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André Ventura também defendeu “a redução drástica da presença islâmica” na UE

21 Julho 9:23

Além dos ciganos, os muçulmanos. O polémico candidato do PSD à Câmara de Loures considerou no ano passado que a redução das comunidades islâmicas “não é só uma questão de segurança, mas de sobrevivência da nossa democracia”

21 Julho 9:23

André Ventura, o candidato do PSD à Câmara de Loures, que se insurgiu esta semana contra a "impunidade" da comunidade cigana é também um defensor de uma “redução drástica da presença islâmica na União Europeia”. Esta posição foi revelada pelo “Público” esta sexta-feira.

“Não vou negá-lo ou escondê-lo para ser politicamente correto. Apenas para antecipar reacções, vou sublinhar: não sou nem nunca fui racista ou xenófobo. Nunca pertenci ou espero pertencer a um grupo que tal defenda ou advogue. Mas este tipo de terrorismo que vimos em Orlando ou em Nice obriga-nos a um olhar diferente sobre as comunidades islâmicas na Europa. Poderemos fazer qualquer prevenção que seja, quando estas comunidades são, em alguns países, de milhões de habitantes ou, em algumas cidades, 25% da população? Creio que não...e por isso mesmo não vejo outra solução que não seja a redução drástica da presença islâmica na União Europeia”, escreveu André Ventura no Facebook, no ano passado.

O texto em causa, datado de 18 de julho e escrito a propósito do atentado de Nice, servia de anexo a um artigão de opinião de André Ventura no “Correio da Manhã”. Nesse mesmo artigo escrito para o matutino, o agora candidato à autarquia de Loures defendia que “há momentos em que o cinismo e o politicamente correcto não servem, de todo, para analisar os acontecimentos”.

Para o social-democrata, a situação de Nice demonstrava que o “terrorismo individualizado e desorganizado levanta sérios problemas à integração das comunidades islâmicas na Europa”. “Não havendo um processo de radicalização ou de adesão doutrinária, qualquer um, de raízes muçulmanas ou convertido, se torna uma potencial ameaça”, escreveu.

Na sua cruzada contra o politicamente correto, André Ventura dizia que já não “vale nem basta o discurso habitual: não se pode confundir a parte pelo todo, são apenas alguns dentro da comunidade, nada tem a ver com religião!”.

“Pode ser polémico e politicamente incorrecto, mas não vou deixar de o dizer: é fundamental reduzir drasticamente a presença e a dimensão das comunidades islâmicas dentro da União Europeia. Não é só uma questão de segurança, mas de sobrevivência da nossa democracia”, apontou.

Por causa das suas declarações desta semana sobre os ciganos, o CDS retirou o apoio à candidatura de André Ventura à Câmara de Loures. O PSD manteve o apoio.