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Aos 9 anos menina é uma prodígio no futebol

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postado em 30/11/2008 09:15
O time do Santos Apcef, que enfrenta hoje o Cruzeiro, às 17h, no campo do Defelê (Vila Planalto), no primeiro jogo da final da Copa Dente-de-Leite sub-9, tem algo que o diferencia das demais equipes: uma jogadora entre os meninos. A meia-atacante Catarina Macário é o destaque do Santos. ;Quando ela não joga, a equipe adversária comemora;, conta o auxiliar técnico Virley. E há motivo: Catarina é a artilheira da competição, com 13 gols. Um deles foi marcado no último domingo, na semifinal, contra o Fluminense. A escolinha do time carioca saiu na frente no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Santos virou: Catarina deu o passe para o gol do empate e marcou o segundo, de cabeça. A partida terminou 3 x 1 e o Santos se classificou para a decisão contra o Cruzeiro. Ao fim da partida, o pai da craque, Melônio Macário, revelou: Catarina estava machucada ; sentia dor na perna desde o dia anterior, quando defendeu o time sub-10 do Santos, na Copa Brasília. A atleta de 9 anos, aliás, joga até entre meninos de 11. O desempenho não surpreende quem a conhece. André Amâncio, técnico do PIN Asbac, onde a menina treina futsal, derrama-se em elogios: ;Ela é acima da média. Destaca-se até mesmo entre os meninos;. André ainda argumenta que, em geral, os meninos têm uma coordenação motora melhor no futebol do que as meninas. O técnico do Santos, Carlos Roberto, o Betinho, reforça a tese. Para ele, Catarina é mais forte do que alguns meninos da idade dela. Há cinco anos no futebol, Catarina sempre jogou entre os garotos. O que à primeira vista pode parecer um problema é encarado pelos pais como uma vantagem. Macário prefere que a filha permaneça treinando com os garotos: ;Por mim, ela não vai para o feminino antes dos 14 anos;. Segundo ele, as meninas são muito fracas tecnicamente, o que não estimularia Catarina a melhorar. A mãe, Ana Maria Macário, vai além: ;No time sub-9, ela não consegue jogar tão bem porque os companheiros não têm a mesma qualidade de passe;. Estudante do 3º ano do Ensino Fundamental no colégio Leonardo da Vinci, Catarina treina futebol de campo na escolinha do Santos e futsal no PIN Asbac. A mãe garante que a filha é boa aluna. Além disso, a menina faz aulas de inglês, natação e violão. ;Mas tudo tem que ter alguma ligação com o futebol. É para ela ganhar condicionamento físico, poder ir jogar lá fora e ter uma distração na concentração (violão);, explica Ana Maria. Feijão A meia-atacante já está no futebol há cinco anos. Começou a jogar bola ainda em São Luís, capital maranhense, onde nasceu. Rogério Jeans e Ricardo Alves, da escolinha AABB Cruzeiro, foram os primeiros professores. O irmão de Catarina, Estevão, hoje com 11 anos, entrou na escolinha e acabou levando uma mascote. ;Ela ia junto para se divertir;, conta Ana Maria. A menina quis entrar em campo também, mas era muito novinha. ;Só podia começar com 4 anos;, explica a mãe. Enquanto esperava para estrear no gramado, Catarina teve de se esforçar. ;Começou com uma negociação para comer feijão;, conta Ana Maria. Como a menina não aceitava comer feijão de jeito nenhum, a mãe usou a empolgação para convencê-la: ;Eu falava que ela tinha de comer para ficar forte e poder jogar;. A aplicação, no entanto, durou pouco tempo. ;Logo que começou a jogar, Catarina parou de comer feijão de novo;, entrega a mãe. Talento em família Destaque no meio dos meninos, Catarina começou a trajetória no futebol ao ver o irmão mais velho jogar bola. Estevão é zagueiro. Aos 11 anos, sonha em ser atleta profissional: ;Quero jogar na Seleção;. Ele também freqüenta as escolinhas do Santos Apcef e do PIN Asbac. Aliás, como a irmã, aventura-se às vezes em categorias acima de sua idade. E já viveu a experiência de jogar ao lado de Catarina: ;É estranho, mas eu tento encarar como normal;. Se jogar junto com a irmã causa estranhamento, imagine contra. Nos treinamentos, às vezes Estevão, zagueiro, tem de marcar Catarina, meia-atacante. ;Ela é difícil de marcar porque é muito rápida e se movimenta bastante.; Estevão sabe o que fala: em casa, na hora de brincar, ele e Catarina costumam jogar bola na sala do apartamento, na Asa Sul. A mãe não reclama. ;Às vezes quebra alguma decoração ou a lâmpada, mas tudo bem;, diverte-se, mostrando a lâmpada da sala quebrada. A paixão dos irmãos conta com o apoio dos pais. A família Macário se mudou do Maranhão para Brasília em 2007, quando a médica Ana Maria passou em um concurso do GDF. Macário também é servidor público. Mesmo com empregos estáveis, os dois não descartam a possibilidade de se mudar novamente para que os filhos sigam no futebol. Tanto que, além dos times do Santos e do PIN Asbac, Estevão joga como zagueiro nas categorias de base do Goiás. Macário leva o filho três vezes por semana a Goiânia para os treinamentos na equipe alviverde ; fora os dias de jogo. Ana Maria e Macário sabem que a carreira de jogador de futebol é complicada até mesmo para os homens, que dirá para as mulheres. Mas isso não os desanima. O casal estimula os filhos a estudar inglês para atuar fora do Brasil. ;Eu sei que vamos ter de nos dividir. O futebol feminino é muito forte nos Estados Unidos, enquanto o masculino não;, explica a mãe. Talento em família Destaque no meio dos meninos, Catarina começou a trajetória no futebol ao ver o irmão mais velho jogar bola. Estevão é zagueiro. Aos 11 anos, sonha em ser atleta profissional: ;Quero jogar na Seleção;. Ele também freqüenta as escolinhas do Santos Apcef e do PIN Asbac. Aliás, como a irmã, aventura-se às vezes em categorias acima de sua idade. E já viveu a experiência de jogar ao lado de Catarina: ;É estranho, mas eu tento encarar como normal;. Se jogar junto com a irmã causa estranhamento, imagine contra. Nos treinamentos, às vezes Estevão, zagueiro, tem de marcar Catarina, meia-atacante. ;Ela é difícil de marcar porque é muito rápida e se movimenta bastante.; Estevão sabe o que fala: em casa, na hora de brincar, ele e Catarina costumam jogar bola na sala do apartamento, na Asa Sul. A mãe não reclama. ;Às vezes quebra alguma decoração ou a lâmpada, mas tudo bem;, diverte-se, mostrando a lâmpada da sala quebrada. A paixão dos irmãos conta com o apoio dos pais. A família Macário se mudou do Maranhão para Brasília em 2007, quando a médica Ana Maria passou em um concurso do GDF. Macário também é servidor público. Mesmo com empregos estáveis, os dois não descartam a possibilidade de se mudar novamente para que os filhos sigam no futebol. Tanto que, além dos times do Santos e do PIN Asbac, Estevão joga como zagueiro nas categorias de base do Goiás. Macário leva o filho três vezes por semana a Goiânia para os treinamentos na equipe alviverde ; fora os dias de jogo. Ana Maria e Macário sabem que a carreira de jogador de futebol é complicada até mesmo para os homens, que dirá para as mulheres. Mas isso não os desanima. O casal estimula os filhos a estudar inglês para atuar fora do Brasil. ;Eu sei que vamos ter de nos dividir. O futebol feminino é muito forte nos Estados Unidos, enquanto o masculino não;, explica a mãe.

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