes de árabes na política brasileira?». BBC. Consultado em 15 de maio de 2016 
  224. Rosana Felix (6 de maio de 2016). «Temer, o iminente presidente mais velho da história do Brasil». Gazeta do Povo. Consultado em 12 de maio de 2016 
  225. «Dilma é afastada da Presidência e Temer assume interinamente». Palácio do Planalto. 12 de maio de 2016. Consultado em 12 de maio de 2016 
  226. «Os ministros de Temer». G1. 12 de maio de 2016. Consultado em 12 de maio de 2016 
  227. Leandro Melito (12 de maio de 2016). «Ministérios de Temer: Esplanada deixa de ter mulheres». EBC. Consultado em 12 de maio de 2016 
  228. «Temer dá posse a novos ministros; número de pastas cai de 32 para 23». Agência Brasil. Diário de Pernambuco. 12 de maio de 2016. Consultado em 12 de maio de 2016 
  229. «Michel Temer faz seu primeiro discurso: "Não fale em crise, trabalhe"». Época Negócios e Agência Brasil. Época Negócios. 12 de maio de 2016. Consultado em 12 de maio de 2016 
  230. Hellen Leite (12 de maio de 2016). «Temer fala em "governo de salvação nacional" em discurso de posse». Correio Braziliense. Consultado em 12 de maio de 2016 
  231. Filipe Matoso, Fernanda Calgaro e Alexandro Martello (12 de maio de 2016). «Temer fala em manter programas sociais e reequilibrar as contas». G1. Consultado em 12 de maio de 2016 
  232. Gustavo Maia (3 de maio de 2016). «Temer já foi presidente do país por 102 dias, desde 98; veja o que ele fez». Uol. Consultado em 12 de maio de 2016 
  233. A. Benites (27 de junho de 2017). «Temer é denunciado por corrupção e se torna primeiro presidente a responder por crime durante mandato». El País. Consultado em 3 de julho de 2017 
  234. «Temer vira primeiro presidente denunciado por corrupção». Época Negócios. 26 de junho de 2017. Consultado em 3 de julho de 2017 
  235. Sérgio Spagnuolo e Juliana Elias, "100 dias com controvérsias". Desenvolvido por Volt Data Lab. 31/08/2016. Acesso: 10 de julho de 2018.
  236. "Temer bate próprio recorde e é o presidente mais rejeitado da história" Veja, 10 jun 2018. Acesso: 10 de julho de 2018.
  237. "Temer é o presidente mais rejeitado da história, diz Datafolha". Poder 360, 10.jun.2018. Acesso: 10 de julho de 2018.
  238. Valéria Bretas, "Com 82% de rejeição, Temer se torna presidente mais impopular da história". Revista Exame, 10 jun 2018. Acesso: 10 de julho de 2018.
  239. Gustavo Schmitt, "Levantamento aponta Temer como presidente mais rejeitado do mundo". O Globo, 26/10/2017. Acesso: 10 de julho de 2018.
  240. "Temer é o presidente mais rejeitado do mundo, aponta pesquisa". Portal T5, 5/11/2017. Acesso: 10 de julho de 2018.
  241. "Temer é o presidente mais impopular do mundo, diz pesquisa". Jornal do Brasil, 26/10/2017. Acesso: 10 de julho de 2018.
  242. "Temer é o presidente mais impopular do mundo, diz pesquisa". Jornal do Brasil, 26/10/2017. Acesso: 10 de julho de 2018.
  243. a b c André Shalder (9 de maio de 2018). «Casa da filha, Porto de Santos, 'quadrilhão': conheça as investigações contra Temer». BBC Brasil. Consultado em 19 de maio de 2018 
  244. Ricardo Brito; Lisandra Paraguassu (16 de outubro de 2018). «PF pede indiciameneto e bloqueio de bens de Michel Temer». Terra. Consultado em 16 de outubro de 2018 
  245. «Fachin inclui Temer em investigação da Odebrecht». Deutsche Welle. 2 de março de 2018 
  246. «Temer é indiciado por receber vantagem indevida da Odebrecht». Noticias Terra. 5 de setembro de 2018 
  247. «PF conclui que Temer recebeu vantagem indevida da Odebrecht». Deutsche Welle. 6 de setembro de 2018 
  248. Guimarães, Arthur; Soares, Paulo Renato; Martins, Marco Antônio (21 de março de 2019). «Michel Temer é preso pela Lava Jato; PF faz buscas por Moreira Franco». G1. Consultado em 21 de março de 2019 
  249. «Temer é o segundo ex-presidente do Brasil preso por crime comum; Lula foi o primeiro». G1. Consultado em 22 de março de 2019 
  250. «Alegação antiga não pode justificar detenção, diz jurista sobre prisão de Temer». O Estado de S. Paulo. GaúchaZH. 22 de março de 2019. Consultado em 26 de março de 2019 
  251. Mario Cesar Carvalho e Felipe Bächtold (23 de março de 2019). «Bretas ignora 3 fatos recentes listados pela Lava Jato para a prisão de Temer». Folha de S. Paulo. Consultado em 26 de março de 2019 
  252. Mario Cesar Carvalho (26 de março de 2019). «Soltura de Temer decorre de decisão frágil, não de sabotagem à Lava Jato». Folha de S. Paulo. Consultado em 26 de março de 2019 
  253. Matheus Leitão (25 de março de 2019). «Motivo principal da decisão pela prisão de Temer 'simplesmente não existe', diz desembargador». G1. Consultado em 26 de março de 2019 
  254. «Temer se entrega à PF em São Paulo após nova ordem de prisão». G1. Consultado em 9 de maio de 2019 
  255. «Por unanimidade, Sexta Turma do STJ decide libertar ex-presidente Michel Temer». G1. Consultado em 21 de junho de 2019 
  256. «Vilarejo libanês do 'filho Michel Temer' segue igreja ortodoxa grega». Folha de S.Paulo. 8 de maio de 2016. Consultado em 15 de maio de 2016 
  257. «O Vice de Dilma – Veterano dos atos com "temperança"». A Notícia. 31 de outubro de 2010. Consultado em 15 de maio de 2016 
  258. Carlos Rollsing (15 de maio de 2016). «Em São Paulo, Michel Temer foi maçom por 14 anos». Zero Hora. Consultado em 15 de maio de 2016 
  259. «Quem Somos». Prefeitura de São Paulo. Consultado em 5 de maio de 2016 
  260. a b c Pedro Venceslau e Pablo Pereira (12 de maio de 2016). «Foco no poder e, agora, na própria biografia». O Estado de São Paulo. Consultado em 15 de maio de 2016 
  261. «Conheça o perfil de Michel Temer». Bom Dia Brasil. 12 de maio de 2016. Consultado em 15 de maio de 2016 
  262. Cecília Maia (11 de agosto de 2003). «'Foi uma atração forte'». Isto É Gente. Terra. Consultado em 15 de maio de 2016 
  263. Ariane Abdallah (15 de fevereiro de 2011). «Marcela Temer». Trip. Consultado em 18 de outubro de 2017 
  264. «Michel Temer fue informante de la CIA en 2006, asegura Wikileaks». Vanguardia (em Spanish). Consultado em 16 de maio de 2016 
  265. «Temer fue informante de CIA Primera Plana». Consultado em 16 de maio de 2016 
  266. «Dilma Rousseff suspended as senate votes to impeach Brazilian president». the Guardian. 12 de maio de 2016. Consultado em 16 de maio de 2016 
  267. Brazil's acting president used to be US intel informant – WikiLeaks. rt.com (13 May 2016)
  268. «Wikileaks reveals new Brazilian president Michel Temer was informant for US intelligence -- Sott.net». SOTT.net (em inglês). Consultado em 16 de maio de 2016 
  269. Wikileaks Confirms: Brazil's New President Is a US AssetMichel Temer actively cooperated with US intelligence por Enrico Braun publicado em "Russian Insider" (2016)

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Categoria no Commons
Wikinotícias Categoria no Wikinotícias
Precedido por
Dilma Rousseff
Brasil.
37º Presidente do Brasil

2016–2018
Sucedido por
Jair Bolsonaro
Precedido por
José Alencar
24º Vice-presidente do Brasil
2011–2016
Sucedido por
Hamilton Mourão
Precedido por
Arlindo Chinaglia
50º Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil
2009–2010
Sucedido por
Marco Maia
Precedido por
Luís Eduardo Magalhães
43º Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil
1997–2001
Sucedido por
Aécio Neves
Precedido por
Miguel Reale Júnior
Pedro Franco de Campos
Paulo de Tarso Mendonça
Secretário da Segurança Pública de São Paulo
1984–1986
1992
1993
Sucedido por
Eduardo Augusto Muylaert Antunes
Paulo de Tarso Mendonça
Odyr José Pinto Porto
Precedido por
Laércio Francisco dos Santos
Sérgio João França
Procurador-Geral de São Paulo
1983–1984
1991–1992
Sucedido por
Norma Jorge Kyriakos
Dirceu José Vieira Chrysostomo