Por G1


Painel da B3 - Bovespa — Foto: Nelson Almeida/ AFP Painel da B3 - Bovespa — Foto: Nelson Almeida/ AFP

Painel da B3 - Bovespa — Foto: Nelson Almeida/ AFP

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou essa sexta-feira (20) em queda, após ter ensaiado recuperação ao longo do dia, acompanhando os movimentos dos mercados no exterior.

Os temores com os impactos da pandemia do coronavírus sobre a economia ainda toma conta do mercado, diante da expectativa de uma recessão global, mesmo com os estímulos de banco centrais e governos.

O Ibovespa caiu 1,85%, a 67.069 pontos. Veja mais cotações. Na mínima do dia, o índice chegou a 72.247 pontos. Na semana, a bolsa brasileira acumula baixa de 18,88%, a maior desde 10 de outubro de 2008, época da crise financeira nos EUA, segundo a Economatica.

Já o dólar fechou em queda, mas acima de R$ 5.

Azul (+15,29) e Gol (+16,48%), por outro lado, tiveram alta e conseguiram recuperar parte das fortes perdas recentes. Embraer (-12,95%) e Sabesp (-11,83%) tiveram as maiores baixas desta sexta.

Na quinta-feira (20), o Ibovespa fechou em alta de 2,15%, a 68.331 pontos, em uma trégua nas fortes quedas recentes, que fizeram o índice tocar mínima intradia desde julho de 2017 mais cedo na sessão da véspera. Na semana, porém, o índice acumula perda de cerca de 17%, com o desempenho no ano negativo em mais de 40%.

Economista fala sobre os impactos na economia com o coronavírus

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Cenário global e doméstico

No Brasil, o governo federal reduziu em menos de dez dias a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Após revisar de 2,4% para 2,1% a sua expectativa, o governo baixou novamente a estimativa e passou a prever uma expansão de apenas 0,02% para este ano, ou seja, uma estabilidade.

O governo chegou a anunciar na véspera que planeja pagar um auxílio para os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos e forem afetados pela redução de jornada e salários proposta nesta semana pelo governo federal. Também anunciou que pretende pagar os primeiros 15 dias de afastamento se o trabalhador tiver contraído o coronavírus.

Para a agência de classificação de risco Moody´s, uma forte contração da economia global, pelo menos no segundo trimestre, se mostra praticamente certa. "A incerteza permanecerá por pelo menos vários meses quanto ao tempo necessário para conter a propagação do vírus e como as empresas e as famílias vão lidar com as perdas financeiras resultantes", destacou.

Variação do Ibovespa em 2020 — Foto: Economia/2020 Variação do Ibovespa em 2020 — Foto: Economia/2020

Variação do Ibovespa em 2020 — Foto: Economia/2020

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